Atualmente sendo chamada de “mala-branca”, a tradicional “mala preta” tinha tudo para ter saído neste domingo, em Caruaru.
Bastava o Central vencer o Náutico. Conselheiros do Sport haviam feito uma cotinha de R$ 15 mil para estimular os jogadores da Patativa no duelo do Lacerdão. Pelo menos era a notícia que circulava nos bastidores…
Com muita luta, o Alvinegro conseguiu o seu objetivo. Venceu o Náutico por 3 x 2, numa tarde iluminada do atacante Buiú. E também de Fábio Silva, que marcou o seu 11° gol, se igualando a Ciro na artilharia (leia mais AQUI).
Dinheiro? Nada disso… Escrevi a matéria sobre a partida em um laptop, no restaurante Asa Branca, ao lado do estádio. Deixei o local às 21h. Ainda estavam por ali alguns jogadores da Patativa e o técnico Roberto de Jesus.
Perguntei ao treinador se a felicidade também era por causa do cash… Não era. Não apareceu ninguém para deixar a tal mala. Segundo Roberto, é comum no futebol que algum “representante” apareça antes do jogo.
“Não veio ninguém antes. Sempre fazem isso com o Central… Não teve mala-preta não. Mas os nossos jogadores foram guerreiros”, disse o comandante da Patativa (foto abaixo), que ainda lembrou de um episódio quando o “estímulo” foi quitado.
Em 2001, quando atuava como zagueiro no Paraná Clube, os jogadores receberam um incentivo de R$ 120 mil ( 😯 ) para vencer o Botafogo/SP, em Ribeirão Preto, pela Série A. Era um jogo importante na briga contra o rebaixamento.
Tanto que três times se uniram para pagar a conta: Juventude (R$ 60 mil), Flamengo (R$ 30 mil) e Cruzeiro (R$ 30 mil).
Resultado? Botafogo/SP 0 x 2 Paraná.
“Antes de o time seguir para o estádio, um homem foi ao hotel com a mala cheia de dinheiro. Já entramos sabendo que teria o prêmio. E vencemos”, lembrou Roberto. Dessa vez, parece que houve um calote…
Fotos: Inês Campelo/DP