Multa para veículos lentos demais

 

 

A indicação dos limitadores de velocidade costuma causar uma reação exagerada nos motoristas. O medo da multa, pelo menos quando se sabe que o equipamento emite multa, costuma provocar uma redução drástica da velocidade. Se a limitação é 40km, o motorista reduz a uma velocidade bem abaixo disso. É quase uma reação automática.

A preocupação faz sentido. Os equipamentos não perdoam quem ultrapassa com a velocidade acima do permitido. Mas bem que eles poderiam também multar os motoristas que dirigem quase parando e atrapalhando o trânsito.

De acordo com o artigo 219 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), trafegar em velocidade inferior à metade da velocidade máxima permitida é infração média passível de multa no valor de R$ 85,13 e acréscimo de quatro pontos na carteira de habilitação. Só falta avisar isso às lombadas eletrônicas.

Regulamentação para manobristas e flanelinhas

 

 

 

No Paraná, o deputado estadual, Mauro Savi (PR), quer aprovar um projeto para regulamentar o serviço de manobrista e do guardador de veículo, também conhecido como flanelinha, pelo menos por essas bandas. O objetivo do projeto é atribuir responsabilidades aos prestadores desses serviços e segurança para quem necessita deles.

O projeto propõe ainda que a empresa prestadora desse tipo de serviço tem que ser regularmente constituída, ter em seus quadros motoristas devidamente registrados e habilitados e ainda possuir local adequado e seguro para o estacionamento dos veículos. Utopia?

No caso da Região Metropolitana do Recife para essa lei ser aplicada, seria necessária que outra já estivesse sendo cumprida: que os estabelecimentos oferecessem estacionamento de acordo com a demanda.

Um detalhe básico, que não pode ser esquecido, é que tudo acaba acontecendo na rua. Até mesmo os serviços das empresas com manobristas deixam os carros são estacionados em vias públicas, dificilmente em estacionamentos privados. O mesmo se aplica aos guardadores de veículos. Os flanelinhas de todos os dias.

Pizza, entrega rápida? Não mais!

Quem nunca pediu uma pizza por telefone com a promessa de entrega rápida ou seu dinheiro de volta? Esse tipo de serviço oferecido pelas empresas e, que acaba criando uma competição e estimulando o aumento da velocidade entre os motocilistas, deverá ser proibido.

De acordo com o projeto de lei de autoria do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), não se pode mais estabelecer tempo mínimo de entrega. O projeto de lei 3116/08, prevê multa de R$ 300 a R$ 3.000 ao empregador ou ao tomador de serviço. O documento tem regime de prioridade e será analisado, em caráter conclusivo, pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Para se ter uma ideia, a Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo calcula que 31,5% dos motociclistas em serviço de entrega percorrem de 150 a 200 quilômetros por dia.

“Pressionados de um lado pelas exigências do empregador e do cliente e, de outro lado, pelo ganho com produtividade, os motociclistas, muitos dos quais jovens e inexperientes, lideram o ranking da imprudência, com manobras ousadas e ultrapassagens perigosas”, alertou Crivella.

Para salvar mais vidas no trânsito

 

 

Diario de Pernambuco

Glynner Brandão

Duas resoluções para mototáxis e motofretes que estão sendo elaboradas pelo Conselho de Trânsito de Pernambuco (Cetran-PE) poderão servir de modelo para leis estaduais e municipais. A ideia é instituir equipamentos de proteção individual (EPI). Hoje, só o capacete é obrigatório.

Peças como luvas, calças, calçados fechados, cotoveleiras e joelheiras passariam a ser exigidas para mototaxistas e motofretistas. O anúncio foi feito ontem, em audiência pública na Câmara de Vereadores do Recife. Na última terça-feira, os efeitos do grande volume de acidentes de moto foram tratados na 6ª edição do Fórum Desafios para o Trânsito do Amanhã, dos Diários Associados. As propostas são do Comitê de Prevenção aos Acidentes de Motociclistas de Pernambuco.

A diretriz para os mototáxis tem 71 artigos até agora. A outra soma 41. O pacote ainda está sendo debatido no estado e pode sofrer ajustes. Os municípios podem aderir ou não. Hoje, apenas 26 das 184 cidades pernambucanas têm órgão de trânsito.As diretrizes, ainda não editadas, somam 112 artigos e poderão reduzir as alarmantes estatísticas de acidentes envolvendo motos.

Além da área de segurança, o documento também deve propor modelos corretos de estacionamento, formas de fiscalização e calendário para inspeção veicular. “Apresentamos o projeto em Gravatá, Arcoverde e Araripina. Queremos diminuir os acidentes”, disse Simíramis Queiroz, presidente do Cetran. Caso as diretrizes sejam editadas, um fórum vai detalhar as duas resoluções e explicará a importância das adesões, que poderão ser parciais ou totais, das cidades.

As diretrizes estão sendo analisadas por um grupo de trabalho de seis técnicos de Recife, Jaboatão dos Guararapes e Cabo de Santo Agostinho. O Departamento de Trânsito de Pernambuco (Detran) é parte do grupo que discute as regulamentações. “Elas contribuiriam bastante para os municípios.

Ajudariam a dar diretrizes para as cidades”, acrescentou. Para o professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), César Cavalcanti, as medidas podem ajudar a minimizar os acidentes. Mas ele faz ressalvas. “É preciso ter limite para a intervenção do Estado. Acho que os itens não são excessivos, mas os motociclistas não podem virar robôs. A solução definitiva é a educação continuada”.

“Achei interessante. Tenho carro, mas uso moto quase todos os dias. É um transporte rápido”
Claudevan Bezerra da Silva, vigilante

“Tenho muito prazer de estar com a moto. Certos cuidados são importantes.”
Camilla Vazquez, presidente do Motoclube Mulheres na Estrada

 

Penalidades para instrutores de trânsito corruptos


Lembram de Ratinho? Aquele apresentador? Pois é, o filho dele, Ratinho Júnior, deputado federal pelo PSC, elaborou um projeto de lei, que pretende alterar o Código de Trânsito Brasileiro com criação do Registro Nacional dos Instrutores e Examinadores de habilitação no trânsito.

A proposta é estabelecer um código de conduta com penalidades para quem for pego literalmente com a mão na botija. O código, na verdade, já prevê punição no caso de irregularidades. A questão é a lei ser fiscalizada e aplicada…

Sem controle, a carga que passa nas nossas rodovias

O Plano de recuperação da malha viária do estado lançado, recentemente, pela Secretaria de Transportes de Pernambuco, terá um grande desafio pela frente.

A qualidade da manutenção das vias não leva em conta apenas o tipo de pavimento, drenagem e sinalização, mas também o peso das cargas nas nossas estradas.

Nenhuma balança de pesagem funciona no estado, sejam em rodovias estaduais ou federais. Se isso só não bastasse, ainda tem outro agravante, o estado não dispõe hoje de estatísticas sobre o volume de carga que trafega nas nossas vias, tampouco o tipo de carga que vem até nós.

Todos os postos de contagem do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) encontram–se sem funcionar. Ao todo são 14 postos distribuídos nas zonas da Mata, Agreste e Sertão. Ruim para a economia e também para nossas rodovias.

LOCALIZAÇÃO DOS POSTOS DE CONTAGEM
POSTO NOME PNV DRF RODOVIA/UF KM SITUAÇÃO
1 Igarassu 101BPE0370 4 BR-101/PE 38,5 PARADO
3 Salgueiro 116BPE0450 4 BR-116/PE 28,7 PARADO
4 Moreno 232BPE0030 4 BR-232/PE 27 PARADO
5 Carpina 408BPE0200 4 BR-408/PE 67,5 PARADO
6 Arcoverde 232BPE0260 4 BR-232/PE 268,7 PARADO
8 Ouricuri 122BPE0310 4 BR-122/PE 104,7 PARADO
9 Sao Caetano 423BPE0030 4 BR-423/PE 25,5 PARADO
10 Escada 101BPE0490 4 BR-101/PE 131,5 PARADO
11 Cabrobó 428BPE0010 4 BR-428/PE 1 PARADO
12 Fazenda Nova 104BPE0430 4 BR-104/PE 44 PARADO
13 Verdejante 232BPE0410 4 BR-232/PE 490 PARADO
14 Petrolina 428BPE0070 4 BR-428/PE 166 PARADO
15 Caruaru 232BPE0140 4 BR-232/PE 122,5 PARADO
16 Prazeres 101BPE0440 4 BR-101/PE 93 PARADO

Ativos: 0 postos
Parados: 14 postos

Árvore, trânsito parado e improvisação

A queda de uma árvore no meio de uma via movimentada do Recife, a Avenida Rosa e Silva, que se comunica com a Avenida Agamenon Magalhães, travou o  trânsito do Recife  por mais mais de seis horas. Um acidente desse tipo pode ocorrer a qualquer momento, se levarmos em conta a idade e o tamanho da maioria das nossas árvores, numa época onde não havia preocupação com a acessibilidade. É claro que não se deve sair por ai derrubando as árvores, mas pode-se criar um plano de ação.

A desobstrução de uma via de fluxo intenso deve ser pensada com antecedência. A Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) ainda trabalha com a improvisação. A sequência normal é esperar a chegada dos bombeiros, que já leva um bom tempo, pois terão que enfrentar também o trânsito.  O passo seguinte é desviar o fluxo e esperar o que parece interminável para quem está preso no trânsito.

O Recife precisa dispor de planos de ação para situações de emergência, seja um caminhão que quebra em cima de um viaduto, uma árvore que cai, um poste, um protesto no meio de uma via, enfim as mais diversas situações. Então a gente pergunta se a CTTU já sentou na mesa para traçar planos com os bombeiros, por exemplo, a Celpe , a Companhia telefônica ou a Polícia?

O Recife também já deveria dispor de equipamentos de emergência em pontos estratégicos da cidade para agir em uma situação de emergência a exemplo dos guinchos. Aliás, a companhia sequer dispõe de um guincho de grande porte e também não tem nenhuma empresa terceirizada para executar o serviço.

Imagine, por exemplo, um acidente que derrame óleo na pista. A CTTU não tem como resolver uma situação desse tipo, por exemplo. E mais uma vez vai depender exclusivamente da ação dos bombeiros. Os bombeiros, de fato, devem ser parceiros, mas a estratégia deve ser da CTTU.

Em São Paulo, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) dispõe de empresas terceirizadas para situações de emergência. “Nós precisamos saber como agir em uma emergência e dispor das condições necessárias para resolver rapidamente. Aqui, a cada 15 minutos que o trânsito fica parado significam três quilômetros de engarrafamento”, explicou Hercules Justino, superintendente da CET.

 

 

 

É crime não prestar socorro à vítima


A semana inicia com uma notícia triste da morte de um pedestre que foi atropelado e arrastado por cerca de 25 metros por um EcoSport . Não satisfeito, o motorista ainda passou por cima do corpo da vítima, o major José Vieira Bezerra, 51 anos, que tinha saído cedo de casa para caminhar.

O motorista fugiu sem prestar socorro. O acidente ocorreu no domingo, na Avenida Bernardo Vieira de Melo, em Piedade, Jaboatão dos Guararapes. As câmeras dos edifícios conseguiram filmar a atrocidade  e são fundamentais para a polícia identificar o foragido.

O acidente serve de alerta sobre as responsabilidades no trânsito e o blog traz esta semana uma enquete sobre como o motorista deve se comportar em uma situação desse tipo.

Omissão de Socorro é um dos crimes previstos no Código Penal brasileiro, em seu art. 135. É o exemplo clássico do crime omissivo. Deixar de prestar socorro a quem não tenha condições de socorrer a si próprio ou comunicar o evento a autoridade pública que o possa fazê-lo, quando possível, é crime.

Diagnóstico das rodovias de Pernambuco

A malha viária de Pernambuco corresponde a 9.978,3 kms de rodovias e mais 2.503,4 kms das  federais que cortam o estado. O plano de mobilidade, anunciado pela Secretaria de Transportes do estado, aponta cinco linhas de ação para reverter o atual quadro. De acordo com uma pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), apenas 20,60%  das estradas são consideradas em bom estado e 44,60% regular e 30,10% entre péssimo e ruim. Os investimentos orçados em R$ 2,42 bilhões têm prazo de implantaçãode  até dois anos.

O plano de mobilidade  está estruturado em cinco eixos:

1- Conservação – R$ 58 milhões -(serão aplicados em 82 -PE’s – ou 2.729 kms)

2- Restauração – R$ 560 milhões – (em 35-PE’s – 1.225,30 kms)

3- Implantação – R$ 424 milhões ( e implantação de 400 kms de rodovias)

4- Duplicação – R$ 957 milhões (em  3 BR’s,(totalizando 138,5 kms)

5- Requalificação – R$ 43 milhões (16,6 kms)

O diagnóstico elaborado pela Secretaria de Transportes também aponta dados curiosos: das 142 rodovias estaduais estão pavimentadas 4.897,3 kms e 2.900 kms estão em leito natural e outros 2.181 kms estão com a terraplanagem pronta. Ou seja, mais de 50% das rodovias do estado não têm nenhum tipo de pavimento.

 

Como nascem os estacionamentos?

A Rua Vicente Gomes, em Boa Viagem, é uma transversal da Avenida Boa Viagem. Uma via estreita com apenas duas faixas. Agora uma e meia. Dois espigões construídos na esquina da via, passaram a ter uma demanda de estacionamento que vai além do espaço do prédio. Seja para carga e descarga ou ainda para estacionamento de motos e carros de quem trabalha ou que ter acesso à edificação. É assim que nascem os estacionamentos, regulares ou não, eles tomam lugar do fluxo normal de veículos.