Em relação à vitória do Sport por 4 x 2 sobre o Salgueiro, eu vou aproveitar é pra falar sobre o comportamento da torcida leonina na Ilha do Retiro, na tarde deste sábado.
Não é crítica nem elogio. É só uma observação mesmo.
Vi uma diferença estratosférica (mas natural) sobre a atitude dos rubro-negros, comparando esse jogo ao triunfo sobre a LDU, pela Libertadores. Isso talvez reflita diretamente no time, ou vice-versa…
A diferença de público nem foi grande. Na quarta-feira foram 20.184 pessoas, enquanto nesta 2ª rodada do returno foram 16.142 fanáticos.
Diante da LDU, um barulho ensurdecedor. Na entrada do adversário (vaias), para ovacionar cada jogador leonino que era chamado pela Rádio Ilha, cada lance da partida. Pressão total. Do início ao fim. “Espírito Libertadores” 100%.
Diante do Carcará, aquela preguiça pós-praia… Gols? Foram quatro, mas muitos torcedores sequer se lavantaram para comemorar. Uma salva de palmas bastou. E o papo seguia como se nada tivesse acontecido. Durante a partida, conversando com um amigo rubro-negro, o único assunto era… Taça Libertadores da América.
O decisivo confronto contra o Palmeiras, que acontecerá apenas em 8 de abril, virou a obsessão dos torcedores. “Uma vitória e estamos classificados”, “Precisamos ganhar para despachar o Palmeiras”, “Luxemburgo aguenta até lá?”, “Até um empate não seria ruim”. E etc, etc, etc… 😎
E olhe que o Salgueiro nem jogou de verde para lembrar o rival paulista. O esforçado time do Sertão atuou de branco, sempre atrás no placar: 2 x 0, 3 x 1, 4 x 2.
Ciro – que se queixou do gramado (!) e do desgasta pela Libertadores (olha ela aí de novo…) – marcou 2 gols e se aproximou de Marcelo Ramos na briga pela artilharia (10 x 9 para o centroavante coral).
Nelsinho chegou à 50ª vitória no comando do Sport (em 87 partidas), mas até o técnico rubro-negro parecia esperar só o apito final para acabar aquele clima modorrento que tomou conta do “Caldeirão da Ilha”. Uma verdadeira ressaca após o carnaval da Libertadores, que só volta daqui a um mês. Enquanto isso, conversa e marasmo na Ilha.