Uma transferência a cada 42 minutos no mundo do futebol

Fifa

A cada, 33 transferências internacionais são concretizadas no futebol. Isso representa, em tese, uma negociação a cada 42 minutos.

Em toda a temporada, o montante envolvido nos acordos entre os clubes em todo o mundo foi de US$ 3,7 bilhões, ou R$ 9,01 bilhões.

Na média, os times gastaram 300 mil dólares por cada atleta contratado, cuja idade média foi de 25 anos e 3 meses. Ao todo, 24,6% do dinheiro envolvido no futebol foi gasto por clubes ingleses.

Esses são alguns dos números do terceiro balanço anual do FIFA Transfer Matching System (TMS), o sistema eletrônico da entidade para monitorar as transações do futebol, agregando 200 nações filiadas e 6 mil clubes inscritos.

De 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2013, nada menos que 12.309 jogadores mudaram tanto de clube quanto de país.

Qual país cedeu mais negociou atletas para o exterior? O status coube mais uma vez ao Brasil, que desta vez teve 1.402 jogadores negociados, incluindo chegada e saída de atletas. Sport, Santa e Náutico estão inseridos nesses dados.

2011 – 11.661 transferências e US$ 3 bilhões
2012 – 11.784 transferências e US$ 2,53 bilhões
2013 – 12.309 transferências e US$ 3,7 bilhões

Total (2011/2013): 35.754 jogadores negociados, com gasto de US$ 9,23 bilhões

Saiba mais sobre o balanço do TMS da Fifa clicando aqui.

A transformação geopolítica do mundo de 1930 a 2014

Mapa mundi em 1930. Crédito: http://geacron.com/home-en/

A Copa do Mundo de 2014 será a vigésima edição da história.

Disputado desde 1930, o maior torneio do futebol agrega, hoje, mais filiados que a ONU, passando de 200 nações reconhecidas pela Fifa.

Contudo, as mudanças geopolíticas ao longo dos anos mostram que o Mundial sempre esteve entre inúmeros conflitos políticos, militares, econômicos etc. Uma breve análise nos mapas da edição pioneira, no Uruguai, e da segunda competição realizada no Brasil já é suficiente para compreender a confusão.

As maiores transformações foram nos continentes europeu e africano.

Da enorme União Soviética, dissolvida em 1991 e resultando em 15 países, à Iugoslávia, cuja capital Belgrado já foi sede de cinco nações (e seleções) distintas em Mundiais, fora as bandeiras dissidentes, como Croácia e Eslovênia.

E o que dizer da Tchecoslováquia? Duas vezes vice-campeão mundial, o país acabou dividida ao meio, entre República Tcheca e Eslováquia.

Na África, a enorme colônia francesa, no oeste africano, deu lugar oito nacionalidades independentes. Já na Ásia não havia divisão na Coreia – posteriormente, tanto o Norte quanto o Sul foram à Copa. Outros tantos países mudaram de nome, bandeira, regime…

Confira as imagens mais detalhadas: 1930 e 2014.

Veja outros mapas nos períodos das copas no World History Maps & Timelines.

E assim a história segue sendo escrita, com um novo mapa a cada Mundial…

Mapa mundi em 2014. Crédito: http://geacron.com/home-en/

De Caça-Rato a The Rat Catcher, o apelido definitivo de Flávio

Matéria no jornal inglês The Guardian sobre o Flávio Caça-Rato, atacante do Santa Cruz. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

No futebol, o nome é Flávio Caça-Rato. Não há porque negar o apelido. O atacante gosta, a torcida o idolatra, a repercussão na imprensa só aumenta…

Durante um bom tempo, o Santa Cruz insistiu em chamá-lo de “Flávio Recife”. Claro, a ideia não pegou. Aos poucos, o clube cedeu e aceitou o apelido.

Folclórico sim, mas sem denegrir o Tricolor. Na verdade, tal alcunha vai levando o nome coral a distâncias surpreendentes. Ou um perfil de Caça-Rato publicado no tradicionalíssimo jornal britânico The Guardian não chama a atenção?

Flávio the Rat Catcher, na tradução do periódico, é descrito como o jogador que veio da pobreza, numa relação direta com a situação do país (veja aqui).

No embalo, as 60 mil pessoas no acesso tricolor à segundona são citadas como a mistura entre carisma, futebol e paixão, tendo foco em Rat Catcher.

Esta é a terceira vez que o Santa Cruz é citado no jornal londrino. Mérito do norte-irlandês James Armour Young, colaborador do newspaper, que morou alguns anos no Recife e passou a torcer do clube, além do Atlético Mineiro.

No primeiro texto assinado por ele, a pauta foi o lado cultural de torcer pelo time do povão. Em seguida, na estreia na quarta divisão em João Pessoa, com 16 mil tricolores no Almeidão, mesmo sob dilúvio, o deslocamento humano também foi lembrado em uma coluna esportiva.

Agora, uma reportagem para deixar claro que no mundo da bola Flávio é…

The Rat Catcher.

Ferrari redesenhada no limite das regras da F1

Modelos da Ferrari para a Fórmula 1 em 2013 e 2014. Crédito: twitter.com/RealSteRumbelow

Sempre no limite das regras impostas pela Fórmula 1, as escuderias apresentam novidades ano a ano. Para o circuito de 2014, a Ferrari inovou bastante no bico do carro. Em vez do formato “tomada”, agora é o “degrau”.

No instante seguinte ao anúncio oficial surgiram os comparativos entre os modelos de 2013 (F138) e 2014 (F14 T). O novo carro será pilotado pelo espanhol Fernando Alonso e pelo finlandês Kimi Raikkonen.

A famosa escuderia italiana não conquista os títulos mundiais de construtores e pilotos desde 2008 e 2007, respectivamente. Pelo visto, quer vencer por nariz…

Modelos da Ferrari para a Fórmula 1 em 2013 e 2014. Crédito: twitter.com/piusgasso

O verdadeiro custo de Neymar no Barça, agora bancado por 86,2 milhões de euros

Dados sobre a compra de Neymar, do Santos ao Barcelona

A milionária transação de Neymar, do Santos para o Barcelona, foi “reavaliada”.

O clube catalão divulgou todos os acordos diretos e indiretos inseridos na negociação, incluindo luvas, comissões, acerto de prioridades e parcerias. O craque custou 86,2 milhões de euros, o que o elevou ao posto de terceiro mais caro do futebol.

Anteriormente, o acordo oficial era de 57,1 milhões de euros. A polêmica sobre o valor da contratação do atacante, desencadeada após a revelação da imprensa espanhola, resultou na renúncia do presidente do Barça, Sandro Rosell.

Em tempo: o salário de Neymar é de 869 mil euros, com duração de cinco anos.

Eis a íntegra do documento apresentado pelo clube espanhol.

A evolução do Macintosh via Super Bowl

Macintosh de 1984 e 2013.

Trinta anos de Macintosh. Pois é, o famoso computador pessoal produzido pela Apple chega a esta idade em 2014. Foram inúmeras versões do revolucionário equipamento, avançando em ritmo cada vez maior nas soluções tecnológicas para facilitar a vida do usuário.

O primeiro deles foi lançado no Super Bowl de 1984. A grande final da liga de futebol americano, em 22 de janeiro, terminou com vitória do Los Angeles Raiders sobre o Washington Redskins por 38 x 9.

No terceiro quarto da partida realizada em Tampa, entrou no ar no canal de tevê norte-americano CBS o histórico comercial anunciando o pioneiro Mac.

O vídeo, dirigido por ninguém menos que Ridley Scott, foi inspirado no livro “1984”, de George Orwell, sobre um futuro distópico através do Big Brother…

A crítica elogiou bastante o comercial, que acabou entrando na lista dos 50 melhores já criados, segundo o Clio Awards.

Com uma tela de 9 polegadas e 128KB de memória, o eletrônico entraria no mercado dois dias depois, por US$ 2.495. Três décadas depois, agora chamado de iMac, finíssimo e com telas de 27 polegadas, se mantém inovador.

No entanto, tudo começou num touchdown dos Raiders…

Agora, em 2014, é a vez de Denver Broncos e Seattle Seahawks no Super Bowl.

Será que a Apple prepara algo para o intervalo da NFL em Nova York…?

A última arena do Mundial deve aprender com a última da Copa das Confederações

Construções da Arena da Baixada (janeiro/2014) e Arena Pernambuco (janeiro/2013). Crédito: Odebrecht e CAP/S.A.

A situação é bem parecida… Misturando trabalho, apreensão, política e pressão.

Com as seguidas declarações da Fifa, pondo em xeque a presença no torneio, vem novos cronogramas e soluções emergenciais para a conclusão.

A Arena Pernambuco foi escolhida para a Copa das Confederações após uma articulação política. Para bancar a ideia do governo do estado, foi preciso criar um novo roteiro para a obra, com mais funcionários e metas de execução, do tipo de material à forma de instalação.

Em janeiro de 2013, a construção, a última entre os seis palcos do evento, estava em 90%. A principais pendências eram a cobertura, cadeiras, gramado e acabamento.

Um ano depois, outra competição da Fifa em junho pela frente. Desta vez, a Copa do Mundo. Em janeiro de 2014, a lanterna da vez, sob ameaça de exclusão, é a Arena da Baixada, em Curitiba, cujo percentual é bem semelhante àquele do estádio em São Lourenço: 88,8%.

Curiosamente, as pendências são as mesmas. Aliás, os estádios terão capacidades semelhantes, com 46.214 lugares em Pernambuco e 42.372 no Paraná.

No entanto, há uma enorme diferença na realização: a mão de obra empregada.

Na reta final dos trabalhos na Arena Pernambuco eram nada menos que 4.462 operários ligados à Odebrecht. No estádio do Atlético-PR, tocado pela CAP S/A, o número é de 1.084.

A diferença de funcionários e máquinas é bem visível nas imagens de divulgação das parcerias.

No caso público-privado, o aumento no efetivo foi justificado pela participação local no evento-teste. A obra acelerou e cumpriu a sua meta, incluindo um jogo teste em 22 de maio, no amistoso entre Náutico e Sporting, diante de 26.903 pessoas.

Ou seja, em relação à engenharia civil, o quadro curitibano é possível.

Só não será uma missão barata.

Segundo a Secretaria Extraordinária da Copa em Pernambuco, a Secopa, a ordem de grandeza do empreendimento subiu R$ 118 milhões no processo de aceleração, chegando a R$ 650 milhões.

E assim como a Copa das Confederações não teve apenas cinco subsedes, o Mundial também não deverá ter apenas onze. Custe o que custar…

Os gigantes de concreto clamam por reformas, com ou sem estrelas

Projeto de ampliação do estádio Camp Nou, do Barcelona. Crédito: divulgação

O Camp Nou integra a exclusiva casta “cinco estrelas” da Uefa, em uma classificação estrutural dos estádios de futebol. Na temporada 1998/1999, o palco do Barcelona, o maior da Europa, recebeu a nomenclatura máxima, podendo receber qualquer decisão organizada pela entidade.

Inaugurado em 1957, o Camp Nou ainda é um estádio moderno. Contudo, há falhas, como pilastras na frente de alguns assentos, nos resquícios das várias reformas. Para corrigir tudo isso, acrescentar seis mil lugares e uma cobertura, o Barça conduzirá uma reforma entre 2017 e 2021. Chegando a 105.354 lugares, o Camp Nou se tornaria um dos três maiores estádios do mundo.

O orçamento de 600 milhões de euros agregaria outras obras ao redor do clube espanhol. A previsão é quitar a conta até 2024. Os investidores já apareceram.

Enquanto isso, no Recife, o Santa Cruz segue em busca de parceiros para tocar o seu projeto. A Arena Coral foi lançada em 2007. Na época, o custo para remodelar o Arruda foi calculado em R$ 200 milhões. Desde então, com novas exigências na infraestrutura, o possível gasto ainda não refeito.

Curiosamente, a reforma milionária também deixaria o estádio José do Rego Maciel em terceiro lugar, mas no ranking nacional. À frente do Mundão, hoje necessitado, está só o Morumbi entre os não reformados ou construídos no mais recente Padrão Fifa. Cara ou não, a mudança é essencial. Como comprovou o Barça, mesmo já sendo proprietário de um estádio cinco estrelas…

Maiores estádios de futebol do mundo
1º) Rungrado May Day (Pyongyang, Coreia do Norte) – 150.000
2º) Salt Lake (Calcutá, Índia) – 120.000
3º) Azteca (Cidade do México, México) – 105.064
4º) Azadi (Teerã, Irã) – 100.000
5º) Camp Nou (Barcelona, Espanha) – 99.354
6º) Soccer City (Joanesburgo, África do Sul) – 94.700
7º) Rose Bowl (Pasadena, Estados Unidos) – 93.420
8º) Wembley (Londres, Inglaterra) – 90.000
9º) Gelora Bung (Jacarta, Indonésia) – 88.306
10º) Bukit Jalil (Kuala Lumpur, Malásia) – 87.411

Com 105.354 lugares, o Camp Nou subiria para o 3º lugar no ranking mundial

Maiores estádios de futebol do Brasil
1º) Maracanã (Rio de Janeiro-RJ) – 78.838
2º) Mané Garrincha (Brasília-DF) – 72.788
3º) Morumbi (São Paulo) – 67.052
4º) Itaquerão (São Paulo-SP) – 65.807
5º) Castelão (Fortaleza-CE) – 64.846
6º) Mineirão (Belo Horizonte-MG) – 62.547
7º) Arena Grêmio (Porto Alegre-RS) – 60.540
8º) Arruda (Recife-PE)- 60.044
9º) Parque do Sabiá (Uberlândia-MG) – 56.450
10º Beira-Rio (Porto Alegre-RS) – 56.000

Com 68.500 lugares, o Arruda subiria para o 3º lugar no ranking nacional

Projeto da Arena Coral

Seleções com destinos estabelecidos aos centros de treinamento de Náutico e Sport

Centros de treinamento de Náutico e Sport em 2014. Fotos: assessorias de Náutico e Sport (twitter e facebook)

Os centros de treinamento de Náutico e Sport, alvos de investimentos milionários, receberão oito seleções na primeira fase da Copa do Mundo de 2014.

Como ocorreu na Copa das Confederações, os locais devem ser utilizados por dois dias pelos países antes dos jogos agendados na Arena Pernambuco. A definição dos treinos já está feita, com informações apuradas pelo blog junto a membros do Comitê Organizador Local (COL).

CT Wilson Campos (Náutico): Costa do Marfim, Itália, Croácia, EUA e 1D.
CT José de Andrade Médicis (Sport): Japão, Costa Rica, México, Alemanha e 2C.

Em vez de teorias mirabolantes como patrocinadores das equipes, fornecedores de material esportivo ou política, a divisão foi mais simples do que se imagina.

A partir da tabela oficial da Fifa para o Mundial, os países à esquerda foram destinados ao centro de treinamento avirrubro, na Guabiraba, enquanto os da direita irão à estrutura rubro-negra, em Paratibe. O mesmo deve ser aplicado para a partida pelas oitavas de final, encerrando a participação do estado na Copa.

14/06 – Costa do Marfim x Japão
20/06 – Itália x Costa Rica
23/06 – Croácia x México
26/06 – Estados Unidos x Alemanha
29/06 – 1D x 2C

Os dois centros de treinamento também passarão por reformas no acesso até junho, em obras bancadas pela Prefeitura do Recife, já licitadas. No Timbu, haverá uma pavimentação de 200 metros até a entrada lateral, enquanto no Leão serão 1.900 metros de estrada até o portão principal.

O centro de treinamento secreto do Recife para Copa

O campo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE). Crédito: Google Maps

A infraestrutura esportiva de Pernambuco para a Copa do Mundo será composta pela Arena Pernambuco e pelos centros de treinamento de Náutico e Sport.

Em relação aos treinos da seleções, há um novo plano B…

O campo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco.

Para entender melhor a escolha do IFPE, o antigo Cefet, é preciso voltar um pouco no tempo, até a Copa das Confederações de 2013. O estado foi uma das seis subsedes do torneio preparatório. Na ocasião, dois locais ganharam a alcunha de Campo Oficial de Treinamento (COT,) o CT Wilson Campos e o Arruda.

O centro alvirrubro foi mantido, enquanto o Arruda acabou fora do evento. As chuvas de junho castigaram o gramado. Além disso, o acesso de jogadores e imprensa foi bastante criticado pela Fifa.

Então, entrou em ação plano B vigente, o CT rubro-negro, em Paratibe.

Com o centro de treinamento do Leão “efetivado” para 2014 e o Mundão descartado, o Comitê Organizador Local (COL) precisou correr para encontrar outro campo. Afinal, é preciso de uma estrutura reserva, ainda mais com o período do Mundial novamente no inverno recifense.

A decisão foi conjunta, entre COL e Prefeitura do Recife.

O campo do IFPE, próximo à Cidade Universitária, terá um novo gramado no Padrão Fifa. Ou seja, grama do tipo bermuda e campo de jogo com as dimensões 105m x 68m, numa obra custeada pela prefeitura da capital, como contrapartida.

Pode ser que o novo campo nem seja usado na Copa. Depois do Mundial, no entanto, o futebol pernambucano terá uma boa opção para treinamentos…