Vai de bike? Saiba seus direitos e deveres no trânsito

 


Quem costuma andar na contramão e sair costurando no trânsito, preste atenção! As bicicletas devem circular nas margens das pistas de rolamento, no mesmo sentido determinado para a via, quando não existir ou quando não for possível utilizar o acostamento, a ciclovia ou ciclofaixa nas vias urbanas e rurais de pista dupla (Art. 58). Os ciclistas tem preferência sobre os veículos automotores e apenas poderão circular na contramão quando forem autorizados pela autoridade de trânsito, se o trecho tiver ciclofaixa.

Para subir no passeio é preciso estar desmontado, empurrando a bicicleta, o que equipara os direitos e deveres do ciclista a de um pedestre (Art. 68). Ou então, apenas quando for sinalizado ou autorizado pela entidade ou o órgão com circunscrição sobre a via (Art. 59). No trânsito, os ciclistas devem ter cuidado com os pedestres e os motoristas de caminhão, ônibus, automóveis e moto devem zelar pela segurança de quem anda de bicicleta. Afinal, o trânsito precisa obedecer às normas de circulação e conduta: “em ordem decrescente, os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres”, conforme o Art. 29.

Promover o desenvolvimento da segurança e da circulação de ciclistas é dever das entidades e órgãos executivos rodoviários dos Municípios, da União, dos Estados e do Distrito Federal (Art. 21), assim como das entidades e órgãos executivos de trânsito dos Municípios (Art. 24). Também cabe a estes órgãos e entidades regulamentar, operar, projetar e planejar o trânsito de pedestres, de veículos e até de animais.

 

Ciclistas também podem cometer infrações

Quem pensa que somente automóveis e motos podem cometer infrações de trânsito está enganado. O Código de Trânsito Brasileiro também prevê aplicação de multa e medidas administrativas para ciclistas que cometerem uma infração. Embora pareça distante da realidade soteropolitana, é bom ficar atento, pois o intuito é regulamentar o uso e garantir a segurança de todos. Não suba no passeio, exceto nas situações previstas em lei. Utilizar a bicicleta em passeios sem autorização ou de forma agressiva é considerada uma infração média, punida com multa de 80 UFIR e remoção da bicicleta (Art. 255).

Quando não existir acostamento ou faixa destinada às bicicletas, os ciclistas devem circular pela margem da pista de rolamento e em fila única. Caso contrário, a infração tem natureza média, também punida com multa de 80 UFIR (R$ 85,13) (Art. 247). Três infrações previstas para motocicleta, motoneta e ciclomotor também são aplicadas para bicicletas (Art. 244). Uma é transportar carga incompatível com suas especificações e as outras duas são brincadeiras comuns de crianças: fazer malabarismo ou equilibrar-se apenas em uma roda e dirigir sem segurar o guidom com as duas mãos (exceto para indicar manobras), com penalidades e medidas administrativas previstas no art. 244.

Além da famosa carona irregular, transportando o passageiro fora da garupa ou do assento especial, também é proibido transportar crianças que não possam, nas circunstâncias, cuidar de sua própria segurança e transitar em rodovias ou vias de trânsito rápido – exceto nos locais que haja faixas próprias ou acostamento.

Infrações de outros veículos

A medida que o uso da bicicleta como meio de transporte se torna mais comum, estabelecer um convívio mais amigável e responsável no trânsito com outros veículos, é cada vez mais importante. Além de determinar infrações para as bicicletas, o Código de Trânsito Brasileiro também estabelece infrações para motoristas de outros veículos, as quais são importantes os ciclistas saberem para cobrarem os seus direitos.

Ao passar ou ultrapassar uma bicicleta, os motoristas devem manter uma distância lateral de um metro e cinquenta centímetros do ciclista. Senão, uma infração média é cometida, punida com multa de 80 UFIR (R$ 85,13) (Art. 201). É proibido também estacionar o veículo sobre uma ciclovia ou ciclofaixa (Art. 181), sendo este ato considerado uma infração grave, sujeita à multa de 120 UFIR (R$ 127,69) e remoção do veículo. O mesmo é válido para trafegar nestas áreas (Art. 193), porém, neste caso, a infração é gravíssima, punida com multa de 180 UFIR (R$ 191,54) triplicada.

Outras infrações gravíssimas, sujeitas à multa de 180 UFIR (R$ 191,54), é fazer o retorno passando por cima das faixas de bicicleta (Art. 206) ou não dar preferência de passagem à bike que esteja na faixa que lhe é destinada ou que não tenha terminado a sua travessia, mesmo que o sinal esteja verde para o veículo (Art. 214).

Já deixar de dar preferência de passagem ao ciclista que tiver começado a travessia – ainda que não exista sinalização destinada a ele – ou que esteja atravessando a via transversal para onde o veículo está indo (Art. 214) é uma infração grave, com multa de 120 UFIR (R$ 127,69).

Os ciclistas não devem ser ameaçados por carros no trânsito. Se um veículo estiver dirigindo ameaçando qualquer veículo, incluindo a bicicleta, o motorista comete uma infração gravíssima (Art. 170), punida com multa de 180 UFIR (R$ 191,54), suspensão do direito de dirigir, retenção do veiculo e recolhimento do documento de habilitação.

O CTB também estabelece algumas condutas a serem adotadas pelos motoristas de outros veículos. É obrigatório dar passagem a ciclistas, respeitando as normas de preferência de passagem, durante uma manobra de mudança de direção (Art. 38). Já a operação de retorno, em vias urbanas, devem ser feitas observando, dentre outros aspectos, a movimentação das bicicletas (Art. 39).

 

Dicas para andar de bicicleta

Assim como acontece com o carro, a prática é uma grande escola na hora de aprender a conduzir uma bicicleta. Há aprendizados que a lei não ensina, ainda mais que não existe uma auto-escola para ciclistas. Para dar algumas dicas a quem já usa a bike ou está pensando em adotá-la, o iBahia conversou com Camilo Fróes. Ele anda de bicicleta há aproximadamente um ano, todas as semanas, e a considera seu meio de transporte, além de ter um blog com relatos de suas pedaladas por aí, chamado ‘Tração Animal’.

A primeira dica é procure se informar. Segundo Fróes, além de o CTB ser fácil de achar em sites de busca, o assunto está em pauta e há várias fontes de informação, como textos sobre bicicletas, grupos nas redes sociais e blogs. “A informação é a arma mais importante para os ciclistas”, afirma. Através dela, é possível se posicionar, saber se defender e ter consciência dos seus direitos no trânsito, no caso de ocorrências mais sérias, por exemplo.

A segunda recomendação é não ande na contramão. “É o erro mais comum”, relata Fróes. Segundo ele, o ciclista que anda no sentido inverso não tem informação ou considera que é mais seguro, porque vê os carros subindo, mas é mais perigoso, pois, em caso de impacto, a velocidade é somada.

A prática mostra que é mais seguro e mais fluido andar no mesmo sentido dos carros e basta começar a andar na mão certa para perceber que é melhor em todos os sentidos, inclusive para a relação de convívio com os outros veículos, afirma Fróes. Outro ponto importante é tornar-se visível. É andar de noite “brilhando” e optar por bicicletas coloridas e roupas que apareçam mais durante o dia, explica Fróes. Também é importante para o ciclista fazer com que o carro o veja quando for fazer uma curva, adentrando mais um pouco para a pista. Segundo ele, a maioria dos ciclistas querem evitar acidentes e, para isso, a bicicleta ser vista é importante.

A última dica é para os iniciantes: não comece a andar de bike sozinho. Para Froés, é bom evitar e ir, nas primeiras vezes, com um amigo que vai de bicicleta ou procurar grupos, como o Massa Crítica, que podem ajudar quem está começando. Segundo ele, é normal um motorista que acabou de tirar a carteira ter medo de dirigir, o que também acontece com os ciclistas, não porque é algo que precisa ser temido, mas porque é uma novidade. Além disso, aprende-se muitas coisas observando e é bom ter alguém do lado para dar segurança para não errar tanto.

 

Fonte: IBahia

 

Terminal Tancredo Neves, ainda sem data

 

Ainda não foi dessa vez. A expectativa para a inauguração dos terminais Tancredo Neves e Cajueiro Seco é grande para os usuários da Lin ha Sul do metrô. Os dois equipamentos já estão prontos, mas aguardam a chegada dos novos trens da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Ao todo foram comprado 15 trens. O primeiro deles chega em novembro aqui no Recife, mas já está em São Paulo aguardando liberação para ser trazido para o Recife.

De acordo com o presidente do Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano, Nelson Menezes, a inauguração dos dois terminais está diretamente ligada à chegada dos trens. O alerta da capacidade esgotada da linha Sul, com a atual frota de trens, somente com a inauguração do Terminal Aeroporto, foi suficiente para o estado frear a inauguração dos dois terminais. A versão só foi finalmente divulgada depois que o próprio governador Eduardo Campos admitiu as razões do “atraso” para a entrega dos terminais.

A previsão é que os 15 trens sejam entregues até fevereiro de 2013, mas antes de serem liberados eles precisam passar por testes. A expectativa é que os testes não demorem tanto como os do Veículo Leve sobre Trilho (VLT), que faz a linha Cajueiro Seco/Cabo de Santo Agostinho. O equipamento se encontra em testes nos finais de semana com o uso de passageiros, depois de passar um bom tempo carregando sacos para simular o peso da carga, mas durante a semana o trem díesel volta a circular. Depois de experimentar o VLT ninguém quer mais saber do trem a díesel. A questão é saber o que a CBTU está esperando para oficializar a operação.  Já os trens da linha Sul começam a circular em 2013. De que mês?

Velocidade além dos limites

 

A Semana Nacional de Trânsito, que acontece de 18 a 25 de setembro, terá como tema “Não exceda a Velocidade, preserve a vida”. Segundo o Departamento Nacional de Trânsito, aproximadamente 2 milhões de pessoas no mundo morrem em acidentes de trânsito. No Brasil, o número de mortos chega a 43 mil, anualmente. Atualmente, a Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 3.832/12, do deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE), que estabelece novas definições para crimes dolosos e culposos e aumenta a pena dos crimes culposos. O objetivo é punir com mais rigor os delitos de trânsito.

Segundo o advogado Gustavo Teixeira, membro da comissão de Direitos Humanos do Instituto dos Advogados Brasileiros, matar alguém na modalidade culposa envolve imprudência, imperícia ou negligência, que são as condutas mais comuns na direção. “A pessoa quando bebe ou entra rápido numa curva é imprudente. Quando não troca os pneus carecas é negligente e quando dirige caminhão sem ter essa habitação é imperita. O que os promotores vêm construindo é que a pessoa que faz racha e bebe, assume o risco de causar um acidente e, portanto, age com o que chamamos de dolo eventual.”

O advogado explica que há diferença entre culpa consciente e dolo eventual. “Informalmente, costumamos dizer que o comportamento do motorista que se acha bom no volante e que, por isso, julga que não terá problemas, tem culpa consciente quando ocorre um acidente. Postura diferente é quando ele não se importa se vai ocorrer uma colisão, caracterizando o dolo eventual.”

Ainda segundo o advogado, existe a dificuldade em provar se o motorista, ao agir de forma negligente, não se importava com a possibilidade de causar a morte, em razão da sensível diferença entre os tipos. E, sendo assim, poucos casos podem ser julgados com a premissa de dolo eventual.

“Esse tipo de postura acusatória encontra obstáculos fortíssimos, como provar que o indivíduo realmente quis assumir o risco de matar alguém dirigido seu carro? Isso pode acarretar em conclusões equivocadas. A melhor saída seria alterar as penas daqueles que cometem homicídio, incluindo parágrafo que indique e aplique pena maior àqueles que se envolvem em acidentes com morte por estarem, por exemplo, alcoolizados. Seria o caso de se pensar em modificar a lei, em seu artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro, prevendo penas mais graves em casos especificados, como quando há a ingestão de bebida alcoólica”, diz ele.

Fonte: Revista Consultor Jurídico (via Portal do Trânsito) ,

Desafios da mobilidade

Foi uma corrida não só para os participantes, mas também para operacionalizar a cobertura do 1º Desafio Intermodal do Recife. O Diario de Pernambuco mobilizou três repórteres e dois fotógrafos e todos com a missão de fotografar, filmar e apurar a informação. O tempo era curto para produzir material do impresso, vídeo e hotsite. O resultado ficou lega. Claro que a gente sempre quer mais, mas é preciso vencer  as adversidades e oferecer o melhor resultado possível. Espero que vocês possam aproveitar o potencial dessas experiências. O mais importante é divulgar outras possibilidades de deslocamento e entender o papel que cada um tem nas nossas vidas e na nossa cidade.

Clique aqui e tenha uma boa viagem

 

 

Desafio intermodal

 

Por

Tânia Passos

Pode  até parecer, mas não é brincadeira e tampouco uma disputa. A ideia do 1º Desafio Intermodal, que será realizado, amanhã, no Recife, em pleno horário de pico, servirá para apresentar outras formas de deslocamento além do carro, ônibus ou metrô. Mais do que isso, mostrará a possibilidade de integrar diversos modais para chegar ao mesmo destino.

A experiência que já foi realizada em outras cidades, revelará ainda informações sobre o tempo de deslocamento e os níveis de poluição. Em São Paulo, no desafio de lá, um dos participantes integrou a bicicleta com o helicóptero. Aqui não deve chegar a tanto, mas há pelo menos doze modais confirmados para realizar a experiência no Recife.

Tem gente que fará o percurso de moto, carro, skate, patins, ônibus, a pé, bicicleta, metrô, ônibus e até barco. Os participantes podem associar mais de um modal. A saída está prevista para esta quinta-feira às 18h com saída do Edifício Garagem do Shopping Boa Vista em direção ao Shopping Recife. Embora não seja uma corrida, imagino que em muitos aspectos quem for de carro levará desvantagem e corre o risco de ficar preso no trânsito. Pode ganhar a lanterninha de último colocado e ainda de maior poluente. Mas vamos esperar o desafio para ver as lições que temos de aprender com modais ainda pouco usados.

E eu com isso?

 

Por

Tânia Passos

Quem disse que calçada é lugar para estacionar carro? Pois é, se existe um ponto que deveria ser inquestionável é que calçada é espaço sagrado do pedestre. Pelo menos deveria. Mas é comum encontramos carros “esparramados” nos passeios como se estivessem em casa. A cultura do não fazer nada alimenta esse tipo de prática.

E se é ruim para o pedestre imagine para o cadeirante. Ontem recebi um email da cadeirante Mosana Cavalcanti, que há nove anos mora na Rua Capitão Ruy Lucena, junto ao Quartel da Rádio Patrulha, na Rua Dom Bosco, no bairro Boa Vista. Ela já perdeu as contas de quantas vezes ficou impedida de seguir em frente por causa dos carros estacionados em cima da calçada do Quartel, muitas vezes dos próprios soldados. Ela conta que certa vez pediu a um soldado para tirar o carro da calçada devido a sua condição de usuária de cadeira de rodas e recebeu a seguinte resposta: E eu com isso?

Parece inacreditável que para muita gente o direito a acessibilidade seja um problema que só diz respeito aos outros. Para pessoas assim, a única linguagem é a lei ou a autoridade de quem dispõe de poderes para tal. No caso da calçada do Quartel da Rádio Patrulha, a determinação da atual comandante, coronel Conceição Antero, que mandou retirar todos os veículos da calçada, tem sido motivo de elogios dos usuários. O tal soldado que não se incluía como responsável, talvez não tenha feito o mesmo questionamento a comandante. Mas pode fazer o mesmo por outras calçadas. O mais importante é enterdemos que todos temos a ver com “isso” todas as vezes que limitamos o direito do outro.

Fonte: Diario de Pernambuco

Aluguel de bicicleta em Porto Alegre no dia mundial sem carro

 

A data foi estipulada pela empresa Serttel, vencedora do edital de manifestação de interesse aberto pela Prefeitura Municipal em 21 de agosto. O resultado foi divulgado nesta terça-feira (4) pelo prefeito José Fortunati e pelo diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Capellari. O compromisso da empresa é entregar 40 estações até dia 30 de abril de 2013, atingindo a meta de 400 bicicletas na cidade. O valor do aluguel sugerido pela Sertel foi de R$ 5,00 para o passe diário e R$ 10,00 o passe mensal.

 

Ao todo, cinco empresas apresentaram propostas de interesse para operação do serviço. Foram elas a FGTV, Serttel, Trunfo, MobiBike e Compartibike. A escolha, segundo Capellari, seguiu critérios técnicos exigidos pela equipe que desenvolve as ciclovias na cidade. “Não foi uma escolha aleatória. A Sertel atendeu todos os requisitos para entregar as estações, bicicletas e fazer a manutenção dentro do estudo técnico repassado pela EPTC às empresas participantes da seleção. Levamos em conta também o preço mais barato”, explicou.

 

O gerente comercial da Compartibike, Eduardo Fernandez acompanhou a divulgação do resultado e questionou a Prefeitura sobre a publicação da ata com o relatório da escolha. Segundo ele, o projeto vencedor foi mais caro e não prevê patrocínio para manutenção do serviço. “Os custos para transporte das bicicletas nas estações, para que nenhuma fique sem os veículos ou com bicicletas demais, além da manutenção delas e toda a instalação das estações… Essas coisas estão com valores caros. O investimento não se paga sem patrocínio. Nossa proposta previa 60 estações por um preço relativo ao TRI (Transporte Integrado de Porto Alegre)”, disse.

 

O diretor da EPTC esclareceu que algumas empresas tiveram problemas com documentação ou não apresentaram as condições necessárias para execução do serviço. Capellari informou também que não foi estipulada exigência de patrocínio e a empresa vencedora terá que arcar, com patrocínio ou não, os compromissos assumidos com a administração municipal. “A empresa vencedora apresentou um cronograma e terá que cumprir, de acordo com as exigências que estipulamos. Se não cumprir essas exigências, estará fora. Ela administrará o serviço por um ano, podendo ser prorrogado por mais 36 meses ou não”, salientou.

 

A empresa Serttel é mesma que realizou o serviço de aluguel de bicicletas no Rio de Janeiro. Além da capital carioca, inspiram o modelo a ser implantado em Porto Alegre os utilizados em Paris e Londres. “Observamos um aumento no número de ciclistas na cidade, o que demonstra uma mudança cultural. Com a diferença que, em Londres há poucas ciclovias e aqui estamos com uma série delas em andamento. Todas as obras da Copa do Mundo prevêem construção de ciclovias”, salientou José Fortunati.

 

Dentro do Plano Diretor Cicloviário, aprovado na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, a Prefeitura de Porto Alegre informa que já estão em funcionamento as ciclovias da Restinga (4,6 quilômetros); Ipanema (1,25 quilômetros); Diário de Notícias (2,1 quilômetros) e Icaraí (1,7 quilômetros). Estão em construção também, segundo a EPTC, a Ciclovia da Avenida Ipiranga (9,4 quilômetros) e a da Edvaldo Pereira Paiva (6,35 quilômetros). Estão projetadas ainda, ciclovias para as obras da Copa do Mundo na Avenida Tronco (5,6km); Severo Dullius (1,6 quilômetros); Sertório (12 quilômetros) e Voluntários da Pátria (3,5 quilômetros).

 

Fortunati: “Se ocorrerá a integração, só o tempo dirá”

Cada estação terá de seis a 12 bicicletas disponíveis para uso. A intenção é colocar ao menos uma estação em cada terminal de ônibus dos pontos escolhidos para instalação do aluguel das bicicletas. O mapa das estações foi sugerido pela empresa, mas ainda será analisado pela EPTC e poderá sofrer ajustes conforme o impacto na mobilidade. “Vamos estudar a possibilidade de futuramente integrar o aluguel ao TRI para o usuário pagar a bicicleta com o cartão do sistema integrado de transporte da cidade”, falou Vanderlei Capellari.

 

A integração com os demais modais da cidade, como o futuro projeto do Metrô de Porto Alegre as ciclovias que estão sendo construídas em Porto Alegre será ajustado depois de o aluguel começar a funcionar. “Se ocorrerá a integração, só o tempo dirá. O importante é começarmos a fazer as coisas acontecerem. Todos os ajustes poderão ser feitos conforme a demanda for surgindo, bem como a ampliação do serviço”, disse Fortunati.

 

Os interessados em alugar as bicicletas deverão realizar credenciamento prévio no sistema, por meio do site da Sertel, telefone ou aplicativo de celular. A gestão do sistema acontecerá de forma totalmente eletrônica, de modo a contabilizar os deslocamentos de forma automática. O passe diário custará R$ 5,00 e o passe mensal R$ 10 reais. O tempo máximo de utilização será de 60 minutos. Cada hora excedente custará R$ 5,00.

 

Segundo o diretor da EPTC, o valor para o usuário faz parte da proposta da empresa vencedora e poderá ser alterado futuramente. “Se entenderemos que não está sendo compensatório para o usuário, poderemos alterar”, disse. Com o valor diário do aluguel de bicicleta equivalente ao custo do deslocamento de ida e volta com ônibus em Porto Alegre, hoje R$ 2,85, Capellari explica que a intenção é incentivar o aluguel mensal. “Queremos que as pessoas utilizem a bicicleta como meio de transporte. Deixe a sua em casa ou quem não tem, possa começar a usar. O aluguel diário acabará sendo para o turista ou para lazer”, avaliou.

 

Será constituído um serviço de Call Center para informar o tempo de percurso entre as estações, o mapa geográfico da localização dos pontos do aluguel, valores, monitoramento do serviço e apuração de defeitos ou outras demandas dos usuários. As estações também terão paineis com identificação nominal da estações, mapa de localização e instruções sobre o aluguel, em português e inglês.

 

O aluguel de bicicletas começará pelo Centro da Cidade a partir de 22 de setembro, com estações no Mercado Público, Casa de Cultura Mário Quintana, Usina do Gasômetro, Praça da Matriz e Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Até 30 de outubro serão entregues mais 10 e em 20 de dezembro mais 20 estações. As demais estão previstas para março e abril de 2013. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Pontifícia Universidade Católica do RS (PUCRS) estão contempladas com estações.

 

ATUALIZAÇÃO: Em contato com o Sul21, a assessoria de imprensa da EPTC corrigiu informação prestada anteriormente sobre a cobrança de R$ 5,00 pela hora excedente no aluguel das bicicletas. Segundo a nova informação, a cobrança não será efetuada.

 

Fonte: Portal Mobilize

Autora – Rachel Duarte

 

 

Navegar é preciso

 

Por

Tânia Passos

Há ainda um certo ceticismo em relação a implantação e até eficácia do projeto de navegabilidade do governo do estado, que irá atender o eixo Oeste, com 11 quilômetros, entre a BR-101 e a estação do metrô Recife, e parte do eixo Norte. O projeto foi incluíndo no PAC da Mobilidade e o relatório de impacto ambiental está em análise na Agência Estadual de Recursos Hídricos (CPRH). O prazo de implantação do projeto é até 2016, mas há uma expectativa que ele saia até a Copa.

Na verdade, o que pretendo chamar atenção não é se o projeto sairá ou não do papel. Acredito que sim. O que chamo atenção é da importância de se incorporar a cultura da navegabilidade numa cidade que é naturalmente cercada por rios. Se o modal terá condições de concorrer com os carros ou ônibus, isso só o tempo dirá. A estimativa é de 65 mil passageiros por dia no eixo Oeste. O transporte fluvial é uma ferramenta a mais de deslocamento. Da mesma forma que devemos apostar também nas ciclovias e nas calçadas. Quanto mais opção de modal melhor.

Recentemente escutei em um seminário sobre mobilidade um questionamento se o projeto Navega Recife terá uma operação eficiente. Foi questionado, por exemplo, o tempo para fazer o embarque e desembarque dos passageiros nas cinco estações fluviais, uma vez que a viagem só prossegue com todos os passageiros sentados e com equipamentos de segurança. É provável que isso acabe impactando no tempo total do percurso, ainda mais quando não se existe ainda a cultura da navegação.

Mas é também uma questão de escolha. Se o usuário do carro ou ônibus prefere perder tempo no meio do congestionamento da Avenida Rui Barbosa, por exemplo, onde o rio será uma paralela da via, será uma opção. O rio, no entanto, irá oferecer outros atrativos como a paisagem maravilhosa, a tranquilidade de uma viagem, sem congestionamento, e ainda a possibilidade de olhar a cidade sobre um prisma até então esquecido. Navegar será preciso sim, seja como forma de deslocamento, integrado com outros modais, mas principalmente para se criar, enfim, uma cultura de transporte fluvial na cidade.

 

Fonte: Diario de Pernambuco

Pedestre na mão

 

Por

Tânia Passos

Que o pedestre tem sido, até então, o último a ser lembrado na escala da mobilidade, quando deveria ser o inverso, o histórico da falta de acessibilidade já mostra isso. Mas quando todo mundo resolve usar a mobilidade como causa inconteste, a prática pode provar que o discurso está muito distante disso.

O que dizer, por exemplo, da passagem usada por pedestres e ciclistas na Ponte Paulo Guerra? Alguém já observou a barreira que foi criada na cabeceira da ponte? Parece inacreditável, mas foi construída uma barreira para impedir que pedestre e ciclista sigam em frente em direção à Avenida Herculano Bandeira, caminho natural de quem faz o percurso. O motivo? Um acesso que está sendo feito para o mais novo centro de compras da cidade. Nada contra, aliás. A questão é que o acesso construído para os carros, eles mais uma vez, coloca, claro, em último lugar ou lugar algum a opção de deslocamento do pedestre e do ciclista. Minto, ambos podem sim seguir em frente se optarem em caminhar pela pista e, nesse caso, teriam que pular a barreira que foi criada para impedir justamente que alguém tenha essa ideia.

Talvez o caminho do pedestre e ciclista seja dar um pulinho no shopping para fazer a volta e continuar o caminho pela Herculano Bandeira. O fato é que eles não foram pensados dentro dessa lógica da mobilidade. A experiência mostra que o caminho que as pessoas usam nos deslocamentos é modificado, em geral, para encurtar caminho, nunca para aumentá-lo. A solução encontrada para o acesso dos carros ao shopping poderá significar risco de atropelamento na cabeceira da ponte e engarrafamentos a perder de vista. A expectativa, aliás, é que o centro de compras atraia um público muito grande ao local. Agora misture tudo isso a uma via estreita e com risco de acidentes no meio do caminho. Socorro!

Fonte: Diario de Pernambuco (Coluna Diario Urbano)

PRF inicia operação Independência

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) iniciou hoje  a Operação Independência. A ação, que termina na noite do domingo (9) para a segunda-feira (10), tem como objetivo garantir a segurança ao longo das rodovias federais brasileiras. Para a fiscalização de trânsito vão ser utilizados radares móveis e bafômetros para o cumprimento da Lei Seca, segundo informou a assessoria de comunicação da PRF.

A operação, ainda de acordo com a assessoria da PRF, vai combater outros crimes que sejam cometidos nas estradas federais.

As infrações de ultrapassagem em locais proibidos e a utilização do cinto de segurança, além de motocicletas e ciclomotores que também vão ser fiscalizados. De acordo com a PRF, para garantir o êxito da operação, as viaturas vão ficar em pontos estratégicos que não serão divulgados e as rondas intensificadas.

Para dar maior agilidade ao trânsito, a PRF explicou que vai restringir o tráfego de veículos com grande largura, comprimento e altura em rodovias de pista simples nos horários de maior movimentação.

Quem for flagrado desrespeitando essas restrições será enquadrado no Código de Trânsito Brasileiro, que prevê, para quem comete esse tipo de infração, multa de natureza média. Ainda de acordo com a PRF, a restrição na quinta-feira (6), vai ser aplicada das 16h às 22h, na sexta-feira (7), das 6h ao meio-dia, e no domingo (9), das 16h à meia-noite.

Dicas de segurança

A Polícia Rodoviária Federal orienta os motoristas que pretendem viajar neste feriadão de 7 de setembro que, antes de pegar a estrada, façam uma revisão preventiva do veículo, como a verificação de funcionamento do veículo, estepe, chaves de roda, farol, limpador de para-brisas. Para a PRF, conhecer o itinerário também é importante.

A orientação é que o motorista programe a sua viagem e não fuja ao roteiro estabelecido. A polícia ressalta que está presente ao longo dos 68 mil km de rodovias e estradas federais, pronta para tirar quaisquer dúvidas dos motoristas que trafegam pelas estradas federais. Outra alternativa é ligar para o telefone 191.

Fonte: Portal do Trânsito