Avenida Mascarenhas de Morais será palco do desfile de sete de setembro

 

Desfile 7 de setembro Recife - Foto - Hélder tavares DP/D.A.Press

O tradicional desfile cívico-militar de sete de setembro não será mais realizado na Avenida Cruz Cabugá, em Santo Amaro. Este ano, a Avenida Mascarenhas de Moraes, na Imbiribeira, deverá ser o novo endereço da festividade. Com isso, o desfile, que por décadas aconteceu na Conde da Boa Vista, deixará de ser no Centro do Recife e passará para a Zona Sul. Em mais de 70 anos, essa é a terceira mudança de localidade da parada que marca o Dia da Independência do Brasil. A informação foi confirmada pela Sétima Região Militar do Exército, que coordena o evento.

De acordo com o Exército Brasileiro, a mudança de local foi solicitada pela Prefeitura do Recife (PCR). O problema é que, como já começaram as obras do corredor Norte/Sul na Avenida Cruz Cabugá, de responsabilidade do governo do estado, não seria possível realizar o desfile nessa via.

No dia da parada, toda a avenida, do shopping Tacaruna até o Parque Treze de Maio, ficava interditada para a passagem dos militares e estudantes. Algumas interdições precisavam ser feitas antes do dia 7 para a montagem de arquibancadas e palanques. No próximo mês, pelos menos três trechos da avenida estariam em obras, com circulação de máquinas pesadas, o que tornaria o desfile inviável.

Como outros corredores também serão alvos de intervenções para a melhoria do transporte público na cidade, a Mascarenhas de Moraes surgiu como opção para não ferir a tradição. Os detalhes do planejamento do desfile, como local exato de arquibancadas e palanques e pontos de concentração e dispersão, estão sendo fechados pelos militares e pela Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU). Algumas decisões, no entanto, já foram tomadas.

Conforme antecipou o setor de comunicação social da Sétima Região, o palanque principal, onde ficam as autoridades civis e militares, ficará em frente ao Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães (Geraldão). Somente a pista no sentido Jaboatão/Recife será utilizada. É nela que deverão ser montados outros dois palanques e arquibancadas. Civis e militares deverão desfilar na mesma direção da pista. Os militares deverão se concentrar ainda em Porta Larga, Jaboatão dos Guararapes.

A cerimônia começará, às 8h, com a revista da tropa feita pelo governador Eduardo Campos e pelo comandante militar do Nordeste, general do Exército Odilson Sampaio Benzi. Às 8h50, será cantado o hino nacional e, em seguida, às 9h, terá início o desfile. As escolas serão as primeiras e deverão sair do viaduto Tancredo Neves em direção a Afogados.

As vias do Ipsep e a Avenida Antônio Falcão poderão servir como rotas de dispersão. Em nota, a CTTU informou que ainda está definindo a operação de trânsito para o desfile. Como ficará o acesso à UPA da Imbiribeira e ao Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes durante a parada é um dos pontos que estão sendo estudados.

O brasileiro está preparado para deixar o carro?

carro antigo - Reprodução/Portal Mobilize

A implantação de faixas exclusivas tornou o ônibus mais rápido que o automóvel para o deslocamento entre algumas regiões da cidade, mas a qualidade do serviço ainda é péssima, não condizente com o preço já subsidiado. Sabe-se que a transição de uma cidade de carros para uma de pedestres, bicicletas, ônibus e trens trará impactos para o estilo de vida do paulistano.

A pergunta é: estamos preparados para mudar a prioridade de transporte individual para o coletivo ou vamos continuar defendendo isso como uma ideia bonita – mas para os outros. Enquanto isso, duas manifestações serão realizadas, nesta quarta (14), na capital paulista sobre a qualidade e o preço do transporte coletivo.

Para ajudar no debate, entrevistamos Thiago Guimarães, pesquisador do Instituto de Planejamento de Transportes e Logística de Hamburgo e um dos grandes especialistas em mobilidade urbana.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), defendeu um estudo da Fundação Getúlio Vargas, encomendado pelo sindicato das usinas de etanol, propondo que um aumento de R$ 0,50 no litro da gasolina poderia abaixar o preço da tarifa do transporte público em R$ 1,20. Quais são os impactos por trás dessa ideia, além do descontentamento de quem tem carro?

Thiago Guimarães – Em uma metrópole como São Paulo, a melhoria das condições de deslocamento da maioria da população passa necessariamente por um transporte coletivo mais eficiente e mais acessível. Em comparação internacional, a gasolina comercializada no Brasil ainda é muito barata. Seja pela perspectiva de crescente escassez de petróleo, pela necessidade de busca de fontes energéticas alternativas ou por um tributo com caráter redistributivo, o brasileiro não pode mais se iludir e achar que é seu direito poder comprar energia fóssil barata para sempre. São essencialmente políticos os problemas envolvidos nessa proposta.

O primeiro é o risco político-eleitoral de o prefeito Fernando Haddad e seu partido perderem, no curto prazo, apoio de quem não quer ver interferência no direito de uso supostamente irrestrito de seu automóvel. Essa é uma amardilha, que tem levado sistematicamente os políticos brasileiros a praticarem políticas urbanas, energéticas de transporte míopes, sem visão de longo prazo. Portanto, considero esse um falso risco. O segundo problema é o prefeito querer mexer no imposto sobre a gasolina no município de São Paulo.

A tributação de combustíveis não deve ser tomada como uma política da alçada municipal. O preço dos combustíveis para uso em automóvel particular deveria ser aplicado no mínimo no nível metropolitano. Caso contrário, haverá fila para o abastecimento de veículos em postos de Osasco, São Caetano, Guarulhos… Em terceiro lugar: há o risco de outros bens e serviços serem afetados pelo novo nível de preço da gasolina.

Esta seria, aliás, uma das vantagens do pedágio urbano sobre um imposto indiscriminadamente cobrado sobre o consumo de gasolina. Por fim, existe o risco de o caráter redistributivo dessa política se perder. Afinal quem garante que um imposto criado no Brasil para uma determinada finalidade será mesmo destinado para aquilo?

Outra pesquisa da prefeitura de São Paulo mostra que o transporte público em ônibus piorou no município entre o ano passado e este. A principal reclamação dos usuários não é o preço, mas a qualidade do serviço – atraso, muvuca, ônibus que não param nos pontos. A administração municipal diz que a solução para isso passa pela implantação de corredores. Os corredores são a pedra filosofal do transporte público em São Paulo?

Não surpreende o fato de que o custo monetário não seja a principal reclamação entre os usuários. Até porque quem considera o transporte coletivo caro demais e não toma ônibus por causa disso sequer foi ouvido pela pesquisa. No entanto, é expressiva a parcela da população das grandes regiões metropolitanas do Brasil excluída dos serviços de transporte coletivo. Daí a importância das recentes manifestações e de propostas que visem à redução do preço das tarifas de transporte coletivo.

Outro fator importante para a melhoria da qualidade do transporte coletivo é redução dos tempos de viagem e o aumento da confiabilidade. A implantação de corredores pode ser um elemento essencial para reduzir os tempos de viagem, dependendo sobretudo do conceito de corredor de ônibus a ser implementado. Até agora, pouco se falou sobre como os corredores serão. O conceito de Bus Rapid Transit vai além da mera implantação de faixa exclusiva. Envolve rapidez no embarque e desembarque, aumento da regularidade e do conforto do serviço.

O que a prefeitura está propondo para a cidade: faixas exclusivas ou verdadeiros corredores de ônibus? Vergonhosa mesmo é a baixa confiabilidade do sistema. Em determinadas paradas, não se sabe sequer quais linhas de ônibus passam por ali e nem de quando em quando passam. Será que é tão dificil assim melhorar a qualidade da informação à disposição dos usuários?

Essas ponderações mostram que, enfim, está chegando a hora de fazer uma escolha. Mas a população, o poder público e os empresários aceitarão mudar a vida na metrópole?

Já se passou a hora de fazer essa escolha e de o poder público por em prática políticas que democratizem o acesso ao espaço urbano e às oportunidades que a cidade oferece. O atual momento político favorece muito a discussão de como o transporte coletivo deve ser priorizado. A sociedade está muito insatisfeita com as condições de deslocamento em uma cidade em que andar de carro, tomar um ônibus ou mesmo um metrô pode ser uma experiência quase traumática.

É preciso dizer claramente: a priorização do transporte coletivo envolve uma disputa por diversos recursos escassos, entre eles, o espaço viário, a energia de origem fóssil e o dinheiro necessário para sustentar um mecanismo de financiamento de um sistema integrado, eficiente e inclusivo.

Talvez por motivos que remetem a nosso passado escravagista, parte das pessoas de maior poder aquisitivo acha que ônibus, no Brasil, é e sempre será coisa para a ralé. Não obstante, acredito que a maioria das pessoas compreenda a importância dos meios coletivos de transporte para o funcionamento e a qualidade ambiental e urbanística da metrópole. Mais difícil ainda é tirar o poder público da inércia. Como acreditar que, de repente, será bem-sucedida a instalação de uma sistemática de planejamento e de gestão integrados de transporte e uso do solo?

*Leonardo Sakamoto é jornalista e doutor em Ciência Política. Cobriu conflitos armados e o desrespeito aos direitos humanos em Timor Leste, Angola e no Paquistão. Professor de Jornalismo na PUC-SP, é coordenador da ONG Repórter Brasil e seu representante na  Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo. Texto originalmente publicado no Blog do Sakamoto, do portal UOL.

Fonte: Portal Mobilize

Secretário de Mobilidade do Recife tenta explicar ações em Boa Viagem

 

João Braga - Foto Cecília Sá Pereira DP/D.A Press

O secretário de Mobilidade e Controle Urbano, João Braga, está à frente não apenas da operação Bairro Legal, mas de todas as ações de ordenamento urbano do Recife. Ontem, no entanto, foi o corpo técnico que explicou os detalhes do que seria feito na Zona Sul. Braga  não conseguiu  fazer projeções sobre as próximas medidas da sua secretaria nem  relacionar as leis que estão sendo revisadas e sobre o quê elas versam.

Esse projeto será estendido para outro bairros?
JB –  Novas portarias vão sair sobre convivência com comerciantes e com a própria população. É um bairro que tem de tudo, desde as populações mais ricas até favelas.

Por que o bairro de Boa Viagem foi escolhido?
JB – Porque ele tem de tudo. Tem áreas mais pobres e mais ricas. Todos os problemas estão no bairro de Boa Viagem, inclusive as infrações de trânsito. A praia é grande e temos dificuldade de administração ali. Também é uma área turística e de lazer.

As multas em relação aos que param sobre as calçadas serão reajustadas?
JB – Estou estudando isso e vocês vão ter essa informação depois. Acho que até o final do mês vai para a Câmara (um projeto de lei). Estamos pegando experiência. São muitas informações e temos que mostrar que as coisas têm que ser respeitadas.

Seria uma multa para o dono do imóvel, não?
JB – O cara que distribui papel que não pode distribuir, um papa metralha fora da lei, um cara que prega um papel onde não pode pregar, tem de tudo ali. A lei será para a cidade, porque temos ruas, calçadas, largos comerciais. Ali tem de tudo, o Bode, Brasília Teimosa, Entra-a-Pulso e Beira Mar, tem um grande shopping center, tem outro maior ainda, um largo comércio de rua, tem uma igrejinha, templos… Tem de tudo. Tem um mercado, engarrafamentos e desorganização.

Na verdade, vai ser um projeto de lei para várias ações de controle urbano e não só ocupação de calçadas, é isso?
JB – É tudo: cavalete que não pode ser colocado, a rua que está sendo indevidamente ocupada, construção sem licença, outdoor irregular, faixa colocada errada.

Mas aí já estamos falando de Lei da Publicidade…
JB – É nosso. É controle urbano.

Então, o que vocês estão fazendo de fato?
JB – Estamos revisando isso também, mas até então temos atuado com a lei atual.

O que será enviado para a Câmara?
JB – Vamos pedir a adequação da Lei de Publicidade.

E sobre ocupação de calçadas, o que vai ser feito?
JB – Tudo já está mais ou menos disciplinado. O que faltava mais era a ação de fiscalização do governo. Mas algumas coisas estão falhas na lei. Uma delas que eu acho que é essa questão do cavalete. Hoje você para o carro e fica numa calçada e a multa é muito pequena e também para carga e descarga. Não é multa de trânsito, mas multa de mobilidade.

Qual a diferença entre multa de trânsito e multa de mobilidade?
JB – A multa de trânsito é nacional e a de mobilidade é essa da cidade. Tem muito exemplo de propaganda irregular. A gente fez esforço de outdoor. A cidade está mais bonita. Tem muita coisa de propaganda irregular, mas a gente está discutindo com os empresários.

Mas o que vai ser enviado para a Câmara, então?
JB – É tudo.

Tudo o quê? Porque são muitas leis urbanísticas…
JB – Já disse que tem que fazer a revisão da lei de alvará de funcionamento. Estamos vendo a questão da localização das coisas. Semana que vem está sendo discutido isso, a localização de tudo. Vamos revisar a lei de alvarás.

Não seria mais fácil o senhor dizer quais as leis urbanísticas que estão sendo revisadas, para ficar mais claro?
JB – Não. Deixa a gente aprender um pouquinho com essa experiência que a gente vai mudando de acordo com as necessidades para não se precipitar. Minha meta é, nos cinco meses, aprender muito e ter uma série de revisão de nossos procedimentos para a gente melhorar a cidade.

Fonte: Diario de Pernambuco

Zona Sul do Recife é alvo de ações de controle urbano e mobilidade

Calçadas do Recife - Foto - Maria Eduarda Bione DP/D.A.Press

A postura inadequada de comerciantes e donos de estabelecimentos, a falta de educação de motoristas e a ausência do poder público fizeram com que os bairros de Boa Viagem e Pina, na Zona Sul, ficassem conhecidos como terras de ninguém no quesito controle urbano. Agora, a má fama dos bairros está na berlinda. É que a Prefeitura do Recife (PCR) escolheu as duas localidades para servirem de piloto para o projeto Bairro Legal.

Trata-se de uma ação conjunta de mobilidade e controle urbano que tem o objetivo de reforçar a fiscalização nos dois bairros e punir os infratores. A operação deve durar entre cinco e seis meses e, dependendo dos resultados alcançados, poderá ser levada a outras áreas da cidade.

A partir de hoje, agentes da Secretaria Executiva de Controle Urbano (Secon), CTTU e Secretaria Executiva de Operações (Seop) distribuirão material informativo nas localidades e darão início a uma fiscalização mais rigorosa. Cinquenta pessoas vão atuar notificando e multando os que estiverem estacionados em locais proibidos, como sobre calçadas e em fila dupla, e fazendo carga e descarga de forma a prejudicar o trânsito de veículos e pedestres. Construções e imóveis irregulares, como fiteiros e barracas de espetinhos, também serão notificados e poderão ser removidos.

Um centro de operações provisório foi montado na Conselheiro Aguiar para dar suporte aos funcionários e fazer com que eles percam menos tempo com deslocamentos até o Centro do Recife para troca de turno, otimizando o tempo na rua. A quantidade de agentes de trânsito também aumentou de quatro para 25 e devem fazer rondas durante todo o dia e noite.

Segundo a presidente da CTTU, Taciana Ferreira, motoristas que pararem o carro junto ou sobre a calçada e ligarem o alerta enquanto forem resolver problemas pessoais não serão poupados. “Nosso batedores vão apitar para dar um aviso. Caso a infração continue, será aplicada multa e o veículo poderá ser guinchado”, alertou. Dois guinchos foram deslocados para atuar somente nessa operação. A multa nesses casos varia de R$ 85 a R$ 127.

O nó da Presidente Kennedy

 

Avenida Presidente Kennedy - Olinda - Fotos Annaclarice Almeida e Arthur de Souza DP/D.A.Press

Por

Tânia Passos

A Avenida Presidente Kennedy, em Olinda, um dos 12 corredores radiais do Sistema Estrutural Integrado (SEI), pretende priorizar o transporte público com a implantação de um corredor exclusivo de ônibus. O projeto que custou R$ 8,8 milhões com recursos do programa Prometropole e teve as obras concluídas desde março de 2012 ainda não emplacou. O princípio do desenho da Kennedy segue a mesma lógica do modelo implantado na Avenida Conde da Boa Vista, no Recife, com paradas de embarque e desembarque no canteiro central. A Conde da Boa Vista até hoje não é unanimidade e a Kennedy muito menos.

Os desafios, em Olinda, no entanto, são bem maiores. Além de ter uma faixa a menos, há um total desmando no controle urbano e no tráfego. Ambulantes, carroceiros e motoristas ainda fazem o que querem na Kennedy. Não por acaso, a inauguração do Terminal de Xambá, responsável pela operação das linhas que irão trafegar pelo corredor, já foi adiada duas vezes em menos de 15 dias. Está marcada agora para quinta-feira.

Desatar o nó nesse emaranhado urbano é o desafio da Prefeitura de Olinda. Mas o cenário não é dos melhores. Ontem, a equipe do Diario percorreu os quatro quilômetros da via. Algumas placas de sinalização de proibido estacionar foram fixadas em vários pontos da avenida, mas ainda sem resultado. Os estacionamentos irregulares na faixa destinada aos carros ocorrem em praticamente todos os pontos do comércio local, principalmente nas imediações dos cinco supermercados instalados na via. Não há estacionamento próprio para os clientes e tampouco espaço para as operações de carga e descarga. A calçada e a rua acabam sendo extensões quase naturais. “Nosso trabalho será justamente o de evitar a ocupação das calçadas e não permitir também que os ambulantes e carroceiros obstruam as vias locais”, revelou o secretário de Controle Urbano, Estevão Brito.

 (ARTHUR DE SOUZA/ESP.DP/D.A PRESS)

Já a Secretaria de Transportes de Olinda promete ampliar a sinalização horizontal e vertical nos dois sentidos, eliminar os giros à esquerda no canteiro central, implantar um novo sistema semafórico e intensificar a fiscalização. “Nós vamos ter cerca de 30 agentes de trânsito, a partir da inauguração do terminal, orientando os motoristas. Tanto em pontos fixos como móveis”, explicou a secretária executiva de Transportes, Regilma Souza. Ainda segundo ela, um decreto municipal disciplinando as operações de carga e descarga será publicado nos próximos dias.

Flagrantes de veículos engolidos por buracos nas ruas do Recife

Carro buraco Recife - Foto - Joany Neres/Reprodução FacebookUm carro caiu em uma cratera aberta na Avenida Pinheiros, na Imbiribeira. Segundo informações de testemunhas, a condutora estava dirigindo em baixa velocidade. De acordo com a Compesa, que está implantando tubulações de esgoto na área, o trecho estava devidamente sinalizado. O acidente aconteceu em agosto de 2013.

Carro buraco Recife Foto - reprodução internet

Um carro caiu em um buraco de uma obra de substituição de uma placa de concreto na Avenida Norte, Recife. O acidente aconrteceu em março de 2013.

Carro buraco Recife - Foto - reprodução internet

Um carro caiu em um buraco e ficou com a roda presa na Rua Cais do Apolo, no Bairro do Recife. O acidente ocorreu em maio de 2013.

ônibus buraco Recife - Foto - Reprodução TwitterUm ônibus caiu em um buraco da Rua José Osório, no bairro da Madalena, Zona Oeste do Recife.. O acidente aconteceu em julho de 2013.

Carro buraco Recife - Foto - Reprodução internet

Um carro caiu em uma cratera no meio da Rua Doutor Malaquias, nos Aflitos, zona Norte do Recife. O acidente aconteceu em junho de 2013.

carro buraco Recife - Foto Anamaria Nascimento

Em maio  de 2011 um carro ficou com uma das rodas presas em um buraco na Avenida Malaquias, no bairro das Graças.

Conheça em Curitiba o melhor sistema de transporte por ônibus do país

O Sistema Integrado de Transporte de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana garante a integração físico-tarifária de 14 municípios da Grande Curitiba. Sua estrutura define a RIT – Rede Integrada de Transporte.

Para dar prioridade ao transporte coletivo, a Rede Integrada de Transporte conta com 81 km de canaletas exclusivas, garantindo a circulação viária do transporte coletivo. As linhas da RIT – Rede Integrada de Transporte – são caracterizadas por cores e capacidade dos veículos. A Gestão está institucionalizada através da Lei Municipal 12.597/08 regulamentada pelos Decretos 1.356/08, 1.649/09 e 1.884/11.

 

Aprenda a andar de bicicleta com segurança pelas cidades

Bicicletas - Foto - Bernardo Dantas DP/D.A.Press

Por

Talita Inalba

Alguns acidentes trouxeram à tona uma grande discussão sobre a segurança do uso da bicicleta nas grandes cidades. No interior do país (o que corresponde a 90% dos municípios) a bike é o meio de transporte mais popular. No entanto, nas cidades maiores o papo é diferente. E não é que as pessoas prefiram o carro, não. Tem muita gente super disposta em fugir do trânsito e, de quebra, incluir um exercício na sua rotina. A pergunta que não quer calar é: os centros urbanos estariam preparados para este tipo de transporte?

Uma pesquisa divulgada pelo Clube de Cicloturismo do Brasil revelou que 95% dos ciclistas não estão satisfeitos com a atual infraestrutura cicloviária brasileira. A autora, Andressa Paupitz, apontou a ausência de ciclovias, a alta incidência de roubos, o descaso das autoridades, a falta de sinalização e informação e a dificuldade no transporte e estacionamento de bicicletas como as principais queixas. Mesmo no Rio de Janeiro, a cidade com a maior malha cicloviária do Brasil (344 quilômetros), não há integração entre bairros e o centro através das vias especiais, nem bicicletários apresentáveis.

Outro problema grave é o compartilhamento das vias por motoristas e ciclistas. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) define que em locais que não há ciclovias, ciclofaixas ou acostamento, as bicicletas devem circular no mesmo sentido dos outros veículos e têm preferência sobre os demais meios de transporte. Os ciclistas devem sinalizar, com os braços, sempre qui quiserem atravessar, virar a rua ou mudar de pista. Mas, muitas vezes, não prestam atenção e esquecem desse “pisca-alerta”. Por sua vez, o artigo 201 do mesmo documento, obriga motoristas a guardarem uma distância segura de um metro e meio ao passar ou ultrapassar o ciclista. Será que a maioria respeita esse limite?

O pior é que esse encontro entre motoristas e ciclistas pode ser desastroso. Em São Paulo, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) divulgou um crescimento de 6% nas mortes de ciclistas: foram 49 em 2011 e 52 em 2012. O Rio de Janeiro não possui estatísticas e, segundo o Diretor da ONG Transporte Ativo e integrante do Grupo de Trabalho para Ciclovias da prefeitura, Fernando José Lobo, essa carência de dados é um obstáculo importante.

No entanto, Lobo defende a cidade como uma bike friendly (ela está em 12° no ranking das cidades mais amigas dos ciclistas). “O Rio tem condições muito favoráveis ao uso da bicicleta na mobilidade urbana, com uma malha cicloviária que na América Latina fica atrás apenas de Bogotá. Com relação aos acidentes, a bicicleta é o veículo mais seguro. Ciclistas representam 7% dos deslocamentos e 4% dos acidentes. Já os carros são usados em 24% dos deslocamentos e estão envolvidos em 27% dos acidentes”, compara.

Para dar uma freada no número de acidentes, Jilmar Tatto, secretário de transportes de São Paulo, já garantiu a construção de 150 km de ciclovias (com separação física dos automóveis). Outra medida tomada pela prefeitura da capital paulista é diminuir a velocidade dos carros onde não há ciclovia, viabilizando o uso da bicicleta com maior segurança. No Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes anunciou recentemente medidas para melhorar a segurança dos ciclistas na cidade: ampliação do horário de preferência dos atletas, controle da infração de motoristas pela Rio Ônibus e um sistema de fiscalização mais sofisticado.

E então: vai pedalar? Anote as dicas de José Eduardo Urso, professor da Body Fit, treinador do ciclista Matheus Guido e presidente da ONG ProjetoPedalar. “Todo ciclista deve sair com no minimo o capacete, óculos com armação em plásticos evitando entrada de qualquer objeto nos olhos, luvas que protegem as mãos e sapatilhas ou tênis para proteger os pés”, ensina. E, para que fique bom para todo mundo – pedestres, motoristas e ciclistas – veja outras dicas de segurança apontadas por Urso e boa pedalada!

– Pedale sempre com muito cuidado e atenção, obedecendo e respeitando as leis de transito e as regras de circulação do ciclista;
– Não circule nas calçadas;
– Respeite o espaço do pedestre;
– Use as ciclovias e onde não existirem, procure caminhos mais seguros, sinalizados e de menor movimentos;
– Nas vias de fluxo rápido e intenso, preste muita atenção às curvas, cruzamentos e pontos de ônibus;
– Cuidado ao passar por carros estacionados: as portas podem se abrir de repente e causar acidentes;
– Fazer malabarismos na via, bem como pedalar segurando o guidão com uma mão e a outra puxando outra bicicleta, é perigoso e pode lhe custar a vida;
– Circule sempre pelo lado direito da via, bem próximo ao meio-fio e no mesmo sentido dos veículos;
– Nunca na contramão de direção, nem na frente de veículos motorizados;
– Não pegue carona na traseira de veículos motorizados;
– Numa freada brusca é impossível evitar um acidente;
– Nunca circule em zigue-zague. Mantenha sempre sua posição a direita da pista;
– Para atravessar a rua, desça da bicicleta e empurre-a ao seu lado, observando todas as regras para pedestres;
– Transportar passageiro, só na garupa e acima de sete anos de idade;
– Dê preferência ao pedestre. Quando este já estiver iniciado a travessia, seja educado com eles;
– Sinalize através de gestos manuais sua intenção antes de executar manobras, visando alertar e prevenir os demais usuários da via (usar gestos manuais quando virar ou parar);
– Respeite a sinalização. Lembre-se que você também faz parte do trânsito;
– A audição é muito importante para o ciclista, portanto, não faça uso de aparelho de som enquanto você pedala;
– Sempre leve documento onde conste nome, endereço, fator RG e tipo sangüíneo;
– Nunca retire a mão do guidom;
– Não conduza animais;
– Circule a uma velocidade segura de forma a não criar perigo para a sua segurança e a dos outros.

Fonte: Portal do Trânsito

Os carros buzinam e o busão passa

Faixa exclusiva ônibus São Paulo - CET/DivulgaçãoPor

Marcos de Sousa
Editor do Mobilize Brasil

Uma experiência interessante, que pode e deve ser replicada por todo o país, está sendo realizada em São Paulo: a prefeitura da capital paulista está implantando uma série de novas faixas exclusivas de ônibus. A medida tem caráter emergencial e busca dar uma resposta imediata às pressões populares por melhor mobilidade urbana. Os motoristas de carros, é claro, reclamaram muito e botaram falação nos jornais, rádios e tevês paulistanas.

Mas, as duas primeiras semanas do experimento mostram que a proposta é correta e em média os ônibus ganharam cerca de 30% a mais de velocidade nas faixas. Em alguns casos, nos horários de pico, a velocidade quase dobrou.

Nesta semana, deixamos o metrô e fomos experimentar a novidade, no corredor norte-sul da cidade. Do lado de fora, víamos as longas filas de automóveis parados na avenida e pressão dos motoristas, que a todo momento tentam invadir furtivamente o espaço dos coletivos. Entre os passageiros, ouvimos comentários sobre a melhora no tempo de viagem, apesar da sempre longa espera nos pontos de parada. De qualquer forma, sentimos um entusiasmo quase festivo pelo inesperado privilégio dado aos “busões”.

Com as pistas desimpedidas, surge um outro problema, o excesso de velocidade dos ônibus, que arrancam e freiam bruscamente, para desespero dos passageiros mais idosos.

Os excessos são comuns a todas as grandes cidades brasileiras e têm tudo a ver com a educação, treinamento e condições de trabalho oferecidas aos motoristas e cobradores de ônibus. Não por acaso, nos últimos meses foram registrados vários acidentes graves com ônibus urbanos, em cidades como Campinas, São Bernardo, São Paulo, Rio de Janeiro e ontem, em Itaguaí (RJ), neste caso com sete mortos e várias pessoas feridas. No Rio, o início da operação do BRT Transoeste provocou uma série, ainda infindável, de atropelamentos e colisões, com dezenas de vítimas.

Abrir espaço para o transporte coletivo é decisão acertada, justa e necessária. Mas é fundamental que as autoridades promovam outras melhorias nos sistemas de ônibus urbano do país: renovação das frotas, manutenção e limpeza periódica (limpeza de verdade, não apenas uma vassourada a cada viagem), controle do tráfego via GPS e, acesso dos usuários ao sistema de controle via internet, além de melhorias nos pontos e abrigos de parada dos ônibus. E treinamento, muito treinamento, aos motoristas cobradores, fiscais e outros profissionais que lutam diariamente para transportar milhões de vidas.

Por fim, a sugestão – atenção indústria – de que os ônibus sejam silenciosos (o ruído que eles fazem é insuportável), menos fumacentos, mais confortáveis e seguros e que tenham dispositivos para tornar sua direção mais segura e suave.

Uma alternativa seriam os bondes modernos, os tais veículos leves sobre trilhos, mas isso fica para a próxima semana.

Conheça os 10 semáforos do Recife mais demorados para o pedestre

 

Dia muundial do pedestre - Foto - Bernardo Dantas DP/D.A.Press

No dia mundial do pedestre, um alerta para a falta de priorização nas travessias. Um exemplo matemático: o tempo dos semáforos.Acompanhe o levantamento feito pelo repórter Glynner Brandão.
Ranking

Semáforo 137 (16h30 às 19h30)
Onde: Avenida Herculano Bandeira
Tempo para os pedestres: 23”
Tempo para os veículos: 5’37”
Fluxo diário de veículos: 57 mil
Número de semáforos da via: 3

Avenida Abdias de Carvalho (6h às 9h)
Tempo para os pedestres: 18”
Tempo para os veículos: 1’59”
Fluxo diário de veículos: 56 mil
Número de semáforos da via: 10

Avenida Cruz Cabugá (6h às 9h30)
Tempo para os pedestres: 22”
Tempo para os veículos: 1’53”
Fluxo diário de veículos: 21 mil
Número de semáforos da via: 9

Av. Agamenon Magalhães (16h30 às 20h30)
Tempo para os pedestres: 22”
Tempo para os veículos: 1’53”
Fluxo diário de veículos: 81 mil
Número de semáforos da via: 15

Avenida Norte (6h às 9h30)
Tempo para os pedestres: 24”
Tempo para os veículos: 1’51”
Fluxo diário de veículos: 53 mil
Número de semáforos da via: 21

Avenida Recife (6h30 às 9h)
Tempo para os pedestres: 18”
Tempo para os veículos: 1’47”
Fluxo diário de veículos: 54 mil
Número de semáforos da via: 21

Avenida Boa Viagem (6h às 10h)
Tempo para os pedestres: 19”
Tempo para os veículos: 1’41”
Fluxo diário de veículos: 29 mil
Número de semáforos da via: 28

Av. Conselheiro Rosa e Silva (6h às 9h30)
Tempo para os pedestres: 21”
Tempo para os veículos: 1’39”
Fluxo diário de veículos: 21 mil
Número de semáforos da via: 19

Av. Mascarenhas de Morais (10h às 20h30)
Tempo para os pedestres: 20”
Tempo para os veículos: 1’35”
Fluxo diário de veículos: 56 mil
Número de semáforos da via: 24

Avenida Conde da Boa Vista (16h30 às 19h30)
Tempo para os pedestres: 22”
Tempo para os veículos: 1’33”
Fluxo diário de veículos: 12 mil
Número de semáforos da via: 7

Fonte: CTTU