De menino a professor

Kuki

No próxima dia 30 de abril, Kuki completará 39 anos. A sua vontade era de continuar jogando futebol. Ele lutou muito para isso. Tanto que negou em janeiro o convite do Timbu para trabalhar no clube fora das 4 linhas.

Mas o desempenho físico bem abaixo do seu histórico o convenceu a parar.

Algo difícil para viveu uma década como ídolo em Rosa e Silva.

Kuki, o jogador que mais vestiu a camisa do Náutico em todos os seus 109 anos. Foram 389 partidas, com direito a 3 títulos estaduais e 3 artilharias do Pernambucanos. Kuki foi sinônimo de gol nos Aflitos.

Ao todo, marcou  179 tentos. É o 4º maior goleador do clube. Na frente dele, só mitos de Rosa e Silva, como Bita, Fernando Carvalheira e Baiano.

Kuki esfriou a cabeça, lá na praia de Boa Viagem, após as partidas de futevôlei. Conversou com amigos. Desabafou… E sentiu saudade do clube que passou a amar.

Mesmo sem nunca ter passado por uma categoria de base (vale lembrar que o “menino Kuki” chegou aos Aflitos com 29 anos, em 2001), Silvio Luiz Borba da Silva assumiu a coordenação da categoria amadora do Alvirrubro (foto: Náutico/Divulgação).

O atacante Kuki virou o “professor”. Um jogador com história e identificação com o Náutico. Chega para ajudar. E também para ser ajudado nesta nova missão.

E o agora ex-jogador ainda tem a garantia de uma partida de despedida no fim da temporada. Aflitos lotado. Alguém duvida? Kukê, Kukê, Kukê!

Vídeo produzido pelo repórter Rodolfo Bourbon, do Diario

3 Replies to “De menino a professor”

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  2. Quem começou a acompanhar futebol depois de 2004 ou muito antes de 2001, talvez não tenha a dimensão do que Kuki representa pra grande parte da torcida do Náutico. Os mais velhos viram grandes jogadores como Jorge Mendonça, Baiano, Bita e viram muito de Bizu. Os mais novos já viram um Kuki diferente do que comandou o início de século quase perfeito do clube. Quem viu, como eu, somente os anos 90 e 2000, sabe bem o quanto Kuki é importante pra nós, alvirrubros. Foi um jogador complicado, em alguns momentos? Sim, foi, acho que até ele sabe bem disso e admite sem problemas. Mas e daí? O que ele fez de bom supera todos os problemas. Nunca vou esquecer das alegrias que tive quando vi Kuki em campo. Minha maior tristeza era ver ele se esforçando pra tentar ser o que a força física não deixava mais que ele fosse. Felizmente ele percebeu isso e agora vai tentar ajudar o clube de outra forma. Ele pode ter dado muitos exemplos ruins pra quem tá começando, mas basta que os jogadores que estão começando se espelhem em uma característica dele, somente. Kuki sempre entrava pra ganhar, fosse contra quem fosse, e ele se esforçava o quanto podia pra isso. Mesmo sabendo que é um exagero absurdo, até insano, óbvio, porque Pelé é Pelé, mas sobre Kuki eu só tenho uma coisa a dizer: Eu não vi o Rei do Futebol, mas vi o Rei dos Aflitos!

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