A velha mania de colecionar figurinhas na Copa do Mundo fica mais cara em 2018

Álbum de figurinhas da Copa 20148. Crédito: Panini/divulgação

O álbum oficial da Copa do Mundo corresponde a uma das práticas de mercado mais antigas na história do torneio. Desde a década de 60 são lançados álbuns com a chancela da Fifa. Em 2014, com o Mundial voltando ao Brasil, a Panini produziu 8,5 milhões de álbuns para o público no país. Em 2018, com a edição na Rússia, a tiragem nacional teve uma queda absoluta de 1,5 milhão, o que representa uma redução de 17%. Ainda assim, trata-se de um número elevado, sustentado por uma tradição antiga – se antes as figurinhas eram anexadas aos livros ilustrados com cola, neste século os “cromos” passaram a ser autocolantes. A três meses do evento, a empresa detentora dos direitos de comercialização do álbum apresentou a nova edição, com 682 cards (43 a mais do que a publicação de 2014)

Tiragem dos álbuns oficias da Copa
2006 – 2,5 milhões (R$ 3,90, com o pacotinho custando R$ 0,60)
2010 – 3,5 milhões (R$ 3,90, com o pacotinho custando R$ 0,75)
2014 – 8,5 milhões (R$ 5,90, com o pacotinho custando R$ 1,00)
2018 – 7,0 milhões (R$ 7,90, com o pacotinho custando R$ 2,00)

Álbum de figurinhas da Copa 2014. Crédito: Panini/divulgação

Como nos outros anos, as seleções (e são 32) vêm com ‘convocações’ definidas pelas últimas partidas. Em vez de 23 jogadores, são 18 em cada país. No caso do Brasil estão os seguintes nomes: Alisson (goleiro), Marquinhos (Z), Thiago Silva (Z), Miranda (Z), Marcelo (LE), Casemiro (V), Fernandinho (V), Willian (M), Neymar (A), Gabriel Jesus (A), Firmino (A). Filipe Luís (LE), Giuliano (M), Douglas Costa (A), Daniel Alves (LD), Paulinho (V), Philipe Coutinho (M) e Renato Augusto (M). Concorda com a ‘convocação’?

O álbum de 2018 chega mais caro, com 33% no valor da versão básica do álbum e 100% no preço dos pacotinhos, com cinco figurinhas cada – por dia, a empresa espera vender 8 milhões de pacotinho. Desde 1990, a Panini só não teve os direitos oficiais de um Mundial. Relembre as capas.

ÁlbuNS de figurinhas da Copa DE 1990 a 2010. Crédito: Panini/divulgação

Atlético Tucumán, da Argentina, o rival do Sport na Taça Ariano Suassuna de 2018

Sport x Atlético Tucumán, da Argentina, o duelo pela Taça Ariano Suassuna de 2018

Conhecido como ‘El Decano’, por ser o clube mais antigo do noroeste argentino, o Atlético Tucumán se orgulha de ter vestido a camisa albiceleste antes mesmo da seleção, em 1903. Passado um século, vive a sua melhor fase, com o vice da Copa Argentina 2017 e as duas primeiras participações na Libertadores, em 2017 e 2018, onde já está assegurado na fase de grupos – na chave 3, com Peñarol, Libertad e The Strongest. Embora não seja uma força tradicional do país vizinho, tecnicamente oferece um bom desafio na Taça Ariano Suassuna. Confirmado como adversário do Sport na 4ª edição, agendada para 14 de janeiro de 2018, o Tucumán vem ao Recife durante a intertemporada do campeonato argentino, já com 12 rodadas. Em 15º lugar, o time volta à disputa duas semanas depois, recebendo o Temperley.

Quanto ao leão, a partida mantém o crescimento da identidade internacional da copa amistosa, uma tradição em clubes europeus, como Real (Santiago Bernabéu) e Barça (Joan Gamper). Porém, como em 2017, os leoninos deixaram a organização até o limite, com o acerto a menos de um mês do jogo – a edição anterior foi disputada 16 dias após o anúncio. De fato, a Ariano merece mais atenção, até porque a abertura oficial da temporada rubro-negra vem sendo mais rentável que a maioria das apresentações no Campeonato Pernambucano – a única frente no ano, à parte dos nacionais. Em três edições, o faturamento foi de R$ 894.335, com média de 13.073 torcedores.

As edições da Taça Ariano Suassuna
1ª) 24/01/2015 – Sport 2 x 1 Nacional (URU), 22.356 pessoas
2ª) 24/01/2016 – Sport 2 x 0 Argentinos Juniors (ARG), 8.909 pessoas
3ª) 22/01/2017 – Sport (4) 1 x 1 (2) The Strongest (BOL), 7.956 pessoas
4ª) 14/01/2018 – Sport x Atlético Tucumán (ARG), na Ilha do Retiro 

Sport vs clubes argentinos (8 jogos; 2V, 1E e 5D; 10 GP e 17 GC)
31/01/1937 – Sport 2 x 7 Atlanta (amistoso)
25/12/1951 – Sport 2 x 3 Vélez Sarsfield (amistoso)
06/01/1953 – Sport 0 x 1 Chacarita Juniors (amistoso)
23/09/2015 – Sport 1 x 1 Huracán (Sul-Americana)
30/09/2015 – Huracán 3 x 0 Sport (Sul-Americana, Buenos Aires)
24/01/2016 – Sport 2 x 0 Argentinos Juniors (Taça Ariano Suassuna, amistoso)
06/07/2017 – Sport 2 x 0 Arsenal de Sarandí (Sul-Americana)
27/07/2017 – Arsenal de Sarandí 2 x 1 Sport (Sul-Americana, Buenos Aires)

Confira o histórico entre times pernambucanos e argentinos clicando aqui.

San Lorenzo na pré-temporada do Recife em 2018? Houve contato, novamente…

O scretário de turismo e esportes de Pernambuco, Felipe Carreras, em encontro com o gerente do San Lorenzo, Bernardo Romeo. Foto: Felipe Carreras/instagram (@felipecarreras)

Em janeiro de 2015, quando foi iniciado o voo Recife-Buenos Aires, com rota semanal, a secretaria de turismo, esportes e lazer do estado articulou junto à iniciativa privada um quadrangular amistoso envolvendo dois clubes pernambucanos e dois argentinos, previsto para 2016 – na época, houve contato com Boca Juniors, River Plate, Racing e San Lorenzo. Não saiu da sondagem, tornando-se mais um projeto engavetado, como a histórica ideia sobre a pré-temporada do Real Madrid em 2012 – lembra? Porém, de lá para cá, a rota direta para a Argentina foi consolidada, com 100 mil hermanos visitando Pernambuco e com oito frequências semanais firmadas em 2018. Ou seja, a ligação ficou estreita. E o titular da pasta, Felipe Carreras, voltou a negociar uma parceria com um clube tradicional do país vizinho. Em viagem à capital, encontrou-se com o gerente do San Lorenzo, Bernardo Romeo.

“Como todos sabem, a Argentina é o nosso principal emissor de turistas internacionais. (…) Então, por que não misturar o esporte com turismo? (…) Na pauta, uma parceria para movimentarmos a pré-temporada do futebol pernambucano! Ficamos muito animados com as possibilidades e em breve esperamos dar boas notícias”

Pela gestão da secretaria, a partida (as partidas) aconteceria (m) na Arena Pernambuco, sem mais detalhes sobre quais clubes locais seriam convidados. Taça Ariano Suassuna, Troféu Chico Science ou outro? Em caso de sucesso com o clube do Papa Francisco, seria necessário encontrar uma brecha no calendário do próximo ano, apertado devido à Copa do Mundo. O alvirrubro, por exemplo, entrará em campo, de forma oficial, com menos de dez dias após o réveillon. Além disso, é preciso que o próprio campeão da Libertadores 2014 folgue em janeiro, geralmente com jogos da pré-temporada argentina. Em 2017, por exemplo, jogou três amistosos de ‘verano’. Todos em seu país.

Ao menos a vinda não deixaria de acontecer por falta de voos…

Estreias oficiais do Trio de Ferro em 2018
09/01 – Náutico (vs Itabaiana, pela fase preliminar do Nordestão)
17/01 – Santa Cruz (vs Confiança, pela fase de grupos do Nordestão)
21/01 – Sport (adversário a definir, pelo turno classificatório do Estadual)

Número de jogos do San Lorenzo nos “torneos de verano”
2014 – 4 (Copas Salta, San Juan, Luis Caballero e Río de la Plata)
2015 – 0
2016 – 2 (Copa de Oro)
2017 – 3 (2 na Copa Mar del Plata e 1 na Copa Buenos Aires)

Clubes argentinos que já jogaram no Recife
Atlanta (1937), Vélez Sarsfield (1951), Chacarita (1952 e 1953), Independiente (1956), Argentinos Juniors (1973 e 2016), Huracán (2015) e Arsenal (2017)

Saiba mais sobre jogos entre clubes pernambucanos e argentinos aqui.

Cristiano Ronaldo é o melhor do mundo pela 5ª vez e iguala recorde de Messi

Cristiano Ronaldo (2008, 2013,2014, 2016 e 2017) e Lionel Messi (2009, 2010,2011, 2012 e 2015) recebendo os prêmios de "melhor jogador do mundo", da Fifa

“Espero apanhar o Messi já na próxima época” 

A frase foi dita por Cristiano Ronaldo em 2014, durante a cerimônia na Suíça, quando foi premiado pela terceira vez. Ali, agraciado como o melhor do mundo, Cristiano já deixava claro o seu objetivo máximo, o de quebrar o maior número de recordes na carreira. Ser o melhor num ano já não bastava. Queria ser o jogador mais vezes eleito pela Fifa. Ganhando tudo no Real Madrid, com três títulos da Champions League nos últimos quatro anos, além da Eurocopa com Portugal, CR7 trilhou uma caminhada de sucesso até este momento, onde enfim igualou a marca de Lionel Messi. E o rendimento precisava ser absurdo. De fato, foi, com quatro eleições nos últimos cinco anos.

Em Londres, Cristiano recebeu o troféu “The Best”, a nomenclatura criada na temporada passada, após o fim da parceria entre a Fifa e a revista France Football, com o Ballon d’Or. A principal mudança nesta edição foi o período de análise dos candidatos. Em vez do ciclo de janeiro a dezembro, agora vale a temporada europeia. Ou seja, num processo de adaptação, valeu entre 20/11/2016 e 02/07/2017. Campeão espanhol, europeu e mundial com o Real, o craque superou Messi e Neymar, os concorrentes.

Burocracia à parte, são dez anos com o português e o argentinos revezando o status de melhor na eleição oficial da Fifa. Ambos recordistas e já na história entre os maiores de todos os tempos. Quanto ao merengue, com um poder de fogo gigantesco, a meta agora parece ser o desempate. Cristiano não gosta de dividir recordes… E em 2017 lembrou estar sempre na disputa.

“Há 11 anos que estou aqui no palco. É um momento único”

A premiação Fifa The Best, de 2017. Foto: Alexander Hassenstein /Fifa/Getty Images

As últimas dez premiações para o ‘melhor jogador do mundo’
2008 – Cristiano Ronaldo (Manchester United), 35 gols em 58 jogos (0,60)
2009 – Messi (Barcelona), 41 gols em 64 jogos (0,64)
2010 – Messi (Barcelona), 60 gols em 64 jogos (0,93)
2011 – Messi (Barcelona), 59 gols em 70 jogos (0,84)
2012 – Messi (Barcelona), 91 gols em 69 jogos (1,31)
2013 – Cristiano Ronaldo (Real Madrid), 69 gols em 58 jogos (0,60)
2014 – Cristiano Ronaldo (Real Madrid), 61 gols em 60 jogos (0,98)
2015 – Messi (Barcelona), 52 gols em 61 jogos (0,85)
2016 – Cristiano Ronaldo (Real Madrid), 55 gols em 57 jogos (0,96)
2017 – Cristiano Ronaldo (Real Madrid), 44 gols em 47 jogos (0,93)

Com o penta de Cristiano, Portugal tornou-se o segundo país com mais eleitos, ultrapassando a Argentina, considerando a premiação oficial da Fifa, com três nomes distintos: Player of the Year (1991-2009); Fifa Ballon d’Or (2010-2015); The Best (2016-2017). Sem nomeações desde 2007, quando Kaká foi premiado, o Brasil segue à frente na lista, com oito troféus.

Ranking de premiações do melhor do mundo (1991-2017)
8 – Brasil (Ronaldo 3, Ronaldinho 2, Romário 1, Rivaldo 1 e Kaká 1)
6 – Portugal (Cristiano Ronaldo 5, Luís Figo 1)
5 – Argentina (Messi 5)
3 – França (Zidane 3)
2 – Itália (Baggio 1 e Cannavaro 1)
1 – Alemanha (Matthäus)
1 – Holanda (Van Basten)
1 – Libéria (Weah) 

A premiação Fifa The Best, de 2017. Foto: Alexander Hassenstein /Fifa/Getty Images

A seleção da Fifa com os 11 melhores na temporada 2016/2017, na formação 4-3-3

A seleção da Fifa para a temporada 2016/2017. Foto: Fifa/youtube (reprodução)

Em 20 de setembro, a Fifa divulgou uma lista com os 55 nomes mais votados para a escolha da “seleção do ano”. Ao afunilar a lista, um mês depois, o time acabou bem parecido com o da última edição do The Best. Utilizando a formação 4-3-3 como estrutura-base, o anúncio de 2017, em Londres, trouxe apenas jogadores de Real Madrid, Barcelona e Juventus. E com apenas três mudanças: Buffon no lugar de Neuer, no gol, Bonucci na vaga de Piqué, na zaga, e Neymar substituindo Suárez, no ataque. Da lista apresentada, na visão do blog, o meia Iniesta destoou tecnicamente, abaixo dos demais.

Neste ano, lembrando, o prêmio passou a considerar o período da temporada europeia, em vez de um ano regular, de janeiro a dezembro. Ou seja, foram contabilizados os jogos de 20/11/2016 a 02/07/2017. Logo, a velha senhora se destacou devido à participação na final da Liga dos Campeões da Uefa.

Em termos de nacionalidade dos craques escolhidos, o futebol brasileiro acabou sendo o mais presente, com três nomes. Curiosamente, dois deles mudaram de camisa após o fim do ciclo de análise. Embora estejam hoje no Paris Saint-Germain, Daniel Alves e Naymar foram eleitos pelo desempenho nos clubes anteriores, Juve e Barça, respectivamente.

Número de indicados por clube em 2017
5 – Real Madrid
3 – Juventus
3 – Barcelona

Número de indicados por país de origem em 2017
3 – Brasil
2 – Espanha e Itália
1 – Alemanha, Argentina, Croácia e Portugal

Seleção FifPro de 2017 (4-3-3)
Buffon (ITA/Juventus); Daniel Alves (BRA/Juventus), Sergio Ramos (ESP/Real Madrid). Bonucci (ITA/Juventus) e Marcelo (BRA/Real Madrid); Toni Kroos (ALE/Real Madrid), Modric (CRO/Real Madrid) e Iniesta (ESP/Barcelona); Neymar (BRA/Barcelona), Messi (ARG/Barcelona) e Cristiano Ronaldo (POR/Real Madrid). Técnico: Zidane (FRA/Real Madrid)

Seleção FifPro de 2016 (4-3-3)
Neuer (ALE/Bayern de Munique); Daniel Alves (BRA/Juventus), Piqué (ESP/Barcelona), Sergio Ramos (ESP/Real Madrid) e Marcelo (BRA/Real Madrid); Toni Kroos ALE/Real Madrid), Modric (CRO/Real Madrid) e Iniesta (ESP/Barcelona); Messi (ARG, Barcelona), Luis Suárez (URU, Barcelona) e Cristiano Ronaldo (POR, Real Madrid). Técnico: Claudio Ranieri (ITA/Leicester)

A seleção de 2017, segundo a Fifa. Foto: Alexander Hassenstein /Fifa/Getty Images

Os cabeças de chave da Copa do Mundo de 1930 a 2018. A Seleção em 19 edições

Os países com o maior número de indicações como "cabeça de chave" na Copa do Mundo. Arte: Cassio Zirpoli/DP

O Ranking da Fifa correspondente a outubro de 2017, a oito meses da Copa do Mundo, é a base oficial para a composição dos oito cabeças de chave do torneio de 2018. À parte da Rússia, sede pela primeira vez e cabeça de chave pela primeira vez, sete países vieram da lista mensal da federação: Alemanha (1º lugar no ranking), Brasil (2º), Portugal (3º), Argentina (4º), Bélgica (5º), Polônia (6º) e França (8º). O critério técnico adotado, apenas com o ranking, mudou o perfil histórico dos principais países na disputa.

Na compilação de 1930 a 2018, sem surpresa, os oito campeões mundiais são justamente as oito seleções mais apontadas nos sorteios como cabeças de chave. No 21º Mundial, considerando todos os ex-campeões presentes, quatro não serão cabeças de chave. Ou seja, Espanha (11º), Inglaterra (15º), Uruguai (16º) e Itália (17º) devem surgir em prováveis grupos da morte.

À parte do desempenho em campo, o status para o país-sede é regra. Em todas as edições, o anfitrião só não foi escolhido pela federação que controla o futebol como um dos líderes prévios dos grupos em três oportunidades (1954, 1958 e 1970). Em 2022, no Catar, o regulamento deve ser mantido. Já a partir de 2026 o torneio terá 48 seleções, dobrando o nº de grupos…

Indicações dos 122 cabeças de chave nos Mundiais:
1930 (5) – Argentina, Brasil, Estados Unidos, Paraguai e Uruguai
1934 (8) – Alemanha, Argentina, Áustria, Brasil, Holanda, Hungria, Itália e Tchecoslováquia
1938 (8) – Alemanha, Brasil, Cuba, França, Hungria, Itália, Suécia e Tchecoslováquia
1950 (4) – Brasil, Inglaterra, Itália e Uruguai
1954 (8) – Áustria, Brasil, França, Hungria, Inglaterra, Itália, Turquia e Uruguai
1958  – sem cabeças de chave
1962 (4) – Argentina, Brasil, Chile e Uruguai
1966 (4) – Alemanha, Brasil, Inglaterra e Itália
1970 – sem cabeças de chave
1974 (4) – Alemanha, Brasil, Itália e Uruguai
1978 (5) – Alemanha, Argentina, Brasil, Holanda e Itália
1982 (6) – Alemanha, Argentina, Brasil, Espanha, Inglaterra e Itália
1986 (6) – Alemanha, Brasil, França, Itália, México e Polônia.
1990 (6) – Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, Inglaterra e Itália
1994 (6) – Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, Estados Unidos e Itália
1998 (8) – Alemanha, Argentina, Brasil, Espanha, França, Holanda, Itália e Romênia
2002 (8) – Alemanha, Argentina, Brasil, Coreia do Sul, Espanha, França, Itália e Japão
2006 (8) – Alemanha, Argentina, Brasil, Espanha, França, Inglaterra, Itália e México
2010 (8) – Alemanha, África do Sul, Argentina, Brasil, Espanha, Holanda, Inglaterra e Itália
2014 (8) – Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, Colômbia, Espanha, Suíça e Uruguai
2018 (8) – Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, França, Polônia, Portugal e Rússia

Ranking de indicações como cabeça de chave:
19 – Brasil
15 – Alemanha e Itália
13 – Argentina
7 – França e Inglaterra
6 – Espanha e Uruguai
4 – Bélgica e Holanda
3 – Hungria
2 – Áustria, Estado Unidos, México, Polônia e Tchecoslováquia
1 – África do Sul, Colômbia, Chile, Coreia do Sul, Cuba, Japão, Paraguai, Portugal, Romênia, Rússia, Suécia, Suíça e Turquia

Evolução dos critérios para a escolha dos cabeças de chave:
Decisão do comitê organizador: 1930, 1934, 1938, 1962 e 1966
Recomendação da CBD (precursora da CBF): 1950
Sorteio: 1954
Sem cabeça de chave: 1958 e 1970
Votação: 1974
Histórico técnico e posição geográfica: 1978, 1982 e 1986
Performance nas Copas anteriores: 1990 e 1994
Performance nas Copas anteriores + ranking: 1998, 2002 e 2006
Ranking da Fifa: 2010, 2014 e 2018

Seleção Brasileira faturou R$ 70 milhões como mandante nas Eliminatórias de 2018

Eliminatórias da Copa 2018, em 10/10/2017: Brasil 3 x 0 Chile. Foto: divulgação

A Canarinha encerrou as Eliminatórias da Copa de 2018 com dez pontos de vantagem sobre o segundo colocado, o Uruguai. Na última rodada, no Allianz Parque, o moderno estádio do Palmeiras, a Seleção goleou o Chile, deixando o atual bicampeão da Copa América fora do Mundial da Rússia. A tranquila vitória manteve o país como o único sul-americano invicto como mandante no qualificatório e também estabeleceu a maior renda do futebol no Brasil. O dado desconsidera o Mundial de 2014, pois a Fifa não divulgou os borderôs.

Com R$ 15 milhões, o jogo superou a final da Libertadores de 2013, entre Atlético-MG e Olimpia do Paraguai. Na ocasião, a partida em Belo Horizonte proporcionou uma arrecadação de R$ 14 mi. Essa renda recorde mostra o quanto a participação nas Eliminatórias, utilizando apenas as arenas com “Padrão Fifa”, turbinou o caixa da CBF. A entidade faturou R$ 70 milhões! Embora não detalhe o percentual repassado a cada operador dos estádios, é possível aferir um desconto de 8%, o valor entregue ao Corinthians na apresentação anterior em São Paulo. Ou seja, a confederação teria ficado com 92%, ou R$ 64,4 milhões líquidos. E, de fato, o torcedor pagou caro para produzir esta receita. No Allianz Parque, com valores semelhantes aos da Copa do Mundo realizada no país, o tíquete médio foi de R$ 368.

A gestão desse recurso, lembrando, fica a cargo de Marco Polo Del Nero…

Público total: 371.897 (média de 41.321 torcedores) 
Renda total: R$ 70.073.561 (média de 7.785.951 reais) 
Tíquete médio: R$ 188,42
Campanha: 9 jogos; 8 vitórias, 1 empate e nenhuma derrota; 26 GP e 4 GC

Eis o ranking de bilheteria nos jogos da Seleção nas Eliminatórias de 2018.

Balanço da Seleção Brasileira nas Eliminatórias da Copa 2018 jogando no Brasil. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Seguindo com a evolução cronológica dos públicos da Canarinha, com a taxa de ocupação dos estádios. A maior foi em São Lourenço da Mata, com 98,17% dos 45.845 cadeiras vermelhas ocupadas – curiosamente, no único empate no país. A menor ocorreu em Fortaleza, com índice de 60,98%.

Evolução dos públicos nos jogos da Seleção Brasileira como mandante nas Eliminatórias da Copa 2018. Arte: Cassio Zirpoli/DP

A escalada cronológica sobre o preço dos ingressos vai da média de R$ 69 na estreia até R$ 368 na despedida do qualificatório da Fifa. As quatro menores rendas foram no Nordeste. Por outro lado, as maiores bilheterias foram registradas com a Seleção em grande fase, já sob comando de Tite.

Evolução das bilheterias nos jogos da Seleção Brasileira como mandante nas Eliminatórias da Copa 2018. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Podcast – A análise da classificação do Sport na Sula. Aperreio desnecessário

Sul-Americana 2017, 2ª fase: Arsenal (ARG) 2 x 1 Sport. Foto: Juan Mabromata/APF Photo

45 minutos analisou a derrota do Sport na Argentina, num jogo em que o clube pernambucano atuou mal e colocou em risco uma classificação quase certa às oitavas. Perto do fim, aos 37/2T, o atacante André concluiu uma jogada de Diego Souza e garantiu a permanência leonina na Copa Sul-Americana. Misto de alívio (pela sequência no torneio) e decepção (pela 3ª derrota nos últimos 4 jogos). Estou nesta gravação, num debate sobre as questões técnica e tática, além de análises individuais. Ouça!

27/07 – Arsenal de Sarandí 2 x 1 Sport

Sport perde em Buenos Aires, mas gol salvador de André garante vaga na Sula

Sul-Americana 2017, 2ª fase: Arsenal (ARG) 2 x 1 Sport. Foto: Juan Mabromata/APF Photo

O roteiro era bem semelhante ao do Centenário, com a boa vantagem construída em casa ruindo com o time acomodado na volta, estendendo o aperreio até a disputa de pênaltis. Tudo diante da incredulidade da torcida rubro-negra, que marcava, mais uma vez, boa presença fora do país. Com o 2 x 0 na Ilha, o Sport via o Arsenal devolver o placar em Sarandí até os 37 minutos do segundo tempo, quando armou um contragolpe com os seus três maiores investimentos.

Rogério recuperou a bola pela direita, puxou a jogada e esticou a bola para Diego Souza, que ganhou na força do marcador, avançando até a linha de fundo. O passe voltando encontrou André na pequena área, com o gol vazio. O atacante já havia feito os dois no Recife, marcando novamente na região metropolitana de Buenos Aires e chegando a três gols na Copa Sul-Americana de 2017. Ali, matou o confronto, pois obrigou o já desgastado time argentino a golear.

Sul-Americana 2017, 2ª fase: Arsenal (ARG) 2 x 1 Sport. Foto: Sport/twitter (@sportrecife)

Eram 82 minutos de uma atuação lamentável do sistema defesa leonino, com Rithely repetindo o rendimento contra o Palmeiras, quando marcou mal e não deu prosseguimento às jogadas, e Durval cortando um rebote de forma inexplicável, cedendo o segundo o gol. No primeiro tempo, o Sport havia tido apenas 37% de posse. Praticamente deu a bola ao adversário, esperando os contra-ataques. Porém, com a bola nos pés, no campo ofensivo, limitou-se a toques de lado, sem infiltrações, sem oferecer risco.

Falando em risco, quando a vaga ficou ameaçada, enfim surgiu um lampejo de qualidade técnica, algo que já havia sido bem visível no primeiro jogo. O lance do gol demonstra isso. E mesmo sem a intensidade que a Sula demanda, independentemente do adversário (como este, sem jogos oficiais há 21 dias), a comemoração de André, no base do tango, deu luz à classificação, com a equipe reunindo forças para ao menos segurar a derrota por 2 x 1. Por linhas tortas, repetiu, de fato, o roteiro de Montevidéu, com a passagem de fase…

Com isso, o leão já acumula 925 mil dólares em cotas, ou R$ 2,88 milhões.
Nas oitavas, enfim definirá a vaga no Brasil, mas em Campinas…

Cotas do Sport na Copa Sul-Americana
1ª fase – US$ 250 mil (vs Danubio-URU)
2ª fase – US$ 300 mil (vs Arsenal-ARG)
Oitavas – US$ 375 mil (vs Ponte Preta-BRA)
Quartas – US$ 450 mil?

Sul-Americana 2017, 2ª fase: Arsenal (ARG) 2 x 1 Sport. Foto: Juan Mabromata/APF Photo

Sport vence Arsenal com 2 gols de André e abre vantagem rumo às oitavas da Sula

Sul-Americana 2017, 2ª fase: Sport 2 x 0 Arsenal (ARG). Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

A vitória por 2 x 0 é, historicamente, uma boa vantagem em mata-matas com a regra do gol qualificado. Por isso, o Sport irá à Sarandí numa condição favorável para confirmar a vaga às oitavas de final da Copa Sul-Americana, onde chegou em 2013 e 2015. À parte do resultado consolidado, portanto, fica a ressalva sobre score modesto pelo jogo visto na Ilha do Retiro. Usando quase a força máxima no torneio – poupando apenas Ronaldo Alves e desconsiderando Osvaldo, que não pôde ser inscrito -, o leão chegou com extrema facilidade ao campo ofensivo, tamanha a fragilidade técnica e tática do Arsenal, esfacelado após o fim da temporada 2016/2017 na Argentina.

Marcando mal, com até quatro jogadores cercando um leonino – deixando buracos enormes no restante do campo -, os hermanos acabaram aliviados devido aos erros no “último passe” do Sport. Explorando a ponta direita, Everton Felipe levou pânico à zaga argentina, ganhando no drible, na velocidade. Se Diego Souza puxou a cadência desta vez, sobretudo quando ficou adiantado, Everton fez grande partida, sendo parado apenas no sarrafo. Não por acaso, três marcadores receberam amarelo após faltas violentas nele – com bastante complacência do árbitro boliviano. Após cruzamentos na linha de fundo, rasteiros e por cima, as finalizações não se equipararam ao volume no setor. O primeiro tempo em branco, sob aplausos, já era injusto.

Sul-Americana 2017, 2ª fase: Sport 2 x 0 Arsenal (ARG). Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

No segundo tempo, com o gás do retraído Arsenal acabando, a troca de passes do Sport enfim deu resultado. Duas vezes com André. Na primeira, um gol feioso, embora o mantra de Dadá Maravilha seja verdadeiro. Na segunda, ótima linha de passes entre EF e Mena, vindo da Copa das Confederações. Cruzamento na medida e testada sem chances. Neste lance, vale a observação de que o chileno acabara de entrar no lugar do atacante Rogério, que não foi bem, sem encaixe coletivo e com erros nas finalizações. Com Sander/Mena, o lado esquerdo melhorou. E a vantagem foi ampliada.

Saindo para o jogo depois disso, o Arsenal até chegou perto de diminuir, com Magrão fazendo uma grande defesa. À parte disso, apenas bolas aéreas, com Durval soberano. Enquanto isso, o Sport ia desperdiçando contragolpes, dois deles excelentes – e que merecem cobrança. Sobre o Arsenal, foi muito pouco para um time que passou com duas vitórias na fase anterior, agregando 8 x 1 sobre o Juan Aurich, do Peru. Até a volta, terá 21 dias para tentar se qualificar. Até lá também espera-se que o Sport siga evoluindo. Hoje, soma quatro vitórias seguidas, sem sofrer gols. Na Argentina, esse desempenho será determinante para uma possível classificação. Pela ida, encaminhou.

Cotas do Sport na Copa Sul-Americana
1ª fase – US$ 250 mil (vs Danubio-URU)
2ª fase – US$ 300 mil (vs Arsenal-ARG)
Oitavas – US$ 375 mil?

Sul-Americana 2017, 2ª fase: Sport 2 x 0 Arsenal (ARG). Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife