Projeto quer proibir a garupa nas motos de São Paulo

 

Do blog do Trânsito

Por Marcelo Araújo

Uma polêmica se instalou no Estado de São Paulo devido a um Projeto de Lei que proíbe motociclistas transportarem “garupa” na motocicleta. Projeto semelhante já havia sido apresentado no município de São Paulo em 2003, não merecendo sanção.  O justificativa de ambos é a questão de segurança, vez que há diversos casos em que o motociclista para ao lado de um carro imobilizado pelo engarrafamento e enquanto o condutor se preocupa em pilotar o carona promove o assalto na janela do motorista de carro, impedido de reagir e menos ainda de perseguir.

A época fomos consultados pela ABRACICLO e nossa opinião foi e permanece muito clara pela não sanção de projetos dessa natureza, inconstitucionais por se tratarem de leis de trânsito cuja competência é privativa da União (nos casos concretos era municipal e atualmente estadual), mas mesmo que se tratasse de proposta de mudança de Lei Federal (Código de Trânsito), ainda assim seriamos contrários.

O anexo I do Código de Trânsito nos traz o conceito de LOTAÇÃO:

Lotação – carga útil máxima, incluindo condutor e passageiros, que o veículo transporta, expressa em quilogramas para veículos de carga, ou número de pessoas para os veículos de passageiros.

Em face desse conceito é que no documento de registro e no de licenciamento do veículo consta sua capacidade, que nos veículos de carga é o peso e nos de passageiros é o número de pessoas (incluído o condutor). Por consequência é um direito (até de consumidor) transportar no veículo a quantidade de pessoas correspondente a sua capacidade e no caso das motocicletas tradicionalmente esse número é 2 (dois).

Há inclusive regras aplicáveis aos `passageiros` de motocicletas com relação ao capacete e a própria idade no caso de crianças (menores de 7 anos são proibidas). Isso inclusive contraria a política de transporte compartilhado para aqueles que desejam ir ao mesmo destino, diminuindo o número de veículos em circulação.

Multa pesada para quem não cuidar das calçadas, em São Paulo

 

 

Pelo menos no Recife a ideia não vingou, mas em São Paulo a proposta é aplicar multas pesadas para o proprietário que não cuidar das calçadas. O conceito é o mesmo de que o imóvel é particular. Quem não cuidar da própria calçada vai pagar caro por isso. Vale para qualquer
dono de casa e de apartamento. E para órgãos públicos também.

Na capital paulista, a nova lei vai mudar o valor da multa para as calçadas com problemas. Antes, esse valor era determinado pelo tamanho do estrago. Mas agora o que importa é a largura da fachada do imóvel são R$ 300 por metro. Uma casa com cinco metros de frente, por exemplo, pagará R$ 1.500 de multa -seja qual for a irregularidade na calçada.

Essa lógica, no entanto, é contestada por muitos urbanistas que consideram a calçada um equipamento vital dentro da estrutura da mobilidade urbana. O que se questiona, por exemplo, é porque se investe em viadutos e pontes para os carros e não pode fazer o mesmo para o pedestre?

 

Em São Paulo 4,5 mil bicicletas para o transporte de alunos

 

A cidade de São Paulo, que está cada vez mais olhando para a bicicleta como um meio de transporte importante, terá nos próximos dias um super projeto promovido pela Prefeitura da cidade para incentivar o uso da bicicleta por alunos da rede municipal de ensino.

De acordo com reportagem do jornal O Estado de São Paulo, a Prefeitura de São Paulo prevê colocar 4,6 mil bicicletas à disposição dos alunos de 45 Centros Educacionais Unificados (CEUs) para o deslocamento entre casa e escola.

Nesta fase do projeto, monitores serão contratados para acompanhar os estudantes, o que garantirá a segurança de todos. A ideia é fazer com que os alunos façam os trajetos no esquema de “bike-bus”, um comboio de bicicletas como se fosse um ônibus escolar.

O projeto da Secretaria Municipal de Educação é dividido em quatro etapas e tem como objetivo principal atingir os alunos entre o 6º e 9º ano do Ensino Fundamental (10 a 14 anos).

A primeira etapa do projeto foi a instalação de paraciclos nas escolas municipais, como já noticiamos aqui noEu Vou de Bike. Na segunda fase, os alunos recolhem materiais recicláveis utilizados para a fabricação dos quadros de 4,6 mil bicicletas!

A terceira fase do projeto é muito importante e visa criar uma cultura de educação no trânsito e aulas de equilíbrio. Com as aulas, os alunos terão mais condições de pedalar pelas ruas com segurança e ainda serão adultos motoristas mais conscientes de seu papel na via pública. Nesta fase, a Secretaria Municipal de Educação espera receber da população propostas e ideias da gestão das escolas.

A quarta fase do projeto, que é quando os alunos começam realmente a fazer seu trajeto para a escola de bicicleta, deve começar no ano que vem. O uso da bicicleta pelos alunos será opcional, e todos os pais terão de concordar por escrito antes de o filho pegar a bicicleta emprestada. “Tudo isso vai ser feito com muito cuidado e zelo, coordenado com os órgãos de trânsito. Os meninos terão aulas de como pedalar nas ruas e serão acompanhados pelos monitores. Como são alunos de CEU, normalmente já moram mais próximos da escola”, afirmou o secretário municipal de Educação, Alexandre Schneider, em entrevista aoEstadaão.

 

Fonte : Do blog Eu Vou de Bike

Calçadas esburacadas e cadeirantes reféns

Vídeo mostra a dificuldade de uma mãe para levar a filha cadeirante a uma escola, por causa das péssimas condições das calçadas. A cena é em São Paulo, mas bem que poderia ser no Recife.

Quando será que o poder público vai entender que precisa assumir a responsabilidade dos passeios? Se um terço da população da Região Metropolitana do Recife se desloca a pé porque o direito a essa Mobilidade é ignorada. Carros ganham vias pavimentadas, túneis e viadutos, enquanto os pedestres e cadeirantes são deixados em último plano.

A faixa de pedestre, o pedestre e o motorista

A campanha que está sendo realizada em São paulo pela valorização da faixa de pedestre tem mostrado resultado no bolso de quem ainda não entendeu a importância da faixa. No balanço da campanha em favor da travessia segura foram computados cinco mil multas no período de 8 a 21 de agosto. Destas, 2.579 foram para motoristas que não deram preferência ao pedestre. Além disso, 1.300 condutores foram multados por não utilizarem a seta indicativa de mudança de direção.

Mas o trabalho educativo desenvolvido pela Central de Engenharia de Tráfego (CET) não é voltado apenas para os motoristas. O centro de treinamento da CET atua também na conscientização dos pedestres. Alunos de escolas públicas ou privadas tem turmas agendadas todos os dias para aprender o bê- a- bá dos pedestres.

Eles são recebidos por um grupo de educadores e recebem noções básicas sobre os cuidados no trânsito. Depois vão para a aula prática. No local funciona um centro urbano cenográfico com faixas de pedestres e semáforos.

Eles aprendem como fazer a travessia e o como se comportar em vias, onde não existam faixas de pedestre. Nesses casos, a orientação é fazer a travessia em linha reta e nunca em transversal e o mais o longe possível das curvas. As crianças aprendem direitinho. Só precisam aplicar isso também quando se tornarem motoristas.