Duas montadoras e duas cervejarias na briga pelo Pernambucano, de 2016 a 2019

Candidatas ao naming rights do Campeonato Pernambucano

O Campeonato Pernambucano foi “rebatizado” pela primeira vez em 2011. No contrato de naming rights, a FPF cedeu os direitos sobre a nomenclatura. Durante quatro anos, rendendo R$ 600 mil por edição, o nome oficial virou Campeonato Pernambucano Coca-Cola. Com o fim, a indústria de refrigerante não demonstrou interesse em renovar. Mesa livre para novas tratativas.

Em entrevista ao blog, o presidente da FPF, Evandro Carvalho, disse que quatro empresas estão na disputa, mas com uma particularidade. O acordo seria de 2016 a 2019. A ausência do naming rights no Estadual de 2015 deve-se à demora na votação sobre consumo de cerveja nos jogos no estado.

Nesta disputa, estão Ambev e Itaipava, ambas com história no futebol local. Por pouco, em 2009, a Ambev não se tornou a primeira parceira. Ofereceu um contrato de R$ 800 mil, mas acabou desfeito porque naquele ano começou a proibição de bebidas alcoólicas. Já a Itaipava tem um contrato de R$ 100 milhões na Arena Pernambuco, por dez anos, para rebatizá-la de “Itaipava Arena Pernambuco”. Além disso, fechou um contrato para operar os bares do Arruda.

Paralelamente, há outra disputa entre duas montadoras, ambas mirando o campeonato somente a partir do ano que vem. A Fiat, com uma fábrica em operação no estado, pretende consolidar a sua marca. Já a Chevrolet controla mais de 20 estaduais. No Nordeste, somente o Pernambucano ficou fora. Uma consultoria contratada pela FPF deve ajudar na escolha do futuro patrocinador.

Abaixo, alguns contratos de naming rights em competições e estádios.

O Brasileirão, por exemplo, passou de R$ 18 milhões para R$ 21 milhões por ano no novo contrato. Em relação às arenas, a do Palmeiras custou R$ 300 milhões à seguradora, que também dá nome ao estádio do Bayern de Munique.

Campeonatos (naming rights)

Campeonato Pernambucano
Coca-Cola (2011-2014)

Copa do Brasil
Kia (2009-2012)
Perdigão (2013)
Sadia (2014-2015)

Campeonato Brasileiro
Visa (2002)
Nestlé (2005)
Petrobrás (2012-2013)
Chevrolet (2014-2017)

Copa Sul-Americana
Nissan (2003-2010)
Bridgestone (2011-2012)
Total (2013-2015)

Taça Libertadores da América
Toyota (1998-2007)
Santander (2008-2012)
Bridgestone (2013-2017)

Estádios brasileiros (naming rights)

Arena Pernambuco
Itaipava (2013-2023)

Fonte Nova
Itaipava (2013-2023)

Arena do Palmeiras
Allianz (2014-2034)

Arena do Atlético-PR
Kyocera (2005-2008)

Montadora, cervejaria e marca de refrigerantes no leilão pelo Estadual

Leilão pelo Pernambucano

Três empresas multinacionais estão na briga para adquirir a nomenclatura oficial do Campeonato Pernambucano de 2015 a 2018.

O contrato de naming rights foi instituído pela primeira vez no futebol local na edição de 2011, junto à Coca-Cola, por R$ 2,4 milhões em quatro anos.

Com o fim do negócio – que se estendeu a todas as marcas da competição -, três empresas renomadas já sentaram com Evandro Carvalho, presidente da FPF, para viabilizar o novo acordo.

Para não atrapalhar a negociação, o dirigente preferiu não citar nominalmente as marcas envolvidas, apenas a área de cada uma. Porém, não é difícil identificá-las.

Uma marca de refrigerante. Renovação a caminho com a Coca-Cola?

Uma montadora de veículos. Bem, a fábrica Chevrolet já patrocina oito dos nove estaduais nordestinos.

Uma cervejaria. Curiosamente, a Ambev foi a primeira companhia do ramo a demonstrar interesse no torneio local, em 2009.

É possível haver alguma surpresa no futuro nome do campeonato estadual?

A tendência, segundo a federação, é aumentar o valor anual de R$ 600 mil.

Este arranjo econômico já faz parte da realidade de inúmeras competições de futebol, como o Brasileirão (Chevrolet), a Copa do Brasil (Sadia), a Libertadores (Bridgestorne) e a Sul-Americana (Total).

Deve continuar sendo, também, o modelo do Estadual…