O esforço para que o taxista alcance a nota máxima do usuário está entre os objetivos da 4ª edição da Taxi Point, a feira brasileira dos fornecedores para o setor de táxi.Que acontece em São Paulo nos dias 16 e 17.
A proposta é oferecer cursos nas áreas de gestão de negócios e línguas estrangeiras, principalmente o inglês o espanhol. O progama pretende qualificar 80 mil taxistas até a Copa de 2014.
O Recife que é uma das cidades-sede da copa e deveria seguir no mesmo caminho. A capital pernambucana tem uma frota de táxi de cerca de 6 mil carros. E qualificação dos taxistas não é exatamente o forte dos profissionais.
A Táxi Point também promete apresentar uma ferramenta para otimizar o tempo durante a espera pelo táxi. Além de permitir o agendamento da corrida via internet pelo celular, o passageiro poderá ser avisado por SMS quando o taxista chegar ao local combinado
Diminuir pela metade o número de acidentes com moto no estado, nos próximos 10 anos, é a meta do Comitê Estadual de Prevenção de Acidentes, instituído pelo governo do estado. Os números são desoladores. Somente no ano passado, foram realizados 8.700 atendimentos de vítimas de acidente com moto e um saldo de 571 mortes. A estratégia do comitê, apresentada ontem, durante a sexta edição do Fórum Desafios para o Trânsito do Amanhã, dos Diarios Associados, é conseguir uma redução de 7% dos acidentes ao ano e 50% em 10.
O trabalho do comitê também pretende rastrear todo o atendimento da vítima de moto e calcular o custo real para o estado. “Hoje, se uma pessoa é atropelada por uma moto, ela pode dar entrada em uma UPA com escoriações, mas não é informado se os ferimentos foram provocados em consequência de um acidente de moto. Agora será”, revelou o coordenador do Comitê, Dr. João Veiga.
Para reduzir o número de acidentes o comitê pretende centrar em dois pilares: educação e fiscalização. No quesito fiscalização, uma das armas é a Lei Seca. A meta é fiscalizar pelo menos 30% da frota de motos no estado. “Uma pessoa que pilota uma moto, sem a capacitação e ainda embriagada o que se pode esperar?”, criticou. Uma pesquisa do Hospital da Restauração aponta que 30% dos acidentados com moto estavam embriagados e 70% sem a carteira de habilitação.
Outra preocupação é com a educação no trânsito. “Nós defendemos que a educação no trânsito passe a ser uma disciplina curricular. E já este ano 62 escolas vão adotá-la na grade curricular. É um avanço, mas a proposta é incluir a disciplina em todos os níveis de ensino”, apontou João Veiga.
Entre os palestrantes do fórum, o diretor executivo da Associação Brasileira de Fabricantes de Motocicletas (Abraciclo), Moacir Alberto Paes, veio preparado para assistir seu principal produto: a moto, ser posta no banco dos réus, julgada e condenada em todas as instâncias. Não foi bem assim. “Para começar não existe nenhum estudo que determine as causas dos acidentes de moto, que são pressupostos necessários para combater os acidentes. Além disso, a moto sozinha não é uma arma. Ela depende do condutor. A questão é que tipo de condutor nós temos?”, ressaltou Moacir Paes.
O fórum contou ainda com a participação do promotor Francisco Edílson de Sá Júnior e do vice-presidente da presidente regional da Federação Nacional dos Corretores de Seguro (Fenacor), Carlos Valle. A abertura dos trabalhos foi feita pelo vice-presidente dos Diarios Associados NE, Gladstone Vieira Belo.
Em 2010, um total de 571 pessoas morreram vítimas de acidente de moto. O que significa uma média 47, 5 mortes por mês, 0u 11,8, por semana e 1,5 por dia. As que não morreram estão lotando as emergências dos hospitais. Na maior emergencia do estado, o Hospital da Restauração, dos 40 leitos do setor de traumatologia, 32 estão ocupados por vítimas de acidente de moto.
O tempo de internamento desses pacientes, em geral, é longo devido a gravidade dos ferimentos. Na 6ª edição do Fórum Desafios para o Trânsito do Amanhã, nesta terça, 13, na Sede dos Diarios Associados, no bairro de Santo Amaro, o aumento da frota de motos no estado e as suas consequências estão no foco da discussão. Nas duas últimas décadas, o aumento acumulado da frota superou a marca de 600%. O médico João Veiga, que já fez uma pesquisa sobre as vítimas de moto, que deram no HR, é um dos palestrantes do fórum.
Quem quiser participar do fórum pode se inscrever pelo telefone: 3320-2020, no horário comercial.
Esse vídeo da Companhia da Engenharia de Tráfego (CET) de São Paulo se tornou um exemplo de como um agente de trânsito, capacitado, consegue sozinho desfazer um nó no trânsito.
Movido pela indignação e sentimento de cidadania, o arqueólogo Paulo Tadeu de Albuquerque me enviou fotos que registram as péssimas condições da calçada, que abriga a mais importante parada de ônibus da Rua Joaquim Nabuco, nas Graças, onde todas as linhas para a Zona Oeste param e passam por ela.
Segundo o relato de Paulo Tadeu, a parada fica junto ao laboratório CERPE e à Faculdade Maurício de Nassau. Além disso, ela é a única parada que atende aos cegos do Instituto dos Cegos do Recife, situado a menos de 100 metros.
“Diariamente e a qualquer hora se assiste ao triste espetáculo de ver esses seres humanos especiais se prostrarem ao chão”, lamentou o arqueólogo.
Ele conta ainda que contactou a Empresa de Manutenção e Limpeza do Recife (Emlurb), o Governo do Estado, o laboratório CERPE e a Faculdade Maurício de Nassau. Ninguém, no entanto, se sentiu na obrigação de resolver.
“Eles dizem que a responsabilidade é do número 600 dessa rua”, revelou. Talvez seja mesmo mais fácil lavar as mãos. A legislação atual do município estabelece que a manutenção das calçadas está sob a responsabilidade do proprietário do imóvel.
Mas também determina, que se o proprietário não o fizer, o municípioexecuta a manutenção necessária e cobra em forma de imposto. Na prática, isso não vem sendo feito, mas vale ressaltar que o município tem sim responsabilidade.
Já em relação às condições da parada de ônibus, cabe ao Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano oferecer condições dignas e isso se traduz também no quesito acessibilidade.
Em relação à faculdade e ao laboratório, que se beneficiam diretamente com o passeio, poderiam colaborar, mas nesse caso, não seriam obrigados. A responsabilidade social é uma questão de consciência, ou se tem ou não. E ao proprietário do nº 600, alguém sabe de quem se trata? Ele, claro não fica de fora.
O Plano de recuperação da malha viária do estado lançado, recentemente, pela Secretaria de Transportes de Pernambuco, terá um grande desafio pela frente.
A qualidade da manutenção das vias não leva em conta apenas o tipo de pavimento, drenagem e sinalização, mas também o peso das cargas nas nossas estradas.
Nenhuma balança de pesagem funciona no estado, sejam em rodovias estaduais ou federais. Se isso só não bastasse, ainda tem outro agravante, o estado não dispõe hoje de estatísticas sobre o volume de carga que trafega nas nossas vias, tampouco o tipo de carga que vem até nós.
Todos os postos de contagem do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) encontram–se sem funcionar. Ao todo são 14 postos distribuídos nas zonas da Mata, Agreste e Sertão. Ruim para a economia e também para nossas rodovias.
Que falta faz não termos uma linha de metrô que se comunique com os diversos canais da cidade. A estação mais próxima do centro, a estação central do metrô do Recife, não é muito acessível. Quem vier de ônibus precisa descer na Avenida Guararapes e percorrer alguns quarteirões por calçadas intransitáveis. Ou tem que pegar um táxi.
Aliás, com exceção do Terminal Integrado de Passageiros (TIP), onde o passageiro desce dentro do terminal, nenhuma outra estação oferece essa opção de interligação com importantes equipamentos.
Até mesmo o aeroporto não foi contemplado com essa logística. A opção da passarela ligando o terminal ao aeroporto ainda está em fase de projeto.
Mas é uma opção melhor do que ocorre hoje. Quem desce na estação aeroporto precisa de um táxi para fazer o deslocamento até o aeroporto, mesmo estando de frente para ele. É um perto, longe.
Na foto, a estação da Consolação do Metrô, em plena Avenida Paulista. Com tudo que uma acessibilidade precisa. Que falta faz um metrô pertinho da gente.
A queda de uma árvore no meio de uma via movimentada do Recife, a Avenida Rosa e Silva, que se comunica com a Avenida Agamenon Magalhães, travou o trânsito do Recife por mais mais de seis horas. Um acidente desse tipo pode ocorrer a qualquer momento, se levarmos em conta a idade e o tamanho da maioria das nossas árvores, numa época onde não havia preocupação com a acessibilidade. É claro que não se deve sair por ai derrubando as árvores, mas pode-se criar um plano de ação.
A desobstrução de uma via de fluxo intenso deve ser pensada com antecedência. A Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) ainda trabalha com a improvisação. A sequência normal é esperar a chegada dos bombeiros, que já leva um bom tempo, pois terão que enfrentar também o trânsito. O passo seguinte é desviar o fluxo e esperar o que parece interminável para quem está preso no trânsito.
O Recife precisa dispor de planos de ação para situações de emergência, seja um caminhão que quebra em cima de um viaduto, uma árvore que cai, um poste, um protesto no meio de uma via, enfim as mais diversas situações. Então a gente pergunta se a CTTU já sentou na mesa para traçar planos com os bombeiros, por exemplo, a Celpe , a Companhia telefônica ou a Polícia?
O Recife também já deveria dispor de equipamentos de emergência em pontos estratégicos da cidade para agir em uma situação de emergência a exemplo dos guinchos. Aliás, a companhia sequer dispõe de um guincho de grande porte e também não tem nenhuma empresa terceirizada para executar o serviço.
Imagine, por exemplo, um acidente que derrame óleo na pista. A CTTU não tem como resolver uma situação desse tipo, por exemplo. E mais uma vez vai depender exclusivamente da ação dos bombeiros. Os bombeiros, de fato, devem ser parceiros, mas a estratégia deve ser da CTTU.
Em São Paulo, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) dispõe de empresas terceirizadas para situações de emergência. “Nós precisamos saber como agir em uma emergência e dispor das condições necessárias para resolver rapidamente. Aqui, a cada 15 minutos que o trânsito fica parado significam três quilômetros de engarrafamento”, explicou Hercules Justino, superintendente da CET.
Não é tudo, mas pelo menos a maior parte dos projetos inseridos no PAC da Mobilidade, pelo estado e a Prefeitura do Recife, foram aprovados pelo Governo Federal.
Da Prefeitura do Recife são prioridades a conclusão e ampliação das perimetrias II e III e a implantação da Radial Sul. Esses projetos totalizam investimentos na ordem de R$ 820,7 milhões.
Somando este valor às obras que já estão em andamento chega-se a um investimento de R$ 2 bilhões, segundo o prefeito João da Costa. “São investimentos que representam a priorização pelo transporte coletivo”, disse o prefeito.
Já o Governo do Estado, além da II perimetral, em parceria com o município, também aposta na IV perimetral, no trecho do contorno do Recife da BR 101. A rodovia federal, que já é uma via urbana, ganhará um corredor exclusivo de ônibus nos moldes do BRT.
Dentro do pacote de projetos do PAC da Mobilidades, as perimetrais II, III e IV são prioridades. Na ordem seguinte estão os corredores de ônibus: Leste/Oeste e Norte e Sul.
A terceira prioridade são os projetos de navegabilidade e da Avenida Norte. Na reunião com o governo federal para definir as prioridades. O secretário executivo do PAC, Maurício Muniz, explicou que a soma dos projetos apresentados pelas 24 cidades atingiu R$ 31 bilhões, superando em R$ 13 bilhões o limite estabelecido pela União.
Por causa disso, a implantação de alguns projetos teve que ficar de fora, por enquanto. O Governo do Estado decidiu adiar a implantação do corredor da Avenida Norte e do corredor fluvial Sul.Com isso, a soma dos projetos do estado que era de R$ 1,7 bilhão caiu para R$ 1,3 bilhão. “Vamos buscar outras alternativas para executar também estas obras”, afirmou o Eduardo Campos.
Mas ficou dentro, o restante do projeto de navegabilidade. A primeira e mais importante etapa terá cinco estações interligadas com os terminais de integração. As estação vão ser instaladas ao longo do Capibaribe entre a BR 101 e a Casa da Cultura. O trecho deverá desafogar principalmente o setor Norte da cidade.