No Recife, os grandes clubes prestaram continência ao Duque de Caxias.
O lanterninha, com míseros 13,5% de aproveitamento nesta Série B, provocou um estrago nesta temporada em Rosa e Silva e na Ilha do Retiro.
Em quatro jogos contra Náutico e Sport, quatro empates. O mesmo time que perdeu 18 jogos em 27 partidas até aqui.
Ou seja, foram oito pontos perdidos diante de um clube moribundo no Brasileiro, praticamente rebaixado à Terceirona.
Na noite desta sexta-feira, o último confronto, no estádio dos Aflitos.
O então vice-líder Náutico tinha a chance de alcançar a 11ª vitória em casa, aumentando o lastro no G4 e a sua caminhada para o título.
Com quase 15 mil pessoas na arquibancada, o Alvirrubro tentou impor a blitz de sempre. Se parecia fácil, dessa vez o time teve muito trabalhar para pressionar o Duque.
Na verdade, não conseguiu. Pois é, o jogo foi equilibrado do começo ao fim.
Nos primeiros 45 minutos, o Duque chegou a criar duas boas chances para abrir o placar. Em uma delas, o atacante só não marcou porque “cheirou” a bola.
Enquanto isso, Eduardo Ramos, sozinho na criação, estava muito marcado. Derley sem a mesma movimentação na frente e Elicarlos e Everton presos apenas na contenção.
O meio-campo não foi o coração da equipe… E os outros setores seguiram a linha.
Ainda assim, mesmo sem jogar bem e passando certo sufoco no comecinho do segundo tempo, o time comandado por Waldermar Lemos abriu o marcador.
Impedido, Kieza aproveitou um cruzamento de Eduardo Ramos e mandou para as redes, anotando o seu 15º gol. É o artilheiro isolado. Na comemoração, rolou um cara-crachá.
O alívio da vitória parecia garantido para os torcedores… Parecia.
Aos 44 minutos, num péssimo rebote do goleiro Glédson, Júlio César empatou o jogo, no desespero e de meia-bicicleta. Sim, empate em 1 x 1.
O Náutico se mantém invicto em casa, com 10 vitórias e 4 empates, na sua melhor sequência em Brasileiros, mas nunca uma marca foi tão pouco comemorada.
Combalido, o Duque de Caxias minou a caminhada recifense à Série A.