O uso da psicologia no futebol brasileiro remete desde o primeiro título mundial do país. Em 1958, a delegação verde e amarela viajou para a Suécia acompanhada do psicólogo João Carvalhaes. Lá, a Seleção conquistou a Copa.
O trabalho não é recorrente. Geralmente, o “coaching” surge durante um desempenho ruim nos gramados. No Recife, os três clubes já tentaram.
O Santa, com a coach Desirée Farah em 2013, é mais um caso nesse perfil. Especialista em gestão de recursos humanos, Desirée comandará sessões com elenco para elaborar um diagnóstico e estratégias de comportamento.
Em 2010, o Náutico contou com José Luiz Tavares. Em 2011, o Sport trouxe Suzy Fleury, psicóloga com formação em coaching e famosa ao ser a primeira mulher na comissão técnica da Canarinha, em 2000, sob comando de Luxemburgo. Todos os trabalhos foram curtos, aquém dos prazos estipulados.
Sobre este tipo de trabalho, um breve resumo.
“O psicólogo do esporte não é mágico, não tem uma bola de cristal e também nenhuma pílula que solucione todos os problemas. Ele estuda o comportamento do atleta e o ambiente a sua volta. E a partir daí pode propor intervenções para modificar esse comportamento e, assim, melhorar seu rendimento.”
“A preparação psicológica é um processo, e deve fazer parte da preparação global do atleta. Quando se fala em Psicologia, em um acompanhamento de um psicólogo, logo imaginamos o contexto de um consultório. O trabalho do psicólogo do esporte é um pouco diferente do psicólogo clínico, ele irá acompanhar o atleta no seu dia a dia, durante o período de treinamento e competição e o foco principal é o desempenho. ”
Os dois parágrafos acima fazem parte do artigo de Sâmia Hallage Figueiredo, doutora pelo Instituto de Psicologia da USP. Confira a íntegra aqui.