A capacidade do estádio dos Aflitos é de 19.800 torcedores.
Desde a implantação do Estatuto do Torcedor, o Náutico vem seguindo à risca a lei e liberando apenas 10% da carga de ingressos para a torcida visitante. É o mínimo exigido pelo estatuto, independentemente do tamanho da arena.
Ou seja, são 1.980 bilhetes para a turma que entra pela Rual Manoel de Carvalho.
Trata-se do mínimo e do máximo de ingressos, pois o clube alvirrubro segue a linha adotada em todo o país, que é a de restringir a presença da torcida adversária.
Até mesmo nos clássicos.
O Timbu está certo. Os rivais fazem o mesmo na Ilha do Retiro e no Arruda.
Neste domingo, porém, a situação será bem diferente.
Inexplicavelmente, o Náutico cedeu 4 mil ingressos para a torcida do Flamengo.
O número corresponde a 20,2% do total. 😯
O Alvirrubro deverá arrecadar R$ 160 mil apenas com os flamenguistas. Mas o custo disso pode ser bem mais alto.
A diretoria de Rosa e Silva reclamou tanto do horário, que passou das 15h para as 16h, mas não fez questão alguma da pressão da torcida adversária? Uma pressão maior que a registrada nos clássicos… Por que?
O assunto da quinta-feira nos debates do futebol brasileiro foi o mesmo da noite de quarta.
Os instantes finais do jogo no Palestra Itália já mudaram o curso o Campeonato Brasileiro de 2009.
O pontinho alviverde pode virar 3…
Ou nenhum. 😯
Como não poderia deixar de ser, o tema desta sexta deverá seguir pelo mesmo caminho dos últimos 2 dias. Não só no Recife, como em todo o país.
Um novo jogo?
Apenas os últimos minutos, voltando o placar de 2 x 1 para o Leão?
Mantém o empate?
Apito, STJD, recurso, comentários de ex-árbitros e dirigentes, revolta, temor, esperança, atitude… São tantas palavras dentro deste contexto que é melhor terminar com o básico “etc”.
Mas…
Pois é. Ainda existe um “mas”.
Mas não tem como não pensar que esse Sport, há tanto tempo com 99,9% de chance de cair e até mesmo 100% rebaixado agora, ainda segue “vivo”.
O maior Lázaro dos últimos tempos. Imortal? Até quando?
Com um cenário tão adverso em São Paulo, a impressão na sede do Sport é de que a queda para a Série B já parecia consumada, antes mesmo do 2 x 2. Pontos tradicionais no clube completamente vazios, como o bar do tênis. No início da temporada, mais de 100 pessoas acompanhavam aos jogos fora de casa pela TV do bar. Na noite desta quarta, mesas vazias. Cadeiras ocupadas apenas pelas bolsas dos tenistas.
Mas teve gente que acreditou até o 50º minuto do segundo tempo da partida contra o Palmeiras. A única televisão ligada no clube estava na pequena sala de hóquei, embaixo da arquibancada frontal da Ilha. Uma TV de apenas 14 polegadas, mas bastante disputada pelos únicos fiéis que teimavam em não aceitar o rebaixamento.
Torcedores e funcionários do clube. Humildes, apaixonados, rubro-negros.
Na foto acima, registrada por Ricardo Fernandes, do Diario, os personagens deste post, da esquerda para a direita: Pitomba, Diego, João Luís e Banana.
O preparador físico do time de hóquei João Luís, de 30 anos, apostou uma grade de cerveja que o Sport não perderia. Isso mesmo, em pleno Palestra Itália.
“Eu só vou cair quando a matemática disser isso. Até lá, vou acreditar sempre no meu Sport. Eu posso cair, mais vou tirar o título do Palmeiras”, disse João, durante o jogo, com o Sport em vantagem no placar.
Roupeiro do clube há 29 anos, Nivaldo Dias, o “Banana”, de 54 anos, mal conseguia falar durante a partida.
“Com esse Sport, eu acredito até em campeonato de cuspe”, brincou o folclórico Banana, sem esconder a tristeza com o empate cedido nos minutos finais.
Aos 14 anos, Diego Santos via o jogo já preocupado com o horário do treinamento. Excepcionalmente nesta quarta, o treino começaria com alguns minutos de atraso, por causa do jogo, é claro.
“O pessoal todo já está chegando, e o Sport inventa de fazer dois gols. Assim, vou ficar vendo”, afirmou Diego, que acabou não vendo o 2º tempo. Pegou os patins e se mandou para a quadra.
O dono da TV, Reginaldo Dias, o “Pitomba”, de 42 anos, não escondia a satisfação de ver o jogo ao lado dos amigos de tantos anos no clube. O resultado já não importava mais, apesar do excesso de confiança.
“Palestra Itália? Minha segunda casa. Lá, o Sport não perde”, comentou Reginaldo, antes de ser repreendido pelo baixinho Banana, que queria se concentrar no jogo.
No fim, porém, esses mesmos torcedores ainda tiveram que presenciar um foguetório de tricolores na frente da Ilha do Retiro.
O Sport foi rebaixado na noite desta quarta-feira. Irá disputar a Série B do Campeonato Brasileiro em 2010. Após 3 anos no céu, a volta ao calvário.
Uma ferida grande no clube, campeão da Copa do Brasil de 2008.
Mas o Leão também fez uma ferida letal no Palmeiras.
O Rubro-negro cedeu o empate por 2 x 2 somente aos 39 minutos no 2º tempo. Um gol mandrake, com apito fantasma (veja AQUI, aos 3 segundos). A síntese desta Série A.
A vitória deixaria o Leão com uma chance pequena. Mas não deu.
Para o Palmeiras, porém, esse único ponto conquistado no Palestra Itália poderá custar o título brasileiro.
O Leão ficou ferido. De morte…
Mas o Porco deixou o campo sangrando…
Veja um especial assinado pelo repórter Lucas Fitipaldi sobre a queda do Leão AQUI.
Historicamente, o Flamengo sempre foi o maior “rival” do Sport fora de Pernambuco. Devido à polêmica do Brasileirão de 1987, naturalmente.
Pode não ter mudado ainda, mas o Palmeiras vem se “esforçando” bastante para ocupar o posto.
Na noite desta quarta-feira, o capítulo final deste ciclo.
Antes, 11 histórias. Algumas delas foram marcantes, como a virada rubro-negra em São Paulo, em 2007, com 2 jogadores a menos… A goleada na Ilha no ano passado, com show de Romerito… Outra goleada leonina, agora em pleno Palestra Itália, quebrando uma invencibilidade de 11 partidas do mandante!
Mas também teve o lanterna verde ressurgindo na Ilha do Retiro, pela Libertadores… Em outro jogo o Recife, o goleiro Marcos acabou com o Sport na América, pegando 3 pênaltis… Isso tudo sem contar as brigas nos bastidores, torcidas com clima quente etc. Um duelo com grandes capítulos.
Abatido, desfalcado, com técnico interino e com 99,99% de chance de ser rebaixado. Esse é o pacote do Sport para entrar no Palestra Itália para encarar o vice-líder da Série A nesta quarta. Caso não vença o jogo, o Leão estará matematicamente rebaixado (finalmente). O simbolismo de transformar “99,99” em 100%.
Abaixo, a lista de jogos das duas últimas temporadas. Sem dúvida alguma, um dos confrontos mais repetidos do futebol brasileiro no período.
01/08/07 – Palmeiras 1 x 2 Sport – Série A
04/11/07 – Sport 3 x 1 Palmeiras – Série A
24/04/08 – Palmeiras 0 x 0 Sport – Copa do Brasil
30/04/08 – Sport 4 x 1 Palmeiras – Copa do Brasil
08/06/08 – Sport 2 x 0 Palmeiras – Série A
04/09/08 – Palmeiras 0 x 3 Sport – Série A
08/04/09 – Sport 0 x 2 Palmeiras – Libertadores
15/04/09 – Palmeiras 1 x 1 Sport – Libertadores
05/05/09 – Palmeiras 1 x 0 Sport – Libertadores
12/05/09 – Sport 1 x 0 Palmeiras – Libertadores (nos pênaltis, Palmeiras 3 x 1)
01/08/09 – Sport 0 x 1 Palmeiras – Série A
11/11/09 – Palmeiras x Sport – Série A
Com o Verdão quase garantido na Libertadores, um novo duelo só poderá acontecer a partir de 2011. Pausa para respirar. 😎
A foto acima é um bom motivo para ver um jogo de vôlei, concorda?
Pois é. A campeão olímpica Jaqueline Carvalho, recifense de 25 anos, está na capital pernambucana para a disputa da Copa BMG, que está sendo realizada no ginásio Milton Lyra Bivar, na Ilha do Retiro.
A musa do vôlei brasileiro defende o Osasco, atual vice-campeão da Superliga. A ponteira estará em ação a partir das 19h30, no jogo contra o Santa Cruz. Às 20h30, Sport/BMG x Minas Tênis Clube. Entrada franca… 😎
A CBF modificou o horário do jogo do Náutico contra o Flamengo.
Passou das 15h para as 16h do próximo domingo, no estádio dos Aflitos.
A comissão técnica do Timbu já havia definido um cronograma de treinamentos visando o horário, com sol a pino no Recife.
Uma arma a mais para o Alvirrubro.
O artigo 16 do regulamento da Série A de 2009 deixa claro: uma mudança só pode acontecer faltando, no máximo, 10 dias para a realização da partida.
O que não foi o caso…
Chiadeira geral em Rosa e Silva.
O presidente do clube, Maurício Cardoso, rasgou o regulamento do Brasileirão durante uma coletiva na tarde desta terça-feira. Ato de revolta. Surpreendente. Mas possível numa reta final tão tenebrosa quanto esta… Com arbitragens pra lá de suspeitas.
Mas o presidente alvirrubro, que “pegou um ar” daqueles, deve estar ciente de que a lei o favorece numa retaliação. Não adianta reclamar, rasgar uma folha de papel e ficar nisso. É possível combater isso.
Sem medo.
Em maio, durante a Libertadores, o data do jogo Sport x Palmeiras, pelas oitavas de final, foi adiada do dia 12 para o dia 13. Numa manobra… Os dirigentes rubro-negros, porém, conseguiram manter a data original da partida.
Pela 6ª vez no Sport. Primeiro em 1983, logo após encerrar a brilhante carreira como volante, quando era conhecido como “marreco”. Tinha apenas 35 anos.
Voltou em 1991. Desta vez para duas temporadas seguidas. O saldo? Bicampeão pernambucano e estabilidade na Série A.
Novo capítulo em 1994, com uma safra incrível de revelações na Ilha. Chiquinho (meia), Adriano (zagueiro), Leonardo (atacante) e um tal de Juninho Pernambucano (meia). Campeão estadual e da Copa do Nordeste, no fim do ano.
Pior capítulo, 1999. Chegou com o time muito mal no Brasileiro. Não acrescentou muito. O Sport ficou na lanterna. Porém, sem rebaixamento.
Em 2006, a última passagem (agora, penúltima). Chegou no meio da Série B. Aproveitou a base montada por Dorival Júnior e deu sequência à campanha que levou o Leão de volta à 1ª divisão após 5 anos de sofrimento.
Agora, 2010. Novamente na Série B. Givanildo chega para tentar levar um time para a Série A pela 5ª vez. Antes, conseguiu com América/MG, em 1997 (campeão), Paysandu, em 2001 (campeão), SantaCruz, em 2005 (vice), e com o próprio Rubro-negro em 2006 (vice).
Daquele ex-volante olindense de 35 anos para um respeitado senhor de 61 anos, muita coisa mudou. Um histórico de vitórias regionais, acessos, a Copa dos Campeões de 2002 (quando levou o Paysandu à Libertadores), uma ou outra rusga com a imprensa e seriedade no trabalho.
Boa sorte, Givanildo! Até porque vai precisar… 😎
Ps. Givanildo Oliveira é o treinador que mais comandou o Sport na Primeira Divisão. Ao todo, foram 89 jogos.
Nos últimos dois anos, Corinthians e Vasco subiram para a 1ª divisão embalados por lemas oficiais. E que renderam muito dinheiro…
Para a Série B de 2008, o Timão lançou uma camisa especial, de algodão, com a frase “Eu nunca vou te abandonar”, que resumiu todo o sentimento da Fiel após o primeiro rebaixamento.
Mesmo rebaixado no Olímpico, na última rodada da Série A de 2007, a torcida corintiana não parava de cantar: “Eu nunca vou te abandonar… Porque eu te amo… Eu sou Corinthians!”
A camisa foi encomendada pela própria diretoria do Corinthians ainda em dezembro daquele ano. E foi um sucesso absoluto, com mais de 50 mil unidades vendidas (veja AQUI).
A Nike, fornecedora de material esportivo do clube, também lançou a sua versão da camisa, com traços mais modernos (veja AQUI). Enquanto o modelo original custou R$ 39,90, a blusa da Nike saiu por R$ 49,90.
Paralelamente ao acesso do Corinthians em 2008, veio a derrocada do Vasco. Também tetracampeão brasileiro, alvinegro e que nunca havia sido rebaixado no Nacional. Mas caiu. Mas a turma de São Januário copiou a boa ideia paulista e lançou a sua versão, com uma frase que também tinha tudo a ver com o clube cruzmaltino:
“O sentimento não pode parar!”
O Vasco lançou a camisa ainda no Campeonato Carioca deste ano. Novo sucesso de vendas. Logo no 2 primeiros meses, cerca de 20 mil camisas vendidas, por R$ 39,90 (veja AQUI). A torcida adotou o lema. Basta dizer que os 81.904 torcedores que lotaram o Maracanã no último sábado registraram o maior público da história da Série B. Recorde.
E a ideia já começa a ser costurada no Recife. Nos fóruns de Sport e Náutico na internet, os torcedores já debatem frases para camisas especiais, para não deixar a peteca cair (ainda mais) em 2010.
Com a queda virtualmente consolidada, os rubro-negros estão um pouco na frente no assunto. Na comunidade do time do Orkut, a opinião é quase unânime sobre a frase para a camisa do time na Série B. Veja abaixo:
“Com o Sport eternamente estarei”.
Não entendeu…? Clique AQUI. Eu sigo com a maioria. A frase é excelente. Só falta mandar fazer e ganhar dinheiro, como Vasco e Corinthians.
Que o Náutico não precise de uma camisa assim em 2010.
Se o Sport não vencer o Palmeiras nesta quarta-feira, no Palestra Itália, estará matematicamente rebaixado.
Transformará 99,99% em 100%. A situação é tão crítica que mesmo se ganhar a partida, o Leão poderá cair com o complemento da rodada.
Na redação do Diario, na eterna resenha da tarde sobre futebol, um dos tópicos da dicussão (que nunca acaba) foi exatamente esse. Um revés diante do Verdão será emblemático na campanha leonina na Série A? Será mesmo o marco do rebaixamento?
Confesso que discordei totalmente. Vai ficar parecendo que o Sport vem sendo rebaixado rodada a rodada. Caiu na derrota para o Santos, em casa. No gol perdido por Ciro aos 46 minutos so 2º tempo, contra o Coritiba. Na derrota no clássico dos Aflitos. Na virada desconcertante diante do Cruzeiro, com refletores apagados na Ilha.
“Mas de 50 em 50 anos acontece um milagre de 0,01% e o time se salva. Por isso que ninguém crava o rebaixamento”, argumentaram.
Ok, é verdade. Mas se isso acontecer, a pauta está clara. É o homem mordendo o cachorro. O Sport caiu e o seu presidente já aceitou isso. A própria torcida, aliás. Não se fala de outra coisa na Ilha do Retiro que não seja um planejameto urgente para 2010, para tentar “voltar” à Série A já na próxima temporada.
No meio disso tudo, ainda há outra parcela da torcida do Sport que quer mesmo é que o time faça alguma “ferida” no restante do Campeonato Brasileiro. A maior delas seria justamente nesta quarta.
Após 13 rodadas na liderança, o Palmeiras foi ultrapassado pelo rival São Paulo por um ponto. Um tropeço diante do lanterna, em casa, poderá minar de vez a campanha alviverde em busca do 5º título brasileiro. Com a natural megalomania rubro-negra, o objetivo agora passou a ser “tirar o título do Palmeiras”.
Qual foi o jogo que “rebaixou” o Sport nesta Série A?