Mascarenhas de Moraes e Barão de Souza Leão terão trechos interditados para passarela do aeroporto

Construção da passarela do aeroporto do Recife - Foto - Bernardo Dantas DP/D.A.Press
Construção da passarela do aeroporto do Recife – Foto – Bernardo Dantas DP/D.A.Press

Os motoristas que circulam na madrugada pela Avenida Mascarenhas de Moraes, na Imbiribeira, e pela Rua Barão de Souza Leão, em Boa Viagem, deverão ficar atentos.

Dois trechos da Avenida estarão interditados a partir de hoje (4) e até sexta-feira (8), da 0h às 5h da manhã, para que sejam executados os serviços de içamento da estrutura metálica das esteiras rolantes da Passarela que vai ligar o Aeroporto ao Terminal de ônibus e à Estação do metrô.

Para os motoristas que vem pela Barão de Souza Leão, o trecho bloqueado será a partir da Rua da Linha (paralela à linha do metrô, na Avenida Sul). Neste caso, os motoristas devem dobrar à esquerda na Avenida Sul (rua paralela à linha do metrô), em seguida entrar à direita, na Rua 10 de Julho, e seguir para a Avenida Mascarenhas de Moraes.

No sentido inverso (Recife/Jaboatão), os motoristas devem utilizar as vias localizadas no piso térreo do Aeroporto. Isso serve também para os veículos que estão saindo do estacionamento do Aeroporto.

A previsão de conclusão de toda a obra da Passarela do Aeroporto é dezembro deste ano. Orçada em R$ 23 milhões, o equipamento tem início no Aeroporto, na frente do portão B6 (embarque), passando pela Avenida Mascarenhas de Moraes, seguindo pela Avenida Barão de Souza Leão, e entrando na rua do colégio Maria Tereza, até o acesso ao Terminal Integrado do Aeroporto e a Estação do Metrô local.

Ao todo, a Passarela conta com 461,27m de comprimento, com 9,60m de largura e 15,5m de altura. O equipamento oferecerá esteira rolante, elevador, escada, sala de administração e sala para serviços de manutenção. Além de coberta com telhado de aço e ventilação natural.

Fonte: Secretaria das Cidades

Obra da passarela do aeroporto interditará parte da Avenida Mascarenhas de Morais

 

Construção da passarela do aeroporto do Recife - Foto - Bernardo Dantas DP/D.A.Press
Construção da passarela do aeroporto do Recife – Foto – Bernardo Dantas DP/D.A.Press

Mais uma etapa da construção da Passarela que ligará o Aeroporto Internacional dos Guararapes – Gilberto Freyre ao metrô e ao Terminal Integrado Aeroporto modificará, temporariamente, o tráfego local. Dessa vez serão colocados os arcos inferiores que compõem a estrutura metálica do segundo vão do equipamento. A intervenção acontecerá durante as madrugadas de 18, 19 e 20 de outubro. Tendo início às 00h da manhã e finalizando às 5h de cada dia. Os motoristas e usuários de ônibus que trafegarem pelo local neste horário precisam ficar atentos aos bloqueios.

passarela mapa

Bloqueios: o primeiro será na Avenida Mascarenhas de Morais, no sentido Jaboatão/Recife, antes da subida do Anel Viário. Esse bloqueio indicará aos veículos, que desejam retornar para prazeres ou acessar o estacionamento do Aeroporto, para que sigam pela Avenida Mascarenhas de Morais até o retorno localizado após o viaduto Tancredo Neves. O acesso ao estacionamento do aeroporto será feito normalmente.

O segundo bloqueio será instalado no primeiro acesso ao Aeroporto para os veículos que vem do Recife sentido Jaboatão. Servirá tanto para os veículos que pretendem estacionar no Aeroporto, como uma via alternativa para os carros de passeio, veículos pesados e para as cinco linhas de ônibus bacurau que seguem pela Avenida Mascarenhas de Moraes. Para esse grupo a única alternativa será acessar o aeroporto pelo piso térreo da pista de desembarque, saindo por traz da Praça Ministro Salgado Filho e por fim voltar para a Avenida Mascarenhas de Moraes.

O terceiro ponto de bloqueio será logo após a saída do estacionamento. Os veículos deverão fazer o mesmo percurso e pegar a Mascarenhas de Moraes após a Praça, no sentido Recife/Jaboatão.

Usuários de ônibus: Para os usuários de ônibus, apenas a parada localizada em frente à Praça Ministro Salgado Filho será desativada neste horário. Como alternativa, os usuários deverão utilizar a parada provisória localizada em frente ao antigo Terminal de Passageiros do Aeroporto.

Após essa etapa concluída, deverão ser instalados os arcos nos demais módulos. Em seguida será a vez da instalação da esteira rolante e por fim o fechamento do equipamento. A Passarela será entregue à população em dezembro deste ano, permitindo, a quem desembarca no aeroporto, o acesso direto ao ônibus e ao metrô.

Passarela – orçada em R$ 23 milhões, a passarela tem início no Aeroporto, na frente do portão B6 (embarque), passa pela Avenida Mascarenhas de Moraes, segue pela Avenida Barão de Souza Leão, e entra na rua do colégio Maria Tereza, até o acesso ao Terminal Integrado do Aeroporto e à Estação do Metrô. Ao todo serão 461,27m de comprimento, com 9,60m de largura e 15,5m de altura. O equipamento oferecerá esteira rolante, elevador, escada, sala de administração e sala para serviços de manutenção. Além de coberta com telhado de aço e ventilação natural.

Demanda ônibus:

Local: Parada na Praça Ministro Salgado Filho S/ nº, Imbiribeira.

Número da Parada a ser desativada: Parada nº 020018

Esta parada está localizada na frente da pracinha Ministro Salgado Filho

Das 00h às 05h passam:

05 linhas bacurau;

05 ônibus; e

1.115 passageiros/dia

Linhas:

184   Cabo (Bacurau)

172   Conj. Marcos Freire (Bacurau)

154   Jordão (Bacurau)

170   Muribeca dos Guararapes (Bacurau)

036   Aeroporto (Bacurau)

Paradas provisórias: Essa parada utilizará as paradas de número 020019 e 020020 que ficam atrás da pracinha, em frente ao aeroporto velho.

Nessas paradas passam os ônibus: Opcional Aeroporto e intermunicipal.

Fonte: Secretaria das Cidades

Ruas das Flores ganha as calçadas de volta no centro do Recife

 

Desobstrução de calçadas na Rua das Flores - Foto - Inaldo Lins/PCR
Desobstrução de calçadas na Rua das Flores – Foto – Inaldo Lins/PCR

Em ação conjunta da Secretaria-Executiva de Controle Urbano do Recife (Secon) com a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), a nova calçada da Rua das Flores, que estava ocupada irregularmente, foi liberada para os pedestres. Agentes da Secon removeram (16), 11 jarros, 4 mesas e 16 cadeiras de ferro que haviam sido instalados em cima do novo piso, que é de pedra mineira.

Após a Emlurb ter iniciado a recuperação da via, o dono da lanchonete desfez parte do trabalho da prefeitura para chumbar mesas, cadeiras e jarros no passeio público, atrapalhando, também, a mobilidade dos pedestres. O proprietário do estabelecimento havia sido notificado por ocupação irregular do espaço público.

“Desde o final de julho que começamos as obras de revitalização das calçadas. Esse trecho da Rua das Flores foi concluído na semana passada e justamente por isso foi pedido que ele retirasse o material da rua”, disse Fernadha Batista, diretora de Manutenção Urbana da Emlurb. Os buracos deixados no local devem ser consertados pela Emlurb até o fim de semana.

“O dono do material terá até esta quinta-feira (17) para comparecer à 1ª Gerência Regional da Secon, com todos os documentos. Após pagamento de multa, ele pode reaver o material, que será levado para o depósito municipal. Além disso, terá que assinar termo de responsabilidade afirmando que não vai mais ocupar o logradouro público”, explicou o chefe da Gerência de Operações da Secon, Anísio Aziz.

A operação obedece às Leis Municipais nº 16.176/1996 e 16.053/1995 e contou com o apoio da Polícia Militar e da Guarda Municipal.

Calçadas

A Prefeitura do Recife anunciou, no início do mês de julho, uma ação para a recuperação de calçadas com o maior investimento da história nesse tipo de serviço: R$ 20 milhões para implantação e recuperação de 140 quilômetros de passeio público.

Serão realizadas intervenções em canteiros centrais de vias, frentes de água, praças, parques e imóveis públicos municipais localizados nos principais corredores viários da cidade. Além disso, serão incluídas 1000 rampas de acessibilidade e a execução dos serviços tem previsão de duração de um ano.

As obras foram iniciadas no final do mesmo mês. As primeiras que vias que começaram a ser beneficiadas são as ruas das Flores e João Souto Maior, que fazem parte do polígono do Carmo, e a Rua Sete de Setembro, no coração do centro da cidade, no bairro da Boa Vista.

Fonte: Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano do Recife

Audiência pública vai definir modelo de gestão de navegação do Rio Capibaribe

Rio Capibaribe - Foto - Ricardo Fernandes DP/D.A.Press
Rio Capibaribe – Foto – Ricardo Fernandes DP/D.A.Press

A Secretaria das Cidades e o Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano realizam audiência pública nesta terça-feira para apresentar o modelo de gestão do sistema de transporte hidroviário sobre o Rio Capibaribe.

Definir o modelo de gestão para a navegabilidade, incluirá, por exemplo, o modelo de exploração das duas linhas: Oeste e Norte. Na mesma lógica que foi pensada para a licitação das linhas de ônibus, cuja licitação ainda não foi concluída. Agora imagine que se a licitação dos ônibus,  onde existem empresas que já exploram o serviço há décadas, não está sendo fácil, que dirá o modelo de navegação onde não há expertise local.

Na verdade, o sistema de transporte hidroviário que será implantado no Recife, integrado ao transporte público, é pioneiro e qualquer modelo de gestão servirá de experiência, daí a importância da audiência pública.

O evento acontecerá nesta terça-feira às 15h, na sede da secretaria Estadual das Cidades, rua Gervásio Pires, 399, na Boa Vista e será apresentado pelo secretário das Cidades, Danilo Cabral, pelo presidente do Grande Recife Consórcio de Transporte (GRCT), Nelson Menezes, e pelos técnicos das duas instituições.

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Revolução romana: saem os carros, entram os pedestres

 

Roma, Coliseu deixa de ser rotatória e abre espaço para o pedestre - Foto - reprodução internet
Roma, Coliseu deixa de ser rotatória e abre espaço para o pedestre – (reprodução internet)

Por

Luísa Zottis

Por décadas, parte da história de Roma foi tomada por carros e as icônicas vespas, circulando livremente pela avenida Fori Imperiali, que liga a Piazza di Venezia ao Coliseu. Mas, em agosto deste ano, esse cenário típico de um filme italiano mudou. O prefeito da cidade, Ignazio Marino, baniu de vez os automóveis do local.

O espaço, tomado pela memória da época imperial e pela névoa cinza da poluição, foi finalmente devolvido às pessoas, quebrando um paradigma de trinta anos – quando a discussão de restringir ou não os carros começou.

Alguns ainda acreditam que uma só para pedestres é ruim para a “mobilidade” e para o comércio local, numa cidade onde 970 em cada mil adultos têm carro e a velocidade média é de 15km/h. Enquanto isso, os apaixonados por cidades e mobilidade urbana já podem usufruir, e um local seguro, saudável e mais humano.

Se a cidade é o reflexo de seus governantes, tudo indica que os habitantes de Roma e, por que não, do mundo todo – já que a cidade é uma vitrine global – podem celebrar. Marino, eleito há apenas dois meses,chegou à posse pedalando. E assim continua fazendo.

E sua ambição não estaciona no Coliseu. Ele pretende banir os automóveis do entorno local e transformar a região no maior polo arqueológico do mundo. É bom lembrar que a Fori Imperiali (o foco da transformação), que era exclusiva aos pedestres somente nos domingos, ainda permite a passagem de ônibus e bicicletas.

“Temos que escolher se queremos carros ou valorizamos nossos monumentos”, ressaltou o prefeito à agência Reuters. E mais do que conservar a história, a medida preserva a segurança e a saúde das pessoas que circulam no local. Menos carros significa ar mais limpo, cidade mais segura e mais pessoas nas ruas.

É vontade de trabalhar, sem medo da rejeição e pensando no bem da cidade que o prefeito de Roma está deixando, sem dúvidas, um novo legado para o antigo império romano.

E sua ambição não estaciona no Coliseu. Ele pretende banir os automóveis do entorno local e transformar a região no maior polo arqueológico do mundo. É bom lembrar que a Fori Imperiali (o foco da transformação), que era exclusiva aos pedestres somente nos domingos, ainda permite a passagem de ônibus e bicicletas.

“Temos que escolher se queremos carros ou valorizamos nossos monumentos”, ressaltou o prefeito à agência Reuters. E mais do que conservar a história, a medida preserva a segurança e a saúde das pessoas que circulam no local. Menos carros significa ar mais limpo, cidade mais segura e mais pessoas nas ruas.

É vontade de trabalhar, sem medo da rejeição e pensando no bem da cidade que o prefeito de Roma está deixando, sem dúvidas, um novo legado para o antigo império romano.

Fonte: The City Fix Brasil

Cinco mil carros guinchados na Zona Sul do Recife

 

Carro guinchado pela CTTU - Foto Antônio Tenório/PCR
Carro guinchado pela CTTU – Foto Antônio Tenório/PCR

A Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano divulgou o balanço da operação do projeto Bairro Legal. Nos bairros do Pina e Boa Viagem, na Zona Sul, os agentes de trânsito da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) notificaram 5.015 veículos que estavam estacionados em local irregular e 132 foram removidos para o depósito, na BR- 101 Norte. As ações tiveram início no último dia 14 de agosto.

De acordo com a presidente da CTTU, Taciana Ferreira, as ações melhoram o trânsito na cidade.“A fiscalização é contínua em toda a cidade, no entanto, observamos a necessidade de intensificá-las em alguns pontos críticos. Em Boa Viagem, identificamos que a fluidez das vias estava sendo prejudicada pelas práticas irregulares e, por isso, implantamos este projeto”, comentou.

Todos os veículos autuados estavam estacionados em local irregular, o que configura infração que varia entre leve, média e grave, no valor de R$ 53,21 (três pontos na CNH), R$ 85,13 (quatro pontos na CNH) ou 127,69 (cinco pontos na CNH).

O Bairro Legal é uma operação conjunta entre a CTTU e a Secretaria-Executiva de Controle Urbano (Secon). Até o último domingo, a Secon havia demarcado as calçadas de 410 estabelecimentos para evitar estacionamento em área pública, retirado 458 pinos de ferro do passeio público, apreendido 6.310 placas e bandeirolas em postes e árvores, além de removido cavaletes, cones, correntes e carcaças de carros.

O BAIRRO LEGAL – O projeto tem como objetivo melhorar a mobilidade na cidade através de ações de fiscalização nas áreas de trânsito e controle urbano. Os primeiros locais beneficiados são os bairros do Pina e Boa Viagem. Nessas áreas, a ação deve durar até dezembro. Em breve, outras regiões receberão a iniciativa.

Equipes da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU), Secretaria-Executiva de Controle Urbano (Secon) e Secretaria-Executiva de Operações (Seop) coíbem, nos dois bairros, infrações como estacionamento proibido, carga e descarga, fila dupla e obstrução de calçadas. Também serão fiscalizadas construções e imóveis em situação irregular, além de poluição sonora e visual.

As ações acontecem na Av. Herculano Bandeira, Rua Capitão Rebelinho, Av. Domingos Ferreira, Av. Conselheiro Aguiar, Rua dos Navegantes e Av. Boa Viagem, no trecho entre a Av. Antônio de Góes e Antônio Falcão, Antônio Falcão e Armindo Moura. Até o final de outubro, a ação vai focar nas vias transversais dos principais corredores, além de Brasília Teimosa, Bode e Beira-Rio.

Balanço do Bairro Legal (de 14 de agosto a 6 de outubro)

5.015 veículos multados cometendo infrações de trânsito

132 carros, motos e caminhões rebocados

1 binário implantado (nas ruas Padre Luiz Marques Teixeira e João Dias Martins)

410 estabelecimentos demarcados

458 pinos de ferro retirados de calçadas

6.310 placas, faixas, banners e bandeirolas de propagandas irregulares retirados de postes e árvores

63 cavaletes apreendidos no passeio público

5 correntes apreendidas

2 carroças removidas

2 carrinhos de compras apreendidos

2 bancos de feira recolhidos

1 trailer removido

1 jardineira removida de calçada

1 barraca de grandes proporções removida

1 rampa irregular demolida

1 toldo apreendido

322 cocos depositados de maneira irregular na calçada

356 notificações por uso indevido do passeio público

508 informativos entregues

13 notificações para comércio ambulante

33 cones

17 carcaças de carros abandonados recolhidas

Areia e Brita apreendidas

*3 estabelecimentos tiraram, por conta própria, os pinos de ferro que tinham instalado no passeio público

Fonte: Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano

Os sete erros da Via Mangue

 

Via Mangue - foto Cristiane Silva DP/D.A.Press
Via Mangue – foto Cristiane Silva DP/D.A.Press

Faltando sete meses para a obra da Via Mangue ser finalmente entregue surgem incertezas quanto a sua eficácia na melhoria do sistema viário ligando o Centro do Recife à Zona Sul. Especialistas apontam pelo menos sete erros na concepção do projeto orçado em quase R$ 400 milhões. O maior pecado da via, segundo eles, foi ter se afastado da concepção original do projeto desenhado, inicialmente, na década de 1970 pela Fidem e redesenhado nas décadas de 1980, 1990 e 2000.

O traçado já recebeu o nome de Via Costeira, Linha Verde, Via Metropolitana Sul e por último Via Mangue. Nas três versões anteriores, simuladas no Plano Diretor de Transporte Urbano (PDTU), havia um elemento que foi dispensado no projeto atual: a terceira ponte. Sem ela, o desenho da Via Mangue optou pela meia ponte, que se encontra com a Ponte Paulo Guerra, no Pina, (já saturada).

Ponte Agamenon Magalhães - Foto Nando Chiappetta DP/D.A.Press
Ponte Agamenon Magalhães – Foto Nando Chiappetta DP/D.A.Press

Outro equívoco foi projetar um sistema viário de retorno tendo como base um túnel que só atende em parte o fluxo que vai da Zona Sul para o Centro. Os nós da Via Mangue estão ainda nas suas duas extremidades – chegada e saída – e no trecho lindeiro à costa, que não tem opção da pista local e deve se transformar em mais problema com a mudança da ocupação dos espaços que a própria via deverá proporcionar. O assunto é tão polêmico, que os técnicos ouvidos preferiram não serem identificados.

Com 4,5 quilômetros de extensão, a via expressa compreende o trecho entre a Ponte Paulo Guerra, no Pina, e a Rua Antônio Falcão, em Boa Viagem, margeando a área de mangue. Os problemas no projeto já podem ser vistos nos viadutos construídos sobre a Antônio Falcão. Segundo um técnico do setor, que prefere não ser identificado, a Antônio Falcão funciona como um binário com a Félix de Brito, mas o viaduto construído passa por cima apenas da Antônio Falcão.

Via Mangue - nas imediações da Antônio Falcão - Arthur de Souza/Esp.DP/D.A Press.
Via Mangue – nas imediações da Antônio Falcão – Arthur de Souza/Esp.DP/D.A Press.

“É um descalabro de engenharia a chegada da Via Mangue na Antônio Falcão, e, quando chega na Félix de Brito, o elevado que faz o sentido inverso é curto e não permite uma continuação. Isso vai exigir um semáforo, e quem vier da Imbiribeira vai ficar parado debaixo do viaduto”, alertou o técnico. O erro foi também visto por um especialista que fez parte da gestão passada. “Foi observado que o viaduto estava mais curto, mas foram feitos alguns estudos e a decisão foi de manter o desenho”, revelou a fonte que também prefere não ser revelado.

Tem mais no desenho da Via Mangue, segundo os especialistas deveria haver uma pista local no trecho lindeiro à costa. “Ela é uma via que não deve permitir parada de carga e descarga. Mas como impedir a ocupação do trecho lindeiro? Será o mesmo problema que acontece hoje com a Conde da Vista e a Presidente Kennedy”, apontou o especialista, que também preferiu o anonimato. A via também só possibilita que o ciclista trafegue por ela tendo acesso pelo início ou fim da via.

Túnel da Herculano Bandeira e Avenida Antônio de Goes - Foto Nando Chiappetta DP/D.A.Press
Túnel da Herculano Bandeira e Avenida Antônio de Goes – Foto Nando Chiappetta DP/D.A.Press

A ponte

A Secretaria Municipal de Infraestrutura já admite que alguns erros precisam ser corrigidos. Um dos entraves já identificados foi no ponto de retorno do túnel, construído sob a Avenida Herculano Bandeira, porta de entrada do Pina. O túnel permite mais fluidez na via. Já a Avenida Antônio de Góes, via de saída do Pina, recebe o trânsito da própria Antônio de Góes e do túnel, que já está congestionando antes  de a via expressa ficar pronta.

“Acredito que uma alternativa é fazer o prolongamento do túnel. Não sou a favor do elevado, que será muito desconfortável para quem sai do túnel”, observou o engenheiro César Cavalcanti, coordenador regional da Associação Nacional de Transporte Público (ANTP). O elevado é apontado como alternativa pelo técnico que participou da antiga gestão. “O prolongamento do túnel não era viável na época e não é agora. Tanto pelo custo como pelos transtornos no trânsito. A solução é um elevado longitudinal na Antônio de Góes”.

“Se tivessem feito a terceira ponte não haveria necessidade do túnel e nem mesmo do prolongamento do túnel ou da construção de um elevado. Isso não irá resolver por uma razão muito simples: as duas pontes já estão bastante saturadas”, apontou outro técnico do setor que também não quis ser identificado. Pelo projeto que foi simulado no PDTU de 2008 havia uma terceira ponte nas imediações da Compesa e antes do terreno da antiga Bacardi, onde hoje funciona o shopping RioMar.

No lugar dela foi construída a meia ponte estaiada, que se une à Ponte Paulo Guerra. ‘É uma ponte também pela metade que se liga a outra já saturada e ainda não é estaiada. É apenas uma ponte com os fios de aço suspensos. Para ser estaiada, o vão precisaria ser maior”, criticou um engenheiro em reserva.

A Secretaria de Infraestrutura prefere não adiantar que tipo de solução será dada. “Está sendo feito um estudo, que deve ficar pronto em 60 dias. Mas garanto que não ficará do jeito que está”, revelou o secretário Nilton Mota. Ainda segundo o secretário serão adotadas medidas emergenciais de engenharia de tráfego e algumas obras físicas antes de uma solução definitiva.
Conheça os sete erros da Via Mangue

1- Ausência de uma terceira ponte (prevista no PDTU de 2009)
2- Ponte estaiada (que não é estaiada)
3- Túnel da Herculano Bandeira (pela metade)
4- Viaduto do binário da Antônio Falcão (incompleto)
5- Ausência de uma pista local no trecho lindeiro à costa
6- Acesso para ciclistas apenas no início e no fim da via
7- Não serve como via metropolitana

Saiba Mais

Cronograma das obras
Abril de 2011 – início das obras
Setembro de 2013 era a previsão de conclusão
Abril de 2014 – novo prazo contratual para término das obras
Dezembro de 2013 – foi prazo solicitado pelo prefeito Geraldo Julio já descartado

Os números da Via Mangue
992 famílias que moravam em palafitas foram removidas
3 conjuntos habitacionais foram entregues em novembro de 2011
4,75 km é a extensão da via
60 km/h é a velocidade média prevista para a via
R$ 383 milhões é o custo da obra

Equipamentos
4 elevados vão compor o sistema viário
8 pontes estão incluídas no traçado
2 alças farão a ligação com a Ponte Paulo Guerra e o Temudo
1 túnel na Herculano Bandeira

Fonte: Prefeitura do Recife

Desafios Metropolitanos são destaque em seminário da Condepe/Fidem

 

 

Engarrafamento - Foto - Alcione Ferreira DP/D.A.Press
Engarrafamento – Foto – Alcione Ferreira DP/D.A.Press

Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco – CONDEPE/FIDEM promove, nos dias 02 e 03 de outubro, no Recife Praia hotel, o workshop “DESAFIOS METROPOLITANOS, como enfrentá-los?”. Durante dois dias, especialistas discutirão sobre temas referentes à mobilidade, acessibilidade, com destaque para o sistema viário e transporte público na Região Metropolitana do Recife (RMR).

Proporcionar o debate sobre as transformações pelas quais passa a RMR e como esta assume novas formas quanto à espacialidade, funcionalidade e o compartilhamento das funções públicas de interesse comum é o principal objetivo do workshop. Com capacidade para 150 pessoas, o evento é aberto ao público. Os interessados deverão realizar credenciamento no primeiro dia do workshop, a partir das 13h30, no salão Limoeiro, no Recife Praia Hotel.

Para o presidente da Agência CONDEPE/FIDEM, Maurílio Lima, a instituição não poderia ficar de fora das discussões que envolvem o fenômeno metropolitano. “Estabelecer as bases do planejamento metropolitano é uma das atribuições da Agência e, portanto, faz-se necessário a instituição promover debates e discussões aprofundadas que auxiliem na proposição de políticas públicas mais eficazes e compartilhadas, por meio de uma inovadora gestão metropolitana”, afirmou.

Mobilidade, Acessibilidade e Conectividade será a temática do primeiro dia do workshop “Desafios Metropolitanos”, temática esta que repercute fortemente nos dias de hoje nas metrópoles brasileiras. No segundo dia do evento, Sistema Viário e Sistema de Transporte Público integram a pauta das apresentações.

Fonte: Condepe/Fidem

Motoristas de ônibus do Recife vivem dia de ciclistas em treinamento

Motoristas de ônibus tiveram a oportunidade de se colocar no lugar dos ciclistas que enfrentam, diariamente, o trânsito da Região Metropolitana do Recife (RMR). A experiência fez parte do treinamento da empresa de ônibus Itamaracá.

A ação, coordenada pela Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife (Ameciclo), simulou situações de risco, entre elas, como quando precisam passar pelos coletivos. O treinamento, planejado pelo setor de desenvolvimento pessoal da empresa, tem o objetivo de sensibilizar a categoria e evitar acidentes com os ciclistas.