A hora e a vez da bicicleta

 

 

A Lei 12.587/2012, publicada em 04/01/2012 e que começa a vigorar em 100 dias após sua publicação traz como uma das diretrizes o privilégio do transporte não motorizado sobre o motorizado, e do transporte coletivo sobre o individual.  A tradução mais simples dessa diretriz é que para quem optar pelo transporte individual terá deve ser estimulado ao uso da bicicleta, e quem optar pelo transporte motorizado deverá ser estimulado ao uso do transporte coletivo.  Por consequência o estímulo a esses dois modais implica no desestímulo ao veículo motorizado individual – o automóvel.

Um dos fatores amplamente comentados como negativo teria sido a demora na tramitação da Lei, que se deu ao longo dos últimos 17 anos, porém ao nosso ver essa demora foi extremamente oportuna para adesão a essa  diretriz.  Nos últimos 20 anos é que foi permitida a importação de veículos o que possibilitou o acesso de um bem que até então era privilégio de poucos. Para concorrer à altura a indústria nacional precisou oferecer qualidade e tecnologia à altura, e somado a isso diversas políticas econômicas, representadas por benefícios tributários na fabricação e facilidades de financiamento (inclusive arrendamento mercantil – leasing – para pessoa física) estimulou a compra do primeiro automóvel novo.

Nesse período nos parece que seria inoportuna e desleal a concorrência. O foco era a compra do carro, e isso teve um preço: as cidades estão abarrotadas de carros. Quem deixaria de comprar um carro, mesmo sem ter dinheiro no bolso para usar um ônibus ou uma bicicleta, considerando o conforto e a privacidade diante do custo.

A realidade agora é outra.  As cidades começam a impor restrições ao uso das vias,  com rodízio, restrições a áreas de estacionamento e quando existente sendo rotativo e pago (expressamente instituído em 1998 pelo Código de Trânsito), engarrafamentos, entre outros fatores.  Tudo isso nos faz concluir que a demora na tramitação da Lei a fez vir no momento mais oportuno para adesão ao transporte não motorizado.  O trânsito, o meio ambiente (poluição e ruídos) e a saúde agradecem. É a hora e a vez da bicicleta.

Fonte: Blog do Trânsito

 

Motorista alcoolizado que transportar criança ou idoso poderá ter punição maior

 

A Câmara analisa o Projeto de Lei 2895/11, do deputado Roberto de Lucena (PV-SP), que prevê a cassação da carteira de habilitação do motorista que dirigir alcoolizado e transportando criança com menos de 12 anos, gestante, idoso ou pessoa portadora de deficiência. Nesse caso, o motorista também terá a pena aumentada em 1/3.

A pena atual para quem dirige sob o efeito de álcool ou substância que provoque dependência é de seis meses a três anos, além da suspensão do direito de dirigir por um ano. A proposta altera o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97).

Roberto de Lucena argumenta que, embora a Lei Seca (11.705/08) tenha endurecido as sanções para o motorista que dirigir depois de beber, ele deve ser punido com mais severidade se estiver conduzindo criança, grávida, idoso ou pessoa com deficiência, pois eles constituem “segmentos vulneráveis da população”.

“Considerando a dependência, ou a incapacidade de defesa e discernimento, ou a dificuldade motora, essas pessoas podem se tornar virtuais reféns de motoristas embriagados ou drogados”, afirma o deputado.

Citando dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, o parlamentar ressaltou que 40.160 pessoas morreram em acidentes de trânsito em 2010. O número corresponde a um aumento de 36% em relação a 2000, quando foram registradas 29.645 mortes no trânsito, salientou o deputado.

Tramitação
A matéria ainda será distribuída às comissões técnicas da Câmara.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Bicicletários públicos. Que tal?

Uma boa novidade já está presente nas ruas de Nova Iorque, são bicicletários públicos instalados nas esquinas. Uma idéia simples com benefícios secundários que favorecem a segurança viária em geral.

As doze ou quinze bicicletas paradas além de facilitarem a vida dos ciclistas, aumentam e muito a visibilidade nos cruzamentos, contribuindo para que todos os condutores possam interagir melhor. Além disso, por ser na rua, o bicicletário garante a total segurança e conforto dos pedestres que ficam livres das bicicletas estacionadas de maneira improvisada em postes e no mobiliário urbano.

Repensar a mobilidade e o uso do espaço público passa por pequenos e grandes detalhes. Um bicicletário em uma esquina é um excelente projeto piloto para repensar as cidades, quando estacionar bicicletas nas ruas torna-se política pública é o sinal definitivo de que a cidade está mudando em favor dos cidadãos.

No Rio de Janeiro esse tipo de experiência já começou e deveria ser copiada para outras cidades.Uma ideia simples que poderia ser trazida para o Recife. Sem necessidade de projetos ” mirabolantes” de soluções para o tráfego.

Com adaptações do Blog Transporte Ativo

 

Em São Paulo 4,5 mil bicicletas para o transporte de alunos

 

A cidade de São Paulo, que está cada vez mais olhando para a bicicleta como um meio de transporte importante, terá nos próximos dias um super projeto promovido pela Prefeitura da cidade para incentivar o uso da bicicleta por alunos da rede municipal de ensino.

De acordo com reportagem do jornal O Estado de São Paulo, a Prefeitura de São Paulo prevê colocar 4,6 mil bicicletas à disposição dos alunos de 45 Centros Educacionais Unificados (CEUs) para o deslocamento entre casa e escola.

Nesta fase do projeto, monitores serão contratados para acompanhar os estudantes, o que garantirá a segurança de todos. A ideia é fazer com que os alunos façam os trajetos no esquema de “bike-bus”, um comboio de bicicletas como se fosse um ônibus escolar.

O projeto da Secretaria Municipal de Educação é dividido em quatro etapas e tem como objetivo principal atingir os alunos entre o 6º e 9º ano do Ensino Fundamental (10 a 14 anos).

A primeira etapa do projeto foi a instalação de paraciclos nas escolas municipais, como já noticiamos aqui noEu Vou de Bike. Na segunda fase, os alunos recolhem materiais recicláveis utilizados para a fabricação dos quadros de 4,6 mil bicicletas!

A terceira fase do projeto é muito importante e visa criar uma cultura de educação no trânsito e aulas de equilíbrio. Com as aulas, os alunos terão mais condições de pedalar pelas ruas com segurança e ainda serão adultos motoristas mais conscientes de seu papel na via pública. Nesta fase, a Secretaria Municipal de Educação espera receber da população propostas e ideias da gestão das escolas.

A quarta fase do projeto, que é quando os alunos começam realmente a fazer seu trajeto para a escola de bicicleta, deve começar no ano que vem. O uso da bicicleta pelos alunos será opcional, e todos os pais terão de concordar por escrito antes de o filho pegar a bicicleta emprestada. “Tudo isso vai ser feito com muito cuidado e zelo, coordenado com os órgãos de trânsito. Os meninos terão aulas de como pedalar nas ruas e serão acompanhados pelos monitores. Como são alunos de CEU, normalmente já moram mais próximos da escola”, afirmou o secretário municipal de Educação, Alexandre Schneider, em entrevista aoEstadaão.

 

Fonte : Do blog Eu Vou de Bike

Bicicletas de aluguel ajudam a mobilidade na Índia

 

Os sistemas de aluguel de bicicletas, uma tendência que começou em locais desenvolvidos, como França e Inglaterra, começam a se espalhar com mais força pelos países em desenvolvimento, especialmente por causa das deficiências no transporte público desses países. No último fim de semana, por exemplo, tivemos aqui no Brasil a reinauguração do sistema de aluguel de bicicletas no Rio de Janeiro.

Na Índia, país também em desenvolvimento e com uma enorme população, os empreendedores Raj Janagam e Jui Gangan perceberam que não havia um meio de transporte rápido e barato para pequenas distâncias na cidade de Mumbai. De acordo com Janagam, 10 milhões de pessoas usam trens e ônibus para se locomover em longas distâncias na cidade, mas não havia uma maneira prática de ir da estação de trem até a faculdade, por exemplo.

Após um ano e meio de pesquisas, Raj Janagam lançou o Cycle Chalao, o primeiro sistema de bike share de Mumbai. O sistema é bem semelhante aos operados na Europa ou Estados Unidos. Os cidadãos se inscrevem e podem usar a bicicleta gratuitamente por meia hora. Após esse período, um pequeno valor é cobrado.

Após se instalar em Mumbai, o sistema Cycle Chalao foi ‘exportado’ para a cidade de Pune, a “capital da bicicleta” da Índia, segundo o site Tree Huger. Em Pune, que tem um sistema de 125 quilômetros de ciclovias, o bike share já tem cerca de 300 bicicletas em operação. A meta do empresário é ter cerca de 2 mil bicicletas nos próximos dois anos. Ainda de acordo com o site Tree Huger, nos próximos cinco anos o sistema Cycle Chalao será implantado em pelo menos 10 cidades indianas.

Aqui no Brasil, o melhor ‘case de sucesso’ de bike share é no Rio de Janeiro, e mesmo assim de uma forma muito incipiente se compararmos a outras cidades ao redor do mundo. O que está faltando para algum empresário (ou poder público) brasileiro colocar essa ideia para funcionar de forma massificada em uma grande metrópole como São Paulo?

Do Blog Eu vou de Bike

 

Salvador conseguiu o VLT

Campanha em Salvador pelo VLT

Em Salvador a discussão também chegou tardia, mas lá eles decidiram pelo sistema metroviário que pode ser trem elétrico ou o VLT. Em agosto deste ano, o governador Jaques Wagner e o prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro, reuniram-se com os vereadores e reafirmaram a escolha do metrô como modal de transporte para Salvador na Copa 2014.

Durante a reunião, foi explicado aos parlamentares o processo utilizado por meio do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) da Mobilidade Urbana, como estratégia para a decisão do modal. Após o encontro, os vereadores demonstraram estar satisfeitos com as explicações do governo estadual. Para a escolha do modal, foi avaliada a consistência de viabilidade técnica, ambiental e financeira, sendo analisados sete projetos que concorreram ao PMI, realizado pelo Governo do Estado.

Segundo o governador, o edital de licitação das obras do metrô na Avenida Paralela está em fase de elaboração. Ele assegura que, concomitantemente à implementação do metrô, será possível construir a Avenida 29 de Março, ligando a Paralela à BR-324. Os investimentos nas obras do metrô totalizam R$ 1,6 bilhão e no total serão disponíveis para o projeto de transporte para a capital baiana, cerca de R$ 2,4 bilhões, do PAC da Mobilidade Urbana.

Na opinião do prefeito João Henrique o termo de anuência deverá ser concedido com mais rapidez, a fim de se lançar o edital de licitação. “Nós estamos avançando. Superamos etapas e algumas dúvidas. Acredito que a Câmara tem um grande conhecimento acumulado, devido aos estudos realizados sobre a mobilidade de Salvador e pode contribuir com o projeto”.

Fonte: SECOM

Sem controle, a carga que passa nas nossas rodovias

O Plano de recuperação da malha viária do estado lançado, recentemente, pela Secretaria de Transportes de Pernambuco, terá um grande desafio pela frente.

A qualidade da manutenção das vias não leva em conta apenas o tipo de pavimento, drenagem e sinalização, mas também o peso das cargas nas nossas estradas.

Nenhuma balança de pesagem funciona no estado, sejam em rodovias estaduais ou federais. Se isso só não bastasse, ainda tem outro agravante, o estado não dispõe hoje de estatísticas sobre o volume de carga que trafega nas nossas vias, tampouco o tipo de carga que vem até nós.

Todos os postos de contagem do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) encontram–se sem funcionar. Ao todo são 14 postos distribuídos nas zonas da Mata, Agreste e Sertão. Ruim para a economia e também para nossas rodovias.

LOCALIZAÇÃO DOS POSTOS DE CONTAGEM
POSTO NOME PNV DRF RODOVIA/UF KM SITUAÇÃO
1 Igarassu 101BPE0370 4 BR-101/PE 38,5 PARADO
3 Salgueiro 116BPE0450 4 BR-116/PE 28,7 PARADO
4 Moreno 232BPE0030 4 BR-232/PE 27 PARADO
5 Carpina 408BPE0200 4 BR-408/PE 67,5 PARADO
6 Arcoverde 232BPE0260 4 BR-232/PE 268,7 PARADO
8 Ouricuri 122BPE0310 4 BR-122/PE 104,7 PARADO
9 Sao Caetano 423BPE0030 4 BR-423/PE 25,5 PARADO
10 Escada 101BPE0490 4 BR-101/PE 131,5 PARADO
11 Cabrobó 428BPE0010 4 BR-428/PE 1 PARADO
12 Fazenda Nova 104BPE0430 4 BR-104/PE 44 PARADO
13 Verdejante 232BPE0410 4 BR-232/PE 490 PARADO
14 Petrolina 428BPE0070 4 BR-428/PE 166 PARADO
15 Caruaru 232BPE0140 4 BR-232/PE 122,5 PARADO
16 Prazeres 101BPE0440 4 BR-101/PE 93 PARADO

Ativos: 0 postos
Parados: 14 postos