Um ingresso guardado há quase seis anos.
Intacto.
Lembrança de uma vitória? De uma volta olímpica inesquecível? De um gol antológico?
Mas por que seria baseado apenas em sorrisos…?
A lembrança, fixa, pode ser de uma dor que poucos sentiram…
Do momento mais desolador na vida de um clube. Sobretudo na vida do torcedor.
Como o fatídico 26 de novembro de 2005, nos Aflitos.
Numa batalha perdida sem explicações, por mais que muitos ainda busquem uma resposta até hoje. Ela não virá. Então, o que fazer?
É preciso se libertar de momentos assim.
Dar o primeiro passo.
Aquele bilhete de arquibancada bem guardado na gaveta já não faz mais parte do Náutico. Assim pensou o torcedor timbu Igor Almoêdo.
Fã de Humberto Gessinger, líder da banda Engenheiros do Hawaii, Igor aproveitou a passagem do cantor no Recife nesta sexta-feira, divulgando um livro e seu trabalho musical paralelo, o Pouca Vogal, para presenteá-lo com o ingresso.
Fanático pelo Grêmio, Humberto Gessinger faz parte daquela história. Seu depoimento é um dos mais emocionantes no DVD “Inacreditável, a Batalha dos Aflitos”.
“Que bom que tu gostou do ingresso. Como te disse lá na Saraiva, você tem melhores lembranças desse dia! Eu sabia que não tinha guardado esse ingresso por acaso.”
Frase do alvirrubro Igor Almoêdo, ex-dono do bilhete acima (veja AQUI).
“Um torcedor do Náutico me deu este ingresso dizendo que, assim, estaria em melhores mãos. Um gentleman, valeu!”
A resposta do gremista Gessinger (veja AQUI).
19 mil ingressos queimados e um guardado. Agora no lugar certo.