Em maio de 2008, o cardiologista Célio Cabral assumiu a presidência do Sete de Setembro, de Garanhuns. A eleição no clube só deveria ter ocorrido em dezembro, mas o então presidente, o norte-americano Andrew Hazelton (foto), abandonou o clube após o Estadual (no qual o Sete escapou do rebaixamento por milagre). Em entrevista por telefone, Célio alega ter encontrado um clube afundado em dívidas.
E fez uma grave denúncia contra a gestão anterior. Segundo Célio, Andrew teria passado 50 cheques sem fundo para jogadores e funcionários (isso mesmo, 50). 😯 E mais…
Todos os computadores da sede social, além de documentos e móveis, teriam sido levados. Além disso, 15 novas causas trabalhistas surgiram na gestão.
“Foi inacreditável a forma como encontramos o clube. Levaram tudo, e ainda deixaram um calote grande. Muitos comerciantes não querem nem ouvir o nome do ex-presidente, que deixou a cidade e voltou para os Estados Unidos. Para recomeçar tudo, gastei R$ 77 mil do meu bolso”, disse o novo mandatário do Sete de Setembro.
Andrew chegou a Garanhuns em 2006 (veja AQUI). Em janeiro do ano seguinte ele assumiu o Sete. Com projetos ambiciosos (como transformar a cidade em um centro de treinamento para alguma seleção durante a Copa do Mundo de 2014), o norte-americano reergueu o clube. No mesmo ano, o Alviverde conseguiu o acesso à elite do futebol pernambucano, com o vice na Série A-2.
Na época, Hazelton (dono de uma empresa de telecomunicações que opera no Brasil, na Argentina e no Panamá) disse ter investido R$ 400 mil no clube, com a juda de 7 empresários estrangeiros. O objetivo, como sempre, era revelar e negociar jovens valores. No entanto, o mau desempenho no Pernambucano desencadeou uma crise no clube, que já vinha em dificuldades devido ao elevado custo do Gigante do Agreste. O estádio continua sendo motivo de preocupação. O novo presidente vem investindo no campo, bastante criticado no último Estadual.
Foto: Ricardo Fernandes/SP (01/10/07)