Para cada dólar gasto com ciclovias, as cidades economizam até R$ 62

 

Ciclovia de Boa Viagem - Foto Ricardo Fernandes DP/D.A.Press
Ciclovia de Boa Viagem – Foto Ricardo Fernandes DP/D.A.Press

Para cada dólar gasto com a construção de ciclovias segregadas, as cidades podem economizar até US$ 24 (R$ 62), graças à redução de custos com saúde, poluição e tráfego, de acordo com um estudo divulgado por pesquisadores da Nova Zelândia para a revista norte-americana científica Environmental Health Perspectives, do Instituto Nacional de Ciências de Saúde Ambiental.

“No momento em que a maioria das cidades está dominada pelos carros, é fácil justificar o dinheiro gasto com novas estradas como resposta à crescente utilização do automóvel, apesar dos impactos negativos que isso traz ao meio ambiente e à saúde das pessoas, agora e no futuro”, explica Alexandra Macmillan, principal autora do estudo, da Universidade de Auckland, em entrevista ao site Co.Exist. “Nós queríamos explorar algumas escolhas políticas que são realistas, a preços acessíveis, transformadoras e saudáveis”, acrescenta.

No artigo “Os custos sociais e os benefícios da bicicleta: simulando os efeitos de políticas específicas a partir de sistemas de modelos dinâmicos”, seis pesquisadores analisaram a cidade de Auckland, a maior da Nova Zelândia, usando métodos da agência de transporte local para calcular índices indicativos de custo-benefício em dólares neozelandeses para diferentes investimentos em ciclovias.

“Em nossos pressupostos de modelos primários, os benefícios de todas as políticas de intervenção superam os danos, entre 6 até 24 vezes”, concluem os pesquisadores no artigo. “Estima-se que essas mudanças trariam grandes benefícios para a saúde pública nas próximas décadas, em dezenas de dólares para cada dólar gasto em infraestrutura. Os maiores benefícios serão a redução da mortalidade por todas as causas”, completam.

Além disso, os autores também observaram que se a Prefeitura de Auckland construísse uma rede de ciclovias segregada e diminuísse as velocidades de tráfego, tais medidas poderiam aumentar o ciclismo em 40% até 2040. No entanto, caso optasse por adicionar pistas apenas em alguns poucos pontos estratégicos, isso só aumentaria o tráfego de bicicletas em 5%.

Embora já existam pesquisas que sustentem que andar de bicicleta nos faz mais felizes, mais saudáveis e até mesmo aumenta a lucratividade de negócios locais, este estudo é pioneiro em concluir como investimentos em infraestrutura cicloviária podem trazer retornos financeiros para as cidades em longo prazo, além do bem-estar físico, social e ambiental.

Quanto maior o número de pessoas que andam de bicicleta, maior a redução de custos de cuidados de saúde.

Embora o estudo ternha se concentrado em Auckland, os pesquisadores acreditam que os princípios gerais se aplicam a outras cidades onde os carros dominam. “Auckland é muito semelhante em design e padrões de transporte de muitas cidades norte-americanas, por isso, esperamos que nossos resultados sejam relevantes também para outros lugares”, explica MacMillan. “Acredito que a maré esteja mudando, tanto na Nova Zelândia quanto em muitos outros países que têm negligenciado a bicicleta nas duas últimas décadas”, completa Alastair Woodward, co-autor do estudo.

Fonte: Embarq Brasil

Agentes de trânsito têm fé de ofício

 

 

Multa Trânsito - Foto - Teresa Maia DP/D.A.Press
Agente de trânsito aplicando multa – Foto – Teresa Maia DP/D.A.Press

A presunção da legimidade e veracidade são fundamentais para o funcionamento da administração pública. Talvez por isso, tenha se criado uma ferramenta de fácil uso: a fé de ofício, que pressupõe a verdade legítima e sem mácula do servidor público na sua função ou do administador. E espera-se que assim seja. Mas quando isso não ocorre e o agente usa de má-fé não há muito o que o cidadão comum possa fazer. Aqui não cabe o princípio básico do direito de que somos inocentes até que se prove o contrário. Na administração pública, somos culpados até provarmos a inocência.

Resolvi trazer esse assunto à tona porque testemunhei o modus operandi de dois agentes de trânsito de Caruaru. Por ser caruaruense e manter contato frequente com a cidade, já conhecia a fama da Destra, nome esquisito para órgão de trânsito da cidade, que se define por Autarquia Municipal de Defesa Social, Trânsito e Transporte. Ainda não entendi a parte da defesa social.

Mas voltando ao fato do qual fui testemunha, vi no momento em que uma viatura da Destra parou para multar um veículo estacionado em local proibido na Rua 15 de Novembro. Embora o motorista não tivesse descido do carro, a infração era cabível.
Mas estranhei o procedimento dos agentes que estacionaram atrás do motorista infrator para aplicar-lhe a multa, sem que houvesse nenhuma preocupação em orientá-lo a sair do local para permitir a melhor fuidez do tráfego. Ao contrário, também ficaram estacionados em local impróprio, embora tenham prerrogativas para tal. O motorista só percebeu que estava sendo multado após ter sido advertido por um transeunte.

A cena seguinte se deu com o motorista e a mulher dele tentanto explicar em vão a diferença entre estacionar e não descer do carro. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) faz essa distinção apenas para embarque e desembarque, mas não define um tempo para o procedimento o que acaba gerando confusão na cabeça dos motoristas que acreditam ser suficiente ficar dentro do carro.

Parecia que os argumentos do casal tinham surtido efeito. Para encerrar a discussão, os agentes de trânsito concordaram que o casal estava certo. Os dois saíram com a certeza de que estacionar e não sair do carro era um ato legítimo. Não era. Dias depois soube, que a multa que chegou não foi apenas da infração por estacionamento irregular, mas também de desobediência à autoridade de trânsito.

E fiquei me perguntando se a parte da desobediência se de deu quando os agentes orientaram o motorista a sair do local, o que não aconteceu, ou se foi a parte em que concordaram que os argumentos do casal estavam corretos. E não estavam. Que nome se dá a isso? Fé de ofício ou má-fé?

Acessibilidade comprometida em terminais integrados do Recife

Escada rolante para ampliar capacidade de acesso no TI Tancredo Neves na Copa, não foi instalada Foto Annaclarice Almeida DP/D.A.Press
Escada rolante para ampliar capacidade de acesso ao TI Tancredo Neves na Copa não chegou a ser instalada –  Foto Annaclarice Almeida DP/D.A.Press

Ainda estamos muito distantes de um ideal de acessibilidade dos equipamentos públicos. Mas a gente ainda consegue permanecer ruim, até em ambientes onde, em tese, a acessibilidade já deveria ser um quesito superado. Até o fim do ano, a Região Metropolitana do Recife terá 25 terminais de integração, que agregam em um mesmo ambiente metrô e ônibus.

Eles são fundamentais para duplicar a demanda de usuários do Sistema Estrutural Integrado (SEI) de 800 mil para 1,6 milhão. Só isso já deveria ser mais do que suficiente para os terminais funcionarem como foram projetados. Mas nem isso. Escadas rolantes sem funcionar e elevadores parados são cenas cada vez mais comuns em terminais recém-inaugurados.

Passava do meio-dia, fora do horário de pico, quando presenciamos a chegada de usuários ao Terminal Integrado Tancredo Neves para pegar o metrô. Uma escada rolante estreita congestionava com o volume de passageiros. Ao lado dela, uma outra escada, um pouco mais larga, estava desativada. “Essa escada foi trazida para ampliar o acesso no período Copa, mas nunca chegou a funcionar”, explicou um funcionário do metrô, que teve seu nome preservado.

Escada rolante do TI Tancredo para usuários que chegam na integração do ônibus foi desligada devido queda de energia no local - Foto Annaclarice Almeida DP/D.A.Press
Escada rolante do TI Tancredo para usuários que chegam na integração por ônibus foi desligada devido queda de energia no local – Foto Annaclarice Almeida DP/D.A.Press

A ida ao Tancredo Neves foi em razão de uma denúncia feita por meio do WhatsApp do Diario. A foto era de uma outra escada rolante, que também está sem funcionar, usada por usuários que chegam de ônibus e vão acessar o metrô, neste caso de responsabilidade do Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano. Foi lá que encontramos o aposentado Severino Ramos Pereira, 80 anos, que subia a passos lentos uma escada, que deveria transportá-lo. “Cansei”, disse ele quase sem fôlego.

Elevador do TI Tancredo Neves fica desligado a maior parte do tempo Foto Annaclarice Almeida DP/D.A.Press
Elevador do TI Tancredo Neves fica desligado a maior parte do tempo –  Foto Annaclarice Almeida DP/D.A.Press

Em uma outra situação, a aposentada Maria das Neves, 65 anos, tenta usar o elevador, que fica na parte do desembarque dos ônibus, também sem sucesso. “Eu aperto o botão só para conferir, mas sempre está desligado”, revelou. De acordo com a assessoria do Grande Recife, houve problemas de queda de energia no terminal e em razão disso os equipamentos foram desligados. Ainda não há previsão de voltar a funcionar.

Já a assessoria do metrô informou que a escada rolante desativada veio da China, mas chegou com dimensões diferentes e terá que ser devolvida ao fabricante. Também sem prazo para resolver, quatro meses após o fim da Copa. Quanto ao elevador, o metrô informou que por falta de ascensorista, o equipamento só é ligado no caso de pessoas com dificuldade de locomoção precisarem.

Fumar ao volante é infração de trânsito? veja o que diz o CTB

Na direção, o fumante deixa apenas uma das mãos ao volante. É aí que mora o perigo Foto; Reprodução/internet
Na direção, o fumante deixa apenas uma das mãos ao volante. É aí que mora o perigo Foto; Reprodução/internet

Por
Mariana Czerwonka

Ao observar o comportamento de condutores nas vias, percebemos quantos deles aproveitam o tempo no trânsito, parados ou não, para acender um cigarro. Mas a dúvida é se isso constitui ou não uma infração de trânsito.

O Código de Trânsito Brasileiro não trata especificamente esse tema, no entanto, o artigo 252 classifica como infração de trânsito de natureza média e passível de multa dirigir o veículo com o braço do lado de fora ou com apenas uma das mãos, exceto quando deva fazer sinais regulamentares de braço, mudar a marcha do veículo, ou acionar equipamentos e acessórios do veículo. Podemos então, interpretar esse artigo do CTB e dizer que é proibido fumar, assim como é proibido se maquiar e comer dirigindo- coisas que nos obrigam a tirar uma das mãos do volante.

Se for analisado o lado da segurança, dirigir e fumar ao mesmo tempo poderia desviar a atenção do condutor, assim como o celular. Por exemplo, ao acender o cigarro, o condutor desvia os olhos do trânsito para enxergar a posição correta do filtro, além de que, se o cigarro cai no interior do veículo, o motorista na tentativa de apagá-lo pode se distrair e causar um acidente. Outro perigo é que o condutor pode, pelo fato de estar fumando, não ter uma reação adequada, diante de uma situação imprevista.

Sem levar em consideração a saúde do motorista, que é um assunto muito sério e que merece um post especial, o mais correto, nesses casos, é parar o veículo e fumar sem colocar em risco a segurança do trânsito. Prevenir é sempre o melhor remédio.

Fonte : Blog Portal do Trânsito

O aceno do pedestre para pedir passagem na faixa pode virar lei

 

Pedestre pede passagem na faixa - Foto foto: Artur Moser/Reprodução internet
Pedestre pede passagem na faixa – Foto foto: Artur Moser/Reprodução internet

O gesto com o braço para solicitar a parada dos veículos e permitir ao pedestre atravessar a rua na faixa sinalizada, já praticado em Brasília, pode ser adotado em todo o país. Substitutivo a projeto que inclui essa norma no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) foi aprovado nesta quarta-feira (29) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

O aceno seria exigido para travessias em faixas onde não existam semáforos. Nesses casos, na capital federal, normalmente basta o pedestre sinalizar previamente com a mão para que os motoristas concedam a preferência de passagem. Para a autora da proposta (PLC 26/2010), deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), as vantagens  da norma para a segurança justificam sua adoção em todo o país.

Em análise favorável, o relator, senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), disse tratar-se “de medida simples e que não implica em custos adicionais, podendo ser facilmente replicada de norte a sul do Brasil”.

O relator, no entanto, apresentou substitutivo com modificações ao texto. Ele retirou dispositivo que exigia que o pedestre esperasse por outras pessoas para atravessar “vias de grande fluxo”. Valadares argumenta que o texto não determina o que são vias de grande fluxo nem estabelece a quantidade de pessoas que devem atravessar em bloco.

Ele observou que, nas vias onde a paralisação ocasionada pela travessia dos pedestres é mais constante, outras medidas podem ser adotadas, como a instalação de semáforo para pedestres, a alocação de um agente de trânsito nos períodos mais críticos ou mesmo a instalação de túnel ou passarela.

Valadares também suprimiu a indicação para que o “gesto do pedestre” passe a constar do Anexo II do CTB. O relator observou que o anexo é ilustrado por figuras e que o projeto não encaminha o desenho a ser inserido. Por isso, sugeriu que o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) seja responsável por ajustar o anexo, “na forma que entender ser a tecnicamente mais apropriada”.

O relator também apresentou ajuste na forma como o gesto com o braço para sinalizar travessia de pedestre será incluído no Código de Trânsito Brasileiro. O substitutivo de Valadares será submetido a nova votação em turno suplementar na CCJ e terá de voltar à Câmara dos Deputados, para exame das alterações.

Educação

A deputada Perpétua Almeida admite na justificação que o respeito ao sinal de pedido de passagem nas faixas dependerá de “boa dose de educação” por parte de pedestres e motoristas. Contudo, ela acredita que, a partir da normatização do gesto, haverá estímulo para a disseminação da nova conduta, com resultados tão bons quanto os que foram obtidos na capital federal.

A adesão ao chamado “sinal de vida” é motivo de orgulho para os habitantes do Distrito Federal. Mesmo assim, campanhas para estimular a preservação do respeito ao pedido de passagem continuam sendo feitas com regularidade. De acordo com pesquisa do órgão de trânsito, ao redor de 12% dos condutores ainda desrespeitam o direito dos pedestres.

Com informações da Agência Senado

Fonte: Portal do Trânsito

Arco metropolitano, contorno dos litorais Norte e Sul de PE, em 2015

 

Primeiro trecho do Arco Metropolitano terá 75km e corta as BRs-101, 232 e 408 Foto- Zilene Correia/Divulgação
Primeiro trecho do Arco Metropolitano terá 75km e corta as BRs-101, 232 e 408 Foto- Zilene Correia/Divulgação

Por
André Clemente

A obra do Arco Metropolitano poderá sair do papel a partir de 6 de janeiro de 2015. Ontem, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) cumpriu, a priori, a responsabilidade de entregar o estudo que inclui o relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) para a construção do primeiro bloco da estrada, que trata dos 75 quilômetros do Lote 2 do projeto. Mas o calendário obrigatório a ser seguido até o parecer conclusivo de viabilidade da obra não sai antes dessa data. O processo põe fim à esperança do Dnit de iniciar as obras ainda em 2014. O Lote 1, cujo projeto está em reelaboração para desviar de áreas ambientais, pode ter um aumento significativo de tamanho. Um desvio pode levar a extensão total da estrada para 150km ao invés de 77km.

O EIA-Rima era pendência do órgão federal para a CPRH, que havia recomendado alterações e mais clareza no primeiro bloco do projeto. Segundo o diretor-presidente da CPRH, Paulo Teixeira, caso o documento entregue esteja a contento, a publicação do edital de divulgação do Rima será em 5 de novembro, dando início ao calendário oficial até a licença prévia. “Em 12 de dezembro, será feita audiência pública para ter retorno da sociedade sobre o ‘novo’ traçado e, em 15 de dezembro, sairá o parecer preliminar de viabilidade do empreendimento. Estando tudo de acordo, o parecer será emitido no dia 5 de janeiro, com licença prévia emitida no dia subsequente. Já para o segundo trecho, estamos aguardando o projeto”, detalhou.

O primeiro trecho trata de uma etapa menos complexa e com traçado já previamente aprovado. Ele terá 75 quilômetros, corta as BRs-101, 232 e 408 e não possui muitos entraves nas áreas de vegetação. “As recomendações que fizemos ao Dnit eram relacionadas a mais detalhes quanto à fauna e à flora a serem atingidas pela obra, que impactos diretos a rodovia irá trazer”, detalhou o presidente. “A segunda etapa está em readaptação de traçado para livrar a Área de Proteção Ambiental (APA) Aldeia – Beberibe e deve ter 75km”.

Teixeira explicou que o formato de contratação da obra permite entregar as etapas em sequência. “Por se tratar de um RDC (Regime Diferenciado de Contratação), é possível contratar separadamente. Inclusive, é possível acelerar o processo de início de obra com a contratação da empresa paralelamente à emissão da licença.” A obra do Arco é promessa do governo federal como contrapartida à instalação da Fiat na Mata Norte, região do estado limitada à BR-101 para escoamento de produção.

Fonte: Diario de Pernambuco

CTTU vai ampliar fiscalização eletrônica nos corredores de tráfego

Radar eletrônico na Avenida 17 de agosto, no Recife Foto Guilherme Veríssimo DP.D.A.Press
Radar eletrônico na Avenida 17 de agosto, no Recife Foto Guilherme Veríssimo DP.D.A.Press

O Recife dispõe de 46 equipamentos eletrônicos de fiscalização no trânsito, incluindos os três novos radares que vão passar a multar os infratores a partir do dia 1º de novembro. A meta da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) é  de instalar mais 203 radares eletrônicos ao longo de 2015. A licitação que incluiu todos os equipamentos em um único pacote, prevê, prioritariamente, a instalação nos corredores de faixa exclusiva de ônibus e dos dois corredores de BRT.

Os aparelhos estão localizados na Avenida 17 de Agosto, no bairro do Monteiro; Avenida Doutor José Rufino, na Estância e Rua Guilherme Pinto, no bairro das Graças. Os cruzamentos também contam com refletores de LED, que acenderão quando o semáforo fechar para os veículos, para uma travessia mais segura aos pedestres.

Os pontos de fiscalização estão próximos a escolas e, no caso da Rua Guilherme Pinto, ao Instituto de Cegos de Pernambuco, onde há um fluxo alto de pedestres, crianças e deficientes visuais, mais vulneráveis a acidentes de trânsito.

CTTU licitou 206 equipamantos de fiscalização. Os corredores de Faixa Azul e BRT serão contemplados Foto Guilherme Veríssimo DP/D.A.Press
CTTU licitou 206 equipamantos de fiscalização. Os corredores de Faixa Azul e BRT serão contemplados Foto Guilherme Veríssimo DP/D.A.Press

A CTTU pretende implantar 50 quilômetros de Faixa Azul. Até agora estão em operação 22 km. “Nós vamos avançar na delimitação dos corredores exclusivos a medida que os novos radares forem disponibilizados”, ressaltou a presidente da CTTU, Taciana Ferreira. Os radares irão registrar infrações por excesso de velocidade, parada sobre a faixa de pedestre, avanço de semáforo e no caso dos corredores invasão do espaço destinado ao transporte público.

As infrações por excesso de velocidade variam de acordo com a velocidade que o condutor ultrapassar o equipamento de fiscalização (60 km/h e 40km/h). As multas vão de R$ 85,13 a R$ 574,62, além dos pontos registrados na Carteira de Habilitação.

Já os veículos flagrados avançando o semáforo ou parados sobre a faixa de pedestre, estarão sujeitos a multas de R$ 191,54 e 7 pontos na CNH e de R$ 85,13 e 4 pontos na CNH, respectivamente. “A tendência é de um número decrescente de multas. Com a fiscalização eletrônica os motoristas tendem a respeitar mais e com o tempo há uma redução nas infrações”, revelou Taciana Ferreira.

Saiba Mais

Sistema de identificação veicular  com leitura das placas
– Identifica veículos com restrição de circulação
– Permite estatística do tempo de percurso
– Identifica a velocidade média dos veículos
– Registra a placa dos veículos que avançarem o sinal vermelho
– Registra a placa dos veículos que estacionarem na faixa de pedestre

Ampliação dos equipamentos de fiscalização:
46 equipamentos existem atualmente
203 novos equipamentos serão instalados nos cruzamentos da cidade
72 câmeras auxiliam no monotiramento do tráfego em tempo real

Algumas das principais avenidas que reberão os equipamentos:
– Avenida Sul
– Avenida Domingos Ferriera
– Avenida Caxangá
– Avenida Mascarenhas de Moraes
– Avenida Beberibe
– Avenida Dois Rios
– Avenida Norte
– Avenida Agamenon Magalhães
– Avenida Conselheiro Rosa e Silva
– Avenida Herculano Bandeira
– Rua Cosme Damião
– Rua Cônego Barata
– Estrada dos Remédios
– Avenida Visconde de Albuquerque
– Estrada Velha de Água Fria

Fonte: CTTU

Estrada de Sítio Novo, uma via de caos esquecida por Olinda e Recife

Avenida Luís Corrêa Brito, também conhecida como Estrada de Sítio Novo, entre Olinda e Recife. Dois municípios e nenhuma providência - Foto: Ivan Melo DP/D.A.Press
Avenida Luís Corrêa Brito, também conhecida como Estrada de Sítio Novo, entre Olinda e Recife. Dois municípios e nenhuma providência – Foto: Ivan Melo DP/D.A.Press

Por

Anamaria Nascimento

Localizada no limite entre o Recife e Olinda, a Avenida Luís Corrêa Brito sofre com a desordem na sinalização, péssimas calçadas e trânsito caótico. O endereço pertence às duas cidades. O lado esquerdo da via no sentido Estrada de Belém – Av. Presidente Kennedy está no bairro de Campo Grande, na capital. O lado oposto faz parte de Sítio Novo, Olinda.

A confusão não fica só no endereço. Buracos, pedestres atravessando entre carros em alta velocidade, ausência de pintura indicando que a via é mão dupla e lombadas sem sinalização completam o cenário de desorganização na avenida, que é uma das principais alternativas para quem quer seguir do Recife até Olinda sem passar pela Avenida Agamenon Magalhães.

A falta da faixa amarela sinalizando que os veículos trafegam nos dois sentidos é a principal crítica dos motoristas que passam pelo local. De acordo com a CTTU, 11 mil veículos circulam pela avenida que liga a Estrada de Belém à Presidente Kennedy diariamente. O taxista Pedro Paulo Moutinho, 41, é um deles. “Carros ficam estacionados dos dois lados da pista e, como o asfalto não está pintado, muitos veículos passam na contramão”, reclamou.

Ruim para motoristas, pior para os pedestres. Segundo a comerciante Cristiane Cordeiro, quem anda a pé pela avenida chega a ficar 10 minutos esperando para atravessar. “Em nenhum trecho você encontra uma faixa”, criticou. Quem anda de bicicleta também coleciona queixas. “Os motoristas não respeitam. Já quebrei uma perna depois de cair”, contou o pedreiro Ivanildo Silva, 43.

A CTTU informou que vai enviar uma equipe ao trecho que pertence ao Recife, para verificar a sinalização. Constatada a necessidade, a via receberá pintura e novas placas, respondeu o órgão. De acordo com a companhia, estudos técnicos na área estão sendo realizados. “Parte desses estudos já foi concluída, permitindo a implantação de um semáforo localizado no cruzamento com a Avenida Professor José dos Anjos, no início do mês de outubro.”

Já a Prefeitura de Olinda informou que instalou semáforo no entorno da Avenida Presidente Kennedy. As ações incluíram ainda a implantação de sinalização na Avenida Antônio da Costa Azevedo, Peixinhos, continuação da Luís Corrêa de Brito.

Os 25 terminais integrados do Grande Recife só vão operar todos em 2015

Terminal da 3ª Perimetral na Avenida Caxangá - Foto: Bernardo Dantas DP/D.A.Press
Terminal da 4ª Perimetral na Avenida Caxangá – Foto: Bernardo Dantas DP/D.A.Press

Dos 25 terminais integrados do Sistema Estrutural Integrado (SEI), seis ainda precisam ser entregues à população. A Secretaria das Cidades, contudo, garantiu que todos serão entregues até dezembro de 2014. Mas a operação só deve ocorrer no início de 2015. O TI Santa Luzia é o mais adiantado: as obras já foram concluídas mas falta o Grande Recife Consórcio montar a rede de linhas abastecedoras para que o terminal entre em operação. O mais atrasado é o TI Prazeres, em Jaboatão, com 70% das obras concluídas.

Terminal da 4ª Perimetral na Av. Caxangá Foto: Bernardo Dantas DP/D.A.Press
Terminal da 3ª Perimetral na Av. Caxangá Foto: Bernardo Dantas DP/D.A.Press

Segundo o secretário de Cidades, Evandro Avelar, a expectativa é que em 2015, com a entrega dos terminais da 3ª e 4ª Perimetral, a mobilidade na Avenida Caxangá – hoje caótica – possa melhorar. Esses dois terminais estão com 80% das obras concluídas. “A Avenida Caxangá é um dos exemplos de como o trânsito vai melhorar quando esses terminais entrarem em operação. Nessa via só vai circular o BRT, pois as linhas convencionais vão integrar no TI da 3ª e da 4ª Perimetral”, diz Avelar.

Essas duas integrações devem receber 90 mil passageiros por dia. Outros lugares, cujo trânsito deve ser beneficiado com a operação dos novos terminais, são o Derby e a Avenida Conde da Boa Vista. “O TI Abreu e Lima, que faz parte do corredor Norte/Sul, também está em fase final e deve ser entregue até dezembro”, acrescenta o secretário de Cidades.

Terminal Joana Bezerra Foto Bernardo Dantas DP/D.A.Press
Terminal Joana Bezerra Foto Bernardo Dantas DP/D.A.Press

Já o terminal Joana Bezerra, que será o terceiro maior da Região Metropolitana do Recife, está com 95% das obras concluídos e deve ser entregue em dezembro. Só ele deve receber 67 mil usuários diariamente. “Os novos terminais significam mais conforto e o aumento na oferta de deslocamento para os passageiros do SEI, economizando o número de passagens pagas por viagens”, pontuou Avelar. As avaliações das obras foram feitas após vistoria realizada na semana passada.

Após a conclusão desses terminais, Evandro Avelar adiantou que as integrações mais antigas, como o TI Macaxeira, devem receber melhorias. “O TI Barro é um exemplo. Já entregamos a segunda etapa. Na Macaxeira, pretendemos ampliar e dar mais conforto”, disse o secretário. Com os 25 terminais em operação, a expectativa é que o SEI receba 1,6 milhões de passageiros/dia.

Saiba mais

TI III Perimetral
Demanda: 40 mil passageiros/dia Nº de Linhas: ainda em análise Bairros beneficiados: Cordeiro, Iputinga, Madelena, Prado, Torre, Zumbi, Engenho do Meio, Torrões, Caxangá.

TI da IV Perimetral
Demanda: 53 mil passageiros/dia Nº de linhas: 11 linhas Bairros/comunidades beneficiadas: Cidade Universitária, Brasilit, Jardim Primavera, Tabatinga, UR -07, Loteamento Cosme e Damião, Timbi.

TI Joana Bezerra
Demanda: 67 mil usuários/dia Nº de Linhas: Oito linhas Bairros/Comunidades: Boa Viagem, Joana Bezerra, Candeias, Jardim Brasil, IMIP e o Centro do Recife.

TI Prazeres
Demanda: 20 mil passageiros/dia Nº de Linhas: nove linhas Bairros/comunidades: Prazeres e adjacências*

TI Santa Luzia
Demanda: 17 mil passageiros/dia Nº de linhas: oito linhas Bairros/comunidades: em montagem*

25 terminais

Formarão o Sistema Estrutural Integrado atualmente

O Grande Recife Consórcio informou que estão revendo e estudando as comunidades que serão atendidas pelos TIs Prazeres e Santa Luzia.

Fontes: Secretaria das Cidades e Grande Recife Consórcio.

Ponte para pedestre e ciclista, primeira experiência de São Paulo

 

Ponte da Casa Verde, em SP: lombofaixa para travessia - Foto : Regina Rocha/ Reprodução internet
Ponte da Casa Verde, em SP: lombofaixa para travessia – Foto : Regina Rocha/ Reprodução internet

A equipe do Mobilize foi conferir in loco, e de bike, a nova estrutura voltada a ciclistas e pedestres que vem sendo implantada, como um projeto piloto, pela Prefeitura de São Paulo sobre a ponte da Casa Verde, na zona norte da capital.

Obras ainda incompletas, já era intenso o movimento de ciclistas, pessoas fazendo caminhada, corrida ou simplesmente passeando com os filhos. Uma mudança surpreendente para um trecho que até dias atrás era um ‘muro de berlim’, onde o acesso dos carros em alta velocidade afastava e punha medo em muito cidadão sensato.

A obra faz parte de uma série de intervenções anunciada no início de outubro pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) para dar mais segurança a quem passa a pé ou de bike nas 12 pontes sobre os rios Tietê e Pinheiros.

O projeto de adequação desses locais até então esquecidos para o tráfego das bicicletas surgiu junto, ou motivado, pela campanha Adote uma Ponte, da Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade), apoiada pelo Mobilize.

Fonte: Portal Mobilize