A cidade de Beijing continua sendo a sede mundial dos esportes, agora com as Paraolimpíadas. Abaixo, um site que mostra o belíssimo estádio Ninho do Pássaro, numa visão de 360º. O estádio olímpico, aliás, já vem sendo palco de medalhas brasileiras.
A internet é mesmo uma das maiores – senão a maior – ferramentas de aproximação da atualidade. Só isso mesmo para explicar o fato de internautas de 23 países já terem acessado o blog, que está no ar há pouco mais de um mês.
Ao lado, o mapa com as visitações (a cor verde indica a origem dos internautas). Claro que a maioria é formada por brasileiros (97%), mas o que me chamou a atenção, entre os internautas do exterior, foram as duas visitas do Quênia… Duas visitas da capital Nairóbi. Mas o que teria levado alguém de tão longe, de uma região tão sofrida na África, a entrar nesse endereço? Olimpíadas, futebol brasileiro? Será que foi ‘sem querer’ (via google)? Não sei. Mas foi bacana.
No Quênia, apenas 1,6% da população tem acesso à internet. Com certeza, trata-se de uma das conseqüências da pobreza do país, que tem uma renda per capta de apenas 1.000 dólares (e é conhecido pelos seguidos escândalos de corrupção). Por isso, como agradecimento (a todos os visitantes, aliás), esse post vai falar um pouco sobre o futebol queniano. Para começar, a Federação de Futebol do Quênia quase foi suspensa neste ano pela Fifa…
A decisão eliminaria a seleção das eliminatórias africanas para a Copa do Mundo de 2010. O motivo seria a interferência do governo federal na federação, algo proibido pela Fifa. No entanto, o Quênia segue na disputa pela inédita vaga no Mundial. A missão, porém, segue complicada, como admitiu o técnico da seleção, Francis Kimanzi, em uma entrevista ao site da Fifa. “Eu não estou olhando para o grupo de qualificação ainda. Tudo o que eu quero é fazer com que o grupo fique o mais competitivo possível”, disse.
A disputa ainda está na primeia fase, ao lado de mais 47 nações. O Quênia está na liderança do grupo 2, com 10 pontos. No sábado, a equipe venceu a Namíbia por 1 x 0, em casa. Time base: Ayuko; Owino, Ochieng, Mwangi e Ouma; Oliech, Opondo, Makacha e Wanjohi; Mariga e Mambo.
LIGA – O primeiro campeonato nacional aconteceu em 1963, logo no ano da independência do país em relação ao Reino Unido. O Nakuru All-Stars venceu a liga, com 10 equipes naquele ano. O Leopards e o Mahia são os maiores campeões, com 12 taças cada. Na atual temporada, o Mathare United, de Nairóbi, lidera com 41 pontos, quatro a mais que o vice-líder, Sony Sugar, de Awendo.
A próxima rodada da competição será em 13 de setembro. Além do baixo nível técnico, o futebol do país ainda é bastante desorganizado. Para se ter uma idéia, em 2004 foram realizadas duas ligas, uma pirata e uma oficial (esvaziada), vencidas por Utalii e Coast Stars, respectivamente.
Foi feito então um terceiro campeonato, para decidir a vaga para a Copa dos Campeões Africanos, e o vencedor foi Ulinzi, que acabou sendo considerado o campeão queniano de 2004. No entanto, o Ulinzi desistiu da competição continental e foi substituído pelo vice, o Tusker. Como punição, a Confederação Africana de Futebol (CAF) excluiu o Ulinzi de qualquer campeonato por 3 anos.
Simples, né?!
República do Quênia
Independência: 1963
Área: 582.650 quilômetros quadrados
Capital: Nairóbi
Idiomas: inglês e suaíli
Moeda: shilling
População: 31.138.735 habitantes
Renda per capta: US$ 1.020
Jogadores de futebol: 75.102
Clubes: 711
Ranking da Fifa: 86º (395 pontos)
A melhor posição do país foi em fevereiro de 2004, quando ficou em 70º. A pior foi em julho de 2007, quando caiu para o 137º lugar. Na foto acima, Mcdonald Mariga (de branco) em ação pelas Eliminatórias da Copa.
Você pode ver todo o ranking de seleções da Fifa AQUI.
Já nas Olimpíadas, o país é uma potência no atletismo. O Quênia terminou em15º lugar nos Jogos de Beijing, com 5 ouros, 5 pratas e 4 bronzes. Todas as medalhas do país foram no atletismo, com destaque para as douradas, obtidas pelos fundistas do Quênia (nas provas entre 800 metros e a maratona).
Em breve, mais um post no mesmo estilo, mas com uma análise das visitações no Brasil.