O goleiro Júlio César teve uma atuação destacada em uma tarde na Arena Pernambuco na qual, coletivamente, o Náutico não esteve em seus melhores dias. Muitos passes errados e aproveitamento fraco nas chances efetivas de gol. Mas não deixou de lutar, algo que não pode faltar jamais na Série B, sobretudo num jogo duríssimo contra o Vitória, valendo o G4. E de virada, o Timbu fez 2 x 1. Com 27 pontos, subiu ao 3º lugar, a apenas um do líder Botafogo. O resultado deve ser comemorado, pois o rendimento não parecia indicar a vitória.
Basta analisar João Ananias, dos principais nomes alvirrubros. Contra o Vitória, a sua atuação refletiu diretamente no placar do primeiro tempo. No comecinho, fez uma inversão displicente, com os baianos armando um contragolpe até o gol de Rhayner, na lei do ex”. Nos Aflitos, o atacante passou em branco. Como adversário, marcou de cara. Voltando a João Ananias, o volante teve nos pés a grande chance, cara a cara com o goleiro, chutando mal, para longe. Ainda na primeira etapa, os dois times ficaram com dez. Elton, outro ex-alvirrubro, e Gastón foram expulsos – o uruguaio foi agredido. Na confusão, Rhayner fez um gesto obsceno para a torcida do Náutico, flagrado pela transmissão da tevê (cabe punição, viu STJD?). O atacante alega ter sido ofendido.
Na segunda etapa, o visitante teve um domínio territorial no meio-campo, matando boa parte das jogadas pernambucanas. E aí entrou a figura do camisa 1, pegando muito. Àquela altura, Douglas já havia sofrido e convertido o pênalti, chegando a 6 gols na competição e justificando as sondagens de Flamengo e Grêmio – a multa é de R$ 1,5 milhão. Na reta final, o treinador alvirrubro colocou Rafael Pereira na zaga, no lugar de Gil Mineiro, para não acabar surpreendido. Ocorreu o oposto, positivamente. O defensor foi ao ataque e marcou, três minutos depois. Uma tarde às avessas, ainda bem.