São Paulo – Numa rápida conversa que não durou um minuto, ouvi esta declaração:
“Ainda bem que não teve polêmica na final.”
Frase do árbitro Sálvio Spínola, num inusitado encontro no Instituto Internacional de Ciências Sociais, no bairro de Bela Vista, na capital paulista.
O árbitro da Fifa, que comandou a decisão do último Estadual – além da segunda semifinal no Clássico dos Clássicos -, também estava no prédio para aprender.
No meu caso, jornalismo em mídias móveis. No caso de Spínola, uma especialização em Direito Tributário.
Sim, o juiz (de futebol) de 41 anos é formado em Economia e Direito.
De óculos, terno e gravata, ele se mostrou aliviado pelo desfecho do Pernambucano sem lances capitais mal marcados…
Não houve tempo sequer para uma foto no celular. Ele estava correndo.
“Estou atrasado demais. Tenho que ir.”
O pior é que ele estava atrasado mesmo, 15 minutos.
Sálvio projeta ganhar mais dinheiro na futura função que na arbitragem, cuja carreira acabará dentro de 4 anos, com o limite da Fifa. Mas, por enquanto, ele vem bem.
Apenas pelos dois jogos no Pernambucano, com a taxa da FPF, ele ganhou R$ 6 mil, sendo R$ 2.500 por jogo e mais 20% por ter o emblema da Fifa.