A Arena do Sport foi lançada em março de 2011, com prazo de conclusão previsto para o fim de 2015. Obviamente, já passamos da data e não há nem a assinatura do contrato, que esfriou após a dificuldade para encontrar um investidor no lugar da Engevix, investigada na Lava-Jato. E a tendência, por mais que as licenças de demolição e construção estejam ok, é que demore bastante.
O presidente do clube, João Humberto Martorelli, admitiu que o novo estádio poderá começar a ser construído entre 2021 e 2026. Isso mesmo, até dez anos de espera. Após a falta de parceiros no país, o clube passou buscar investidores no exterior. Quem chegou mais próximo foi o grupo Vinci, da França, que já ergueu cinco estádios na França e outros três na China, África do Sul e Arábia Saudita. O aporte necessário para a construção do complexo da Ilha do Retiro seria de R$ 750 milhões. Contando o gasto para colocar todos os empreendimentos comerciais em ação – já com a contrapartida para o investidor -, a movimentação financeira poderia chegar a R$ 2 bilhões.
A quantia é impraticável, ainda mais para a desconfiança internacional sobre o cenário econômico brasileiro. Não por acaso a direção de engenharia do Leão já elabora um plano de reforma da Ilha, tentando adaptar o palco o máximo possível às novas exigências, como a colocação de cadeiras em todos os setores, acessos mais amplos, banheiros, bares, iluminação mais potente etc. Com mais conforto já seria possível aumentar a atual limitação de 27 mil lugares para a capacidade oficial, de 32 mil. Eis a possível realidade na próxima década.