Antológica, a recente confissão de doping de um ícone no esporte levantou mais uma vez a discussão sobre a competitividade, sobre o limite da competitividade.
Que por muitas vezes resulta numa busca desenfreada pela vitória, pelos recordes e pela marca pessoal, ultrajando todas as regras possíveis.
O ciclista Lance Armstrong frustrou milhares de torcedores, sobretudo americanos, orgulhosos com as sete vitórias na Volta da França, mesmo combatendo um câncer.
A bombástica entrevista à apresentadora Oprah Winfrey confirmou as inúmeras denúncias, as quais rechaçava há mais de uma década. A revolta do público, seja lá qual for o esporte predileto, acabou aliviada com a lembrança de um ato recente…
Para deixar claro que o plano esportivo segue intacto como regra, não exceção.
O queniano Abel Mutai vencia com facilidade uma prova de atletismo. Na reta final, se confundiu com a linha chegada, diminuiu o ritmo e passou a saudar o público.
O espanhol Ivan Fernandez Anaya se aproximou e teve tudo para vencer, mas percebeu o engano do adversário. Teve alguns segundos para sonhar com o alto do pódio.
Se a confissão eternizou Armstrong no rol dos atletas controversos, um simples toque no ombro alheio tranformou Anaya em sinônimo de fair play no esporte.