Perto de completar 40 anos de idade, o velejador paulista Robert Scheidt ostenta agora o status de maior atleta olímpico do Brasil.
São cinco medalhas, mesmo número alcançado pelo também velejador Torben Grael, mas com metais mais nobres em sua galeria.
Em Londres, ele figurou no pódio pela quinta vez consecutiva.
Em 1996, em Atlanta, ouro na classe laser.
Em 2000, em Sydney, prata na mesma categoria.
Em 2004, em Atenas, encerrando o seu ciclo na laser, mais um ouro.
Em 2008, na classe star, na companhia de Bruno Prada, a prata em Beijing
Em 2012, com a mesma formação de quatro anos atrás, o bronze.
A classe star não fará mais parte do programa olímpico em 2016, no Rio de Janeiro.
Portanto, caso não ocorra alguma reviravolta na federação internacional de vela, Robert Scheidt terá que mudar novamente de categoria para ampliar a sua marca…
Na Baía de Guanabara, Robert Scheidt pode se isolar como maior medalhista do país.
Abaixo, todas as medalhas conquistadas por quem não teme o vento…
Em Atenas, o Brasil conquistou cinco medalhas de ouro – melhor desempenho do país -, todas elas vencidas pelos homens. Das 10 medalhas brasileiras quatro anos atrás, apenas duas (de prata) foram alcançadas pelas mulheres. Agora, vimos em Beijing a campanha verde amarela sendo puxada pelas nossas meninas, que ganharam duas das três medalhas de ouro do país, e encantaram a nação com vitórias históricas. Essa medalha dourada estava em falta para as mulheres desde 1996, quando Jaqueline e Sandra Pires, no vôlei de praia, subiram no alto do pódio pela primeira vez na história do país, iniciada pela nadadora Maria Lenk, nos Jogos de 1932. As seis medalhas deste ano também superaram as 4 de 1996 e 2000.
Ao todo, 132 brasileiras foram para os Jogos da China, e 35 delas estão voltando com a medalha no peito. Isso corresponde a 26,51% de toda a delegação feminina (neste ponto, o melhor ano foi em 1996, quando 42,42% da equipe ganhou medalha). Em Beijing, vimos finalmente as primeiras medalhas individuais, com destaque absoluto para Maurren Maggi, que ganhou o ouro no salto em distância. A medalha dourada recebida no Ninho de Pássaro foi a primeira da modalidade desde 1984! Também saíram os primeiros pódios na vela, no judô e no taekwondo. E, é claro, o título olímpico no vôlei, para enterrar qualquer rótulo de “amarelonas”.
O reconhecimento do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) em relação a esse desempenho das meninas veio na festa de encerramento das Olimpíadas de 2008. Se o velejador Robert Scheidt teve a honra de levar a bandeira nacional na abertura do Jogos, coube a Maurren Maggi ser a porta-bandeira na festa de encerramento. Encerramento dos Jogos, mas um possível começo de uma forte presença feminina do Brasil em Londres, daqui a 4 anos.
Mulheres brasileiras nos Jogos
2008 – 132 atletas (35 com medalhas – 26,51% da delegação feminina)
2 ouros, 1 prata e 3 bronzes
2004 – 122 atletas (20 com medalhas – 16,39% da delegação feminina)
2 pratas
2000 – 94 atletas (28 com medalhas – 29,78% da delegação feminina)
1 prata e 3 bronzes
1996 – 66 atletas (28 com medalhas – 42,42% da delegação feminina)
1 ouro, 2 pratas e 1 bronze
1992 – 51 atletas
Nenhuma medalha
Brasil em Beijing
277 atletas
145 homens (medalhistas: 18 no futebol, 12 no vôlei, 2 na vela, 4 no vôlei de praia, 3 no judô e 1 na natação = 40 / 27,58%)
132 mulheres (medalhistas: 18 no futebol, 12 no vôlei, 2 na vela, 1 no atletismo 1 no judô, 1 no taekwondo = 35 / 26,51%)
Nº de finais olímpicasdo Brasil (homens e mulheres)
38 em Beijing
30 em Atenas
22 em Sydney
20 em Atlanta