Moto é tema do Fórum de Trânsito

 

Dentro do Fórum Desafios para o Trânsito do Amanhã, promovido pelos Diários Associados, um tema que não poderia ficar de fora: o fenômeno do aumento da frota de motos e as consequências no trânsito e na saúde pública. A cada década, o número aumenta cerca de 300%.

Na sexta edição do fórum, o veículo de duas rodas que vem, cada vez mais, ocupando espaço nas vias será tema da discussão que vai contar com a participação do médico-cirurgião João Veiga, responsável por uma estatística detalhada da passagem das vítimas de acidente de moto na maior emergência do estado, o Hospital da Restauração.

O fórum, que acontece na terça-feira, a partir das 8h30, na Rua do Veiga, Santo Amaro, terá ainda a participação do promotor de justiça Francisco Edílson de Sá Júnior, que vai apresentar, a partir da legislação, de que forma o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) pode atuar nessa problemática.

Os números apontam que morrem por dia no Nordeste uma média de sete pessoas, vítimas de acidente com o veículo. O evento terá ainda o palestrante Carlos Valle, vice-presidente da Federação Nacional dos Corretores e Empresas Corretoras de Seguro (Fenacor), que vai apontar os gastos do pagamento de sinistros em relação aos acidentes envolvendo esse tipo de veículo.

Na ponta dessa discussão está o motociclista, na maioria, pessoas que se cansaram do serviço existente de transporte público e optaram pela moto como meio de locomoção. A explosão das motos pode ser constatada nas duas últimas décadas. Em 1990, o Detran-PE registrava um total de 33.381 motos no estado. Em 2000, esse número subiu para 144.804, um aumento de mais de 300%. E entre 2000 e 2010, o número de motos passou para 639.406, mantendo o mesmo percentual de aumento.

A moto, por enquanto, só perde para o automóvel que tem uma frota de quase um milhão em todo o estado. Mas é só uma questão de tempo. Os especialistas calculam que antes da próxima década elas já terão superado os automóveis. “A gente precisa levantar questionamentos sobre esse problema, que não se trata apenas do trânsito, mas também da saúde pública”, apontou o presidente do Fórum, Laédson Bezerra.

E tem razão. Somente na emergência do HR, em 2010, o número de vítimas de acidente de moto foi quase o triplo das vítimas de arma de fogo, até então imbatíveis nas estatísticas hospitalares. No local foram atendidas, em 2010, 538 pessoas feridas com armas de fogo e 1500 vítimas de acidente com moto.

Não por acaso, os especialistas dizem que a moto tem sido uma arma letal contra os próprios condutores. No fórum, a discussão também pretende avançar no tipo de capacitação que os motoqueiros recebem na hora de tirar a carteira de habilitação.

Em São Paulo, no centro de treinamento da Central de Engenharia de Tráfego (CET), há cursos voltados para motoqueiros. No local eles reaprendem como se comportar no trânsito. “A maioria chega aqui cheia de vícios. Um dos mais frequentes é deixar a viseira aberta. Mas há muita dificuldade em relação à frenagem correta”, explicou a gestora de educação da CET, Irismar Menezes.

Saiba mais
Próximos temas do seminário:

Código de Trânsito Brasileiro  Discutirá as regulamentações e projetos de lei de reforma do código

Sistema Único de Saúde  Pretende debater a capacitação dos hospitais e pontos de urgência no período da Copa do Mundo

Educação no Trânsito Programas de governo voltados para a capacitação dos pedestres, motoristas e ciclistas

A sociedade na operação do trânsito Programas de voluntários apresentando experiência em outros países e sugestões para melhoria do tráfego

 

Multa para quem não cuidar das calçadas

 

Não sei se lá em São Paulo eles exageram na dose, mas tudo que for pelo bem das calçadas tem algo de positivo. O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, acaba de sancionar uma lei que, além de aumentar a área mínima do passeio de 90 centímetros para 1,20 metros, ainda aumentou o valor da multa para quem não cumprir a legislação. E a multa também ficou mais salgada.

Na capital paulista, a multa passa a ser de R$ 300 por metro linear de calçada danificada. Antes, ela não ultrapassava o valor de R$ 510, mesmo em áreas de grandes dimensões.

O problema dessas leis é a aplicabilidade delas. No Recife, a Lei de Calçadas, aprovada desde 2003, não conseguiu reverter a situação dos passeios. Nem mesmo nas calçadas de órgãos públicos. É quase tentador acreditar que tudo pode ficar perfeito, por decreto, mas na prática a realidade é bem mais complexa.

Há urbanistas que defendem o estímulo de impostos para a conservação dos passeios por parte dos proprietários. Pode ser uma alternativa. Outros, afirmam que o espaço das calçadas é de uso público e, portanto, a responsabilidade é dos órgãos públicos, da mesma forma que as vias têm investimentos para os carros. Confesso que acho este último raciocínio mais pertinente.

Se levarmos em conta que são investidos milhões na construção de viadutos e rodovias e para as calçadas nada. Na verdade, ninguém se sente responsável por elas. E, pensar que só aqui na Região Metropolitana do Recife a estimativa é que um terço da população, ou seja, mais de um milhão de pessoas se desloca a pé é, no mínimo, razoável para não dizer obrigação, apostar na melhoria dos passeios.

E só para não perder a oportunidade dêem uma olhada nas calçadas do centro de Bogotá, um exemplo de acessibilidade em um país da América Latina, que não chega nem perto da situação econômica do Brasil.

 

Flagrante: Policiais do BPTRAN na faixa de pedestre

 

Um flagrante de desrespeito à faixa de pedestre foi postado no Facebook pelo internauta Gustavo Albuquerque. A indgnação não é para menos. Quatro policiais do Batalhão de Trânsito (BPTRAN-PE) estacionaram as motos em plena faixa da Avenida Agamenon Magalhães.

E se não bastasse a falta de respeito às normas de trânsito, os dois motoqueiros que estão nas duas pontas estão com as viseiras abertas. A placa deles também apresenta débito do seguro DPVAT. A placa da esquerda KII – 7051 está com o seguro atrasado desde de março no valor de R$ 279,27. Já a moto de placa KKR 3760 está com o seguro atrasado dos anos de 2010 e 2011, totalizando um débito de R$ 537,33.

Ironicamente nenhuma dessas motos têm registro de multa. Quem multa autoridade do trânsito ? Eles deveriam ser os primeiros a dar o exemplo.

 

Plano de emergência para o trânsito do Recife

Esta semana o blog levantou a discussão sobre a ausência de um plano pela Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) para situações de emergências. Tivemos em intervalos curtos gargalos gigantescos, devido a queda de uma árvore na Avenida Rosa e Silva e a quebra de um caminhão no Viaduto Capitão Temudo.

Hoje, o prefeito João da Costa irá se reunir com a presidente da CTTU, Maria de Pompéia, para discutir um plano de contigência nos principais corredores viários. A proposta é ter um plano traçado que seja posto em prática quando o inesperado acontecer. E ele sempre acontece.

Até então a CTTU vinha trabalhando baseada em experiências passadas. Com o plano, será possível ter respaldo técnico para orientar os motoristas em relação a desvios e rotas alternativas.

Mas é preciso lembrar que qualquer plano tem vir acompanhado da infraestrutura necessária. Hoje, a CTTU não dispõe sequer de um guincho de grande porte. Também é importante a participação de diversos órgãos ou secretarias na definição das ações que caberão a cada um, dependendo do tipo de acidente que ocorra.

Na reunião de hoje, João da Costa também pretende começar a discutir alternativas para não deixar o trânsito caótico durante a execução das obras viárias que garantirão mais mobilidade à cidade até a Copa de 2014, como a Via Mangue. Para isso, o governo do estado e as empresas executoras dos projetos serão convidados a apresentar sugestões.

A iluminação e a mobilidade

 

Iluminação pública é uma das formas de garantia de uma mobilidade segura. Claro, que se vier acompanhada de uma calçada em boas condições, melhor ainda. O fato é que temos ainda uma iluminação pública precária. Com exceção dos principais corredores de tráfego do Recife, as vias de bairros periféricos são mal iluminadas, o que deixa prejudicada a mobilidade.

O projeto Reluz, lançado desde 2006, ainda não surtiu o efeito esperado. Este ano, a Prefeitura do Recife anunciou a troca de lâmpadas em 108 ruas da cidade. Com isso, o Reluz pretende atingir nove mil pontos de luz. O objetivo, até março de 2012, é alcançar 53 mil postes de iluminação. O Recife tem mais de 93 mil pontos de iluminação. Quase metade vai ficar de fora.

Confira as vias beneficiadas nesta etapa do Reluz:

AV. DOMINGOS FERREIRA –  BOA VIAGEM

RUA ALFREDO PEREIRA BORBA – PRADO
RUA DINIZ BARRETO – PRADO
RUA DR. ALFREDO NADER – PRADO
RUA PROF. FRANCISCO FIGUEIREDO – PRADO
RUA ANTONIO PAES DE ANDRADE – PRADO
RUA ENGENHEIRO JOAQUIM CAMERINO – PRADO
RUA POTYRA – PRADO
RUA PANDIA CALOGERES – PRADO
RUA SECUNDINO CARNEIRO – PRADO
RUA RAMIRO COSTA – PRADO
RUA AGRICOLANDIA – VARZEA
RUA RIACHAO – VARZEA
RUA DES ADOLFO CIRIACO – PRADO
RUA XAVIER SOBRINHO – PRADO
RUA FELIX CAVALCANTE ALBUQUERQUE – PRADO
RUA ULISSES PERNAMBUCANO – PRADO
RUA LEOPOLIS – PRADO
RUA VERMELHA – TORRE
RUA BENJAMIM CONSTANT – TORRE
RUA SEIS DE JANEIRO – TORRE
RUA FRANCISCO CORREIA DE ARAUJO – VARZEA
RUA EXP DAMASIO GOMES – VARZEA
RUA CORONEL DJALMA LEITE – VARZEA
RUA MARECHAL MANOEL LUIS OSORIO – VARZEA
RUA ALMIR AZEVEDO – VARZEA
RUA DEPUTADO CUNHA RABELO – VARZEA
RUA ANTONIO VALDEVINO COSTA – CORDEIRO
RUA ANAJANOPOLIS – TORRE
RUA ARAGUACUI – TORRE
RUA ARARENDA – TORRE
RUA BOM JESUS DA SERRA – TORRE
RUA BARRA DO RIACHAO – TORRE
RUA TAMBE – TORRE
RUA BARRA FELIZ – TORRE
RUA BACATUBA – TORRE
RUA APIACA – TORRE
RUA AROAZES – TORRE
RUA AIRITUBA – TORRE
RUA BATAIPORA – TORRE
RUA ARAGUATINS – TORRE
RUA DES FRANCISCO LUIZ CORDEIRO –
RUA CONS SILVEIRA DE SOUZA – CORDEIRO
RUA PAUINI – CORDEIRO
RUA ENVIRA – CORDEIRO
RUA DIOGO ALVARES – CORDEIRO
RUA RIBEIRO ROMA – CORDEIRO
RUA RIO OIAPOQUE – AREIAS
RUA FREI MANUEL CALADO – AREIAS
RUA ANTONIO VAZ – AREIAS
AV. TENENTE FELIPE B DE MELO – AREIAS
RUA CARUARU – AREIAS
RUA CAMBUCA – AREIAS
RUA CAPITAO JOAO PONTES – AREIAS
RUA VITORIANO EBLA – JARDIM SAO PAULO
RUA ATOR ELPIDIO CAMARA – JARDIM SAO PAULO
RUA OSORIO BORBA – JARDIM SAO PAULO
RUA PAULO PARISIO – JARDIM SAO PAULO
RUA FREI FELIX DE OLIVOLA – JARDIM SAO PAULO
RUA ALFREDO DUARTE FILHO – JARDIM SAO PAULO
RUA DR GUSTAVO PINTO – JARDIM SAO PAULO
RUA DOM PEDRITO – AREIAS
RUA SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE – AREIAS
RUA DR VILAS BOAS – AREIAS
RUA ARRUDA BELTRAO – AREIAS
RUA PARENTE VIANA – AREIAS
RUA MIL NOVECENTOS E ONZE – JARDIM SAO PAULO
RUA DR DEVALDO BORGES – JARDIM SAO PAULO
RUA JOAO ALVES CARNEIRO – JARDIM SAO PAULO
RUA JOSE DE ALMEIDA SEIXAS – JARDIM SAO PAULO
RUA DO TROLEY – MANGUEIRA
AV. IZABEL DE GOES – AREIAS
RUA PEDRO MELO –  SAN MARTIN
RUA PANGARE – JARDIM SAO PAULO
RUA IMACULADA – JARDIM SAO PAULO
RUA JOAO DE ANDRADE – JARDIM SAO PAULO
RUA ITAI – JARDIM SAO PAULO
RUA REAL – JARDIM SAO PAULO
RUA REALEZA – JARDIM SAO PAULO
RUA LUIZ GUIMARAES – POÇO
RUA JOAO CAUAS – POÇO
RUA DR LUIZ RIBEIRO BASTOS – POÇO
RUA ENGENHEIRO OSCAR FERREIRA – POÇO
RUA PAULO DE PAULA LOPES – POÇO
RUA OLIVEIRA GOES – POÇO
RUA MONSENHOR LOBO – POÇO
RUA JOAO TEOBALDO DE AZEVEDO – POÇO
RUA JORGE DE ALBUQUERQUE – POÇO
RUA GIL CARNEIRO DA CUNHA – CASA FORTE
RUA FERNANDOPOLIS – CASA AMARELA
RUA MANOEL CAVALCANTE DE ALBUQUERQUE – CASA AMARELA
RUA CURUPAITI – CASA AMARELA
RUA DR TOME DIAS – CASA AMARELA
RUA JORNALISTA TRAJANO CHACON – ILHA DO LEITE
RUA DES ANTONIO GUIMARAES – ILHA DO LEITE
RUA ESPERANTO – ILHA DO LEITE
RUA MINAS GERAIS – ILHA DO LEITE
RUA SENADOR JOSE HENRIQUE – ILHA DO LEITE
RUA DR JOAO ASFORA – ILHA DO LEITE
RUA ELVIRA CARREIRA DE OLIVEIRA – ILHA DO LEITE
RUA PACIFICO DOS SANTOS – PAISSANDU
AV.  PORTUGAL – PAISSANDU
RUA SAO FRANCISCO –  PAISSANDU
RUA DOS PRAZERES – COELHOS
RUA BISPO CARDOSO AYRES – BOA VISTA
RUA MARQUES AMORIM – BOA VISTA

 

 

Ciclista e pedestre, sem vez

 

Talvez na pressa pouca gente perceba, mas na Rua João Lira, ao lado do Parque 13 de Maio, no centro do Recife, uma imagem que traduz bem a preferência pelos veículos e a total falta de atenção com o pedestre e o ciclista.

Nesta imagem, a fotógrafa Alcione Ferreira flagrou uma cena em que o ciclista pedala ao lado dos carros, mas cadê a calçada do pedestre? Ela simplesmente não existe. Infelizmente não é um caso isolado. Temos “n” situações desse tipo.

Outro caso emblemático é a Avenida Norte, um importante corredor de tráfego, onde o pedestre não tem vez. Ao longo da via, há calçadas com  desníveis enormes e espaços sem continuidade do passeio. É o nosso Recife, mas pode ser diferente.

 

Veneza brasileira

 

 

Matéria publicada no dia 29.05.11 (três meses antes da aprovação do projeto)

 

Tânia Passos

Diario de Pernambuco

 

Não se pode imaginar o Recife sem os rios. Mas comece a imaginar o Recife com os rios navegáveis. O sonho, quase romântico, de uma Veneza brasileira pode sim acontecer.

Mas não apenas pelo aspecto turístico de passeios sob as pontes. A navegabilidade dos rios passa a ser uma condição essencial de mobilidade para uma cidade travada pelo trânsito caótico.

Pela primeira vez, o rio está sendo encarado como um instrumento viável para o transporte hidroviário integrado ao ônibus e metrô.

A Secretaria das Cidades incluiu a navegabilidade dos três rios que cortam o Recife, Capibaribe, Beberibe e Tejipió, entre os quatro projetos que poderão receber recursos do PAC da Mobilidade este ano.

Orçado em R$ 398 milhões, o projeto aponta três eixos a serem explorados pelas hidrovias: as zonas Oeste, Norte e Sul.

Dos três eixos, a Zona Oeste é a mais viável para o transporte hidroviário de passageiros por causa da demanda existente. O Capibaribe é, na verdade, uma via paralela às avenidas Rui Barbosa e Rosa Silva, que estão com o trânsito saturado.

Imagine então trocar o caos do trânsito nessas duas vias por outra sem semáforos, engarrafamentos, buracos ou protestos e, de quebra, uma das mais belas paisagens da cidade.

Para se ter uma ideia do que pode significar na prática, a equipe do Diario conferiu em um catamarã o trajeto previsto para o eixo da Zona Oeste, que inclui cinco estações hidroviárias:

a estação central do metrô do Recife e o trecho das futuras estações do Derby, Plaza, Caiara e da BR- 101. Devido ao assoreamento a embarcação chegou até o penúltimo trecho.

Em uma conta simples, marcamos o tempo gasto pelo barco no trecho entre Casa Forte e Jaqueira, de apenas três minutos, e de Casa Forte até o Derby, de 10 minutos. É claro que de carro ou ônibus o tempo tende a ser muito maior devido aos engarrafamentos e semáforos.

De acordo com o projeto da Secretaria das Cidades, se aprovado o projeto de navegabilidade, o serviço de transporte público hidroviário será feito por meio de concessão, da mesma forma que ocorre com os ônibus.

O modelo das embarcações só será definido posteriormente em edital. Um dos critérios é que as embarcações sejam fechadas, climatizadas e com equipamento de segurança.

“Ao contrário dos ônibus, nenhum passageiro poderá ficar de pé. Serão todos sentados e com os equipamentos de proteção”, afirmou a secretária executiva das Cidades, Ana Suassuna.

O projeto prevê a dragagem do rio nas três rotas, recuperação das margens e remoção das palafitas. As cinco estações estarão integradas ao Sistema Estrutural Integrado (SEI).

“A gente quer uma confluência de modais dentro da estrutura da mobilidade. Todos os equipamentos estarão diretamente integrados: ônibus, metrô e o transporte fluvial, com o pagamento de uma passagem”, afirmou Suassuna.

Se o projeto da navegabilidade será mesmo ser executado vai depender ainda da seleção dos projetos. “O projeto da navegabilidade é importantíssimo e viável, mas se a gente tiver que optar vamos escolher o dos corredores de tráfego Norte/Sul, Leste/Oeste, Avenida Norte e da 4ª perimetral devido a demanda de transporte ser muito maior”, afirmou o secretário das Cidades, Danilo Cabral.

 

As armadilhas das bocas de lobo


Um risco constante para quem dirige nas vias urbanas é se deparar com bueiros no meio da rua. Eles são usados como pontos de inspeção de galeria pluvial ou caixas de visitas para técnicos das companhias telefônicas ou elétricas. A importância deles é indiscutível, mas a localização e a falta de manutenção se tornam verdadeiras armadilhas.

Há dois aspectos a se discutir. O primeiro, no caso do Recife, é que não existe um plano diretor do nosso subterrâneo, então os bueiros são instalados de forma aleatória, seja no meio da rua, ou nas laterais. E, o segundo ponto é a  péssima manutenção.

E aí são dois problemas: a ausência da tampa, na maioria das vezes, se torna um risco para o motorista atolar a roda do carro no buraco ou provocar um acidente.  E também em relação ao pavimento, que não acompanha o mesmo nível da tampa e, com o aumento das camadas de asfalto, acaba ficando abaixo e passa  a ser um buraco em pontencial.

O pior é que não existe uma legislação para regulamentar o uso do espaço subterrâneo. Algum político se habilita?

 

 

Enquete: 76% são contra os flanelinhas

 

No resultado da última enquete, que trouxe à tona a discussão sobre o uso dos espaços públicos, ficou evidente que a maioria das pessoas não concorda em ser “obrigado” a pagar pelo uso das vias públicos na hora de estacionar. Na enquete 76% das pessoas  responderam que são contra a cobrança por parte dos flanelinhas e 24% acreditam que o serviço deles deveria ser disciplinado pelo município para coibir os abusos.

E absolutamente ninguém respondeu que acha justo o pagamento e  que o carro fica melhor guardado com a presença do flanelinha. Mas, no final das contas, sem que nenhuma providência seja de fato tomada, no sentido de permitir ou coibir essa prática, os motoristas estão por si e cada um vai se comportar e pagar o que achar conveniente. Nesse aspecto, porém, a prática tem mostrado que, em geral, as mulheres são mais vulneráveis às investidas dos flanelinhas e, na maioria das vezes, acabam pagando o preço que lhes é cobrado. Tá na hora de começar a dizer não!

 

Velha frota nas vias do estado

 

Quase 30% da frota que circula no estado tem entre 15 e 40 anos de idade. Desse universo, os balzaquianos representam 20,62%. Parece incrível que carros com 40 anos ainda circulem na cidade. Ao contrário de outros países, o Brasil ainda não aprovou uma legislação que tribute a mais os veículos de acordo com a idade.
No estado, o índice mais otimista é da frota de até cinco anos, que representa quase 40%. Na estatística do Detran, não são contabilizados os veículos com menos de cinco anos. Ficam de fora, por exemplo, os carros novos. O comerciante Rogério Borba, 46 anos, comemorou a compra de uma S-10, zero. “Mesmo com o trânsito ruim, não há condições de enfrentar o transporte público”, afirmou.
O Detran emplaca por dia cerca de 1.200 veículos. Desses, cerca de 100 são usados e o restante novos. Outro dado que deve ser levado em conta na estatística do Detran é que existem pouco mais de 27 mil ônibus no estado, cerca de um milhão só de automóveis e mais de 700 mil motos. Já o transporte de carga é de 240 mil veículos.