Para correr do “traço”

PFC

A grade de jogos no sistema pay-per-view do Premiere Futebol Clube (PFC), canal por assinatura das organizações Globo, contava com sete Estaduais até este ano.

Campeonatos Paulista, Carioca, Gaúcho, Mineiro, Paranaense, Catarinense e Goiano.

Descrição oficial no site do canal :

Produzido especialmente para fãs de futebol e brasileiros radicados no exterior, o PFC é o primeiro canal com 100% de futebol modelo exportação.

Por ano, mais de 500 jogos são exibidos no canal. O pacote inclui ainda o Brasileiro (Séries A e B), Copa do Brasil, Copa São Paulo de juniores e Brasileiro Sub-20.

A partir de agora, o PFC vai passar a transmitir ao vivo os jogos do Campeonato Pernambucano. Começa já em 2011. Como o blog havia antecipado (veja AQUI), clubes, FPF e Globo bateram o martelo. Um gol para torcedores/torcedores.

A articulação demorou quase um mês, mas o acordo saiu na noite desta terça-feira.

Agora, fica uma torcida grande para que bons jogos do próximo Estadual sejam transmitidos para o país. Sport, Santa Cruz e Náutico passam a contar com uma audiência qualificada fora do estado, pois além dos jogos em PPV, algumas partidas farão parte da grade do canal, como horários especiais e reprises.

Que não fique no “traço”, num jargão televisivo para uma audiência baixa, quase nula.

Candidatos a ídolo e fiasco

Reforços dos grandes clubes pernambucanos para o Estadual de 2011Faltam apenas 16 dias para o início do Campeonato Pernambucano de 2011.

Até o momento, os três grandes clubes do Recife já contrataram 27 jogadores.

Somente o Santa Cruz assinou com 16 atletas.  As apresentações costumam lotar a sala de imprensa no Arruda.

Eles fazem parte de uma busca incessante do técnico Zé Teodoro.

Nos Aflitos, o Náutico acelerou os acordos e firmou sete novos contratos. O foco, porém, vem sendo renovar os que já estão por lá.

Na Ilha do Retiro, em um ritmo mais lento, o Sport só anunciou quatro jogadores. Até a reapresentação do elenco, no dia 3 de janeiro, a intenção é trazer mais quatro reforços.

Novos nomes, novas promessas e frases de efeito, novas expectativas nas torcidas rivais. Novos investimentos… De R$ 3 mil a R$ 70 mil.

Conhecidos ou desconhecidos, todos eles são candidatos a ídolo. Candidatos (com uma chance maior) a fiasco. Candidatos a folclore.

E, como não poderia deixar de ser, aquele “legal” de praxe na hora da foto para os jornais… Ou, então, o escudo exibido com orgulho.

O período mais chato do futebol, a entressafra de fim de ano, está acabando… Que chegue logo a hora dela, a bola. Acompanhada da vassourada.

Montando blocos

Fiat

Dentro de 28 meses, a Fiat irá inaugurar uma montadora no estado, em um investimento pesado de R$ 3 bilhões. Serão 3.500 empregos na indústria automobilística.

Aproveitando o embalo desta nova planta, a empresa está fechando uma parceria com os três grandes clubes de futebol do Recife.

De cara, uma cota de patrocínio bem generosa, de “boas vindas”. O valor?

Um cheque de R$ 200 mil para cada clube… Cota única, anual. O dinheiro seria o resultado de uma boa costura política dos governos estadual e federal.

Desde já, diretores de Santa Cruz, Náutico e Sport negam o acordo. A conferir.

Independentemente do resultado, acordos agregados deste porte deveriam fazer parte da rotina dos nossos clubes.

Assim como ocorre em outros estados, onde os grandes times  negociam em bloco. Geralmente, com um peso maior na mesa, assinam bons contratos também…

Os maiores do país

Criado em 1996, o ranking de clubes brasileiros elaborado pela Folha de São Paulo chega à sua 15ª edição. A tabulação das equipes leva em consideração títulos e vices nacionais e internacionais. Neste ano, os campeonatos estaduais passaram a valer pontos. No entanto, apenas clubes que já chegaram a uma decisão de porte nacional ou no exterior entram na lista. Assim, espaço para 34 clubes.

Contabilizando apenas os pontos da década que está chegando ao fim, o Internacional foi o líder, com 233 pontos, e um Mundial e duas Libertadores. De Pernambuco, Sport e Náutico aparecem no ranking. Saiba mais sobre o ranking da Folha clicando AQUI.

O ranking não considerou a unificação da Taça Brasil e do Robertão à Série A. Até o momento, nem mesmo a “CBF”, que não atualizou seus dados (veja AQUI).

Ranking de clubes da Folha de S.Paulo 2010

De novo, o tribunal

Tribunal...

Além da vitória no campo, o Sport precisou vencer na justiça comum para ser confirmado como o campeão brasileiro de 1987. A batalha no tribunal acabou exatamente em 16 de abril de 2001, com o fim do prazo para o Flamengo entrar com uma ação rescisória, que era a única hipótese para tentar modificar a decisão judicial definitiva, apresentando uma nova evidência no caso.

Foi uma espera longa, pois o Leão entrou com esta ação em 10 de fevereiro de 1988, na 10ª Vara da Justiça Federal de Pernambuco. Esta é a tal sentença “transitada em julgado”, tão citada por Homero Lacerda e que garante ao rubro-negro de Pernambuco o status de único campeão nacional daquele ano.

Porém, o Sport deverá enfrentar em breve uma nova guerra nos tribunais. Na última semana, a CBF negou ao Fla a oficialização de sua suposta conquista, a “Copa União”, que apenas era o Módulo Verde da competição em 1987. No entanto, o presidente da entidade, Ricardo Teixeira, deixou em aberto o caminho para que o clube carioca tente essa divisão através da justiça comum – o que é proibido hoje em dia pela CBF.

Após uma sucessão de notas em seu site repudiando a negativa da CBF sobre a divisão, a diretoria do Flamengo já articula uma ação declaratória, iniciando um novo processo. Partindo do zero e com um fato novo: a unificação dos títulos da Taça Brasil e do Robertão, com direito à brecha de dois campeões em 1967 e 1968.

Ações diferentes, interpretações diferentes?

Portanto, o Sport deve preparar desde já a sua defesa. Tarefa para João Humberto Martorelli, vice-presidente jurídico do Leão a partir desta quarta-feira, na posse de Gustavo Dubeux. Já vai começar com muito trabalho.

Veja a cronologia jurídica da primeira ação do caso AQUI.

Pediu arrego?

Nota oficial do Flamengo (23/12/2010) sobre o Brasileiro de 1987

Leu a nota acima?

Só depois disso esse post terá um sentido.

O tema na cerimônia da CBF no Rio de Janeiro era a unificação dos títulos brasileiros entre 1959 e 1970, mas, no fim do dia, a discussão acabou sendo focada no Brasileirão de 1987.

Como sempre… Eita assunto arrastado.

Com 14 títulos oficializados pela entidade que comanda o futebol do país, o Flamengo esperava que a conta chegasse a “15” taças reconhecidas. Mas não chegou.

O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, citou a sentença judicial a favor do Sport, transitada em julgado e sem chance de modificação desde 16 de abril de 2001.

Ao Fla, restou repudiar a ação da CBF. Como se já não soubesse, depois de 23 anos…

No site oficial do rubro-negro carioca, a nota oficial postada acima (veja AQUI). É curiosa, pois o clube aceita o Sport como campeão.

A tentativa, derradeira, é dividir o título. Isso mesmo.

Para saber porque isso não aconteceu até hoje – mesmo com uma superproteção midiática – , leia o “Arquivo 87”, reportagem publicada pelo Diario de Pernambuco em 7 de dezembro de 2009 e que virou fonte de informação de vários jornalistas do Sudeste, que finalmente quiseram sair da “verdade absoluta” do Módulo Verde… Clique AQUI.

A troca mais previsível do ano

SportNáuticoO futebol pernambucano é previsível…

Em 2010, os maiores destaques de Sport e Náutico no Campeonato Pernambucano foram, respectivamente, Eduardo Ramos e Carlinhos Bala.

Ainda estamos em dezembro e o cenário do Recife em 2011 já está montado. Com o enredo de sempre. Qualquer torcedor já esperava.

Eduardo Ramos no Timbu e Carlinhos Bala pelo Leão.

No mercado local, o que interessa mesmo é sempre o que o “outro” está procurando.

Com o leilão, o maior beneficiado é sempre o jogador, que acaba assinando um contrato supervalorizado. Bem além do seu momento de produção no gramado.

NáuticoSportAgora, ambos chegaram a negociar um retorno, mas acabaram optando por vestir a camisa do rival no emblemático Estadual que se aproxima.

Nos bastidores, R$ 40 mil para um lado e R$ 40 mil para o outro. Tecnicamente, os dois até poderão somar ao grupo, mas não é só isso…

O desgaste a cada a contratação assim só pressiona mais o time. Afinal, não importa o histórico do atleta, o seu extracampo ou comportamento dentro do clube. O que vale mesmo é minar o adversário – mesmo que, no fim, você fique com a bomba.

Como “bônus”, os dois jogadores também acertaram até o fim do Brasileiro da Série B.

Quem saiu ganhando nesta “troca” para a próxima temporada?

Ou, melhor dizendo, quem saiu perdendo…?

O hexa tem preço, sim. E fica mais caro a cada leilão.

Férias, mas com “preparação”

Corrida entre Leão e Timbu. Arte: Jarbas/DP

Rubro-negros e alvirrubros de férias.

Um mês fora das atividades oficiais. Em 2011, uma temporada puxada, com o Estadual mais valorizado dos últimos tempos, por causa da disputa pelo hexa (alvirrubros querendo manter o feito e rubro-negros a fim de igualar a sequência). Depois, a Série B do Brasileiro e suas 38 rodadas.

Por isso, “cartilhas” para que os jogadores peguem leve no fim do ano.

É justo! Férias, mas com um pingo de profissionalismo.

Confira a reportagem do Diario de Pernambuco neste domingo sobre a rivalidade centenária nas férias – sim, ela existe) – clicando AQUI.

É preciso admitir que alguns jogadores não vão seguir a cartilha…

Eleição?

Gustavo Dubeux, presidente eleito do Sport para o biênio 2011/2012. Foto: Paulo Paiva/Diario de Pernambuco

Números finais da eleição no Sport para o biênio 2011/2012.

Sport Unido – 1922 votos, 98,21%

Transparência Sport – 35 votos, 1,78%

O pleito nesta quinta-feira, na Ilha do Retiro, foi uma eleição de direito, mas não de fato. Uma porcentagem deste tamanho só aponta o quanto era rasa a oposição formada em 2010 no Leão, com propostas opacas.

Parabéns a Gustavo Dubeux, novo presidente do Sport Club do Recife.

Eleito com 100% dos votos, uma vez que a oposição, de forma incrível, indicou o seu nome para comandar o Executivo do clube… Não tente entender.

Gustavo mostrou força política ao reunir outros quatro ex-presidentes em sua composição, com Luciano Bivar (quatro mandatos), Wanderson Lacerda (três mandatos), Severino Otávio (um mandato) e José Moura (um mandato). O colegiado implantado neste ano deverá continuar, numa distribuição de tarefas que condiz com o perfil moderado do novo mandatário.

O prestígio de Dubeux, porém, começará a ser testado de fato junto à torcida, historicamente de memória curtíssima. Ele vai para o front, assim como Silvio Guimarães, eleito há dois anos. A pressão será muito maior.

Dentro de dois anos, o veredicto da torcida. E isso vale para sempre.

Saiba mais sobre outras eleições no Sport clicando AQUI.

Em tempo: foram registrados 3 votos nulos…

Novo ranking da CBF, 1959-2010

Brasil

Ainda repercute a decisão da CBF de unificar os títulos da Taça Brasil (1959-1968) e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967-1970) ao Campeonato Brasileiro.

Em vez de 40 edições, o Nacional tem agora 54 competições oficiais.

A mudança não vai ficar restrita ao número de campeões. Se a CBF mantiver o critério, o seu ranking de clubes vai passar a englobar os antigos torneios.

O blog se antecipou a isso e calculou o ranking com os “novos” campeonatos agregados. O maior trabalho, sem dúvida, foi listar a classificação final da Taça Brasil, separando as classificações a cada fase, com o critério de 2 pontos por vitória.

Veja o ranking atual da CBF e o critério de pontuação clicando AQUI.

Com um sistema curioso, sem muita diferença do campeão para os demais participantes (o campeão ganha 60, enquanto o vice ganha 59, por exemplo), o clube que mais somou pontos entre 1959 e 1970 foi…

Santos de Pelé ou Palmeiras de Ademir da Guia? Nenhum dos dois.

Foi o Grêmio, que disputou 13 das 14 edições antigas e somou 710 pontos! Por sinal, o clube gaúcho se torna, também, o time com mais participações, com 51 edições.

Como era de se esperar, o Náutico deu um salto enorme. Agora em 16º, o Timbu, vice-campeão brasileiro de 1967, reduziu a diferença em relação ao Leão de 294 para 76 pontos. Confira abaixo o provável ranking da CBF com os novos torneios!

1º) Grêmio – 2.869 pontos (710 a mais). Permaneceu na liderança
2º) Palmeiras – 2.593 pontos (581 a mais). Ganhou 5 posições
3º) Cruzeiro – 2.509 pontos (559 a mais). Ganhou 6 posições
4º) Atlético-MG – 2.475 pontos (443 a mais). Ganhou 2 posições
5º) Santos – 2.466 pontos (637 a mais). Ganhou 5 posições
6º) Vasco – 2.397 pontos (311 a mais). Perdeu 3 colocações
7º) Corinthians – 2.361 pontos (224 a mais). Perdeu 5 colocações
8º) Flamengo – 2.341 pontos (255 a mais). Perdeu 5 colocações
9º) Internacional – 2.283 pontos (287 a mais). Perdeu 1 colocação
10º) São Paulo – 2.246 pontos (197 a mais). Perdeu 5 colocações
11º) Botafogo – 2.106 pontos (434 a mais). Ganhou 1 posição
12º) Fluminense – 2.047 pontos (324 a mais). Perdeu 1 colocação
13º) Bahia – 1.844 pontos (486 a mais). Ganhou 6 posições
14º) Sport – 1.670 pontos (169 a mais). Ganhou 2 posições
15º) Coritiba – 1.668 pontos (153 a mais). No mesmo lugar
16º) Náutico – 1.594 pontos (387 a mais). Ganhou 5 posições
17º) Goiás – 1.570 pontos (47 a mais). Perdeu 4 colocações
18º) Portuguesa – 1.554 pontos (149 a mais). Perdeu 1 colocação
19º) Atlético-PR – 1.530 pontos (151 a mais). Perdeu 1 colocação
20º) Guarani – 1.516 pontos (nenhuma bonificação). Perdeu 6 colocações
21º) Vitória – 1.462 pontos (107 a mais). Perdeu 1 colocação
22º) Santa Cruz – 1.293 pontos (153 a mais).  No mesmo lugar
23º) Ceará – 1.269 pontos (214 a mais). Ganhou 1 posição
24º) Ponte Preta – 1.092 pontos (45 a mais). Ganhou 1 posição
25º) Paraná Clube – 1.080 pontos (nenhuma bonificação). Perdeu 2 colocações
26º) Fortaleza – 1.002 pontos (278 a mais). Ganhou 3 posições
27º) Remo – 961 pontos (106 a mais). No mesmo lugar