Paraibano de Cruz do Espírito Santo, Durval chegou no Sport no início de 2006, aos 25 anos. O zagueirão havia sido vice-campeão da Taça Libertadores do ano anterior, quando defendia o Atlético-PR.
Mas chegou por baixo na Ilha, por causa de uma falha na decisão da competição. No Recife, sob o comando de Dorival Júnior, ganhou uma vaga no time principal rapidamente. Canhoto, o defensor passou a vestir a camisa número 4, emblemática.
Da estreia em 8 de janeiro de 2006 até a última rodada da Série A deste ano foram 226 jogos. De “refugo” do Furacão ao status de ídolo do Sport. O capitão da Copa do Brasil. 😈
Nestes quatro anos na Ilha do Retiro, o jogador escreveu uma história rara no atual futebol brasileiro, no qual atletas trocam de clube a cada seis meses.
Foram quatro temporadas de soberania no Rubro-negro. Foi tetra no Estadual – o último de maneira invicta. Nos 2 primeiros anos, a braçadeira de capitão ficou com o meia Geraldo (2006) e com o volante Éverton (2007).
E olhe que foi difícil achar uma foto do zagueiro segurando a taça no primeiro título. Em cerca de 50 fotos, Durval aparece atrás dos destaques daquele time em quase todas.
Sinal claro de que ainda estava buscando o seu espaço no grupo. Depois disso, ele cansou de levantar taça na Ilha. Só de turnos foram 7!
Mais. Veio também a fama de zagueiro-artilheiro. Fez 25 gols pelo clube, com vários gols nos clássicos contra o Náutico.
Foram quatro anos tendo o nome gritado na arquibancada da Ilha, com aquele início impublicável e que termina com a célebre frase “É o melhor zagueirodo Brasil!” .
Este segundo semestre em 2009 foi o seu pior momento no Leão, no qual o tal grito de guerra não fez tanto sentido, mas que continuou sendo ecoado no estádio por respeito a um dos jogadores mais vitoriosos nos 104 anos do Sport.
Apesar da proposta feita pelo clube para tentar uma renovação, o seu empresário e o presidente leonino não chegaram a um acordo. Durval vai seguir a sua vida, provavelmente em um time na Série A. Ele tem mercado e futebol pra isso.
Aos torcedores do Sport, vai ficar uma lembrança eterna. O gol de falta contra o Internacional, no dificílimo confronto das quartas de final da Copa do Brasil de 2008, na Ilha.
O relógio marcava 33 do 2º tempo. Um jogo tenso. O Leão, com 1 jogador a menos, vencia por 2 x 1, mas precisava de um gol, diante do fortíssimo Colorado de Alex, Fernandão e Nilmar.
Falta para o Leão. Durval se aproximou e chamou a responsabilidade. O capitão acertou um míssil contra a meta de Clemer. Há quem diga que aquele foi um dos gols mais comemorados da história do estádio rubro-negro…
A fotomontagem no lado direito reproduz as 4 voltas olímpicas no Pernambucano, entre 2006 e 2009, de cima para baixo. Acima, a maior de todas as taças na “Era Durval”. O troféu que valeu a 2ª estrela dourada. É cacete! 😯
Números: Inaldo Freire, fisiologista do Sport.
Valeu, Durval!
Esse gol contra o Inter eu comemorei como louco, não tem explicação, não dá para explicar o sentimento naquele momento, foi muito maior que o próprio título, na minha humilde opinião.
Eu estava aqui: http://www.youtube.com/watch?v=0cgQUZztH5Q
Mt bom o post, Cássio. Pra mim, na campanha da Copa do Brasil, esse gol de Durval foi o mais importante de toda a campanha. Foi com ele que a gnt passou a acreditar mais no título. Com menos um e precisando virar o jogo, contra o sempre “melhor elenco do ano seguinte” Inter.
Por toda a mística que ele tem na Ilha, dos gols em clássicos e pelas taças levantadas, espero que esse seja um até logo.