Foram mais de 3.600 dias de espera…
O técnico Celso Roth tinha apenas 40 anos quando conquistou o seu primeiro título profissional. Ganhou o Gauchão de 1997 treinado o Internacional.
Depois, assumiu o rival Grêmio. Em 1999, comandando o Tricolor, ganhou duas taças : outro Gauchão e a extinta Copa Sul.
Sempre o mesmo estilo linha-dura. Chamado algumas vezes de retranqueiro.
A peso de ouro, foi contratado pelo Sport em 2000. Era jovem, apontado como o sucessor de Luiz Felipe Scolari, mas o Leão abriu o cofre de forma quase desnecessária.
Eram R$ 120 mil mensais para um técnico em ascensão.
Ele veio para o Recife com uma boa dose de mau humor e teimosia tática.
Pegou um plantel com atletas em grande fase, como Leonardo, Bosco, Adriano, Sangaletti, Nildo e Leomar. Roth taxou o grupo de “mediano”. O clima turbulento.
Mas não é que mesmo assim ele ganhou mais um campeonato?
Com muito esforço, conquistou a Copa do Nordeste (veja AQUI).
Mas o time seguia travado, tropeçando e irritando a torcida (época do “Burroth”). Acabou caindo depois de uma derrota diante do Náutico, por 2 x 1. Em plena Ilha.
O Leão não perdia em casa para o Timbu havia cinco anos! Demissão consumada em 7 de maio de 2000, com uma trajetória de 20 vitórias, 7 empates e 4 derrotas.
E uma taça! A última… Depois, foram 10 anos sem uma medalha de ouro sequer.
E olhe que Roth treinou mais de dez clubes da Série A. Se adaptou aos pontos corridos, realizou boas campanhas e manteve o seu nome na lista de sondagens dos grandes.
Neste ano, estava no Vasco, ajustando o time, mas recebeu um convite da direção colorada, que estava sem paciência com o uruguaio Jorge Fossati.
E como não aceitar? Trocar um time irregular por outro já na semifinal da Libertadores?
Roth topou a aposta. E ganhou a mega-sena. Celso Roth, campeão da Libertadores. De fato, o time do Inter de fato melhorou bastante com a sua chegada…
O treinador pegou um time engessado e conseguiu tornar o Internacional em uma equipe veloz e competitiva, utilizando bem as peças de altíssimo nível como Tinga, D’Alessandro, Giuliano, Giuliano, Rafael Sóbis e Bolívar.
Deixou o 3-5-2 do time na Libertadores e encarou o 4-4-2. Deu certo.
Da Copa do Nordeste para a Copa Libertadores, uma década de aprendizado.