O regulamento da Série D era claro e prevaleceu o bom senso (entenda aqui).
O jogo de volta do “grupo B4” da 4ª divisão nacional, entre Coruripe e Santa Cruz, será mesmo na cidade do interior alagoano, a 80 quilômetros de Maceió.
Pelo menos é o que consta segundo a CBF, até segunda ordem…
O estádio Gerson Amaral é um campo acanhado, com apenas seis mil lugares.
Os tricolores podem esperar desde já um clima de muita pressão no dia 2 de outubro…
Confira a tabela completa do mata-mata do último nível do Campeonato Brasileiro aqui.
Em 26 jogos como mandante nesta temporada, o Náutico só foi derrotado uma vez.
Em 13 de abril, nos Aflitos, o Vasco não tomou conhecimento do time alvirrubro, treinado na época por Roberto Fernandes.
Vitória categórica do clube cruz-maltino por 3 x 0, com gols de Dedé, Alecsandro e Bernardo, abrindo larga vantagem nas oitavas de final da Copa do Brasil.
Tocando a bola e envolvendo o adversário pernambucano durante 90 minutos, o Vasco foi soberano. Abaixo, o texto publicado no Diario de Pernambuco no dia seguinte.
A expectativa era impor o futebol ofensivo visto até então nesta temporada. No cartaz do Náutico, 56 gols em 24 jogos. Diante do Vasco, a surpreendente formação com três atacantes e o apoio da torcida nos Aflitos. Em campo, porém, 90 minutos de domínio adversário. Na abertura das oitavas de final da Copa do Brasil, ontem à noite, um duro revés diante do Vasco por 3 a 0. Placar que ficou barato.
De fato, aquele Vasco surpreendeu torcedores pernambucanos, imprensa local e, sobretudo, o técnico Roberto Fernandes, que escalou um Náutico extremamente ofensivo. Contudo, o time foi anulado, sem eficiência na marcação e poder de reação.
Na ocasião o Vasco já se apresentou com a formação atual, num 4-4-2 com os meias Felipe e Diego Souza, com Ricardo Gomes no banco de reservas.
Pois aquele desacreditado time com faixa diagonal no uniforme, que não ganhava um título de primeira divisão desde o Carioca de 2003, evoluiu, conquistou a Copa do Brasil e hoje lidera a Série A, de forma isolada. E agora com Juninho Pernambucano.
Possivelmente, foi o maior erro de avaliação em Pernambuco nos últimos tempos…
Art. 24 – As partidas do campeonato somente poderão ser jogadas em estádios que obedeçam à capacidade de público conforme se segue:
a) Sem capacidade mínimas nas três primeiras fases do campeonato.
b) Para a quarta e quinta fases (semifinais e finais) os estádios deverão ter capacidade mínima de 10.000 espectadores em lugares sentados e sistema de iluminação adequado para partidas noturnas.
Pois é. Assim, o jogo Coruripe x Santa Cruz só será transferido para o estádio Rei Pelé, em Maceió, se o clube alagoano quiser. Se ocorrer, será 100% pelo lado financeiro.
De qualquer forma, é interessante notar que um confronto valendo o acesso, nas quartas de final (3ª fase), pode ser realizado num estádio “sem capacidade mínima”.
Em tese, bastaria conseguir os laudos técnicos de um centro de treinamento bem equipado, atendendo à Lei 10.671/03 do Decreto 6.795/09, da Presidência da República, segundo o regulamento geral de competições da CBF (veja aqui).
Além disso, seria preciso bancar as taxas regulares dos jogos, como arbitragem…
Disputa pela vaga na Série C num CT?!
Isso deixa bem claro o nível da Série D… Várzea pura.