A luta é antiga, mas o portal de entrada parece ter sido finalmente aberto…
Assim como o Sport, os rivais Santa Cruz e Náutico também almejam integrar o Clube dos 13. Uma casta que conta com 20 times, mas que não cresce há 11 anos.
Agora, uma disputa política (sempre isso) pode trazer uma mudança profunda para a entidade. Na briga com a CBF para criar uma liga nacional (e comandar a negociação com a TV), o presidente do Clube dos 13, Fábio Koff, afirmou que o grupo já articula o seu crescimento para congregar até 40 times (veja AQUI).
Até o Tricolor, na Série D? Sim. O peso do clube coral será essencial para isso. Uma agremiação que não faz o menor esforço para levar 30 mil pessoas ao estádio interessa, e muito, ao Clube dos 13. Assim como o valor da marca do Timbu.
Enquanto alvirrubros e tricolores buscam o seu espaço, o Sport já cresceu com o apoio de sua cota. Nos últimos 13 anos, o Leão recebeu cerca de R$ 100 milhões. E só não ganhou mais porque a cota na Série B é menor (50% no 1º ano e 25% a partir do 2º). Já existia a hegemonia no estado, mas agora ela se tornou quase inalcançável.
O futebol pernambucano poderá dar um salto econômico com os três grandes no bolo. Agora, nada como um bom papo.
Conversas, negócios, propostas… Chegou a hora de articular. É uma chance só. Se o portal fechar de novo, já era.
História – Fundado em julho de 1987, o Clube dos 13 agregava entre os seus 13 filiados quase 95% dos torcedores brasileiros. Os grandes do eixo Rio/SP/MG/RS, além do Bahia.
Mas outras torcidas cresceram com os seus clubes. Ganharam representatividade. Assim, aos poucos, a entidade foi cedendo espaço para novos integrantes.
Em junho de 1997, Sport, Goiás e Coritiba foram convidados para integrar o Clube dos 13. Precisavam da unanimidade dos votos. Conseguiram. Assim, 3 novos mercados foram contemplados: Pernambuco, Goiás e Paraná. Futebol é negócio…
Em dezembro de 1999, a segunda e última ampliação, chegando a 20 membros: Guarani, Atlético-PR, Vitória e Portuguesa. Sem ganhar um Estadual desde 1973 e com uma média de público que não passa de 5 mil pessoas, a Lusa só entrou pelo peso político da federação paulista, que queria um 4º time na capital, assim como no Rio.
O Santa Cruz também tentou entrar em 2001, após uma articulação do então vice-presidente da República, Marco Maciel. Mas o Sport teria votado contra. Com isso, Fábio Koff condicionou a entrada tricolor à permanência na 1ª divisão do Brasileiro daquele ano. Mas a Cobra Coral caiu para a Série B. Antes, era regra ser da elite.
Em março de 2009, o Náutico também tentou entrar, sem sucesso. No caso do Timbu, o pleito sequer chegou à votação (veja AQUI). Mas pelo menos foi feito o contato.
Curiosidade – O módulo verde do Brasileiro de 1987 foi o primeiro Nacional com os direitos de transmissão vendidos para a TV, por US$ 3,4 milhões. A Série A de 2010 vai custar US$ 284 milhões (500 milhões de reais)…