Obras de BRT na Região Metropolitana do Recife sem prazo de conclusão

Obras incompletas do corredot Leste/Oeste no Recife Foto Rafael Martins DP/D.A.Press
Obras incompletas do corredot Leste/Oeste no Recife Foto Rafael Martins DP/D.A.Press

Por

Anamaria Nascimento

Mais atrasos nas obras dos dois corredores de BRT da Região Metropolitana do Recife. Depois do anúncio em março, de que o corredor Norte/Sul – de Igarassu ao Centro do Recife – ficaria pronto em dezembro deste ano, a Secretaria das Cidades informou que “não há prazo estipulado” para a conclusão das obras. Sem data de conclusão também para o corredor Leste/Oeste, que vai de Camaragibe até a área central da capital pernambucana. Quando lançados, em 2010, os corredores exclusivos de ônibus deveriam ficar prontos para a Copa do Mundo de 2014.

Estação de BRT da Benfica com obras paradas Foto Rafael Martins DP/D.A.Press
Estação de BRT da Benfica com obras paradas Foto Rafael Martins DP/D.A.Press

De acordo com o cronograma inicial do Programa Estadual de Mobilidade Urbana (Promob), o Leste/Oeste seria entregue em dezembro de 2013. E o Norte/Sul ficaria pronto três meses depois, em maio de 2014. De lá para cá, várias datas foram divulgadas. Em março deste ano, o secretário das Cidades, André de Paula, disse que, “se tudo corresse de acordo com o previsto”, até o fim deste ano “a maioria das intervenções seria concluída”. Segundo ele, essa era uma exigência do governador Paulo Câmara, que havia definido os trabalhos de mobilidade como prioridade número 1.

O Diario visitou estações inacabadas. No corredor Norte/Sul, a Estação Complexo do Salgadinho, que está pronta, ainda necessita de conclusão do sistema viário do entorno para começar a operar. Rodeada de tapume e com um matagal crescendo ao seu redor, a estação permanece fechada. A Estação da Benfica, do corredor Leste/Oeste, está com as obras completamente paradas.

Fonte: Diario de Pernambuco

Estação de BRT do Complexo Salgadinho não teve o entorno concluído Foto Rafael Martins DP/D.A.Press
Estação de BRT do Complexo Salgadinho não teve o entorno concluído Foto Rafael Martins DP/D.A.Press

Sobre os atrasos, a Secretaria das Cidades informou que está finalizando a contratação da empresa para concluir as obras do Leste/Oeste e abandonadas pelo consórcio de empresas contratado para a execução dos serviços. Com relação ao corredor Norte-Sul, a Secid está buscando uma programação com a empresa para finalizar os serviços. Mas sem definir prazo.

Frota de ônibus está ociosa

O atraso na conclusão das obras do BRT causa prejuízos aos veículos que já estão prontos para rodar, mas que permanecem ociosos. Nas garagens das empresas do Consórcio Conorte – formado pelas operadoras Itamaracá, Rodotur e Cidade Alta e que opera no corredor Norte/Sul – 26 coletivos novos estão sem uso há um ano e três meses.

No total, são 88 BRTs do consórcio, dos quais 62 estão rodando. “Temos um custo de manutenção porque esses ônibus se desgastam pelo não uso. Colocamos os veículos para circularem internamente nas garagens para retardar esse desgaste”, explicou o diretor institucional da Conorte, Gbson Pereira, sem precisar, no entanto, o valor mensal do prejuízo. A frota parada fica dividida nas garagens das três empresas do consórcio.

Segundo Gbson, o preço de um ônibus que opera no sistema BRT é três vezes maior que um convencional. Já os custos de operação dos veículos são de 30 a 40% maiores que os dos ônibus tradicionais. “A licitação previa um sistema de operação integrada e com vias segregadas. Sem as vias segregadas, a operação, que custa caro, é comprometida”, afirmou Pereira.

 

Pedestres sem vez na Avenida Cruz Cabugá, corredor do BRT no Recife

Ser pedestre na Avenida Cruz Cabugá não exige apenas disposição para superar a ausência de passeios seguros, mas também um pouco de sorte. Até mesmo para quem não vai atravessar a via de um lado para outro, mas deseja apenas caminhar no sentido do fluxo.

Falta calçada na Avenida Cruz Cabugá ao lado de uma das estações de BRT. Foto: Guilherme Veríssimo DP/D.A.Press
Falta calçada na Avenida Cruz Cabugá ao lado de uma das estações de BRT. Foto: Guilherme Veríssimo DP/D.A.Press

Um trecho complicado para quem anda a pé fica entre a Avenida Norte e a Rua Araripina, entre três quarteirões e quase um quilômetro de extensão. A opção de acessibilidade é zero e os pedestres enfrentam riscos por serem obrigados a caminhar na pista em um dos principais corredores de tráfego da Zona Norte e por onde passa o corredor Norte/Sul.

Há pelo menos duas situações que são emblemáticas e que tiveram ações diretas do poder público para resolver questões pontuais sem levar em conta as necessidades de deslocamento do pedestre. Em um dos pontos, nas imediações faixa de pedestre da estação do BRT na esquina da Rua Araripina, em um dos lados não existe calçada e o percurso é feito entre um trecho de areia da obra inacabada da Secretaria das Cidades, ou pela pista mesmo.

De acordo com o secretário executivo da pasta, Gustavo Gurgel , a calçada que falta será feita entre o fim de maio e começo de junho. “Teremos a calçada pronta quando a estação começar a funcionar”, afirmou. Até lá, fica como está.Para quem continua o percurso no sentido da Avenida Norte, ou faz o caminho inverso, irá se deparar também com outra situação. Dessa vez, entre a Rua 24 de agosto e a Avenida Norte, cujo quarteirão teve toda a calçada interditada em razão de risco de desabamento de uma marquise.

A ação foi feita por recomendação da Defesa Civil do município. Em nota, a Secretaria de Controle Urbano e Mobilidade justifica a interdição para evitar risco para pedestre. Só não oferece alternativa de separar parte da pista para quem faz a caminhada seguindo a sua linha de desejo.“É bastante complicado andar por aqui. A gente tem que olhar se vem carro e dar uma carreira para não ser atropelado”, Berenice Pereira, 30 anos, operadora de telemarketing

Pedestres se arriscam pela pista na Avenida Cruz Cabugá. Um quarteirão foi interditado por causa da ameaça de desabamento de uma marquise. E as pessoas não tem por onde passar. Foto: Guilherme Veríssmo DP/D.A.Press
Pedestres se arriscam pela pista na Avenida Cruz Cabugá. Um quarteirão foi interditado por causa da ameaça de desabamento de uma marquise. Foto: Guilherme Veríssmo DP/D.A.Press

Sem opção, o pedestre se arrisca entre os veículos. E para piorar o trecho interditado da marquise é uma parada de ônibus e os usuários são obrigados a seguir pela pista. “A gente pode se livrar da marquise, mas pode ser atropelado por um ônibus”, criticou a supervisora Michele Silva, 24 anos. Ainda segundo a assessoria, o pedestre tem a opção de atravessar para o outro lado da pista e seguir pela calçada oposta. Simples assim.

Saiba Mais

Perfil da Avenida Cruz Cabugá
– 22 mil veiculos circulam pela via
– 240 mil pessoas transportadas
– 58 linhas passam pela via
– 6 estações de BRT do corredor Norte/Sul
– 4  estações de BRT estão em operação

Fonte: CTTU e Grande Recife

Acessibilidade é um dos pontos fracos do BRT do Recife no Norte/Sul

 

Acessibilidade das estações de BRT do corredor Norte/Sul apresenta problemas para pedestres e cadeirantes Foto Tânia Passos DP/D.A.Press
Acessibilidade das estações de BRT do corredor Norte/Sul apresenta problemas para pedestres e cadeirantes Foto Tânia Passos DP/D.A.Press

A acessibilidade dos pedestres às estações de BRT do corredor Norte/Sul é hoje um dos desafios da obra, que tem como novo prazo de conclusão o mês de maio. Mesmo com um desenho já definido da PE-15, rodovia estadual onde foi implantado o corredor Norte/Sul, a logística da acessibilidade das estações de BRT – inseridas no canteiro central da via – apresenta soluções complicadas para o pedestre e pior ainda para os cadeirantes, pela topografia do terreno.

Falta continuidade das passagens dos pedestres e eles fazem seus próprios caminhos Foto Tânia Passos DP/D.A.Press
Falta continuidade das passagens dos pedestres e eles fazem seus próprios caminhos Foto Tânia Passos DP/D.A.Press

O Diario visitou as estações da PE-15 no trecho entre Olinda e Paulista. Nas quatro primeiras estações localizadas no sentido Paulista, as faixas de pedestre já foram pintadas. Em uma delas, já foi construído um pórtico, onde deverá ser instalado um semáforo. Nas outras, há sinais próximos que poderão ser relocados para as faixas.

Duas estações no trecho de Olinda são mais complicadas para os cadeirantes por causa do terreno. As estações ficam em um nível bem abaixo das pistas de rolamento do tráfego misto. E o corredor central fica separado entre dois paredões. Para fazer a acessibilidade foram construídas rampas acompanhando a descida do terreno até as estações. Além de estreitas e em desenho pouco flexível para um cadeirante, elas também apresentam uma alta declividade entre a rodovia e a calçada, o que pode impossibilitar, na prática, o acesso do cadeirante.

As rampas para os cadeirantes apresentam curvas pouco flexíveis e alta declividade Foto Tânia Passos DP/D.A.Press
As rampas para os cadeirantes apresentam curvas pouco flexíveis e alta declividade Foto Tânia Passos DP/D.A.Press

Outro problema é a falta de continuidade do traçado a ser feito pelo pedestre. Em vários momentos flagramos pedestres fora da faixa, que tem o desenho interrompido. A faixa começa em uma via e a continuação dela para a seguinte fica mais acima ou mais abaixo, dependendo do sentido. “Se for para atravessar na faixa eu tenho que subir até perto da estação. Como já estou na metade do caminho, eu sigo em frente”, afirmou a comerciante Meirevalda Silva, 43 anos.

Uma passagem estreita em forma de corredor é a opão de acesso à estação dos Bultrins Foto: Tânia Passos DP/D.A.Press
Uma passagem estreita em forma de corredor é a opão de acesso à estação dos Bultrins Foto: Tânia Passos DP/D.A.Press

Perto da casa onde mora, a aposentada Anita Rodrigues, 84, aguarda o ônibus na PE-15. Ela ainda não usa o BRT, cuja estação Francisco de Assis, em Paulista, não está pronta. Por causa da declividade do terreno, está sendo instalada uma passarela de ferro, que ao invés de tranquilizá-la trouxe mais apreensão. “Era mais fácil quando a parada ficava na calçada. Acho complicado ter que subir essa passarela, mas com a estação do outro lado, não tem outro jeito”, revelou.

De acordo com a Secretaria das Cidades, o projeto das obras de acessibilidade foi elaborado corretamente. “O projeto está dentro das normas, mas se houver algum problema na execução, nós iremos verificar”, afirmou o secretário executivo Gustavo Gurgel.

Paredões dividem a área das estações de BRT em trecho da PE-15 Foto: Tânia Passos DP/D.A.Press
Paredões dividem a área das estações de BRT em trecho da PE-15 Foto: Tânia Passos DP/D.A.Press

Requalificação ainda sem data definida

A conclusão das obras do corredor Norte/Sul em maio, caso se confirme, ainda não irá significar a requalificação da PE-15. A obra que prevê a melhoria das calçadas e o resgate da antiga ciclovia, orçada em R$ 14,5 milhões, ainda não tem data para ser iniciada, mas a expectativa da Secretaria das Cidades é dar a ordem de serviço neste semestre e com prazo de execução de seis meses.

A requalificação será feita com recursos do governo do estado e embora a obra tenha sido licitada no ano passado, o montante terá que ser incluído no orçamento do estado no exercício de 2015. “Estamos aguardando a inclusão no orçamento para darmos a ordem de serviço. Mas, temos ainda pendências de alvará com as prefeituras de Olinda e Paulista”, ressaltou o secretário executivo Gustavo Gurgel.

A obra irá abranger o perímetro de Abreu e Lima até as imediações do Complexo de Salgadinho, Olinda. Além das calçadas e ciclovias, está prevista melhoria dos acessos dos veículos e nova iluminação pública. “Há trechos da PE-15 sem calçada, mas o projeto teve essa preocupação de oferecer passeio ao longo do corredor de transporte”, afirmou Gustavo Gurgel.

Saiba Mais
Corredor Norte/Sul
33,2 km de extensão
R$ 151 milhões
300 mil passageiros/dia
27 estações previstas
16 estações em operação
11 estações em obras
3 estações deverão ser entregues em fevereiro

Fonte: Secretaria das Cidades

Qual o futuro da primeira e única perimetral do Recife?

 

Avenida Agamenon Magalhães, primeira perimetral do Recife - Foto - Ricardo Fernandes DP/D.A.Press
Avenida Agamenon Magalhães, primeira perimetral do Recife – Foto – Ricardo Fernandes DP/D.A.Press

A Avenida Agamenon Magalhães talvez tenha sido a via urbana do Recife que mais recebeu projetos para redesenhar o seu sistema viário. O mais polêmico foi o dos quatro viadutos previstos para facilitar a passagem em nível do BRT em 2012. Antes disso, já haviam sido cogitados sete viadutos na década de 1970 e ainda o projeto do urbanista Jaime Lerner, que desenhou um elevado passando do cima do canal para separar o transporte público do trânsito comum. E quando nenhum desses emplacou, houve ainda o projeto do ramal da Agamenon, um dos braços do corredor Norte/Sul. O fato é que 2014 está chegando ao fim sem sinal de obras do BRT na avenida.

O sistema chegou a ser licitado em 2013, mas as intervenções acabaram suspensas. A obra de R$ 96 milhões seria custeada pelo estado, que decidiu aproveitar recursos do PAC e aguarda aprovação da Caixa. A expectativa da Secretaria das Cidades é de retomada em outubro, mas há agora outra questão sobre a via. Urbanistas se perguntam o que é melhor – enquanto cidade inclusiva e sustentável – para a principal avenida da cidade.

A Agamenon é uma perimetral estratégica por ligar o Recife de Norte a Sul e Leste a Oeste. Também é passagem para municípios vizinhos e comporta frota maior do que muitas cidades – 79 mil veículos/dia. Para a arquiteta e urbanista Vitória Andrade, presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-PE), a avenida perdeu a sua principal característica de ser interbairros e passou a ser uma via de passagem.

“Acredito que o projeto do Arco Metropolitano (rodovia paralela à BR-101) vai ser importante para reduzir a carga da Agamenon. Grande parte do trânsito é de outros municípios que apenas passam por ela.” Uma das preocupações do presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), Roberto Montezuma, está com a articulação da via com o restante da cidade. “Ela tem uma qualidade paisagística real. Mas precisa de calçadas com padrão internacional, iluminação e articulação com o projeto do Parque Capibaribe”.

O ramal do BRT terá corredor exclusivo ao lado do canal. Estão previstas nove estações próximas a semáforos para facilitar a passagem do pedestre. “Serão substituídas as placas de concreto que deram problemas”, informou o secretário-executivo de mobilidade, Gustavo Gurgel. “Essa solução merece debate profundo, pois cria uma barreira do Centro expandido com o resto da cidade”, ressaltou Montezuma.

BRT do corredor Norte/Sul do Recife entra em operação

ADepois do Leste/Oeste, agora é a vez do Norte/Sul entrar em operação  - Foto Júlio Jacobina DP/D.A.Press
Depois do Leste/Oeste, agora é a vez do Norte/Sul entrar em operação – Foto Júlio Jacobina DP/D.A.Press

Depois de atrasos e adiamentos, o Norte/Sul vai entrar em operação com várias estações ainda sem conclusão. Assim como o Leste/Oeste, o corredor vai começar com apenas uma linha. Notícia enviada pelo Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano. Leia abaixo:

A primeira linha de BRT do corredor exclusivo de ônibus Norte/Sul começará a atender aos usuários, a partir desta quarta-feira (16). Após a fase de adaptação dos motoristas com o novo modal e dos testes de acoplagem nas estações do corredor, o Via Livre Norte/Sul começará a operar com a linha 1915- PE-15 (Dantas Barreto).

Neste momento, a linha inicia a operação com quatro BRTs, realizando 21 viagens por dia. É importante ressaltar que o veículo BRT será incorporado na operação atual da linha 915 – PE-15, ou seja, os 24 veículos convencionais da linha continuarão circulando. O tempo previsto de intervalo entre um BRT e outro será de 20 minutos. A primeira linha do Via Livre Norte/Sul espera atender cerca de 500 passageiros e irá operar de domingo a domingo das 9h às 16h.

O BRT irá operar de modo semi-expresso, ou seja, sairá do Terminal Integrado da PE-15 e seguirá em direção ao centro da cidade, realizando embarque e desembarque na estação Tacaruna, localizada na Av. Cruz Cabugá em frente ao Shopping Tacaruna e na estação Praça da República. Os veículos farão itinerário pela Rodovia PE-15, Avenida Pan Nordestina, Complexo de Salgadinho, Avenida Agamenon Magalhães, Avenida Cruz Cabugá, Rua do Riachuelo, Rua da Aurora, Ponte Princesa Isabel e Av. Dantas Barreto.

É importante lembrar que a tarifa da linha continuará a mesma, R$2,15 e que os usuários que desejarem experimentar o novo modal poderão utilizar o Vale Eletrônico Metropolitano (VEM) nos validadores instalados nas estações. Quem não possui o vale eletrônico, deverá fazer a troca do dinheiro nas máquinas de auto-atendimento, também disponíveis em todas as estações em funcionamento.

Na primeira vez que utilizar a máquina, o usuário poderá retirar o VEM Comum gratuitamente, mas para utilizá-lo será necessário fazer uma recarga mínima de R$ 4,00. As máquinas não concedem troco e só aceitam cédulas, portanto, o valor que for depositado será revertido todo em créditos no VEM.

Para orientar os usuários no uso do novo modal, o Grande Recife irá disponibilizar divulgadores que estarão distribuídos no TI PE-15 e nas estações de embarque e desembarque ao longo do Corredor Norte/Sul. A meta é que até novembro deste ano, toda a operação do Corredor Norte/Sul esteja funcionando com oito linhas de BRT e 84 veículos circulando no corredor.
BRT VIA LIVRE – Os BRTs têm capacidade de transportar de 140 a 160 passageiros e medem entre 19 e 21 metros de comprimento. As estações, que estão em fase final de preparação para receber o novo modal, possuem capacidade para atender cerca de 300 pessoas.

As estações do BRT Via Livre são as únicas do Brasil que possuem ar-condicionado, proporcionando mais conforto aos usuários. Os novos veículos também contam com câmbio automático, motor central ou traseiro e ar-condicionado, o que trará mais segurança tanto para os passageiros quanto para os motoristas.

Fonte: Grande Recife

Teste do BRT no Recife será feito sem passageiros no mês de abril

 

corredor obras leste oeste

Faltando dez dias para o início dos testes do sistema de BRT (Bus Rapid Transit) no Recife ainda há muitas pedras no caminho. O atraso no cronogama das obras obrigou, mais uma vez, uma mudança de tática na operação do sistema pelo Grande Recife Consórcio de Transporte.

A ideia de iniciar os testes no dia 4 de abril permanece, mas sem os passageiros e sem parte das paradas. Ontem, duas equipes técnicas do Grande Recife embarcaram para Belo Horizonte e Rio de Janeiro para verificar de que forma se deu a operação nas duas cidades. Mas já há duas definições antes mesmo da conclusão da visita: não haverá mais uma segunda fase, que estava prevista para o dia 26 de abril, e em maio não entrará todo o sistema em operação, mas apenas  uma linha.

As mudanças adotadas na operação têm relação direta com o ritmo das obras. Não há como os testes serem iniciados com os passageiros se o trecho previsto para a primeira etapa, no dia 4 de abril, entre o Hospital Getúlio Vargas, na Avenida Caxangá, e a Avenida Conde da Boa Vista, não dispõe, ainda, de todas as estações.

O terminal ao lado do Getulio Vargas não está concluído. No sentido Centro, a situação piora. A estação da Benfica ainda não tem sequer alicerce e, na Avenida Conde da Boa Vista, as seis estações estão sendo construídas fora do padrão BRT e de forma improvisada, enquanto o projeto do município não fica pronto. Segundo o Grande Recife, as seis estações da Boa Vista serão concluídas até o fim de abril.
A segunda etapa da operação que ocorrerá em maio com passageiros, sem data definida, será feita com apenas uma linha. A assessoria do Grande Recife não informou qual linha será escolhida para iniciar a operação do Leste/Oeste. A única informação é que as linhas restantes serão incorporadas aos poucos ao sistema. No corredor Norte/Sul, a situação não é diferente.

O trecho que entrará em testes no dia 4 de abril, também sem passageiros, entre o Terminal da PE-15 e a Avenida Dantas Barreto, também está com estações em obras no Parque Memorial Arcoverde, na Cruz Cabugá, na Rua Princesa Isabel e na própria Dantas Barreto, sem falar nas estações em outros pontos do Centro que serão usadas no retorno das linhas. O Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano decidiu não dar mais datas para as inaugurações dos terminais da 3ª Perimetral, Joana Bezerra. O cronograma anterior previa que eles iriam entrar em operação no dia 26 de abril.

Saiba mais

1ª fase do Corredor Leste/Oeste
– Da estação do BRT em frente ao HGV (Caxangá) até a Conde da Boa Vista
– 13 ônibus do BRT vão iniciar os testes sem passageiros

Trecho ainda em obras da 1ª fase no Leste/Oeste:
– 1 estação do BRT na Benfica (início das obras)
– 6 estações do BRT na Avenida Conde da Boa Vista

1ª fase do Corredor Norte/Sul
– Do Terminal da PE-15 até a Avenida Dantas Barreto
– 14 ônibus vão operar na 1ª fase sem passageiros

Trecho ainda em obras da 1ª fase no Norte/Sul
– Estação do Parque Memorial Arcoverde
– Estações da Avenida Cruz Cabugá
– Estação da Rua Princesa Isabel
– Estações da Avenida Dantas Barreto

Em busca da mobilidade perdida

 

Não é possível olhar a Avenida Agamenon Magalhães apenas sobre o ponto de vista do transporte individual ou público. Há outros personagens que fazem parte da dinâmica de circulação, mesmo que tenham permanecido quase invisíveis. Leia a terceira reportagem da série sobre a via mais importante da cidade.

 

clique aqui

Os caminhos da Agamenon Magalhães

Há quarenta anos nascia a principal via urbana do Recife. São sete mil metros estratégicos para ligar os diversos pontos da cidade. Ao inaugurar a primeira perimetral da capital pernambucana, o então prefeito Geraldo Magalhães queria deixar um marco de modernidade para a cidade. E deixou. A avenida se prepara para passar pela maior transformação desde que foi criada e passará a integrar o principal corredor de transporte urbano da Região Metropolitana:o Norte/Sul.

O Diario conta a história da avenida e mostra as intervenções pensadas para ela na década de 1970. Uma séria de reportagens revelará os caminhos que fazem da Agamenon o que ela é hoje e a sua importância dentro do corredor de tráfego. A avenida está prestes a receber quatro viadutos que irão mudar a concepção da circulação.

A intervenção está longe de ser uma unanimidade, mas em um ponto todos concordam: a velocidade na via irá aumentar até que a frota de veículos permita e a qualidade do serviço do transporte público seja capaz de atrair usuários do carro. As reportagens irão também abordar o olhar do motorista, do pedestre, do ciclista e do morador.

Clique aqui no Hot site – http://www.old.diariodepernambuco.com.br/hotsite/2012/agamenon/

 

Corredor Norte-Sul na Agamenon Magalhães tem edital lançado

 

O governador Eduardo Campos e o secretário das Cidades, Danilo Cabral, lançaram o edital de licitação para a obra do corredor Norte/Sul, que sairá de Igarassu até o Recife, na primeira etapa. O corredor exclusivo de ônibus passará pela PE-15 e ao chegar na Agamenon Magalhães, na altura do shopping Tacaruna irá se dividir em dois ramais: um pela Avenida cruz Cabugá e outro pela Avenida Agamenon Magalhães. O primeiro irá até a Estação Central do metrô Recife e o segundo a Estação Joana Bezerra.

A meta é beneficiar os quase 350 mil passageiros que diariamente fazem o trajeto norte-sul. A etapa prevê obras em 4,7 km da Avenida Agamenon Magalhães, da antiga fábrica do Tacaruna até o Terminal Joana Bezerra. Os trabalhos, orçados em R$ 110 milhões, incluem a construção de um corredor exclusivo de ônibus, a pavimentação de toda a via, cinco passarelas para pedestres e nove estações climatizadas e informatizadas, com painéis fornecendo os horários das linhas.

As estações, com capacidade de até 1.200 passageiros, serão erguidas no canteiro central da Avenida Agamenon Magalhães, sobre o canal, a uma distância média de 400 metros umas das outras. Os dois viadutos da Avenida João de Barros e o pontilhão de cruzamento das ruas Doutor Leopoldo Lins e Buenos Aires serão alargados.

Serão construídas cinco passarelas, quatro delas interligadas aos viadutos da Paissandu, Bandeira Filho, Rui Barbosa e Joaquim Nabuco, e uma outra ao Shopping Tacaruna, em Santo Amaro e às estações do sistema TRO (Transporte Rápido de Ônibus) que ficarão localizadas ao longo do canteiro central da Avenida Agamenon Magalhães.