A difícil inserção no futebol profissional dos bastidores

Diretor remunerado do Sport, Cícero Souza. Foto: Sport/divulgação

Em 1999, a estrutura do futebol local foi sacudida com a chegada de um diretor.

Remunerado. A palavra gerou asco em muita gente. Um profissional com salário de executivo sem vínculo algum com o clube, com as cores, com a torcida, com a história.

Rudy Machado. Alguém lembra dele?

Chegou no Sport calejado para as críticas, pois sabia que estava entrando em um ambiente não muito indicado a mudanças, ainda mais daqueles com décadas de serviço.

O dirigente paulista ficou menos de um ano.

Trabalhou no Brasileirão. Trouxe dois reforços, que sequer foram titulares.

No fim, sem resultados práticos – o Leão foi o lanterna, pela primeira vez na sua história -, Luciano Bivar acabou optando por enxugar a folha. Rudy encabeçou a lista.

Agora, 12 anos depois, chega a vez do gaúcho Cícero Souza, 37 anos, ex-Grêmio. Já com a sua foto divulgada pelo site do Sport, numa tentativa de apresentá-lo à torcida.

Trata-se da nova aposta na profissionalização do futebol rubro-negro.

No papel, ele será um superintendente de futebol. Mas, como o próprio presidente do clube adiantou, ele irá compor a mesa de articulação na contratação de reforços.

Antes de tudo, ele vai precisar se articular é com o grupo atual. Não o do gramado, mas o dos bastidores. Cícero tem plena consciência de que é um “estranho no ninho”.

O Santa Cruz também já viveu isso, com Joel Zanata, José Carlos Brunoro, Galante, Antônio Capella e Raimundo Queiroz. No Náutico, Sangaletti e Gustavo Mendes.

Em todos os casos – exceto Sangaleti, devido à incompatibilidade com o técnico timbu na época, Roberto Fernandes -, os dirigentes tradicionais justificaram o fiasco da ação por causa da “falta de experiência” no futebol pernambucano. O que seria isso?

Talvez seja a luta contra a vaidade de alguns dirigentes decanos…

Essa será primeira tarefa de Cícero. A mais difícil, aliás, pois a estrutura atual é de aço.

Cícero tem a torcida do blog, para que essa função passe a existir de fato no Recife…

Dinheiro

One Reply to “A difícil inserção no futebol profissional dos bastidores”

  1. eu me lembro de Rudy Machado.foi anunciado com muita pompa e resultado já citado pelo dono deste blog.o Sport só não foi rebaixado por causa de uma média Ridícula de pontos q a Argentina pensa em acabar por causa da queda do River Plate.mas q até hoje”os grandes”do Brasil(sobretudo os de São Paulo),idolatram.o problema do Futebol de Pernambuco é não só sua estrutura q está na decada de 70.mentalidade e folclore muitas vezes reforçado por nossa imprensa.aliado ao discurso extremamente AMADOR E BAIRRISTA q fazem esse estado futebolisticamente falando,ser de 2a linha no Brasil.vamos ver se dará certo.pois,vivendo de 1987,seremos a”cantiga da perua”.ou”Roda Presa”.nem o Coritiba,nem Atlético-PR,vivem dos seus títulos Brasileiros.

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