A alguns quilômetros de distância do Sítio Histórico olindense, outro lampejo de criatividade pernambucana.
Enquanto não sai do chão, a Cidade da Copa ganha versões em 3D, maquetes etc.
E até arte em seu conceito mais tradicional, a pintura… Literalmente.
Acima, uma dessas versões, produzida pela Aecom, ligada ao consórcio que irá operar a arena do Mundial de futebol. Veja a imagem em uma resolução maior clicando aqui.
Abaixo, um gráfico liberado pela Odebrecht com o novo masterplan da Cidade da Copa, que só deverá ficar completamente pronta por volta de 2025.
O orçamento geral do projeto, dividido em quatro fases, é de R$ 2 bilhões.
Confira a imagem abaixo também em alta resolução aqui.
Com um lucro de 1,9 bilhão de dólares em 2010 e valor de mercado de US$ 37 bi, a Nike é, sem dúvida alguma, uma das maiores empresas de material esportivo do mundo.
Fornecedora do uniforme da Seleção Brasileira desde 1996, a marca agora deverá investir pesado nos clubes do país, inclusive no litoral nordestino…
Inicialmente, os alvos foram os dois times mais populares do Brasil, Corinthians e Flamengo. O clube paulista, por exemplo, recebe R$ 16,5 milhões anuais.
O Timão ainda mantém o contrato, enquanto o Mengão mudou para a Olympikus.
Visando o mercado internacional em 2014, ano da Copa do Mundo, a Nike já não esconde mais o projeto de patrocinar pelo menos um clube de cada subsede do Mundial.
Santos e Internacional acabam de se juntar ao Corinthians. O próprio Fla voltou a ser procurado pela fabricante. Para ver a lista atual de clubes, clique aqui.
Como o foco da postagem é o Nordeste, vale lembrar que a região terá quatro subsedes na maior competição do futebol, todas com sol, praia e clubes de massa.
Recife, Salvador, Fortaleza e Natal.
Nos bastidores, as três primeiras cidades já teriam clubes em articulação.
Sem alarde, eis os possíveis candidatos da investida: Sport, Bahia e Ceará.
Exigência? Participar da Série A. Atualmente, os dois primeiros vestem Lotto, sendo que o contrato rubro-negro vai até o fim de 2013, enquanto o Ceará utiliza Penalty.
Como o projeto da Nike é uma realidade, nada impede que a mira mude de direção…
Ao indicar o Recife como subsede da Copa das Confederações de 2013 de forma condicionada, a entidade deixou claro que não vai tolerar qualquer “remendo”.
Nesse contexto, além do estádio, surge a infraestrutura da cidade, principalmente em relação à mobilidade urbana, nosso calo mais visível, mas longe de ser o único.
No novo encontro entre o governo pernambucano e representantes da Fifa, nesta sexta, pela primeira vez uma voz além dos bastidores cobrou a construtora Odebrecht sobre a obra em São Lourenço da Mata (veja aqui).
Os executivos da empresa sempre garantiram o prazo de entrega para o estádio.
No entanto, o tal prazo será recalculado, para não ocorrer qualquer empecilho que possa colocar em risco a utilização do palco no torneio que antecede o Mundial.
Em vez do “Estamos dentro do prazo”, foi ouvido “Cumpram o prazo”, na voz da Fifa.
A chance para uma boa participação local na passagem da marca Fifa no Brasil, entre 2013 e 2014, foi dada. Para aproveitá-la, será preciso acelerar de vez o processo.
Por mais que se diga que há “folga no cronograma”, fica claro que não há.
Eis o cronograma completo da Copa do Mundo de 2014. Confira mais detalhes aqui.
Abaixo, a opinião do blog sobre o anúncio da Fifa.
É impossível não enxergar o Recife abaixo de Fortaleza e Salvador na estrutura da Copa do Mundo de 2014.
As outras duas metrópoles nordestinas terão seis jogos, um a mais que Pernambuco, além de uma participação estendida até as quartas de final da competição.
Por aqui, o maior torneio de futebol do planeta chegará até as oitavas de final. Mas aí vale fazer um questionamento sobre essa disparidade…
Por mais que o torcedor pernambucano quisesse ver a Arena Pernambuco com um pouco mais de destaque na Copa do Mundo, será mesmo que o projeto local (estado e iniciativa privada) estava apto tecnicamente para ir além disso?
O estádio em São Lourenço da Mata terá capacidade para 46.154 pessoas, contra 50.223 da Fonte Nova – com possibilidade de ampliação – e 67.037 lugares do Castelão. Assim, a disputa regional parecia mais virtual que real.
Aqui, um novo estádio construído a partir do zero, ao custo de R$ 532 milhões. Em Salvador, um investimento de R$ 786 milhões, reconstruindo a Fonte a Nova.
Na capital alencarina, um estádio quase pronto. Mesmo assim, a necessidade de injetar R$ 519 milhões na modernização do maior estádio do Ceará e também da região.
Vale informar que Fonte Nova e Castelão eram estádios pertencentes aos respectivos governos do estado, com mais de 30 anos de uso, algo que o Recife jamais teve.
Por sinal, isso ainda é um entrave em relação ao futuro, uma vez que os grandes clubes baianos e cearenses devem aderir aos novos estádios, enquanto aqui apenas o Náutico sinalizou positivamente (e já está no papel, diga-se).
Sobre o custo benefício de um novo palco pernambucano, com capacidade modesta em relação aos “rivais” na disputa pelo mapa da Copa, o fato está se mostrando aceitável, ainda mais devido à grande chance de receber jogos da Copa das Confederações.
Para “antecipar” a sua participação na festa da Fifa, Pernambuco briga consigo mesmo. Basta não falhar na execução dos planos de mobilidade. Se não conseguir isso, vexame.
Essa sim é a maior missão do projeto. Em 27 de setembro, é bom recordar, o secretário estadual para a Copa, Ricardo Leitão, enumerou um ranking de quatro a sete jogos do estado nas duas competições da Fifa (2013 e 2014), indo de regular a ótimo (veja aqui).
Se receber pelo menos um jogo da Copa das Confederações, Pernambuco ficará no nível “bom”. Se forem dois jogos, chegará ao máximo desejado, sete, ou “ótimo”.
Para ser “ótimo”, basta não não ser comparado a Salvador ou, sobretudo, Fortaleza.
Portando, fica nítido que o estado alcançou o que buscou nessa emaranhada disputa, que foi iniciar de uma vez por todas uma nova centralidade urbana. Nem mais nem menos. Se isso é bom (ou suficiente), cabe a você decidir. Comente!
Paris – Mais um grande estádio europeu desbravado na rota das férias.
Confira algumas fotos da visita ao Stade de France, cuja opção de passeio, ao contrário do Real Madrid e do Barcelona, é realizada necessariamente com uma guia. Em francês…
Confira os detalhes do Stade de France em outra postagem, com vídeo, clicando aqui.
Paris – O Stade de France custou uma fortuna. Em 1995, o governo francês começou a gastar o orçamento de 290 milhões de euros para construir o moderno e belíssimo palco da final da Copa do Mundo que ocorreria três anos depois.
Localizado no subúrbio da capital do país, na região de Saint-Denis, o estádio jamais foi adotado pelos clubes locais…
O Paris Saint-Germain, o principal da cidade, segue jogando no Parque dos Príncipes.
Desta forma, o Stade do France recebe, basicamente, a seleção nacional (de futebol e rugby), as decisões das Copas da França e da Liga Francesa e shows musicais…
Teoricamente, um prejuízo? Acredite, nem só de futebol vive uma arena.
Um estudo sobre a Arena Pernambuco, por exemplo, mostra que caso nenhum time mandasse seus jogos por lá, o faturamento anual seria de R$ 5,7 milhões, contra R$ 86,2 milhões com os três. Com o Náutico certo, o valor está em R$ 27,3 mi (veja aqui).
Voltando ao Stade de France, obviamente seria melhor ter um clube de ponta mandando as suas partidas por lá, mas, ainda assim, o estádio é auto-suficiente.
A sua agenda já está praticamente pronta até o fim de 2013. Em junho do próximo ano, por exemplo, haverá o show da banda de rock Red Hot Chili Peppers.
Outros esportes, como corridas de superbikes e patinação no gelo, também tem espaço por lá, com a montagem de pistas especiais.
Dinheiro e estrutura à parte, a verdade é que é impossível pisar no Stade de France e não lembrar dos gols de cabeça de Zidane em 1998… O nosso abandono foi o da taça.
Entre o consórcio que irá operar o estádio em São Lourenço da Mata e a diretoria do Timbu a negociação já estava quase concretizada, com acerto nos valores do contrato de 30 anos, a partir de junho de 2013.
Restava o caminho burocrático, da assinatura do contrato, o preto no branco.
Assim, era preciso a aprovação do Conselho Deliberativo do clube para mudar de casa em junho de 2013. O número da votação nesta segunda-feira?
O último grito de campeão havia sido em 28 de junho de 2009, quando a Seleção venceu os EUA por 3 x 2, de virada, conquistando a Copa das Confederações.
Depois, fiasco na Copa do Mundo, na Copa América, em amistosos…
Nesta quarta-feira, ainda que em uma disputa mais modesta, um lampejo de glória.
Em um duelo sem as estrelas internacionais, o Brasil venceu a Argentina por 2 x 0, diante de 43 mil pessoas no Mangueirão, em Belém.
Assim, levou o primeiro título do Superclássico das Américas.
Nada de Messi, Kaká, Tevez ou Robinho. Espaço no gramado, então, para candidatos a novos ídolos, nos dois lados, diga-se.
No primeiro gol, um pique de 85 metros, de uma área até a outra. Em 12 segundos, Lucas armou o contragolpe e ainda concluiu a jogada, com categoria.
Depois, o meia Diego Souza observou bem e cruzou para Neymar empurrar para as redes. Gol merecido para um jogador que cansou de driblar os hermanos.
Lucas e Neymar, diferenciados. Garantidos no time “principal” do Brasil, comandado por Mano Menezes, agora com um pouco de oxigênio para trabalhar.
A vitória sobre o tradicional rival foi justa, com um futebol bem superior ao apresentado no insosso empate sem gols em Córdoba, no jogo de ida da nova copa.
Agora capitão, o meia Ronaldinho Gaúcho precisou de todas as suas forças para erguer o troféu de 17,2 quilos.
Certamente, o capitão brazuca já estava com saudades desse serviço extra.
A Copa do Mundo, como modelo de excelência em infraestrutura e visibilidade, é o grande trunfo da Fifa para obter receitas regulares em números exorbitantes.
Basta dizer que nos últimos quatro anos, 87% do faturamento da entidade, de US$ 4,19 bilhões, foi através de contratos relacionados diretamente ao Mundial da África do Sul.
Em 2010, a Fifa chegou a um acordo com 18 empresas (veja aqui).
Acima, os patrocínios já garantidos para a edição de 2014. A três anos da próxima Copa do Mundo, o número já foi igualado. Lembrando que a cota ainda não está fechada…