Onde a coruja dormia

Coruja

Antes de começar a partida no Durival de Bitto, uma coruja descansava tranquilamente em uma das traves do estádio em Curitiba. E foi lá que o goleiro Glédson defendeu a meta do Náutico no primeiro tempo, contra o Paraná. Valia a liderança da Série B.

Quer dizer… Ele tentou defender. O adversário marcou três gols nos primeiros 45 minutos, todos eles no ângulo onde a coruja dormia. Não teve jeito, ela voou dali.

O futebol do Timbu voou junto neste sábado.

No segundo tempo, o goleiro Juninho cobrou um pênalti e fechou a goleada paranaense, por 4 x 0. Assim, após três rodadas no topo, o Alvirrubro cai para o 2º lugar da Série B.

Cá pra nós… Ainda está ótimo! Já a defesa… Apesar de ter sofrido apenas duas derrotas na competição em 11 rodadas, o saldo de gols do Náutico é zero.

Mesmo com sete vitórias…?! Sim. O Alvirrubro marcou 19 gols e sofreu outros 19. Consequência direta das duas goleadas sofridas (Paraná 4 x 0 e São Caetano 5 x 0, ambas fora de casa). Agora, a coruja vai para os Aflitos.

O que não se deve fazer na área – Parte II

Se você é atacante profissional, por favor, não repita o que o português Rui Miguel, jogador do CSKA Sofia, fez contra o Cliftonville, pela fase preliminar da Liga Europa.

O lance aconteceu nesta semana. Apesar do lance bizarro (sugestões para outra denominação?!), o búlgaro CSKA venceu por 3 x 0. Rui Miguel não marcou nenhum.

Já o modesto Cliftonville, que nunca passa dessas primeiras fases europeias, é o clube mais velho da Irlanda do Norte, com incríveis 130 anos. O time joga desde 1890 no mesmo estádio, o Solitude, com capacide para 2 mil pessoas sentadas.

Veja a Parte I do que não se deve fazer na área clicando AQUI.

O que não se deve fazer na área – Parte I

Alemanha e Nigéria decidem neste domingo, na cidade germânica de Bielefeld, o título do Campeonato Mundial Sub-20 feminino, que começou logo após a Copa da África. O jogo está marcado para as 10h, no horáriod e Brasília (veja AQUI).

O lance do vídeo abaixo aconteceu na última quinta-feira, na semifinal disputada em Bochum. As alemãs venceram a Coreia do Sul por 5 x 1. O último gol das favoritas saiu numa cobrança de pênalti de Popp. Mas veja o vacilo da jogadora asiática…

Tudo o que não se deve fazer dentro da grande área. Caso você não seja goleiro.

Acordaram Julio Roca

Copa Roca de 1939, em São Januário: Brasil 3 x 2 Argentina. Foto: CBF/divulgação

A rivalidade entre brasileiros e argentinos se deve muito à disputa da Copa Roca.

Nunca ouviu falar?

Era um troféu disputado pelas Seleções Brasileira e Argentina em jogos de ida e volta, cujo nome era uma homenagem a Alejo Julio Argentino Roca Paz, ex-ministro dos hermanos (foto abaixo). A primeira edição, em 27 de setembro de 1914, aconteceu pouco antes da morte Julio Roca, em 19 de outubro do mesmo ano, aos 71 anos.

O Brasil ganhou o pioneiro duelo por 1 x 0, em Buenos Aires. Saiba mais sobre a história do político e militar argentino AQUI. O mata-mata (quase literalmente) foi realizado 11 vezes, entre 1914 e 1976. A Canarinha ganhou oito títulos, contra três dos rivais.

Prepare-se, pois o maior clássico do futebol mundial voltará a valer taça em 2011, após 35 anos desde a última Copa Roca. Nesta sexta-feira, os presidentes da CBF (Ricardo Teixeira) e AFA (Julio Grondona) selaram um acordo para reeditar a (nada) amistosa Copa Roca, que poderá mudar de nome, inclusive (veja AQUI).

No novo regulamento, é provável que sejam utilizados apenas jogadores que atuem nos dois países. Taí, gostei dessa parte!

A foto deste post foi na decisão da Copa Roca de 1939, no Rio de Janeiro. Apesar da vitória por 3 x 2, o Brasil perdeu o título em São Januário – o Maracanã só seria construído 11 anos depois. Alguém contou quantas bandanas aparecem na foto!?

Julio Roca, ex-ministro argentino, homenageado na Copa Roca, entre Brasil e ArgentinaCampeões da Copa Roca:

1914 – Brasil
1922 – Brasil
1923 – Argentina
1939 – Argentina
1940 – Argentina
1945 – Brasil
1957 – Brasil
1960 – Brasil
1963 – Brasil
1971 – Brasil
1976 – Brasil

Abaixo, o vídeo da final de 1971, com imagens do saudoso Canal 100! O Brasil, então tricampeão mundial, penou no frio de Buenos Aires, e sem Pelé. Veja o empate em 1 x 1 com produção de cinema.

Em tempo: o Maracanã deverá ser o estádio brasileiro em  2011. Depois, a Copa Roca deverá rodar pelo país… Quem sabe o Recife não surge na parada? A conferir.

Redesenhando a criatura

Sugestão para o logotipo da Copa do Mundo de 2014

O designer Felix Sockwell deu uma repaginada no logotipo oficial da Copa do Mundo de 2014, que continua recebendo muitas críticas. Veja o passo a passo da criação (com imagens ampliadas) clicando AQUI.

Você concorda com a sugestão para a redefinição do logo da Copa?

Eu confesso que gostei da ideia proposta pelo designer, que gastou duas horas para recriar o emblema oficial do nosso Mundial, daqui a quatro anos.

Em tempo: ele tirou a cor vermelha. Algo que eu defendo faz tempo (veja AQUI).

Nem Freud explica

Torcida do Santa Cruz no ArrudaDuas vitórias seguidas. O desempenho tricolor nesta semana acordou a torcida do Santa Cruz. Ou, no mínimo, sacudiu a diretoria coral, que liberou uma carga incrível de 60 mil ingressos para o jogo contra o Confiança, neste domingo.

São 23 mil bilhetes do Todos com a Nota e 37 mil para a arquibancada (com preço único de R$ 10). Esse número de ingressos corresponde à carga máxima do estádio do Arruda.

Na estreia da Série D, contra o CSA, o público foi acima de 19 mil pessoas. A derrota foi frustrante, mas a recuperação em Mossoró e a vitória sobre o Treze (essa pelo Nordestão) reanimaram um povo que realmente sabe dar a volta por cima. Há anos.

Colocar 60 mil ingressos na 2ª rodada da Série D: exagero, confiança ou paixão?

Acho que nem a psicanálise de Sigmund Freud vai desvendar essa…

Estamos longe

O governo federal acredita que o Brasil terá um total de R$ 183 bilhões gerados no país durante a Copa do Mundo de 2014, de forma direta e indireta.  De fato, os megaeventos esportivos funcionam há décadas como uma força motriz no desenvolvimento econômico. É a chance de melhorar a infraestrutura. Portanto, vamos correr, Recife!

Os institutos Deloitte e Ibri (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores) acabam de divulgar o estudo “Brasil, bola da vez”, sobre as probabilidades de investimentos no país. A pesquisa, que entrevistou 60 agentes investidores, aponta a necessidade de investimentos nas 12 subsedes (veja AQUI).

Abaixo*, na opinião dos especialistas, as cidades que necessitam de mais investimentos para a conclusão dos projetos e o atendimento às exigências determinadas pela Fifa. Nota-se que o Recife precisa se mexer… 

Capacete53% – Rio de Janeiro
52% – Salvador
46% – Recife
46% – Manaus
42% – Cuiabá
41% – Fortaleza
41% – Natal
40% – São Paulo
24% – Brasília
24% – Belo Horizonte
22% – Porto Alegre
18% – Curitiba
8% – Nenhuma em particular

* Respostas com múltipla escolha.

Por outro lado, o Nordeste tem um percentual de 53% em relação às regiões com maiores oportunidades para investimentos relacionados ao Mundial de 2014. Ou seja: é só juntar a fome com a vontade de comer…

565 dias de burocracia

Diário Oficial de Pernambuco, 30/07/2010, com a autorização para o início da construção da Cidade da Copa

Pronto. Acho que essa arena está no sprint final…

Finalmente foi publicado no Diário Oficial de Pernambuco a autorização da licença ambiental. Não há mais desculpa. O canteiro de obras da arena para a Copa do Mundo de 2014 já pode ser montado no terreno de 52 hectares m São Lourenço da Mata.

A Torre de Babel está a caminho (veja AQUI).

A meta era começar em julho. Teoricamente, isso poderia ocorrer até amanhã, mas o governo certamente vai querer transformar o lançamento da pedra fundamental em um grande evento, quem sabe até com a presença dos presidentes da República, Lula, e da CBF, Ricardo Teixeira. Assim, fica para “agosto”, na próxima semana.

Após 565 dias, a burocracia parece ter terminado. Foi um longo caminho desde 15 de janeiro de 2009, quando a Cidade da Copa foi lançada oficialmente. Projeto, eleição para subsede, retificação do Ministério Público Federal, licitação, documentos etc.

Ultrapassar a barreira de papel no Brasil não é fácil.

Corporativismo continental

Revista da Conmebol - Julho/Agosto de 2010Como não poderia deixar de ser, o craque uruguaio Diego Forlán estampa a capa da nova edição da revista da Conmebol, que acaba de ser divulgada.

A revista, editada a cada dois meses, traz o resumo das seleções sul-americanas na Copa de 2010, com destaque para o semifinalista Uruguai e o Bola de Ouro do Mundial, Forlán.

É curioso, porém, o corporativismo da revista ao falar da participação do continente no Mundial.

“A Copa do Mundo da África do Sul colocou novamente a América do Sul no mais alto nível, com os nossos cinco representantes entre os dez primeiros colocados” (veja AQUI).

De fato, foi muito representativa a participação da Conmebol na Copa do Mundo de 2010, mas os três primeiros lugares da competição ficaram com o futebol da Europa. Assim, o Velho Mundo tomou, consequentemente, a hegemonia de títulos, virando o placar (10 x 9).

Hotel de 2014

Transatlântico

A solução para a defasagem na rede hoteleira do Brasil está no mar.

Transatlânticos… Dezenas durante a Copa do Mundo de 2014.

Das 12 subsedes, apenas uma tem um número de leitos mais do que suficiente. São Paulo pode até não ter estádio definido ainda, mas tem 40 mil quartos disponíveis.

Seis cidades na costa poderão hospedar turistas em navios, “congestionando” a orla. Uma outra também poderá: Manaus! A cidade amazônica tem uma rede fluvial excelente, que pode receber até navios de médio porte em pleno Rio Solimões.

Já Curitiba, Brasília, Belo Horizonte e Cuiabá vão ter mesmo que se virar nos 30.

A informação foi repassada ao blog pelo presidente da Associação Brasileira da Indústia Hoteleira (ABIH), Álvaro Bezerra de Mello. Confira a entrevista completa AQUI.

Caso a ideia seja aplicada, os navios deverão ser menores que o transatlântico acima. Até porque o Freedom of the Seas (Liberdade dos Mares) é um dos maiores do mundo… São 339 metros de comprimento (tamanho superior a três campos de futebol), 56 metros de largura e pesa “somente” 158 mil toneladas. Custou US$ 800 milhões.

Entre passageiros e tripulantes, o navio pode levar 5.730 pessoas, o dobro da população de Fernando de Noronha. Saiba mais sobre esse gigante dos oceanos AQUI.