“Chegou a hora de ganhar três pontos fora de casa”
“Primeiro triunfo longe da Ilha está perto”
“Rubro-negro se arma para finalmente vencer como visitante”
A semana foi cheia de frases de impacto chamando o jogo do Sport contra o modesto Boa Esporte, em Varginha.
Em seis jogos, o Leão havia perdido três e empatado outros três. A falta dessa vitória longe da sede vem comprometendo a campanha na Série B.
Não há como subir sem obter sucesso fora de casa. Torcedores, jogadores, treinador, dirigentes, presidente… Todos sabem disso. Alguns fingem que é possível ignorar isso…
No embalo, o foco no Boa Esporte acabou saindo do normal.
A vitória era questão de tempo. Forte no papel – o irritante “elogio” ao plantel do Sport – , o time estava pronto para superar o adversário e deslanchar de uma vez.
Bastava o árbitro levantar os braços às 18h15 do sábado, encerrando a partida.
Porém, o itinerante clube mineiro estava longe de ser um “pato morto”, o rival ideal.
O Boa Esporte tinha a melhor defesa do campeonato, com 11 gols sofridos em 14 jogos.
Tinha apenas um ponto a menos que o Sport na classificação. Como não enxergar isso?
Mas o discurso com um otimismo opaco tomou conta da Ilha do Retiro, mesmo com o futebol leonino sem inspirar confiança alguma.
Infelizmente, esse contexto segue atual.
Os três pontos seguem lá, longe. Três foi o número de gols sofridos nesta tarde.
Dolorosa goleada por 3 x 0. A culpa de Mazola no revés foi clara.
No momento em que escalou um volante para articular jogadas, sem convencer sequer o atleta em questão (Daniel Paulista), Mazola mostrou que talvez ainda não seja a sua hora em um clube do tamanho do Sport nesta duríssima Segundona de 2011.
Esse é apenas um exemplo de um time mal armado, sem alma. Distante do sucesso.
Que o Sport precisa vencer como visitante é óbvio demais.
Na próxima terça, no entanto, será ainda pior. A obrigação será no clássico, em casa.