O que muda na CTTU?

 

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Tânia Passos

A segunda mulher que irá assumir o comando da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU), apartir de janeiro de 2013, Taciana Ferreira, tem um perfil um pouco diferente da sua antecessora, Maria de Pompéia, formada em engenharia elétrica e funcionária de carreira da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf). Sem experiência na área de trânsito, Pompéia se esforçou para dar conta de um problema muito maior do que a estrutura técnica que ela dispunha. Mas conseguiu avanços importantes como a eliminação dos famosos giros à esquerda, em alguns pontos da cidade, a exemplo da Ponte do Limoeiro, avenidas Mascarenhas de Moraes e Agamenon Magalhães. Touxe também muita insatisfação com a implantação do binário Parnamirim, mas acertou com a criação de uma ciclovia no local. Também foi ideia de Pompéia as baterias como energia alternativa dos semáforos, iniciativa, aliás, copiada pela Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo (CET).

A nova gestora Taciana Ferreira, formada em engenharia de trânsito e funcionária de carreira da própria CTTU, traz um volume maior de experiência no setor. Acumulou também experiência no Sistema de Transporte Público de Passageiros (STPP), onde por quatro anos, atuou na diretoria de operações do Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano. À frente da CTTU, ela terá o desafio de fazer andar uma cidade com uma frota de mais de 600 mil veículos registrados na capital, sem falar a frota circulante, que pode chegar a um milhão de veículos, praticamente metade de toda a frota do estado.

Uma das grandes expectativas é que Taciana consiga fazer o que Pompéia não conseguiu na engenharia de tráfego da cidade. Mais do que ter agentes de trânsito monitorando quem fez conversão errada, não quitou o IPVA ou dirigiu falando ao celular é que eles tenham a percepção de circulação da cidade como um todo e não apenas nos cruzamentos. Melhorar a engenharia de tráfego é enxergar, sobretudo, o que se passa no trânsito da cidade. Não bastam ter câmeras que registrem o trânsito nas lombadas eletrônicas, onde as pessoas costumam respeitar os limites de velocidade, mas sim nos pontos de conflito.

Mais do que ter agentes de trânsito repetindo o trabalho dos semáforos, melhor seria se eles estivessem em pontos estratégicos equipados com binóculos, rádio ou celular repassando informação dos lugares onde o trânsito travou, seja por um carro estacionando em um local indevido, um buraco atrapalhando o fluxo ou um acidente. O maior objetivo da engenharia de tráfego é identificar os problemas de retenção e resolvê-los o mais rápido possível em qualquer ponto da cidade, mas para isso vai precisar de respaldo do gestor público para renovar a infraestrutura técnica e operacional. Quem sabe, possamos ver a descentralização dos serviços e uma cobertura nos quatro cantos da cidade. Será que a CTTU, enfim, mudará?

Fonte: Diario de Pernambuco

Entrevista com a futura presidente da CTTU

 

O  comando da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) está mais uma vez nas mãos de uma mulher. A engenheira de trânsito, Taciana Ferreira, funcionária da CTTU,  estava  desde de 2007 trabalhando na diretoria de operações do Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano. Ela aproveita a experiência na área do transporte público, uma visão já idealizada pelo futuro secretário de Mobilidade e Controle Urbano do Recife, João Braga, que defende um olhar mais atento ao transporte urbano. Confira alguns trechos da entrevista com a futura presidente da CTTU.

1- Como está a expectativa para assumir um órgão como a CTTU, responsável pela gestão do trânsito da cidade?

R- A expectativa é bastante positiva. Pretendo conhecer primeiro os projetos existentes e conversar com a equipe técnica para encontrarmos caminhos para melhorar a fluidez do trânsito e do transporte público, que é uma das preocupações do secretário João Braga.

2- A sua experiência na diretoria de operações do Grande Recife, onde há uma visão metropolitana do transporte, irá ajudar a entender a participação do Recife no sentido de contribuir pela melhoria do transporte?

R- Acredito que sim. Até porque o Recife é integrante do Consórcio Grande Recife. Mas além disso é preciso também olhar a operação do trânsito. O crescimento da frota é uma preocupação constante e os problemas são muitos.

3 – Uma das grandes críticas da operação de trânsito do Recife é a deficiência na engenharia de tráfego. Haverá algum foco nesse sentido?

R- Na verdade não existe um único problema de engenharia. São diversos fatores, que exigem um conjunto de medidas. Mas é preciso primeiro conhecer o quadro atual.

4- Já existe uma discussão sobre a necessidade de se descentralizar as operações da CTTU. Ou seja, criar centrais em outros pontos da cidade. Há alguma possibilidade disso ocorrer na sua gestão?

R- A descentralização pode ser um caminho. Mas acho que ainda é muito cedo para dizer que tipo de ação será feita. Vamos verificar o que precisa avançar.

Desembargador do TJPE vota contra a gratuidade a maiores de 60 anos

 

No julgamento em corte especial do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), o desembargador Agenor Ferreira de Lima Filho votou contra a lei municipal do Recife que garante gratuidade aos maiores de 60 anos em passagens de ônibus, por considerá-la insconstitucional, visto que em seu conteúdo não consta a forma de custeio desse direito. Este foi o primeiro dos membros da corte a se pronunciarem sobre a medida, que continua em vigor até a decisão do pleno.

Na mesma sessão, o desembargador Leopoldo Raposo pediu vistas do processo, interrompendo o julgamento e adiando-o para 2013. Ainda não há uma data final, já que os demais magistrados também têm o direito de pedir o mesmo, esclareceu a assessoria de imprensa do TJPE. A Promotoria de Justiça e Defesa da Cidadania da Capital do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) está acompanhando o caso.

Ainda assim, o voto está sendo comemorado como vitória pelos empresários de ônibus do Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife (STPP/RMR), que chegaram a afirmar que a determinação para que a gratuidade seja suspensa já chegou ao Grande Recife Consórcio de Transporte.

Desde o início, a nova lei enfrentou obstáculos. Ainda na Câmara de Vereadores, recebeu um parecer contrário da comissão de finanças. Depois, foi vetada pelo prefeito João da Costa, sob o mesmo argumento. A parte das disputas políticas, a discussão se manteve. A expectativa da Urbana-PE, então, era de aumentar o preço das passagens, repassando o custo da ampliação da gratuidade aos demais usuários do sistema.

 

Fonte: Diario de Pernambuco

 

Moto com baixa cilindrada pode ser proibida de circular em rodovia

 

Proposta aprovada na Comissão de Viação e Transportes (PL 6857/10) proíbe a circulação de ciclomotores, motonetas e motocicletas com menos de 125 cilindradas em rodovias. O relator, deputado Hugo Leal, do PSC fluminense, alterou o projeto original que ampliava a proibição para motores de até 250 cilindradas. Cilindrada é medida da capacidade de expansão do motor em centímetros cúbicos e está relacionada à potência do veículo. O relator explica que a restrição é necessária para garantir maior segurança e evitar acidentes nas rodovias.

“É uma tendência, isso tem acontecido no mundo exatamente para evitar que motos que não têm estabilidade possam ir para autopistas e sofrer as consequências do deslocamento do ar e de velocidades expressivas que elas obviamente não podem acompanhar.”

A proposta aprovada também retirou do projeto original a inclusão da Agência Nacional de Transportes Terrestes no Sistema Nacional de Trânsito. Para o relator, a Agência já possui suas próprias atribuições. Já o autor da proposta, deputado Carlos Zarattini, do PT de São Paulo, não concorda com a alteração. Para ele, o texto aprovado impede a ampliação da fiscalização nas rodovias.

“O substitutivo reduziu muito o projeto, então acho que não tem muita significância do jeito que foi aprovado.”

O projeto original determina, ainda, multa para veículos de carga que circularem com peso acima do permitido nas rodovias. No substitutivo, os valores das multas foram especificados, conforme a infração. O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça.

De Brasília, Amanda Martimon
Fonte: Agência Câmara

VLT do Rio de Janeiro vai funcionar a bateria

 

 

O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), meio de transporte inserido no projeto de revitalização da Zona Portuária do Rio de Janeiro, é aguardado com grande expectativa pelos cariocas. O sistema integra os projetos da cidade para a Copa de 2014 e Olimpíada 2016.

Enquanto serviço, o VLT traz uma grande novidade: o sistema de bilhetagem por validação, com a compra da passagem feita do lado externo do veículo. No interior do vagão, não haverá necessidade de catracas, roletas ou cobradores. Por este sistema de cobrança, já utilizado em países da Europa, o passageiro ingressa no trem e só então seu bilhete é marcado num leitor digital durante a viagem.

Dos mais avançados meios de transporte do mundo, utilizado em cidades como Barcelona, Berlim e Paris, o VLT do Rio de Janeiro terá 28 km de trilhos, distribuído em seis linhas. Duas delas têm previsão de entrega para a Copa. As outras quatro deverão estar concluídas até os Jogos Olímpicos.

Para Jorge Arraes, presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Rio de Janeiro (Cdurp), órgão responsável pelas obras, o VLT representa uma revolução na utilização do transporte público: “Será um marco para o Rio de Janeiro, não só em relação à capacidade e qualidade do transporte coletivo como pelo beneficio ambiental. Nós vamos introduzir um sistema de bilhetagem por validação, novidade no país. As estações e paradas abertas não terão catracas, o que proporcionará expressiva mudança no comportamento do usuário”. E completa: “Por fim, será um transporte integrado, conectando todos os modais da área, incluído no Bilhete Único, confortável e sustentável. Configura um momento diferencial na história do transporte coletivo da cidade”, declarou Arraes.

O traçado do VLT na cidade foi definido de forma a interligar os principais modos de transporte público, os pontos turísticos da região e as áreas de grande circulação. E permitirá o acesso e o deslocamento muito mais rápido entre locais de grande fluxo, como a Leopoldina, Central do Brasil, Cinelândia e Praça XV.

Para tanto, o projeto prevê a construção de quatro estações principais de VLTs – Rodoviária, Aeroporto Santos Dumont, barcas (Praça XV) e Central do Brasil – e 42 paradas, integrando bairros portuários com a nova área central de negócios, que também faz parte do processo de revitalização da região.

A rede prioritária de integração, definida pela prefeitura do Rio, engloba um trecho da Avenida Brasil, que permite o atendimento da área central de negócios; e a ligação da estação Central do Brasil (trens para o subúrbio carioca) com as barcas, via rua Sete de Setembro, e a sua continuidade até o aeroporto Santos Dumont, via rua General Justus. (Veja documento em PDF figura 1.6.4 – pg. 56).

Em uma segunda etapa, ainda sem previsão de sair do papel, haverá extensão do serviço às regiões da Glória, Lapa, Cidade Nova e São Cristóvão.
“O VLT é um componente fundamental na concepção e implantação do novo sistema viário da Região Portuária, com grande impacto positivo sobre o trânsito da cidade. Ele ligará trens, metro, barcas, teleférico, ônibus e aeroporto. Significa que será muito mais confortável optar pelo transporte coletivo integrado para transitar no Centro. Mais que a inovação, ele é um elemento que trará eficiência ao transporte coletivo, combinando sustentabilidade e qualidade”, observou o presidente da Cdurp.

VLT com energia embarcada, sem fios

Além de não poluente, silencioso e eficiente, o VLT carioca dispensará rede aérea de alimentação da tração do veículo. Ou, não contará com pantógrafos, em linguagem técnica. Em vez disso, os veículos contam com um sistema de energia próprio, denominado energia embarcada, por bateria e/ou supercapacitores. A alimentação será feita em pontos específicos – nas paradas e cruzamentos principais. Essa tecnologia utiliza bancos de capacitores com dupla camada de isolamento e grupos de bateria, todos de alto desempenho. Desta maneira, os bancos de capacitores também conseguem ser mais econômicos, recuperando e armazenando a energia gerada no processo de frenagem do próprio veículo.

O VLT terá uma frota de 32 veículos (Veja documento em PDF, quadro na pg. 167) no início da operação, até atingir o total de 42, todos equipados com ar condicionado. A frente de cada veículo será protegida com um dispositivo absorvedor de choque, de forma a resistir a impactos, sem deformação, até velocidades de 5 km/h.

Até dezembro, será definido o processo de licitação do VLT. O modelo e dimensões dos veículos, assim como o local e país do montador e fornecedores das peças, serão definidos somente após ser conhecida a concessionária vencedora da licitação. Também ficará a cargo da empresa escolhida a instalação e operação do serviço.

O início das obras para a implantação dos VLTs está previsto para início de 2013. No entanto, a Cdurp já toca as obras de adequação e reformas de ruas e túneis que receberão os VLTs. A futura operadora poderá optar por um modelo de 2,40 m de largura, com capacidade para 400 passageiros, que seria o mais indicado para atender às condições físico-operacionais existentes no traçado determinado para o VLT no Rio de Janeiro. Ou, dependendo de resultados de novos estudos, poderá até mesmo adotar um veículo de 2,65 m, com capacidade para 430 pessoas (Veja gráfico no documento em PDF, pg. 145), tais como velocidade máxima, sendo que a velocidade média foi estabelecida em 15km/h).O custo total das obras está orçado em R$ 1,1 bilhão, sendo que R$ 582 milhões virão do governo federal, através do PAC da Mobilidade.

 

Fonte: Portal Mobilize

Mobilidade no 1º escalão

Por

Tânia Passos

A criação de uma secretaria para cuidar da mobilidade no Recife traz muitas expectativas e questionamentos. A expectativa é que o tema passe a ser uma prioridade em toda a sua dimensão. Desde a preocupação com as calçadas, até hoje com medidas tímidas e pouco eficazes, o entendimento da prioridade ao pedestre, reduzir pontos de conflito no tráfego, facilitar a acessibilidade com conforto e segurança, incentivar modais não motorizados e ainda contribuir pela melhoria do transporte público. A questão é se tudo isso caberá dentro de uma secretaria.

Um dos pressupostos para uma cidade ter mobilidade é pensar a ocupação dos espaços públicos. Essa foi uma lição que a cidade de Curitiba aprendeu cedo, ainda na década de 1950, quando criou o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC). Guardadas as devidas proporções foi o que se tentou fazer aqui com a criação do Instituto da Cidade Pelópidas Silveira. Ainda não se sabe o destino que o Pelópidas terá na atual gestão. Em Curitiba, o IPPUC fez a diferença. É lá onde os gestores públicos vão para buscar alternativas de planejamento da cidade. Como os funcionários são concursados, a maior parte do corpo técnico não muda, quando muda o gestor.

Para a nossa nova Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano, o titular da pasta João Braga, que até bem pouco tempo era consultor do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Urbana-PE), além de ter sido ex-secretário de Defesa Social e de Infraestrutura, também traz no seu currículo a construção do camelódromo da Avenida Dantas Barreto. O camelódromo tem sido, até agora, um calcanhar de Aquiles para os governantes. Pelo visto, a cidade está dando mais uma oportunidade a Braga em um tema que mexe com a vida de todos. Só esperamos que o Recife não se torne um laboratório de experiências. Planejar e elaborar estudos nunca foi o nosso forte. Mas pode passar a sê-lo. Então, boa sorte ao secretário!

Fonte: Diario de Pernambuco

Entrevista com o futuro secretário de mobilidade do Recife

Pela primeira vez o Recife ganha uma pasta específica para a mobilidade e o controle Urbano. Em entrevista ao blog, o titular da pasta, o engenheiro João Braga, ex-secretário de Defesa Social e de Infraestrutura, contou sobre as expectativas para gerir o que hoje é um dos maiores problemas da cidade: a imobilidade. Veja alguns trechos da entrevista

1- Qual a expectativa do senhor para resolver as questões da mobilidade na cidade?

R – Nós vamos atuar em duas vertentes: mobilidade e controle urbano, que estão diretamente ligadas. Achei muito interessante a ideia do prefeito-eleito, Geraldo Júlio de reunir os dois temas. Vamos procurar resolver, inicialmente, a questão das calçadas no centro da cidade e avançar nesse aspecto. Também vamos atuar na melhoria do transporte público.

2- De que forma o município irá ajudar a melhorar o transporte público, que é gerido pelo Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano?

R- Vamos atuar em parceria. O prefeito-eleito sinalizou que o investimento no transporte público é um ponto importante. Eu atuei como consulto do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros e tenho uma boa relação com o secretário das Cidades, Danilo Cabral e com o presidente do Grande Recife, Nélson Menezes. Na verdade precisamos pensar de forma metropolitana. A Região Metropolitana do Recife é uma das mais conturbadas do Brasi, muitas vezes não sabemos onde começa e termina o município. O nosso foco é priorizar o transporte público e aumentar a velocidade.

3- Que outras áreas vocês pretendem atuar?

R – Devemos criar restrições para o automóvel, velocidade ao transporte público, incentivar caminhadas para pequenas distâncias e ainda o uso das bicicletas.

3- Até onde a Secretaria da Mobilidade vai poder atuar? Obras como a construção dos viadutos da Agamenon Magalhães, de alguma forma vão passar pelo crivo da pasta da mobilidade?

R- Nós vamos trabalhar em parceria com o governo do estado. Será uma ação conjunta. Em janeiro vamos abrir discussões para o debate e até o final do mês, nós deveremos ter um diagnóstico do que devemos apresentar ao prefeito para executar.

Trem-bala brasileiro previsto para operar em 2020

 

O trem de alta velocidade, que ligará os municípios do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Campinas (SP), deve estar pronto em 2019 e o transporte de passageiros deve começar em junho de 2020. As regras para o leilão que irá definir o operador do trem-bala foram divulgadas hoje (13).

“Queremos entregar essa obra o mais cedo possível. Vamos buscar entregar a obra em junho de 2018”, disse o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo. O concessionário terá um ano para testar a tecnologia e o prazo de concessão será 40 anos.

O trem só entrará em operação quando toda a obra estiver concluída e não haverá liberação de operação parcial, por trechos. “Estamos fazendo serviço para atender a longa distância. Não tem nenhum ganho o serviço de curta distância, não é um serviço em que o trem de alta velocidade seja mais competitivo”.

O preço máximo da passagem da classe econômica entre Rio de Janeiro e São Paulo será R$ 250 (valor atual, que será atualizado até a data de operação). Nas demais classes, o preço será livre. O trem deverá trafegar em uma velocidade de cerca de 350 quilômetros por hora, e o tempo máximo de viagem para o serviço expresso será 99 minutos.

Nos horários de pico, deverá haver pelo menos três trens expressos (que faz a ligação São Paulo-Rio de Janeiro) por hora e um trem regional de longa distância (com paradas nas estações intermediárias).  Pelo menos 60% dos 458 assentos do trem devem ser destinados à classe econômica. A expectativa é começar a operar com 40 milhões de passageiros por ano e chegar a 100 milhões.

O primeiro leilão do trem de alta velocidade está marcado para o dia 19 de setembro de 2013 e irá definir a empresa que vai fornecer a tecnologia e será a operadora do trem. O vencedor do leilão será a empresa ou consórcio que apresentar a melhor relação entre valor de outorga e o custo de construção do trem-bala. A empresa deverá ter pelo menos cinco anos de experiência na operação comercial do sistema e não pode ter tido nenhum registro de acidente fatal. A segunda licitação, que vai definir a empresa que vai construir a infraestrutura do trem, deve ocorrer em 2014.

A participação da EPL no projeto aumentou de 30% para 45%. Segundo Figueiredo, o objetivo foi aumentar a atratividade no projeto. “Como não estamos trazendo nenhum elemento de mitigação de risco e demanda, resolvemos aumentar a participação pública porque é uma forma de compartilhar o risco com o investidor”.

O total de investimentos do operador da primeira etapa é R$ 7,6 bilhões. O BNDES irá financiar R$ 5,37 bilhões, a EPL irá investir R$ 1,03 bilhão e o concessionário R$ 1,27 bilhão. O custo total da obra está estimado em R$ 35 bilhões. Segundo Figueiredo, os grupos interessados na implantação do projeto são da Alemanha, da França, da Espanha, da Coreia e do Japão.

Fonte: Agência Brasil

Aprovado equipamento obrigatório para motociclistas

 

A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio aprovou, na quarta-feira (12), o Projeto de Lei 1171/11, do deputado Fernando Ferro (PT-PE), que torna obrigatório o uso de equipamentos de proteção, como joelheiras, cotoveleiras, botas e coletes por motociclistas. A proposta altera o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97).

O texto aprovado foi o substitutivo do relator, deputado Antonio Balhmann (PSB-CE), que retirou do projeto dispositivo que previa que os equipamentos seriam acessórios e o custeio ficaria por conta dos fabricantes, no caso das motos novas. O relator também acrescentou a obrigatoriedade de uso de jaqueta inflável pelos motociclistas quando a velocidade da via for acima de 70 km/h.

“O Código de Trânsito Brasileiro já dispõe que o motociclista deve utilizar vestuário de proteção, de acordo com as especificações do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Na ausência dessa regulamentação, é importante que a própria lei estabeleça a obrigatoriedade de utilização, pelos motociclistas, de calça e jaqueta, bem como de luvas, botas, caneleiras, cotoveleiras e joelheiras de proteção, conforme as orientações da Rede SAMU – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência”, destacou Balhmann.

Os Projetos de Lei 2813/11, 2998/11, 3206/12 e 3627/12, apensados, também foram aprovados pela comissão.

Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada ainda pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

 

Fonte: Agência Câmara

Relator rejeita Plano de mobilidade do Recife

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Ana Luiza Machado
Durante a sessão da última esta terça-feira (11) na Câmara do Recife, o vereador MúcioMagalhães (PT), que é relator da Comissão Especial de Mobilidade Urbana, opinou pela rejeição do projeto enviado sobre o assunto. Segundo o petista, apesar de considerar que o plano criado pela prefeitura tem “muito boas intenções” em melhorar a acessibilidade da população, as inconsistências, falta de detalhamentos e estudos técnicos em algumas ações pretendidas comprometem a aprovação.

Entre os pontos falhos do projeto citados pelo petista estão a ausência do plano de adensamento urbano, de um estudo sobre a circulação de motos, perfil dos motociclistas e sua relação com acidentes, e de políticas públicas de estacionamentos na cidade. “Surgimento de dezenas de prédios novos, com a média de dois carros por garagem causa um estrangulamento em alguns bairros.  Outro estudo fundamental que não foram enviado, é a pesquisa origem-destino. A última pesquisa realizada no Recife foi feita em 1997 e está completamente desatualizada”, disse Múcio Magalhães.

Os vereadores Sérgio Magalhães (PSD) e Priscila Krause (DEM) foram à tribuna comentar o voto do relator e parabenizá-lo pela decisão. Sérgio disse que a decisão do relator pela rejeição do plano de Mobilidade reflete “apenas a péssima qualidade dos projetos apresentados pela prefeitura”. A líder oposicionista Priscila Krause (DEM), engrossou o coro pela rejeição ao lembrar do projeto de adensamento que apresentou e às críticas que fez na época sobre a ausência da pesquisa origem-destino no Plano de Mobilidade. “Infelizmente não fui ouvida e acusada de não saber do que estava falando. Eu só espero que a futura gestão tenha aprendido com os erros desta. Poruqe são quatro anos que estão custando caro ao povo recifense”.

O relatório com as considerações do relator será entregue a comissão especial nesta quarta-feira (12). O presidente do grupo, Gilberto Alves (PTN),
convocará uma reunião dos membros da comissão para posteriormente definir se acompanha o voto da relatoria e posterior apresentação do relatório ao plenário da Câmara para ser votado pelos vereadores. É possível que os trâmites se arrastem para o ano próximo ano, já que o recesso se inicia no próximo dia 22.

O Plano de Mobilidade foi enviado ao Legislativo municipal em 2011 e foi submetido a uma série de audiências públicas na tentativa de colher
informações de diversos setores da sociedade e aprimorar o projeto do Executivo.

Fonte: Diario de Pernambuco