Por
Tânia Passos
Um olhar de fora sobre o esquema de mobilidade nas seis cidades-sedes da Copa das Confederações. A Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) enviou equipes para as sedes e fez um estudo das alternativas de transporte de torcedores durante os jogos.
O Recife teve um desempenho considerado satisfatório, em escala entre péssimo, ruim, regular, satisfatório, bom e ótimo. A capital só não perdeu para Salvador, que foi regular. Empatou com Brasília e ficou atrás do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Fortaleza, que tiveram desempenho bom. Essas três cidades conseguiram desocupar os estádios em pouco menos de uma hora, mesmo enfrentando uma onda de protestos nos dias dos jogos.
No Recife, o jogo avaliado foi entre Itália e Japão, em 19 de junho, justamente a partida para a qual foram feitas alterações pela Secretaria da Copa, incluindo o uso do estacionamento na UFPE, com transporte por ônibus à Arena, e a instalação de uma rampa para desafogar a estação Cosme e Damião, maior gargalo nos dois jogos anteriores: a estreia da Arena Pernambuco, entre Náutico e Sporting de Portugal, e o primeiro jogo das Confederações em Pernambuco, entre Espanha e Uruguai.
O jogo Itália x Japão foi menos traumático que os outros dois. O técnico da NTU, André Dantas, que apresentou o resultado do estudo durante o Seminário de Mobilidade Sustentável, em São Paulo, não explicou o critério da escolha da partida. “Nós observamos as alternativas futuras que também estão sendo trabalhadas e não um jogo em si”, disse.
A secretária-executiva das Cidades, Ana Suassuna, não concorda com a avaliação. “Fizemos as alterações e o transporte ocorreu sem grandes transtornos. Só fomos informados que sediaríamos a Copa das Conferedações em novembro de 2012 e alguns projetos previstos para a Copa de 2014 não estavam concluídos”, ressaltou.
Exemplos
O planejamento de Belo Horizonte para situações de emergência foi fundamental para o esquema. Houve cinco simulações e no dia do jogo tudo teve que ser modificado no intervalo, por causa das manifestações. Fortaleza apostou nos bolsões de estacionamento e o Rio de Janeiro no metrô, mas lá não houve os mesmos problemas de gargalos como ocorreu no Recife.