Ingestão de álcool reduz a consciência do perigo para pedestres e ciclistas

O ciclista Wanderson Pereira, vítima fatal do acidente que envolveu recentemente, na BR -040, em Xérem, no Rio de Janeiro, Thor Batista, filho do empresário Eike Batista, tinha em sua corrente sanguínea, conforme detectado em exame post mortem, a dosagem de 15,5 decigramas de álcool por litro de sangue.

Tal concentração de álcool, comparada ao caso de motorista de veículo automotor, é quase oito vezes acima da dosagem tolerada , onde a tolerância é de até 2 decigramas de álcool por litro de sangue, sendo tal regra estabelecida pelo Decreto Federal 6488/08 que regulamentou a Lei Seca (Lei 11.705/08), no caso simplesmente da configuração infração administrativa ao Artigo 165 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

A Lei Seca, que alterou dispositivos do CTB, entrou em vigor em território nacional a partir de 20 de junho de 2008 . Para a configuração do crime de direção alcoolizada, a redação do Artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro, prevê a concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue, o equivalente, matematicamente, a 3 mg/l de álcool por litro de ar expelido dos pulmões, no caso do teste do bafômetro.

Ou seja, além da infração administrativa, o ciclista Wanderson Pereira, se na condução de veículo automotor, poderia também ser autuado por crime de direção alcoolizada. Conforme estudos científicos de alcoologia, a concentração entre 10 e 20 decigramas de álcool, encontrada no organismo humano, provoca descoordenação motora e desorientação espacial, além de comprometimento na fala, andar trôpego e agressividade ou passividade.

O legista aposentado e psiquiatra forense Talvane de Moraes, ao ser consultado sobre o acidente de Thor Batista, disse que a reação à bebida alcoólica depende de alguns fatores, desde a massa corporal até a alimentação. Ressaltou, porém, que 15,5 é uma taxa bastante elevada que em geral configura estado de embriaguez.

Para o Doutor José Mauro Braz Lima, médico e professor da UFRJ, em sua obra científica (ano de 2003) “Alcoologia- uma visão sistêmica dos problemas relacionados ao uso do álcool”, a presença de álcool na corrente sanguínea exige maior tempo para avaliar as situações de risco no trânsito, mesmo as mais corriqueiras, tornando-se difícil sair de situações que dependam de reações rápidas e precisas, tendo-se a percepção de um menor número de fatos que se desenvolvem na via.

No caso da direção veicular, o estudioso informa que o risco de acidentes pode aumentar em até 20 vezes em razão da quantidade de 15,5 de álcool por litro de sangue, conforme a detectada no organismo do ciclista Wanderson Pereira. Ressalte-se que Thor Batista, em depoimento em Delegacia Policial, afirmou que logo depois de atropelamento encontrou uma lata de cerveja sobre o para-brisa de seu carro, sustentando que a lata estava em poder da vítima fatal, conforme matéria da última edição de uma revista semanal de grande circulação no país.

Fica comprovado, portanto, que a ingestão de bebida alcoólica também põe em risco, além de motoristas e motociclistas, o deslocamento seguro de pedestres e ciclistas em rodovias e vias urbanas. Uma pessoa embriagada não é capaz de se auto determinar, caminhando obviamente com dificuldade, quiçá conduzir com segurança um veiculo automotor ou mesmo uma bicicleta em rodovias, locais onde a velocidade de deslocamento dos carros é maior.

Ao encontrarem-se sob o efeito do álcool, mormente no período noturno, onde a visibilidade, avaliação segura de distância e o cálculo da velocidade de deslocamento dos carros são mais difíceis, muitos pedestres e ciclistas, ao se deslocarem ou atravessarem tais vias, têm sido vítimas de graves acidentes por pura imprudência, basta observar o número de acidentes fatais em rodovias envolvendo ciclistas e pedestres.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal a cada dois dias uma pessoa morreu por atropelamento ou vítima de colisão com bicicleta (387 no total), na área de competência das oito rodovias federais que cortam o Estado do Rio de Janeiro, no período compreendido entre o inicio do ano de 2010 e 22 de março deste ano. O uso de bebida alcoólica no trânsito continua, pois, a ceifar preciosas vidas e as estatísticas, apesar do advento da Lei Seca, são de números de uma violenta e infindável guerra.

A violência no trânsito, num permanente cenário de vítimas ensanguentadas, veículos retorcidos, dor e sofrimento, prossegue. Até quando? Certamente até quando todos, devidamente educados, entenderem que trânsito é meio de vida, não de tragédias e perdas humanas. Educar para o trânsito é educar para a vida. Entenda-se.

* Milton Corrêa da Costa é coronel da reserva da Polícia Militar do Rio de Janeiro (Via Portal do Trânsito)

Acidente de Thor Batista é mais comum do que se imagina

 

Centenas de condutores se envolvem em acidentes com consequências geralmente graves durante a noite em todo o país, como no caso do acidente envolvendo o filho de Eike Batista,Thor.

Imediatamente procura-se incessantemente uma causa para o acidente, excesso de velocidade, embriaguez ao volante, condições do veículo, histórico do motorista, e etc…Mas o que geralmente os motoristas, ciclistas e pedestres não sabem é que durante a noite nossa visibilidade diminui para 18% em relação ao que enxergamos durante o dia, ou seja, temos uma perda de 82% em nossa visibilidade.

Dessa forma, a noção de profundidade diminui, o que contribui para que pedestres e ciclistas geralmente não sejam vistos, por isso a percepção dos movimentos também é muito prejudicada. Por outro lado, é muito comum, pedestres e ciclistas à noite, usarem roupas com a cor preta, também não tendo a noção que isso contribui para que não sejam vistos à noite.
Este é mais um motivo que ciclistas e pedestres surpreendem os condutores e, por isso, os motoristas devem ficar atentos a mínimos movimentos que podem denunciar presença de pessoas que se lançam na via, repentinamente, saindo de lugares pouco iluminados.

Tenho certeza que muitos condutores não tem ideia do porque necessitam diminuir a velocidade após o anoitecer. Pelo contrário, normalmente, os condutores nesse horário têm as pistas menos congestionadas, e então não sabem do agravante de que com as pistas livres, correm mais, enxergando menos.

Também acredito que todos os motoristas envolvidos em acidentes com vítima, assim como Thor também não desejavam ou gostariam de, a partir de agora, carregar o peso para o resto de suas vidas de ter matado alguém. Na verdade, em um acidente como este, todos se tornam vítimas da falta de informação, de conhecimento e da educação que deveriam ser fatores fundamentais para nossa formação como participantes do trânsito.

O fato ocorrido deve servir, pelo menos, para que percebamos que todos os condutores de veículos automotores não recebem informações necessárias ao conquistarem sua Carteira Nacional de Habilitação e consequentemente evitarem um problema como esse; mas os pedestres e ciclistas deveriam receber essas informações ainda com maior prioridade, pois nesse conflito que o trânsito gera, estes são os mais frágeis e, naturalmente, os mais prejudicados.

*Salete Romero é Especialista em Psicologia e Segurança no Trânsito (via Portal do Trânsito)

 

Audiência pública discute aumento do número de acidentes com motos

 

 

Os altos índices de acidentes envolvendo motocicleta no estado de Pernambuco serão discutidos em uma audiência pública que a Comissão de Mobilidade Urbana da Assembleia Legislativa de Pernambuco promove na próxima segunda-feira. A reunião acontece das 9 h às 13 h no Plenarinho III da Alepe.

A sexta audiência pública da comissão pretende ampliar o debate sobre alternativas de prevenção a acidentes. Para o encontro foram convidados representantes de entidades como Companhia de Trânsito e Transportes Urbanos (CTTU), Departamento de Trânsito de Pernambuco (Detran-PE), Comitê Estadual de Prevenção aos Acidentes de Moto, Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Pernambuco (DER-PE)e Sindicato dos Trabalhadores de Moto (Sindimoto-PE).

Flagrante: Motociclista passeia com quatro crianças em uma moto

Vídeo mostra flagrante que desrespeita todas as normas de segurança do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), motociclista, sem capacete transporta quatro crianças em uma moto. A menor delas em cima do tanque do combustível. O flagrante foi feito por um cinegrafista amador em uma das ruas do bairro Setúbal, Zona Sul do Recife.

Jet skis disputam espaço com banhistas

Destaque

Diario de Pernambuco

Por Wagner Oliveira

O perigo pode vir do mar, na forma de uma potente máquina capaz de atingir 100 km/h. As mortes provocadas por jet skis em São Paulo e no Rio Grande do Sul deixaram banhistas mais atentos à presença desses veículos em praias de todo o país. Em Pernambuco, a situação não é diferente. O uso da moto aquática preocupa a população e as autoridades. No Litoral Sul, é comum ver pilotos em manobras arriscadas e circulando perto dos banhistas. Em visita às praias mais badaladas do estado, o Diario flagrou pessoas usando os veículos em áreas movimentadas, inclusive com crianças. Apesar de a Capitania dos Portos de Pernambuco (CPPE) ter montado a Operação Verão para coibir e punir o uso irregular, quem frequenta as praias de Serrambi, Carneiros, Tamandaré, Guadalupe e Porto de Galinhas diz que os equipamentos continuam causado temor.

A Norma da Autoridade Marítima (Normam) prevê que atividades náuticas só podem ser praticadas a, no mínimo, 200 metros da beira-mar. Dados das capitanias dos portos do Nordeste revelam que 20 acidentes e 15 mortes ocorreram em sete estados de dezembro de 2010 a fevereiro deste ano, sendo um em Pernambuco, em dezembro de 2011, em um rio em Belo Jardim. Os últimos acidentes com mortes no Brasil aconteceram entre 18 de fevereiro e o último sábado. As vítimas foram duas crianças e dois adultos.

Em Pernambuco, outro caso grave ocorreu em dezembro, em Muro Alto, quando dois jets skis colidiram e um turista ficou ferido. Depois desse caso, a fiscalização aumentou. Ao todo, 181 autos de infração foram aplicados a barcos, lanchas e motos aquáticas de 15 de dezembro a 4 de março. O comandante da CPPE, o capitão-de-mar-e-guerra Ricardo Padilha, ressalta que a fiscalização não consegue impedir que as pessoas usem os equipamentos de maneira irregular.

Quem esteve em Tamandaré e em Carneiros no fim de semana passado assistiu a um “desfile” dos veículos. “Já vi brigas na praia por causa disso. As pessoas que estão com crianças ficam com medo”, contou um vendedor. Segundo a CPPE, apenas os habilitados com a permissão Arrais Amador podem pilotar jet skis.

O deputado federal Mendonça Filho (DEM-PE) apresentou, na semana passada, um projeto de lei para regulamentar o uso e criar punição para quem entregar os veículos a pessoas não habilitadas, sobretudo adolescentes. “A coisa está fora de controle e inocentes estão morrendo”, destacou o deputado.

Crianças em moto: cuidado redobrado!

 

Pilotar carregando um passageiro exige muito mais responsabilidade, habilidade e experiência. Transportar crianças requer cuidados em dobro, além disso, o transporte de crianças menores de sete anos em motos é proibido por lei. “Crianças abaixo desta idade não têm os reflexos e a habilidade necessária para se proteger numa eventualidade”, diz Elaine Sizilo, pedagoga especialista e consultora do Portal do Trânsito.

Segundo estatísticas do Ministério da Saúde, no Brasil morrem por dia seis crianças de até 14 anos em acidentes de trânsito. Por ainda estar em fase de desenvolvimento, um menor sofre um acidente com mais severidade do que um adulto porque a sua estrutura óssea e órgãos internos ainda não estão totalmente desenvolvidos.

Apesar dessas informações, muitos pais se arriscam. “Eu não tenho outra maneira de levar a minha filha para a escola, coloco um capacete nela e ando bem devagar”, afirma Michael Matias, de 27 anos. Para Elaine Sizilo, o fato de não transitar em alta velocidade não elimina o risco a que a criança está exposta. “Os pequenos são extremamente frágeis e qualquer queda pode ter consequências sérias”, afirma.

A única maneira de prevenir estes acidentes é não infringir a lei. “O que importa não é se livrar da multa é proteger a criança”, conclui Sizilo.

Transporte correto
Para os maiores, alguns cuidados também podem evitar acidentes. O passageiro, por exemplo, não deve tirar os pés das pedaleiras nas paradas. Além disso, tem que manter as pernas e a roupa longe do escapamento e segurar o piloto em sua cintura ou quadril.

É importante também o piloto alertar o passageiro antes de fazer qualquer manobra súbita.

 

Fonte:  Portal do Trânsito

Acidentes fatais com motos aumentam entre mulheres

 

Embora os homens sejam maioria nos acidentes fatais com motocicleta no Brasil (90%), a quantidade de mulheres que perdem a vida nesse tipo de acidente vem aumentando cada vez mais. O Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde revela que, de 1996 a 2010, a quantidade de vítimas fatais do sexo feminino em acidentes com motocicletas cresceu 16 vezes, enquanto o número de homens que morreram nesses acidentes aumentou 13 vezes no mesmo período.

“Temos mais um motivo para defender uma conduta cada vez mais cuidadosa no trânsito e que a fiscalização seja rigorosa para salvarmos mais vidas”, enfatiza o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lembrando que cerca de 80% das vítimas fatais têm entre 15 e 39 anos.

Um dos fatores preponderantes é o aumento da frota de motocicletas, meio de transporte utilizado por 10,2 mil dos 41 mil brasileiros que perderam a vida no trânsito em 2010. “Especialmente em cidades com menos de cem mil habitantes, tem aumentado o número de motociclistas, inclusive do sexo feminino, tornando as mulheres mais vulneráveis aos acidentes de trânsito”, observa Alexandre Padilha.

Outro agravante é apontado pela pesquisa Vigitel (Vigilância de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) 2010. Os dados mostram que o percentual de homens que afirmaram ter dirigido após o consumo abusivo de álcool ainda é superior ao das mulheres – 3% contra 0,2% -, porém o consumo abusivo de bebidas alcoólicas por mulheres vem apresentando tendência de crescimento. “Embora o homem esteja mais vulnerável a este tipo de acidente porque costuma ser mais agressivo ao dirigir, as mulheres também devem ficar atentas para não associar álcool e direção”, considera a coordenadora de vigilância e prevenção de violências e acidentes do Ministério da Saúde, Marta Silva.

Além da associação entre direção e bebida alcoólica, a coordenadora lembra que o excesso de velocidade e direção imprudente também são fatores de risco. “Acidentes tornam-se ainda mais graves quando os motociclistas não utilizam equipamentos de proteção, como capacetes, casaco com proteção, calçados apropriados (botas, sapato fechado) e ainda desrespeitam a sinalização e fazem ziguezague entre os carros”, adverte.

Abuso de álcool é maior entre os jovens
A pesquisa Vigitel 2010 também mostra que, em ambos os sexos, a frequência do consumo abusivo de bebidas alcoólicas aumenta com a escolaridade. Com relação a faixa etária, a frequência foi maior entre os mais jovens, alcançando mais de 30% dos homens e mais de 10% das mulheres entre 18 e 44 anos de idade.

O ministro Alexandre Padilha reforça a importância da prevenção e da fiscalização da Lei Seca, que reduziu drasticamente a tolerância da relação álcool e direção, defendendo também fiscalização mais rigorosa quanto ao uso de capacete e colete refletor por motociclistas. “Houve uma redução de até 30% nas regiões que tiveram uma ação mais eficaz na fiscalização”, esclarece, lembrando que o Ministério da Saúde apoia projetos de lei em discussão no Congresso Nacional que aumentam a pena de motoristas alcoolizados e a anulação de qualquer parâmetro mínimo de nível alcoólico ao volante. Propostas como essas estão contidas no Plano da Década de Ações para a Segurança no Trânsito 2011-2020. Para o ministro da Saúde, outros projetos também avançam nesse sentido, como a obrigatoriedade de apresentação de carteira de motorista para a compra de motos e a padronização nacional dos boletins de informação de acidentes de trânsito.

Ações
O Sistema Único de Saúde (SUS) conta com um conjunto de ações de promoção de saúde e paz no trânsito, de prevenção e vigilância de acidentes, violências e seus fatores de risco. Para a prevenção e promoção da saúde, os ministérios da Saúde e das Cidades assinaram em maio de 2011 o Pacto Nacional pela Redução dos Acidentes no Trânsito – Pacto pela Vida, com a meta de estabilizar e reduzir o número de mortes e lesões em acidentes de transporte terrestre nos próximos dez anos.

Outra iniciativa é o Projeto Vida no Trânsito, lançado em junho de 2010, que visa reduzir lesões e óbitos no trânsito em municípios selecionados por uma comissão interministerial. Para inicio do projeto, as cidades escolhidas foram Teresina (PI), Palmas (TO), Campo Grande (MS), Belo Horizonte (MG) e Curitiba (PR). As cidades selecionadas devem desenvolver experiências bem-sucedidas na prevenção de lesões e mortes provocadas pelo trânsito e que possam ser reproduzidas por outras cidades brasileiras. “A meta para os próximos anos é expandir este projeto para todas as capitais brasileiras, assim como outros municípios, o que será feito em parceria com as secretarias de saúde de Estados, do Distrito Federal e de municípios”, adianta Marta Silva.

Fonte: Agência Saúde

Projeto exige teste de impacto em veículos vendidos no País

 

A Câmara analisa o Projeto de Lei 2976/11, do deputado Felipe Bornier (PSD-RJ), que autoriza a venda no País apenas dos veículos automotores (inclusive os importados) cujos modelos tenham sido aprovados em teste de impacto.

Pela proposta, todos os veículos fabricados ou montados no País serão submetidos a teste de impacto (crash test) realizado por entidades especializadas, para comprovar a capacidade de resistência ou como reagem em caso de colisões.

O autor explica que o teste é um procedimento de segurança adotado internacionalmente pela indústria automobilística. Atualmente, no Brasil, somente alguns modelos passam por essa avaliação.

“A aprovação do veículo no teste de impacto vai reduzir possíveis danos a condutores e a passageiros em colisões de trânsito. Os custos com o tratamento e a recuperação de vítimas de acidentes são muito elevados. Essas despesas poderiam ser reduzidas se os carros fossem produzidos com maior resistência”, diz Bornier.

De acordo com o texto, a capacidade de resistência ou modo de enfrentamento de colisões será mensurada por índices adotados internacionalmente para cada categoria de veículo. Será reprovado no teste de impacto o modelo que não atender às exigências técnicas estabelecidas para garantir a devida segurança ao condutor e aos passageiros.

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

Acidentes de trânsito: Por que não diminuem?

Segundo dados do Ministério da Saúde, por ano mais de 40000 pessoas morrem no trânsito do Brasil. Além disso são gastos mais de US$ 141 mil com o tratamento destas vítimas.

A Tecnodata Educacional, editora de materiais didáticos para o trânsito, contribuindo em divulgar estas estatísticas estarrecedoras veicula diariamente em seu site um resumo dos principais jornais brasileiros com notícias sobre o trânsito. “Desde que iniciamos este trabalho, não ficamos um dia sem ler histórias tristes sobre acidentes de trânsito”, afirma Elaine Sizilo, pedagoga responsável pelos materiais didáticos da Tecnodata.

Para os especialistas da área a solução deve ser agir em três esferas: engenharia, fiscalização e principalmente, educação, pois 90% dos acidentes são causados por falhas humanas.

De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) é obrigatório que todas as escolas do país ensinem sobre o trânsito. “Esta é a teoria, porém a nossa experiência mostra que poucas escolas colocam em prática a lei da obrigatoriedade. Nós já estamos tendo resultados positivos com o Sistema Educando Crianças para o Trânsito, como é o caso de Jaraguá do Sul em Santa Catarina e outros municípios brasileiros, mas precisamos de apoio tanto do governo federal como de estaduais e municipais”, conclui Sizilo.

Fonte: Portal do Trânsito

Celular: vilão de atropelamentos

Diario de Pernambuco

Por Mirella Marques

Primeiro eram as chamadas. Agora, as redes sociais e os aplicativos. O uso do celular no trânsito, que já virou preocupação nos Estados Unidos (EUA) e na Europa, começa a chamar a atenção por aqui. No ano passado, 31.261 condutores pernambucanos foram multados por uso de celular. Essa é a quarta infração mais cometida no estado, de acordo com dados do Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco (Detran-PE). Embora comum, o ato pode causar sérios acidentes para motoristas e pedestres, que correm o risco de serem atropelados ao atravessarem ruas falando ao aparelho. Pesquisa realizada pela Universidade de Utah, nos EUA, mostrou que falar ao celular causa, no motorista, o mesmo efeito de quatro doses de bebida alcoólica. Para minimizar o problema, o Ministério das Cidades criou um aplicativo em que o smartphone retém chamadas enquanto o condutor está dirigindo.

O técnico de trânsito e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), César Cavalcanti, criou até um ranking com as práticas mais perigosas dos usuários de Iphones ao volante. “O mais arriscado é interagir com as redes sociais. Imagine o quanto a atenção do motorista fica prejudicada ao checar postagens e comentar perfis no Facebook? Digitar mensagens também atrapalha e ocupa o segundo lugar da lista”, afirmou. O especialista disse que essas atitudes fazem com que o motorista se distraia, em maior ou menor grau.

“Numa fração de segundos, a distração pode fazer com que a pessoa bata o carro ou atropele e mate uma pessoa. E isso tem acontecido. Mas é difícil mapear as causas desses acidentes. Porque as pessoas não dizem que estavam usando o celular na hora do acidente e é praticamente impossível provar isso depois”, comentou César.

A psicóloga Flávia Daniela Santiago, 29 anos, é fã assumida das redes sociais. A todo o momento, checa o Twitter e mexe no Facebook. Mas só pega o celular da bolsa quando estaciona o carro. “O celular tira muito a concentração no trânsito. E, como sempre ando com minha filha, todo cuidado é pouco”, garantiu.

“Usar o celular é uma prática perigosa, que tira a atenção e o reflexo do condutor”, afirmou o diretor de fiscalização do Detran-PE, Sérgio Lins. Ele informou que, por enquanto, não existem campanhas contra o uso das redes sociais no trânsito programadas para Pernambuco. O consultor em trânsito Eduardo Biavati contou que o número de autuações por uso de celular tem aumentado na cidade de São Paulo (SP). Mas que ainda não existem números nacionais sobre o problema. “Nos próximos anos, a tendência é que o Brasil também foque suas ações de prevenção a acidentes no trânsito contra o uso das mídias sociais ao volante”, explicou.
Segundo a pesquisa divulgada esta semana pela Universidade de Utah mostrou que os motoristas ao celular têm 5,36 vezes mais chances de se envolver em acidente do que os condutores atentos.  A pesquisa usou simulador.

Saiba mais

Celular x direção

22.274 notificações registradas pela CTTU no ano passado por uso de fones de ouvido e celular

Dirigir falando ao celular é a quarta infração mais cometida em Pernambuco. Em 2011, 31.261 condutores foram flagrados

Conduzir usando celular é uma infração média (4 pontos na habilitação), com multa de R$ 85,13, de acordo com o Código Brasileiro de Trânsito (CTB)

Uma pesquisa da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, concluiu que dirigir falando ao celular é tão perigoso quanto dirigir bêbado. O efeito do uso do celular é igual a de quatro doses de bebida alcoólica

Em análise estatística, o estudo concluiu que motoristas ao celular tem 5,36 vezes mais chance de se envolver em um acidente do que um motorista atento. O mesmo percentual vale para os motoristas bêbados

Três participantes do estudo bateram o carro. Os três falavam ao telefone e nenhum estava bêbado

O levantamento, feito com 40 pessoas pilotando um simulador de carro, também utilizou aparelhos com fones que deixam as mãos livres

Os testes mostraram que os motoristas que falavam ao celular hands-free eram 9% mais lentos para apertar o freio e apresentavam 24% mais desvio nas trajetórias

Eles também eram 19% mais lentos para retomar a velocidade normal depois de uma parada e apresentavam maiores chances de colidir

Ranking das multas no estado

627.517 multas (total)
1º Transitar com velocidade superior a permitida em até 20%
161.001 multas
2º Avanço de sinal
51.022 multas
3º Transitar com velocidade superior a permitida em mais de 20% a 50%
35.740 multas
4º Usar telefone celular
31.261 multas
Fonte: DETRAN/PE e CTTU