Confira o vídeo divulgado pela Secretário da Copa no Ceará, neste sábado, sobre o avanço das obras do estádio Castelão, o mais adiantado do Mundial no país.
Com 67.037 lugares, a arena em Fortaleza receberá seis jogos da Copa do Mundo, um deles com a Seleção Brasileira, que poderá atuar até duas vezes por lá.
O custo da reforma do maior estádio do Nordeste é de R$ 519 milhões.
Em seis meses, a mesma enquete para a torcida pernambucana, aberta durante uma semana. Nas duas situações, o questionamento sobre a presença das torcidas organizadas nas arquibancadas de Arruda, Aflitos e Ilha do Retiro, logo após incidentes protagonizados por integrantes das maiores facções do estado.
Nas duas enquetes realizadas pelo blog, uma votação maciça a favor das uniformizadas. Em todos os cenários nas duas pesquisas (clubes e geral), o “sim” ficou à frente. A única mudança mais visível foi a redução do percentual absoluto, que caiu de 64%, em novembro do ano passado, para 59% em abril desta temporada.
A festa nos estádios ainda é o diferencial na opinião do público. Cabe à polícia tentar controlar de uma vez por todas a baderna criada por marginais disfarços de torcedores.
Você é a favor da presença das torcidas organizadas nos estádios pernambucanos? Dados de 2012 (abril) e 2011 (novembro)
Foi enorme o lóbi político para encaixar a Arena Pernambuco na Copa das Confederações de 2013. Conversas com o alto escalão em Brasília e no Rio de Janeiro. Em 20 de outubro do ano passado, quando o estádio foi escolhido pela Fifa de forma condicionada para o torneio, o tom do governo do estado foi de comemoração, mesmo com o papel de coadjuvante na Copa do Mundo, cuja estrutura da tabela foi divulgada no mesmo dia.
Desde então, foi reforçado o discurso local sobre a participação nos dois eventos da Fifa. Paralelamente, foi crescendo o temor de não terminar o estádio a tempo. Para tentar vencer esta desconfiança, inúmeros planos foram elaborados.
O número de operários é um bom indicativo para ilustrar as variações que tentam evitar um vexame. Quando o projeto foi lançado, em 15 de janeiro de 2009, o número estimado era de 1.200 funcionários no pico. Há dois meses, esse númeo já estava em três mil.
Agora, o ultimato: cinco mil trabalhadores. Um custo maior no embalo (veja aqui).
Paralelamente ao aumento do trabalho, grandes veículos de comunicação divulgam notas sobre uma parada já decidida, contrária ao pleito pernambucano.
A revista Veja, através do colunista Lauro Jardim, divulgou uma nota em seu site na qual o “Recife está com um pé fora”. Uma saída honrosa já estaria sendo articulada para preservar a imagem política do governador Eduardo Campos, alvo deste revés.
Indagado sobre o assunto, o secretário extraordinário da Copa no estado, Ricardo Leitão, comentou a postagem do jornalista de forma bem humorada.
“O que preparamos aqui é uma ‘entrada honrosa’. Não vi o texto, mas já estou discordando. E digo que o senhor Lauro Jardim já está convidado para assistir ao primeiro jogo da Copa das Confederações aqui”.
O fato é que o megaprojeto pernambucano alcançou 40% das obras executadas, mas segue em último entre as seis arenas indicadas para a Copa das Confederações. Também escolhida de forma condicionada, a Fonte Nova já está em 59%.
Não existe saída honrosa neste caso, simplesmente porque o estado lutou, e muito, para conseguir se tornar subsede do vestibular do Mundial. Daí, tanto esforço agora para não municiar durante um bom tempo as bases da oposição.
A Copa do Mundo sempre caminhou ao lado da política, mas não adianta só o lóbi…