Há poucos anos, o Campeonato Pernambuco era conhecido pelo sistema todos contra todos, dividido em dois turnos. Em algumas edições sequer houve final.
A partir de 2010, a final passou a ser algo imposto pelo regulamento. Em 2013 haverá uma mudança ainda maior, com mata-mata em todos os aspectos da competição, como disputa pelo título, por vaga na Copa do Brasil e até contra o rebaixamento…
A criatividade dos dirigentes desta vez foi recorde. Serão inúmeras etapas, voltando aos primórdios da competição quase centenária, com tabelas prolixas.
Tudo começou no movimento orquestrado pelos clubes do interior, que fizeram valer o seu maior número de votos no Conselho Arbitral em relação ao trio recifense e alteraram nesta quarta a fórmula proposta pela FPF para o Estadual do ano que vem.
Anteriormente, nove clubes – excluindo da lista os três representantes do estado na Copa do Nordeste – disputariam um turno único e os cinco melhores avançariam para a fase principal, com oito equipes e jogos de ida e volta (veja aqui).
A nova primeira fase segue com nove times, mas sem utilidade alguma. No máximo, para saber quem jogará uma partida a mais como mandante no turno principal.
No novo modelo, todos os nove times avançarão a fase preliminar. Se juntarão aos três do torneio regional e irão disputar um turno único.
Com doze clubes, a fase principal terá 11 rodadas, em vez das 14 previstas. Após o turno único, uma competição dividida por três, com intensas disputas de 180 minutos.
Do 1º ao 4º, briga pelo título, com semi e final. Vantagem para os mais bem colocados.
Campeão, vice e 3º lugar garantidos na Copa do Nordeste e na Copa do Brasil de 2014.
Do 5º ao 8º, disputa por uma vaga na Copa do Brasil, com semifinal e final.
O quinto lugar geral, após os jogos eliminatórios, se classificará ao torneio nacional.
Do 9º ao 12º, luta para evitar o rebaixamento à Segundona, apenas com “semifinal”.
Os perdedores do mata-mata serão rebaixados.
Entre as situações possíveis, o 4º colocado se contentará com a vaga na Série D, enquanto o 5º lugar vai à valorizada Copa do Brasil. E o que dizer do rebaixamento?
Um time pode perder todos os jogos nos dois primeiros turnos, perder o jogo de ida da “semifinal da morte” e na volta, ganhando por um gol de diferença a mais, escapará! Ou seja, uma campanha de 20 derrotas e 1 vitória. Pois é.
De qualquer forma, o Estadual, cuja fórmula deverá ser aplicada por pelo menos dois anos, terá ao todo 118 partidas e 8 mata-matas em ida e volta.
Apesar do emaranhado de fases, há um aspecto a ser “elogiado” na fórmula aprovada. Pela primeira vez o regulamento respeitou as 23 datas estipuladas pela CBF…
A projeção da federação para o público teria uma média de 9.035 torcedores. Será que o índice se mantém após a grande transformação, com menos clássicos?
Torcedor, o que você achou da nova fórmula do Pernambucano? Comente!