Um flagrante de desrespeito à faixa de pedestre foi postado no Facebook pelo internauta Gustavo Albuquerque. A indgnação não é para menos. Quatro policiais do Batalhão de Trânsito (BPTRAN-PE) estacionaram as motos em plena faixa da Avenida Agamenon Magalhães.
E se não bastasse a falta de respeito às normas de trânsito, os dois motoqueiros que estão nas duas pontas estão com as viseiras abertas. A placa deles também apresenta débito do seguro DPVAT. A placa da esquerda KII – 7051 está com o seguro atrasado desde de março no valor de R$ 279,27. Já a moto de placa KKR 3760 está com o seguro atrasado dos anos de 2010 e 2011, totalizando um débito de R$ 537,33.
Ironicamente nenhuma dessas motos têm registro de multa. Quem multa autoridade do trânsito ? Eles deveriam ser os primeiros a dar o exemplo.
Esta semana o blog levantou a discussão sobre a ausência de um plano pela Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) para situações de emergências. Tivemos em intervalos curtos gargalos gigantescos, devido a queda de uma árvore na Avenida Rosa e Silva e a quebra de um caminhão no Viaduto Capitão Temudo.
Hoje, o prefeito João da Costa irá se reunir com a presidente da CTTU, Maria de Pompéia, para discutir um plano de contigência nos principais corredores viários. A proposta é ter um plano traçado que seja posto em prática quando o inesperado acontecer. E ele sempre acontece.
Até então a CTTU vinha trabalhando baseada em experiências passadas. Com o plano, será possível ter respaldo técnico para orientar os motoristas em relação a desvios e rotas alternativas.
Mas é preciso lembrar que qualquer plano tem vir acompanhado da infraestrutura necessária. Hoje, a CTTU não dispõe sequer de um guincho de grande porte. Também é importante a participação de diversos órgãos ou secretarias na definição das ações que caberão a cada um, dependendo do tipo de acidente que ocorra.
Na reunião de hoje, João da Costa também pretende começar a discutir alternativas para não deixar o trânsito caótico durante a execução das obras viárias que garantirão mais mobilidade à cidade até a Copa de 2014, como a Via Mangue. Para isso, o governo do estado e as empresas executoras dos projetos serão convidados a apresentar sugestões.
Iluminação pública é uma das formas de garantia de uma mobilidade segura. Claro, que se vier acompanhada de uma calçada em boas condições, melhor ainda. O fato é que temos ainda uma iluminação pública precária. Com exceção dos principais corredores de tráfego do Recife, as vias de bairros periféricos são mal iluminadas, o que deixa prejudicada a mobilidade.
O projeto Reluz, lançado desde 2006, ainda não surtiu o efeito esperado. Este ano, a Prefeitura do Recife anunciou a troca de lâmpadas em 108 ruas da cidade. Com isso, o Reluz pretende atingir nove mil pontos de luz. O objetivo, até março de 2012, é alcançar 53 mil postes de iluminação. O Recife tem mais de 93 mil pontos de iluminação. Quase metade vai ficar de fora.
Confira as vias beneficiadas nesta etapa do Reluz:
AV. DOMINGOS FERREIRA – BOA VIAGEM
RUA ALFREDO PEREIRA BORBA – PRADO
RUA DINIZ BARRETO – PRADO
RUA DR. ALFREDO NADER – PRADO
RUA PROF. FRANCISCO FIGUEIREDO – PRADO
RUA ANTONIO PAES DE ANDRADE – PRADO
RUA ENGENHEIRO JOAQUIM CAMERINO – PRADO
RUA POTYRA – PRADO
RUA PANDIA CALOGERES – PRADO
RUA SECUNDINO CARNEIRO – PRADO
RUA RAMIRO COSTA – PRADO
RUA AGRICOLANDIA – VARZEA
RUA RIACHAO – VARZEA
RUA DES ADOLFO CIRIACO – PRADO
RUA XAVIER SOBRINHO – PRADO
RUA FELIX CAVALCANTE ALBUQUERQUE – PRADO
RUA ULISSES PERNAMBUCANO – PRADO
RUA LEOPOLIS – PRADO
RUA VERMELHA – TORRE
RUA BENJAMIM CONSTANT – TORRE
RUA SEIS DE JANEIRO – TORRE
RUA FRANCISCO CORREIA DE ARAUJO – VARZEA
RUA EXP DAMASIO GOMES – VARZEA
RUA CORONEL DJALMA LEITE – VARZEA
RUA MARECHAL MANOEL LUIS OSORIO – VARZEA
RUA ALMIR AZEVEDO – VARZEA
RUA DEPUTADO CUNHA RABELO – VARZEA
RUA ANTONIO VALDEVINO COSTA – CORDEIRO
RUA ANAJANOPOLIS – TORRE
RUA ARAGUACUI – TORRE
RUA ARARENDA – TORRE
RUA BOM JESUS DA SERRA – TORRE
RUA BARRA DO RIACHAO – TORRE
RUA TAMBE – TORRE
RUA BARRA FELIZ – TORRE
RUA BACATUBA – TORRE
RUA APIACA – TORRE
RUA AROAZES – TORRE
RUA AIRITUBA – TORRE
RUA BATAIPORA – TORRE
RUA ARAGUATINS – TORRE
RUA DES FRANCISCO LUIZ CORDEIRO –
RUA CONS SILVEIRA DE SOUZA – CORDEIRO
RUA PAUINI – CORDEIRO
RUA ENVIRA – CORDEIRO
RUA DIOGO ALVARES – CORDEIRO
RUA RIBEIRO ROMA – CORDEIRO
RUA RIO OIAPOQUE – AREIAS
RUA FREI MANUEL CALADO – AREIAS
RUA ANTONIO VAZ – AREIAS
AV. TENENTE FELIPE B DE MELO – AREIAS
RUA CARUARU – AREIAS
RUA CAMBUCA – AREIAS
RUA CAPITAO JOAO PONTES – AREIAS
RUA VITORIANO EBLA – JARDIM SAO PAULO
RUA ATOR ELPIDIO CAMARA – JARDIM SAO PAULO
RUA OSORIO BORBA – JARDIM SAO PAULO
RUA PAULO PARISIO – JARDIM SAO PAULO
RUA FREI FELIX DE OLIVOLA – JARDIM SAO PAULO
RUA ALFREDO DUARTE FILHO – JARDIM SAO PAULO
RUA DR GUSTAVO PINTO – JARDIM SAO PAULO
RUA DOM PEDRITO – AREIAS
RUA SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE – AREIAS
RUA DR VILAS BOAS – AREIAS
RUA ARRUDA BELTRAO – AREIAS
RUA PARENTE VIANA – AREIAS
RUA MIL NOVECENTOS E ONZE – JARDIM SAO PAULO
RUA DR DEVALDO BORGES – JARDIM SAO PAULO
RUA JOAO ALVES CARNEIRO – JARDIM SAO PAULO
RUA JOSE DE ALMEIDA SEIXAS – JARDIM SAO PAULO
RUA DO TROLEY – MANGUEIRA
AV. IZABEL DE GOES – AREIAS
RUA PEDRO MELO – SAN MARTIN
RUA PANGARE – JARDIM SAO PAULO
RUA IMACULADA – JARDIM SAO PAULO
RUA JOAO DE ANDRADE – JARDIM SAO PAULO
RUA ITAI – JARDIM SAO PAULO
RUA REAL – JARDIM SAO PAULO
RUA REALEZA – JARDIM SAO PAULO
RUA LUIZ GUIMARAES – POÇO
RUA JOAO CAUAS – POÇO
RUA DR LUIZ RIBEIRO BASTOS – POÇO
RUA ENGENHEIRO OSCAR FERREIRA – POÇO
RUA PAULO DE PAULA LOPES – POÇO
RUA OLIVEIRA GOES – POÇO
RUA MONSENHOR LOBO – POÇO
RUA JOAO TEOBALDO DE AZEVEDO – POÇO
RUA JORGE DE ALBUQUERQUE – POÇO
RUA GIL CARNEIRO DA CUNHA – CASA FORTE
RUA FERNANDOPOLIS – CASA AMARELA
RUA MANOEL CAVALCANTE DE ALBUQUERQUE – CASA AMARELA
RUA CURUPAITI – CASA AMARELA
RUA DR TOME DIAS – CASA AMARELA
RUA JORNALISTA TRAJANO CHACON – ILHA DO LEITE
RUA DES ANTONIO GUIMARAES – ILHA DO LEITE
RUA ESPERANTO – ILHA DO LEITE
RUA MINAS GERAIS – ILHA DO LEITE
RUA SENADOR JOSE HENRIQUE – ILHA DO LEITE
RUA DR JOAO ASFORA – ILHA DO LEITE
RUA ELVIRA CARREIRA DE OLIVEIRA – ILHA DO LEITE
RUA PACIFICO DOS SANTOS – PAISSANDU
AV. PORTUGAL – PAISSANDU
RUA SAO FRANCISCO – PAISSANDU
RUA DOS PRAZERES – COELHOS
RUA BISPO CARDOSO AYRES – BOA VISTA
RUA MARQUES AMORIM – BOA VISTA
Talvez na pressa pouca gente perceba, mas na Rua João Lira, ao lado do Parque 13 de Maio, no centro do Recife, uma imagem que traduz bem a preferência pelos veículos e a total falta de atenção com o pedestre e o ciclista.
Nesta imagem, a fotógrafa Alcione Ferreira flagrou uma cena em que o ciclista pedala ao lado dos carros, mas cadê a calçada do pedestre? Ela simplesmente não existe. Infelizmente não é um caso isolado. Temos “n” situações desse tipo.
Outro caso emblemático é a Avenida Norte, um importante corredor de tráfego, onde o pedestre não tem vez. Ao longo da via, há calçadas com desníveis enormes e espaços sem continuidade do passeio. É o nosso Recife, mas pode ser diferente.
Matéria publicada no dia 29.05.11 (três meses antes da aprovação do projeto)
Tânia Passos
Diario de Pernambuco
Não se pode imaginar o Recife sem os rios. Mas comece a imaginar o Recife com os rios navegáveis. O sonho, quase romântico, de uma Veneza brasileira pode sim acontecer.
Mas não apenas pelo aspecto turístico de passeios sob as pontes. A navegabilidade dos rios passa a ser uma condição essencial de mobilidade para uma cidade travada pelo trânsito caótico.
Pela primeira vez, o rio está sendo encarado como um instrumento viável para o transporte hidroviário integrado ao ônibus e metrô.
A Secretaria das Cidades incluiu a navegabilidade dos três rios que cortam o Recife, Capibaribe, Beberibe e Tejipió, entre os quatro projetos que poderão receber recursos do PAC da Mobilidade este ano.
Orçado em R$ 398 milhões, o projeto aponta três eixos a serem explorados pelas hidrovias: as zonas Oeste, Norte e Sul.
Dos três eixos, a Zona Oeste é a mais viável para o transporte hidroviário de passageiros por causa da demanda existente. O Capibaribe é, na verdade, uma via paralela às avenidas Rui Barbosa e Rosa Silva, que estão com o trânsito saturado.
Imagine então trocar o caos do trânsito nessas duas vias por outra sem semáforos, engarrafamentos, buracos ou protestos e, de quebra, uma das mais belas paisagens da cidade.
Para se ter uma ideia do que pode significar na prática, a equipe do Diario conferiu em um catamarã o trajeto previsto para o eixo da Zona Oeste, que inclui cinco estações hidroviárias:
a estação central do metrô do Recife e o trecho das futuras estações do Derby, Plaza, Caiara e da BR- 101. Devido ao assoreamento a embarcação chegou até o penúltimo trecho.
Em uma conta simples, marcamos o tempo gasto pelo barco no trecho entre Casa Forte e Jaqueira, de apenas três minutos, e de Casa Forte até o Derby, de 10 minutos. É claro que de carro ou ônibus o tempo tende a ser muito maior devido aos engarrafamentos e semáforos.
De acordo com o projeto da Secretaria das Cidades, se aprovado o projeto de navegabilidade, o serviço de transporte público hidroviário será feito por meio de concessão, da mesma forma que ocorre com os ônibus.
O modelo das embarcações só será definido posteriormente em edital. Um dos critérios é que as embarcações sejam fechadas, climatizadas e com equipamento de segurança.
“Ao contrário dos ônibus, nenhum passageiro poderá ficar de pé. Serão todos sentados e com os equipamentos de proteção”, afirmou a secretária executiva das Cidades, Ana Suassuna.
O projeto prevê a dragagem do rio nas três rotas, recuperação das margens e remoção das palafitas. As cinco estações estarão integradas ao Sistema Estrutural Integrado (SEI).
“A gente quer uma confluência de modais dentro da estrutura da mobilidade. Todos os equipamentos estarão diretamente integrados: ônibus, metrô e o transporte fluvial, com o pagamento de uma passagem”, afirmou Suassuna.
Se o projeto da navegabilidade será mesmo ser executado vai depender ainda da seleção dos projetos. “O projeto da navegabilidade é importantíssimo e viável, mas se a gente tiver que optar vamos escolher o dos corredores de tráfego Norte/Sul, Leste/Oeste, Avenida Norte e da 4ª perimetral devido a demanda de transporte ser muito maior”, afirmou o secretário das Cidades, Danilo Cabral.
Um risco constante para quem dirige nas vias urbanas é se deparar com bueiros no meio da rua. Eles são usados como pontos de inspeção de galeria pluvial ou caixas de visitas para técnicos das companhias telefônicas ou elétricas. A importância deles é indiscutível, mas a localização e a falta de manutenção se tornam verdadeiras armadilhas.
Há dois aspectos a se discutir. O primeiro, no caso do Recife, é que não existe um plano diretor do nosso subterrâneo, então os bueiros são instalados de forma aleatória, seja no meio da rua, ou nas laterais. E, o segundo ponto é a péssima manutenção.
E aí são dois problemas: a ausência da tampa, na maioria das vezes, se torna um risco para o motorista atolar a roda do carro no buraco ou provocar um acidente. E também em relação ao pavimento, que não acompanha o mesmo nível da tampa e, com o aumento das camadas de asfalto, acaba ficando abaixo e passa a ser um buraco em pontencial.
O pior é que não existe uma legislação para regulamentar o uso do espaço subterrâneo. Algum político se habilita?
No resultado da última enquete, que trouxe à tona a discussão sobre o uso dos espaços públicos, ficou evidente que a maioria das pessoas não concorda em ser “obrigado” a pagar pelo uso das vias públicos na hora de estacionar. Na enquete 76% das pessoas responderam que são contra a cobrança por parte dos flanelinhas e 24% acreditam que o serviço deles deveria ser disciplinado pelo município para coibir os abusos.
E absolutamente ninguém respondeu que acha justo o pagamento e que o carro fica melhor guardado com a presença do flanelinha. Mas, no final das contas, sem que nenhuma providência seja de fato tomada, no sentido de permitir ou coibir essa prática, os motoristas estão por si e cada um vai se comportar e pagar o que achar conveniente. Nesse aspecto, porém, a prática tem mostrado que, em geral, as mulheres são mais vulneráveis às investidas dos flanelinhas e, na maioria das vezes, acabam pagando o preço que lhes é cobrado. Tá na hora de começar a dizer não!
Quase 30% da frota que circula no estado tem entre 15 e 40 anos de idade. Desse universo, os balzaquianos representam 20,62%. Parece incrível que carros com 40 anos ainda circulem na cidade. Ao contrário de outros países, o Brasil ainda não aprovou uma legislação que tribute a mais os veículos de acordo com a idade.
No estado, o índice mais otimista é da frota de até cinco anos, que representa quase 40%. Na estatística do Detran, não são contabilizados os veículos com menos de cinco anos. Ficam de fora, por exemplo, os carros novos. O comerciante Rogério Borba, 46 anos, comemorou a compra de uma S-10, zero. “Mesmo com o trânsito ruim, não há condições de enfrentar o transporte público”, afirmou.
O Detran emplaca por dia cerca de 1.200 veículos. Desses, cerca de 100 são usados e o restante novos. Outro dado que deve ser levado em conta na estatística do Detran é que existem pouco mais de 27 mil ônibus no estado, cerca de um milhão só de automóveis e mais de 700 mil motos. Já o transporte de carga é de 240 mil veículos.
Nós só “caminhamos” sobre rodas. O crescimento da frota no estado, que já ultrapassou a marca dos dois milhões de veículos, tem impactos maiores na Região Metropolitana do Recife, que chegou à marca de um milhão de veículos. Para se ter uma ideia, no estado a proporção é de um carro para 4,4 pessoas e na RMR é de 3,7. A Região Metropolitana também recebe fluxo do interior e de outros estados, ou seja, quase 70% do tráfego do estado.
E quase todo passa por dentro do Recife. O tráfego que a capital recebe não é apenas de automóvel – o transporte de carga tem sido um dos gargalos até então sem solução. Uma das esperanças é a implantação do anel viário, que deverá funcionar como uma quinta perimetral e vai ligar os litorais Norte e Sul, passando por fora das cidades. O projeto executivo deverá ser apresentado pelo estado em novembro.
Ao contrário dos maiores centros urbanos do país, o Recife ainda é muito condescendente com o tráfego pesado. Hoje não há nenhum tipo de restrição. Caminhões dos mais diversos tamanhos e eixos circulam em vias inimagináveis.
Na última quinta-feira, o Diario flagrou uma Scania de seis eixos e 30 toneladas tentando fazer uma manobra no Cais José Mariano. O local é um dos pontos de carga e descarga das madeireiras e recebe transportadoras de todo o Brasil.
O motorista da Scania, o paulista Oswaldo Tavares, 60 anos, esforçou-se para atrapalhar o menos possível. Não conseguiu. Sem espaço para fazer a manobra, ele acabou colidindo com o ônibus, que estava atrás tentando passagem na via estreita e já sem espaço.
“Eu buzinei, mas ele não escutou”, defendeu-se o motorista do ônibus, Edson Azevedo, 56 anos. Consciente da dificuldade, o paulista sabe que, na terra dele, esse tipo de operação seria impraticável.
“Em São Paulo é proibido circular na cidade com transporte de carga. Lá é preciso fazer o transbordo para veículos menores. Mas aqui não há essa restrição, por outro lado, é difícil para o motorista porque as ruas são estreitas”, admitiu.
Para o engenheiro e consultor de transporte urbano, Germano Travassos, o Recife está atrasado no quesito circulação viária de caminhões de carga. Ele aponta dois grandes gargalos desse tipo de transporte na cidade: o Cais José Mariano e o Cais do Porto.
O primeiro, em relação às madeireiras e o segundo devido as atividades, ainda existentes, na área portuária, cujo entorno é usado para as operações de carga e descarga.
O Diario flagrou na Avenida Martin Luther King, praticamente na frente da Prefeitura do Recife, um verdadeiro comboio de caminhões, alguns usando a área do passeio para efetuar a descarga de mercadorias. “É preciso fazer um estudo para remover esse tipo de veículo das vias urbanas.
No caso do Porto do Recife, talvez uma alternativa, que requer um estudo, seria usar a Avenida Norte como escape e seguindo pela BR-101. Mas no caso do Cais José Mariano, qualquer trajeto irá impactar”, revelou Travassos.
O diretor de operações da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), Agostinho Maia, disse que a legislação municipal permite a operação de carga e descarga para caminhões de até seis metros, no período das 7h às 20h. Ou seja, não impede nada. A lei se aplica na área do centro expandido, que compreende o trecho da Avenida Agamenon Magalhães até o Marco Zero.
À primeira vista pode parecer estranho, mas a foto acima mostra um agente de trânsito monitorando o tráfego do alto de um edifício, no centro de São Paulo. Com binóculo e rádio, ele se comunica com a Central de Engenharia de Tráfego (CET).
São os chamados PACs (Postos Avançados de Comunicação), criados desde a década de 1970 e atuais até hoje. Na capital paulista existem 13 postos de observação na área central.
E os bisbilhoteiros de plantão fazem muitas vezes o que as câmeras não conseguem. Aliás, elas não estão em todos os lugares. No caso de Recife são 66 equipamentos, sendo 27 com monitoramento online e em São Paulo mais de 300 para registrar o tráfego.
Mas são os Pacs que avisam à central quando um motorista faz besteira no trânsito. Que falta faz bisbilhoteiros desse tipo por aqui…