Sempre foi algo esperado a oficialização de feriados durante a Copa do Mundo.
Agora, enfim, a palavra de garantia…
A decisão sobre os feriados no Mundial de 2014 havia ficado com os estados, de acordo com a Lei Geral da Copa. Em Pernambuco, a decisão já está tomada.
O governado do estado, Eduardo Campos, confirmou nesta terça-feira que as partidas na Arena Pernambuco acontecerão durante os feriados ocasionais.
Uma medida que, entre outras coisas, atende ao projeto de mobilidade no torneio. Menos gente nas ruas, menos carros nas ruas… Aí, o fluxo desejado.
Vale lembrar que a nova arena terá cinco jogos na disputa. Portanto, confira as datas em junho de 2014: 14 (sábado), 20 (sexta), 23 (segunda), 26 (quinta) e 29 (domingo).
E olhe que a novidade deverá se estender à Copa das Confederações do ano que vem, na qual o estádio em São Lourenço da Mata poderá abrigar de uma a três partidas.
Segundo o governador, todos as subsedes estão se articulando da mesma forma, para apresentar o projeto unificado em breve. Nele, a tendência é que os feriados também ocorram nos jogos da Seleção Brasileira. Neste caso, datas livres em solo nacional!
Confira a tabela completa do Mundial clicando aqui.
“O Recife está confirmado na Copa das Confederações”.
Eis o comunicado completo da Fifa, no 62º Congresso da entidade (veja aqui):
“Copa das Confederações da Fifa Brasil 2013: Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza, Rio de Janeiro, Recife e Salvador foram aprovadas como cidades-sede; no entanto, foram preparados calendários de jogos incluindo quatro, cinco e seis cidades-sedes a fim de garantir flexibilidade em relação à situação no momento oportuno, no mais tardar em meados de novembro.”
Entendi mal ou, na prática, o estado continua na mesma situação? A tabela com quatro ou cinco sedes indica que uma ou duas cidades podem ficar de fora.
A notícia de “hoje” é tão diferente assim do cenário de “ontem”?
Não mesmo…
O prazo da decisão final foi novamente estendido. De junho para novembro.
Ou seja, se a Arena Pernambuco não acelerar – e existe um plano para isso, é verdade -, poderá ser desligada do evento-teste na próxima reunião da Fifa.
A obra do estádio está em 40%. A expectativa é chegar a 50% em junho. O objetivo é alcançar 100% em fevereiro do ano que vem.
A decisão foi mais política do que técnica, como quase tudo relacionado à organização dos eventos da Fifa no Brasil. Obviamente, os integrantes da parceria público-privada em São Lourenço da Mata irão comemorar bastante a “confirmação”.
Tecnicamente, porém, a decisão desta terça-feira não interferiu muito.
A cobrança por resultados no canteiro não diminuiu nada de ontem para hoje. Nada.
Ainda é preciso cumprir um prazo apertadíssimo.
Para que a Fifa não seja obrigada a usar as tabelas com quatro ou cinco sedes…
Assunto delicado, mas que não pode ser ignorado. O suborno no futebol.
A tentativa de aliciar jogadores adversários, árbitros e auxiliares.
Dinheiro sujo depositado em contas secretas com o objetivo de facilitar a vida em campo, ferindo todos os princípios da desportividade.
Há muitos anos episódios assim mancham o esporte. Não só o futebol, diga-se.
Mas vamos focar o esporte bretão. Mais. Ficaremos aqui na província pernambucana…
“Fulano de tal comprou dois campeonatos, pagando os times menores”.
“Sicrano deu uma dinheirama para o juiz da final”.
“Beltrano aliciou o goleiro rival na véspera do clássico”.
Acima, três situações imaginárias, com personagens fictícios. Para muitos torcedores, porém, é a verdade absoluta. No senso comum, o suborno consumado.
No Recife, acusações deste tipo, gravíssimas, se tornaram corriqueiras nos últimos anos.
A falta de provas segue sem importunar o discurso dos dirigentes, sempre com alguma teoria da conspiração para revelar após algum jogo decisivo, onde parece ser impossível perder na bola. A falta de uma punição é ainda mais venal para o arcaico artifício.
A punição ao suborno existe. Mas e a punição à falsa acusação?. Aí está o xis da questão. Os atos não vem sendo comprovados. Os meios de comunicação vêm sendo utilizados como vetores para a transmissão crua da informação.
Todos os clubes já foram alvo de alguma acusação do tipo, mas vamos a alguns exemplos ocorridos nos últimos anos. Curiosamente, todos tendo o Sport como protagonista. Sem meias palavras, os casos mais recentes na boca do povo:
O Sport teria subornado o árbitro Alicio Pena Júnior na Copa do Brasil de 2008, na semifinal e na final (valor não revelado).
O Sport teria subornado, de novo, o árbitro Alício Pena Júnior na final do campeonato pernambucano de 2010 (valor não revelado).
O Sport teria “comprado” a vaga do Central na semi do PE2011 (valor não revelado).
O Sport teria tentado subornar o meia Eduardo Ramos, então no Náutico, na semifinal do Pernambucano de 2011, por R$ 300 mil.
Na véspera da segunda partida da final do Estadual deste ano, na Ilha, o Leão teria pago R$ 70 mil ao árbitro Sandro Meira Ricci.
Mais uma. O Sport teria acertado um pagamento de R$ 200 mil ao elenco do Vila Nova na última rodada da Série B de 2011, no jogo que valeu o acesso.
Seis acusações contra o mesmo clube em quatro anos? Todas elas sem provas.
De presidentes a ex-presidentes, passando por “fontes anônimas”. Jogam no ventilador e pronto. O “acusado” que se vire para desmentir. Como assim? Que lógica é essa?
Das duas uma. Ou se investiga tudo, punindo severamente o Sport, caso o clube seja desmascarado, ou então o caminho é mesmo o que se apresenta após os seis casos.
No campo jurídico, até hoje, foram denúncias vazias.
Sempre terminando no ostracismo, mas com a imagem do clube duramente manchada. Só fomenta uma base de “certeza absoluta” até o próximo ato supostamente ilícito.
Por sinal, ficar indiferente às denúncias não colabora em nada. Viu, Sport?