Os presidentes do Trio de Ferro que já conquistaram títulos oficiais no futebol

Camisas retrô de Santa Cruz, Sport e Náutico. Crédito: camisasdefutebolretro.com

Atualizado até 28/03/2018

Centenários, os três grandes clubes pernambucanos somam 100 títulos oficiais no futebol, sendo 48 do Sport, 31 do Santa e 21 do Náutico. Neste levantamento do blog, considerando as conquistas mais expressivas, entraram as seguintes competições: Estadual (1915-2017), Nordestão (1994-2017), Torneio Norte-Nordeste (1968-1970), Série C (1981-2017), Série B (1971-2017), Série A (1959-2017) e Copa do Brasil (1989-2017), com a discussão aberta sobre outros torneios, claro. Aqui, porém, o viés é sobre o presidente à frente em cada um desses títulos. Até hoje, 60 mandatários conseguiram títulos em suas gestões, à parte da análise administrativa, com ampliação estrutural e redução de dívidas (ou o contrário!). Alguns múltiplos campeões se beneficiaram de vários mandatos, enquanto outros conseguiram uma taça expressiva para a respectiva galeria mesmo com apenas um ano.

No Náutico está o maior campeão pernambucano. O nome não traz surpresa alguma: Eládio de Barros Carvalho, que há tempos empresta o nome ao estádio dos Aflitos. Foram seis campeonatos, e não exatamente o “hexa”, embora tenha comandado o timbu no início da sequência exclusiva. No Santa, curiosamente os presidentes executivos com mais títulos são os da década mais recente, quando o clube engatou uma série de cinco estaduais em seis anos e ainda conquistou os seus primeiros títulos oficiais fora do âmbito local. Sem contar o fato de ALN e Alírio terem tido mandatos maiores, uma vez que num período de 40 anos (1973-2013) somente um tricolor teve uma gestão superior a dois anos – José Neves, com três mandatos.

Já no Sport, quatro presidentes tem um histórico superior a três títulos, com o polêmico Lucano Bivar, que renunciou em 2011 e se licenciou em 2013, sendo o maior vencedor (entre todos listados abaixo), embora não tenha conquistado nenhuma das duas estrelas douradas – na verdade, ganhou a prateada.

Sport – 25 presidentes campeões

7 títulos
Luciano Bivar (PE em 1997, 1998, 1999, 2000 e 2006, NE em 2000 e Série B em 1990)

5 títulos
Wanderson Lacerda (PE em 1991, 1992, 1994 e 1996, NE em 1994)

3 títulos
Adelmar da Costa Carvalho (PE em 1955, 1956 e 1958) e Milton Bivar (PE em 2007 e 2008, Copa do Brasil em 2008)

2 títulos
Manoel José Guimarães (PE em 1916 e 1917), Hermenegildo da Silva Loyo (PE em 1923 e 1924), Luiz da Rosa Oiticica (PE em 1941 e 1942), Severino Pereira de Albuquerque (PE em 1961 e 1962), Jarbas Guimarães (PE em 1975 e 1977), José Antônio Alves de Melo (PE em 1981 e 1982), Homero Lacerda (Série A em 1987 e PE em 1988), Silvio Guimarães (PE em 2009 e 2010) e João Humberto Martorelli (PE em 2014 e NE em 2014)

1 título
Arnaldo da Silva Loyo (PE em 1920), Roberto Rabello (PE em 1925), Raphael Addobati (PE em 1928), José de Andrade Médicis (PE em 1938), Renato Silveira (PE em 1943), João Elysio de Lauria (PE em 1948), José Lourenço Meira de Vasconcelos (PE em 1949), José Dhália da Silveira (PE em 1953), Eduardo Cardoso (N-NE em 1968), José Moura (PE em 1980), Severino Otávio (PE em 2003) e Arnaldo Barros (PE em 2017)

Santa Cruz – 21 presidentes campeões

4 títulos
Antônio Luiz Neto (PE em 2011, 2012 e 2013, Série C em 2013)

3 títulos
Alírio Moraes (PE em 2015 e 2016, NE em 2016)

2 títulos
Carlos Afonso de Melo (PE em 1931 e 1932), Odivio Duarte (PE em 1957 e 1959), Aristófanes de Andrade (PE em 1969 e 1970), James Thorp (PE em 1971 e 1972) e José Neves (PE em 1986 e 1987)

1 título
Alcides Lima (PE em 1933), Virgílio Borba Júnior (PE em 1935), Jaime Galvão (PE em 1940), José Fulgino (PE em 1946), Edgar Beltrão (PE em 1947), Gastão de Almeida (PE em 1973), José Nivaldo de Castro (PE em 1976), Mariano Pedro Mattos (PE em 1978), Rodolfo Aguiar (PE em 1979), Vanildo de Oliveira Ayres (PE em 1983), Dirceu Menelau (PE em 1990), Alexandre Mirinda (PE em 1993), Luiz Arnaldo (PE em 1995) e Romerito Jatobá (PE em 2005).

Náutico – 14 presidentes campeões

6 títulos
Eládio de Barros Carvalho (PE em 1950, 1951, 1952, 1954, 1960 e 1963)

2 títulos
Luiz Carneiro de Albuquerque (PE em 1967 e 1968) e Josemir Correia (PE em 1984 e 1985)

1 título
Victorino Maia (PE em 1934), Aroldo Fonseca (PE em 1939), Neto Campelo Júnior (PE em 1945), Wilson Campos (PE em 1964), Fernando Wanderley (PE em 1965), Manuel Cesar de Moraes (PE em 1966), João de Deus (PE de 1974), Antônio Amante (PE em 1989), André Campos (PE em 2001), Sérgio Aquino (PE em 2002) e Ricardo Valois (PE em 2004)

Náutico x Ponte. Em jogo, R$ 2,4 milhões e a vaga nas oitavas da Copa do Brasil

Os confrontos da 4ª fase da Copa do Brasil de 2018. Crédito: CBF/site oficial

O Náutico avançou nas três primeiras fases da Copa do Brasil enfrentando adversários das Séries C e D. Passou por Cordino, Fluminense de Feira e Cuiabá. Na quarta fase, o timbu irá encarar um clube estabelecido num patamar acima. Em sorteio realizado na sede da CBF, no Rio de Janeiro, o time pernambucano foi a 6ª bolinha selecionada, compondo o confronto com a Ponte Preta, hoje na Série B. Com R$ 4,3 milhões acumulados em cotas, o alvirrubro agora joga por uma premiação de R$ 2,4 milhões! No primeiro jogo, no Moisés Lucarelli, o timbu terá o desfalque do atacante Ortigoza – o paraguaio foi expulso após o segundo amarelo em Cuiabá. Em termos de nível técnico, o duelo é acessível. Ainda mais comparando com as demais opções. Entre as nove bolinhas estavam São Paulo, Inter e Atlético-MG.

Prováveis datas da chave, em abril: 4 ou 11 (Campinas) e 11 ou 18 (Arena)

Vale destacar que das 21 partidas oficiais disputadas em 2018, os alvirrubros enfrentaram dois times da Série A – vitorias sobre Sport (3 x 0) e Bahia (1 x 0)

Confrontos da 4ª fase da Copa do Brasil (16 avos de final)
Ponte Preta x Náutico*
Atlético-PR x São Paulo*
Avaí x Goiás*
Internacional x Vitória*
Ferroviário-CE* x Atlético-MG
* Decidem o mata-mata em casa

Pré-classificados às oitavas: América-MG, Bahia, Chapecoense, Corinthians, Cruzeiro, Grêmio, Flamengo, Luverdense, Palmeiras, Santos e Vasco

Das 22 participações anteriores na competição, o Náutico chegou às oitavas de final em nove oportunidades – todas em edições com menos fases. A última vez foi em 2011, quando parou no Vasco, que posteriormente seria o campeão. Já em relação ao número de classificações numa mesma edição, jamais chegou a quatro seguidas. Portanto, o alvirrubro podede fazer história.

Cotas do Náutico na Copa do Brasil
1ª fase – R$ 500 mil (vs Cordino-MA, 1 x 1)
2ª fase – R$ 600 mil (vs Fluminense-BA, 1 x 0)
3ª fase – R$ 1,4 milhão (vs Cuiabá-MT, 2 x 1 e 1 x 0)
4ª fase – R$ 1,8 milhão (vs Ponte Preta-SP)
Oitavas – R$ 2,4 milhões?

Ortigoza marca e Náutico vence o Cuiabá, faturando R$ 1,8 milhão na Copa do Brasil

Copa do Brasil 2018, 3ª fase: Cuiabá 0 x 1 Náutico. Foto: Náutico/twitter (@nauticope)

O Náutico eliminou o Cuiabá com vitórias lá e lô. Após o duelo na Arena Pernambuco, os times voltaram a se enfrentar duas semanas depois, em outro estádio da Copa 2014, a Arena Pantanal – de portões fechados, acredite. E num jogo com algum sofrimento, com o goleiro Bruno aparecendo bem novamente, o timbu se mostrou copeiro. Aos 41 minutos do segundo tempo, numa das poucas chances criadas, converteu através do atacante paraguaio Ortigoza – contratação renomada e que vem se justificando. Vitória por 1 x 0 e vaga na quarta fase da Copa do Brasil, numa classificação que rendeu R$ 1,8 milhão ao clube – disparada a maior premiação já obtida num mata-mata. Ao acumular R$ 4,3 mi no torneio, o time de Rosa e Silva fomenta o caixa para a disputa da Série C do Brasileiro, com salários em dia e possíveis reforços.

Há onze anos o timbu não eliminava três adversário numa mesma edição. Em 23 participações, foi a terceira vez – sendo o máximo alcançado até hoje. Nas anteriores, em torneios menores, o time chegou à semifinal (1990) e às quartas de final (2007). Agora, chega aos 16 avos de final, com o adversário a definir através de sorteio, com pote único entre os dez times na fase.

Copa do Brasil 2018, 3ª fase: Cuiabá 0 x 1 Náutico. Crédito: PL/Ascom do Cuiabá

Possíveis adversários do Náutico na 4ª fase
Já definidos: Atlético-MG, Internacional, Goiás ou São Paulo
A definir: Ceará/Atlético-PR, Avaí/Fluminense, Sampaio Corrêa/Ponte Preta, Vitória/Bragantino ou Vila Nova/Ferroviário

Cotas do Náutico na Copa do Brasil
1ª fase – R$ 500 mil (vs Cordino-MA, 1 x 1)
2ª fase – R$ 600 mil (vs Fluminense-BA, 1 x 0)
3ª fase – R$ 1,4 milhão (vs Cuiabá-MT, 2 x 1 e 1 x 0)
4ª fase – R$ 1,8 milhão (a definir, via sorteio)
Oitavas – R$ 2,4 milhões?

Náutico na Copa do Brasil (1989-2018)
94 jogos em 23 participações
43 vitórias (45,7%)
21 empates (22,3%)
30 derrotas (31,9%)
51 confrontos; 29 classificações e 22 eliminações

Copa do Brasil 2018, 3ª fase: Cuiabá 0 x 1 Náutico. Crédito: PL/Ascom do Cuiabá

Náutico vence Cuiabá e garante vantagem na Copa do Brasil em busca de R$ 1,8 mi

Copa do Brasil 2018, 3ª fase: Náutico 2 x 1 Cuiabá-MT. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Num jogo equilibrado, o Náutico abriu o placar no segundo tempo, aos 12 minutos, através do paraguaio Ortigoza – que já chegou mostrando oportunismo e poder de decisão, um reforço de fato. O time pernambucano até sofreu o empate, mas reagiu e fez o segundo gol, com o também atacante Tharcysio, aos 32. Entre as edições de 1989 e 2017, haveria uma diferença considerável, nesta fase, em relação ao 1 x 0 e ao 2 x 1. No entanto, com a exclusão do qualificado para o visitante como critério de desempate na Copa do Brasil, o timbu conseguiu um bom resultado diante do Cuiabá.

Pode não ter sido elástico, mas a possibilidade do empate na Arena Pantanal, em 14 de março, dá o mínimo de tranquilidade à equipe. E é algo necessário considerando a cifra em jogo, de R$ 1,8 milhão, que seria a maior premiação já obtida pelo alvirrubro num mata-mata – lembrando que o clube já acumulou R$ 2,5 milhões no torneio. Em caso de revés pelo placar mínimo na volta, o que anteriormente seria fatal, desta vez resultaria numa disputa de pênaltis.

Copa do Brasil 2018, 3ª fase: Náutico 2 x 1 Cuiabá-MT. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Ainda sobre o jogo de ida da 3ª fase – que também pode ocorrer no mata-mata da Série C deste ano – há um ponto a ser criticado, mas sem relação com o Náutico propriamente dito. O horário da partida foi um contrassenso, começando às 19h30 mesmo sem transmissão na TV. É uma escala de difícil acesso à Arena Pernambuco. Embora tenha registrado a presença de 5.302 torcedores, muitas pessoas chegaram com a bola rolando devido ao trânsito de sempre. A valorização do espetáculo precisar partir, sobretudo, de quem organiza. Neste caso, da CBF. Só estádio de Copa do Mundo não adianta.

O Náutico na Copa do Brasil (1989-2018)
93 jogos
42 vitórias (45,1%)
21 empates (22,6%)
30 derrotas (32,2%)

Obs. A partida marcou o primeiro confronto da história entre Náutico e Cuiabá.

Copa do Brasil 2018, 3ª fase: Náutico 2 x 1 Cuiabá-MT. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Náutico x Cuiabá, o jogo de R$ 1,8 milhão na terceira fase da Copa do Brasil de 2018

Náutico x Cuiabá, o jogo de R$ 1,8 milhão na Copa do Brasil. Arte: Cassio Zirpoli/DP

O Náutico enfrentará o Cuiabá na 3ª fase da Copa do Brasil, em um duelo milionário. Na verdade, vale o maior aporte financeiro já disputado pelo clube pernambucano, R$ 1,8 milhão. Não por acaso, a copa nacional se tornou o caminho para dar lastro à temporada alvirrubra, que tem o acesso na Série C como grande objetivo. O timbu eliminou o Flu de Feira, fora de casa, e ficou na espera do adversário, com o atual campeão mato-grossense vencendo a Aparecidense – que havia eliminado o Botafogo – por 3 x 1.

Após duas etapas em jogos únicos, o confronto finalmente passa a ser em ida e volta, mas sem gol qualificado – formato que será mantido até a decisão. Com o sorteio dos mandos realizado na sede da CBF, o Náutico abre a série na Arena Pernambuco e encerra em outro estádio mundialista, a Arena Pantanal. Segundo a tabela básica, jogos em 28 de fevereiro e 14 de março. Caso se classifique aos 16 avos de final, a 4ª fase, o Náutico chegará a R$ 4,3 milhões em cotas acumuladas. O montante já garantido (R$ 2,5 mi) é quase o mesmo do apurado nas seis participações anteriores no torneio (R$ 2,565 mi).

A última vez em que o Náutico eliminou três adversários na Copa do Brasil foi em 2007. Tirou Parnahyba-PI, Paysandu-PA e Corinthians-SP. Parou na 4ª fase, na ocasião correspondente às quartas de final, diante do Figueirense. Na melhor campanha alvirrubra, a semifinal, em 1990, o clube também passou por três adversários. Naquele ano, o torneio teve 32 clubes. Em 2018 são 91.

Cotas do Náutico na Copa do Brasil
1ª fase – R$ 500 mil (vs Cordino-MA, 1 x 1)
2ª fase – R$ 600 mil (vs Fluminense-BA, 1 x 0)
3ª fase – R$ 1,4 milhão (vs Cuiabá-MT)
4ª fase – R$ 1,8 milhão?

As cotas acumuladas do Náutico nas últimas edições da Copa do Brasil
2012 – R$ 440 mil (16 avos de final, 2ª fase)
2013 – R$ 265 mil (64 avos de final, 1ª fase)
2014 – R$ 320 mil (32 avos de final, 2ª fase)
2015 – R$ 1,0 milhão (16 avos de final, 3ª fase)
2016 – R$ 240 mil (64 avos de final, 1ª fase)
2017 – R$ 300 mil (64 avos de final, 1ª fase)
2018 – R$ 2,5 milhões (16 avos de final, 3ª fase), em disputa

Sport leva 3 gols em 10 minutos e cai nos pênaltis diante do Ferroviário-CE. Vexame

Copa do Brasil 2018, 2ª fase: Sport (3) 3 x 3 (4) Ferroviário-CE. Foto: Peu Ricardo/DP

A eliminação foi um dos maiores vexames já vistos na Ilha do Retiro, com impacto profundo sobre o planejamento do Sport visando a temporada 2018. Ao ceder três gols entre os minutos 30 e 40 do segundo tempo, resultando num empate à parte do que se viu em quase toda a partida, o rubro-negro acabou eliminado da Copa do Brasil na disputa de pênaltis. Magrão até fez a sua parte, como quase sempre faz. O camisa 1 defendeu uma cobrança, mas o goleiro Bruno Colaço foi além, espalmando os chutes de Rogério e Marlone. Assegurou o Ferroviário na terceira fase, somando R$ 2,5 milhões em cotas, montante jamais alcançado pelo clube cearense num único torneio.

Ao Sport, que chegou a abrir 3 x 0 mesmo sem forçar, o empate em 3 x 3 acaba sendo o epicentro de uma condução pra lá de questionável no futebol. A própria escalação já era um indício, com o relacionado André sentindo dores antes da partida – à vera, ficou de fora mais uma vez envolto numa sondagem do Grêmio. Sem o seu principal jogador, Nelsinho optou por Leandro Pereira, que há uma semana havia feito dois gols na estreia leonina na copa. Desta vez, o centroavante saiu machucado ainda na primeira etapa, dando lugar a Rogério, recuperado de lesão. E o atacante participou do primeiro gol, numa jogada concluída por Anselmo. Apesar do futebol blasé, o leão chegou a ensaiar uma goleada ao acelerar duas boas jogadas na segunda etapa, uma pela esquerda (gol de Fabrício) e outra pela direita (gol de Marlone).

Copa do Brasil 2018, 2ª fase: Sport (3) 3 x 3 (4) Ferroviário-CE. Foto: Peu Ricardo/DP

Quem assistiu ao jogo, notou um time tecnicamente superior com condições de esticar o placar, mas falhando na cara do gol. Seguiu até a falta de atenção em sequência, com o mandante entrando em parafuso e sofrendo três gols em finalizações na pequena área. No desempate, a consumação da reviravolta, que obriga o Sport assimilar um novo cenário até a Série A. Financeiramente, acusou o golpe – o clube estimava R$ 10,8 milhões na competição, chegando nas quartas, mas sai com apenas R$ 2,2 mi. Tecnicamente, mostra um nível aquém do Brasileirão – no qual já brigou para não cair nos últimos dois anos. Para completar, o distanciamento da torcida em relação ao comando do clube, num turbilhão político que costuma cobrar uma conta alta. A conferir.

Sport na Copa do Brasil (1989-2018)
24 participações
62 confrontos
39 classificações (62,9%)
23 eliminações (37,0%)

Sport x Ferroviário (todos os mandos)
12 jogos
5 vitórias rubro-negras (41,6%)
4 empates (33,3%)
3 vitórias cearenses (25,0%)

Copa do Brasil 2018, 2ª fase: Sport (3) 3 x 3 (4) Ferroviário-CE. Foto: Peu Ricardo/DP

Náutico vence o Flu de Feira, avança na Copa do Brasil e já soma R$ 2,5 milhões

Copa do Brasil 2018, 2ª fase: Fluminense de Feira x Náutico. Foto: Léo Lemos/Náutico

Com muita entrega em campo e uma ótima atuação do goleiro Bruno, o Náutico venceu o Fluminense por 1 x 0, em Feira de Santana, e abocanhou a terceira cota na Copa do Brasil, desta vez de R$ 1,4 milhão – num mata-mata, jamais havia recebido tanto por um confronto. Exatamente por isso, o jogo era tão importante para o clube, que havia estimado um orçamento de apenas R$ 14 milhões para o ano inteiro. Agora, enfim, começa a ganhar fôlego. Tanto para manter a equipe quanto para pensar em reforços visando a Série C.

Para chegar a este novo contexto, o timbu lutou demais no interior baiano. Jogou ao seu estilo, apertando a marcação e buscando os contragolpes – para conseguir uma finalização isolada ou ao menos ter a oportunidade na bola parada, como foi o caso do único gol da partida. Através de Wallace Pernambucano, sempre ele. O meia (ou centroavante?) chegou a 6 gols em 9 jogos no ano, marcando em todas as competições (Estadual, Nordestão e Copa do Brasil). Num escanteio fechadinho, aos 28/1T, o jogador de 1,84m subiu e desviou de cabeça. Colocou a disputa, em jogo único, numa situação mais favorável, revertendo parte da pressão da torcida da casa.

Copa do Brasil 2018, 2ª fase: Fluminense de Feira x Náutico. Foto: Léo Lemos/Náutico

O camisa 9 seria substituído no 2T, após um mal estar, mas já havia feito a sua parte. Na noite, a grande bronca foi o time não conseguir segurar a bola em nenhum momento. No primeiro tempo, a posse foi de 33%. No segundo, a margem não mudou tanto, com o time pernambucano finalizando poucas vezes. Para ser bem preciso, foram apenas 3. Já o Flu tentou 22! Para brecar tantas chances, destaque para Bruno (três grandes defesas, se redimindo da atuação há uma semana), Breno Calixto (incansável) e Camutanga (seguro, mesmo amarelado). A classificação alvirrubra foi copeira. E milionária…

Cotas do Náutico na Copa do Brasil
1ª fase – R$ 500 mil (vs Cordino-MA)
2ª fase – R$ 600 mil (vs Fluminense-BA)
3ª fase – R$ 1,4 milhão (vs Cuiabá-MT ou Aparecidense-GO)
4ª fase – R$ 1,8 milhão?

Flu de Feira x Náutico (todos os mandos)
12 jogos
8 vitórias alvirrubras (66,6%)
2 empates (16,6%)
2 vitórias baianas (16,6%)

Copa do Brasil 2018, 2ª fase: Fluminense de Feira x Náutico. Foto: Léo Lemos/Náutico

Burocrático, o Sport vence o Santos-AP e já soma R$ 2,2 milhões na Copa do Brasil

Copa do Brasil 2018, 1ª fase: Santos-AP 1 x 2 Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Foi a 7ª participação do Santos do Amapá na Copa do Brasil. Como nas anteriores, o homônimo do time da Vila Belmiro não conseguiu passar da primeira fase. Quase não atacou no Estádio Zerão, mostrando extrema fragilidade técnica. Apesar disso, perdeu por um placar apertado, 2 x 1. E aí cabe uma crítica ao vencedor. O Sport, três divisões acima e com um investimento incomparável, foi incapaz de definir uma partida fácil.

No primeiro tempo, o rubro-negro pernambucano teve mais volume, mas pecou pelo excesso de preciosismo – resultando na bola aérea na reta final. E o visitante ainda perdeu um pênalti, mal marcado. Marlone bateu e o goleiro Axel defendeu. Na volta do intervalo, o Sport – que tinha a vantagem do empate – tocou um pouco mais a bola, mesmo num gramado muito irregular, e chegou várias vezes com perigo. Aos 10 minutos, Leandro Pereira pegou a bola de costas, girou, tirando o marcador, e deslocou o goleiro. Foi o primeiro gol do centroavante após sua grave lesão no joelho, que o afastou dos gramados por 6 meses. Depois disso, os homens de frente abusaram de perder gols – Marlone com cafofa, Thallyson fominha, Rithely sem direção etc.

Copa do Brasil 2018, 1ª fase: Santos-AP 1 x 2 Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Foram quase 30 minutos de domínio, sem execução. Até o castigo, num lance fortuito do pentacampeão amapaense, que empatou aos 39, num chute de fora da área. Uma falta de atenção que poderia custar um prêmio milionário. Ao menos houve a resposta. Três minutos depois, quando o cenário caminhava, de forma incrível, para a tensão, o leão desempatou. Justamente o nome que substituiu de última hora o atacante André, que alegou ‘motivos pessoais’ para não viajar, embora o motivo esteja mais relacionado à proposta feita pelo Grêmio – rechaçada pela direção rubro-negra. Pois Leandro Pereira recebeu de Thomás e bateu cruzado, definindo a burocrática vitória.

Cotas do Sport na Copa do Brasil
1ª fase – R$ 1,0 milhão (vs Santos-AP)
2ª fase – R$ 1,2 milhão (vs Ferroviário-CE)
3ª fase – R$ 1,4 milhão?

O leão na 1ª fase da Copa do Brasil
24 participações

21 classificações (87,5%; última em 2018 – Santos-AP)
3 eliminações (12,5%; última em 2016 – Aparecidense-GO)

Copa do Brasil 2018, 1ª fase: Santos-AP 1 x 2 Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Em Feira de Santana, Santa é eliminado na 1ª fase da Copa do Brasil pela 7ª vez

Copa do Brasil 2018, 1ª fase: Fluminense de Feira 2 x 0 Santa Cruz. Foto: Tiago Caldas/Santa Cruz/twitter (@santacruzfc)

1999 – Treze-PB, 3 x 2 e 2 x 4
2003 – Coríntians-RN, 0 x 2 e 2 x 1
2007 – Ulbra-RO, 0 x 2 e 1 x 2
2008 – Fast-AM, 1 x 3 e 1 x 0
2009 – Americano-RJ, 0 x 2 e 2 x 4
2012 – Penarol-AM, 2 x 1 e 2 x 3
2018 – Fluminense de Feira-BA, 0 x 2

Pela 7ª vez em 24 participações, o Santa foi eliminado logo na abertura da Copa do Brasil. Desta vez a campanha foi a mais curta, um jogo. No primeiro mata-mata, segundo o regulamento criado há um ano, o pior rankeado joga em casa e o melhor rankeado tem a vantagem do empate. Na maior cidade do interior baiano, Feira de Santana, o tricolor passou longe desse empate. Com 25 minutos de bola rolando, o placar de finalizações apontava 5 x 2 para o Fluminense, que se aproveitaria bastante dos erros técnicos dos corais.

Copa do Brasil 2018, 1ª fase: Fluminense de Feira 2 x 0 Santa Cruz. Foto: Gledson Santos/Fluminense de Feira/site oficial

Se Tiago Machowski vinha salvando, acabou dando rebote numa cafofa – num lance iniciado após a saída errada de Artur. No segundo tempo, a esperada reação não ocorreu, com uma chance efetiva aos 39 minutos, numa cabeçada de Daniel Sobralense. E o contragolpe foi fulminante, cravando o 2 x 0. Um resultado que mantém o time de Júnior Rocha sem vitórias em 2018, e já com um grande desfalque financeiro (R$ 600 mil) numa temporada apertada.

A cobra coral na 1ª fase da Copa do Brasil
24 participações

16 classificações (66%; última em 2016 – Rio Branco/ES)
7 eliminações (29%; última em 2018 – Fluminense/BA)
1 pré-classificação às oitavas (em 2017)

Os 5 jogos oficiais do tricolor em 2018 (0V, 3E e 2D)
16/01 – Confiança 1 x 1 Santa Cruz (Batistão), Nordestão
18/01 – Santa Cruz 1 x 1 Vitória (Arruda), Estadual
21/01 – América 2 x 0 Santa Cruz (Ademir Cunha), Estadual
25/01 – Santa Cruz 1 x 1 Central (Arruda), Estadual
31/01 – Flu de Feira 2 x 0 Santa Cruz (Joia da Princesa), Copa do Brasil

Copa do Brasil 2018, 1ª fase: Fluminense de Feira 2 x 0 Santa Cruz. Foto: Tiago Caldas/Santa Cruz/twitter (@santacruzfc)

No sufoco, Náutico empata com Cordino e garante mais R$ 600 mil na Copa do Brasil

Copa do Brasil 2018, 1ª fase: Cordino 1 x 1 Náutico. Foto: Lucas Almeida/L17/comunicação

Foi o oitavo jogo oficial do Náutico em 24 dias. Média de um a cada 72 horas. Por isso, o técnico Roberto Fernandes poupou no domingo o volante Negretti, um dos poucos destaques do time neste início de temporada. Era preciso ter a peça de estabilidade para o sistema defensivo, que ainda tenta se tornar confiável. O objetivo era não perder no Maranhão, na estreia da Copa do Brasil. O empate seria suficiente para obter a vaga. E foi.

A atmosfera lá era até favorável. Em vez de Barra do Corda, no interior, a partida ocorreu na capital, com o mandante pegando 444 km de estrada – pela falta de condições em seu campo. No amplo Castelão, apenas 272 torcedores e zero pressão. Mas (quase) faltou bola. Após sofrer um gol de pênalti no primeiro tempo e ter que substituir o goleiro, o alvirrubro só conseguiu reagir de fato aos 37 minuto da etapa final, com o zagueiro Camutanga escorando de cabeça uma falta na ponta da área. O 1 x 1 que colocou o timbu na segunda fase do torneio após dois anos caindo na primeira fase, também para times do interior da região (Vitória da Conquista e Guarani de Juazeiro).

Copa do Brasil 2018, 1ª fase: Cordino 1 x 1 Náutico. Foto: Léo Lemos/Náutico

Num jogo não televisionado, uma análise mais ampla não é possível – ao menos aqui no blog -, restando a observação sobre o ganho financeiro, com o Náutico conseguindo mais uma cota importante para o seu planejamento até dezembro. Somando as classificações na seletiva nordestina e na fase inicial da copa nacional, um acumulado de R$ 1,1 milhão. Por mérito esportivo.

Cotas do Náutico na Copa do Brasil
1ª fase – R$ 500 mil (vs Cordino)
2ª fase – R$ 600 mil (vs Fluminense-BA, fora)
3ª fase – R$ 1,4 milhão?

O timbu na 1ª fase da Copa do Brasil
23 participações

18 classificações (78%; última em 2018 – Cordino/MA)
5 eliminações (21%; última em 2017 – Guarani de Juazeiro/CE) 

Copa do Brasil 2018, 1ª fase: Cordino 1 x 1 Náutico. Foto: Lucas Almeida/L17/comunicação