Miami – A cidade anda e respira, com um sistema viário expandido e eficiente. A organização, apesar de potencializada pelo temor onipresente de terrorismo, se mostra funcional. A educação do público também colabora bastante para isso, com o respeito em filas, horários, assentos marcados etc. Resumindo: estrutura.
E assim caminha os Estados Unidos. Sede da Copa do Mundo de 1994 – com a maior média de público da história, de 68.991 torcedores – e concentrando esforços para voltar a receber a principal competição da Fifa, mas em 2022. Caso eles recebessem “hoje” este direito, não haveria muito o que construir ou reformar.
É impossível circular por aqui e não lembrar o quanto estamos longe da preparação ideal para o nosso Mundial, daqui a menos de quatro anos.
- Das horas que perdemos no trânsito. E quem é do Recife compreende bem isso. Não há vias alternativas, além de uma qualidade precária das pistas.
- Da insegurança nos jogos de futebol, por mais que se saiba exatamente onde está o foco da confusão. Prazer virou coragem.
- Do cimento quente na arquibancada. Isso quando você consegue arrumar um espaço para sentar após o sufoco na bilheteria…
Mas estão sendo erguidas arenas Brasil afora, fato. Doze. Pernambuco foi contemplado. Porém, isso está bem distante do que se propõe em uma Copa do Mundo. Para muitos a competições tornou-se um sinônimo de upgrade nas subsedes.
Os jogos vão acontecer, os estrangeiros vão curtir as cidades e teremos um mês inesquecível em junho de 2014. Mas é preciso vencer a burocracia, acelerar projetos e implantá-los e reduzir os alarmantes indícios de corrupção que tomam conta do país.
No fim das contas talvez seja apenas um jogo de futebol. Só não é preciso esgotar toda a energia e paciência por 90 minutos de diversão. É possível ir a um jogo com uma vaga garantida no estacionamento, com o ingresso comprado com facilidade, com a segurança necessária para poder ter a companhia dos filhos, dos pais… Ir pelo simples prazer de ver o Jogo Bonito, como chamam o estilo brasileiro.
A foto foi tirada no Club Mansion, em Miami Beach, para delírio dos estrangeiros, que gostam mesmo do nosso país.
Cássio,
Jamais o Brasil será algo parecido com a “América” só se eles pararem no tempo agora e voltarem ao normal daqui uns 500 anos… talves assim, ficarmos iguais.
Pretem atenção o que será o LEGADO da Copa de 2014 para Recife:
“TER A INFRAESTRUTURA HOJE, A QUAL JÁ DEVERIA EXISTIR 20 ANOS ATRÁS”
O que faremos, já deveria existir, LEGADO de verdade sería ter a infraestrutura para o futuro…
Abraços Cássio…
Joca
“A educação do público também colabora bastante para isso, com o respeito em filas, horários, assentos marcados etc.”
Pois é ,Cássio. Mostra que primeiro mundo não é só dinheiro mas também atitude. Mesmo com a renda do brasileiro melhorando nos últimos anos, parece que coletividade e respeito ao próximo passa longe da mente de nosso povo. Não é à toa que o centro do Recife e principais avenidas são imundas! Garrafas pets são jogadas por usuários de ônibus e donos de Hilux, mostrando que não basta ter dinheiro. Enquanto brasileiro furar fila, colocar criança de 10 anos no colo para pegar a “fila exclusiva” e etc, não passaremos de um RICO país de TERCEIRO MUNDO.