A maior polêmica do esporte na última semana aconteceu na Fórmula 1, envolvendo o brasileiro Nelsinho Piquet.
Uma batida de propósito no GP de Cingapura, em 2008, com o objetivo de favorecer o agora ex-companheiro de equipe Fernando Alonso.
Processo de investigação na FIA… Troca de acusações, com o chefe da Renault, Flavio Briatore, insinuando que o piloto seria gay.
Vexame. 😕
O amigo Fred Figueiroa, editor-assistente do Diario e colaborador do blog, levantou uma discussão envolvendo outros casos polêmicos na maior categoria do automobilismo (veja AQUI).
Puxando como exemplo o caso de Rubens Barrrichello, que deixou o seu então companheiro de Ferrari, Michael Schumacher, ultrapassá-lo na última reta do GP da Áustria, em 2002, qual teria sido pior? Iguais?
Aquele caso de 2002, por sinal, proporcionou uma narração histórica de Cléber Machado (veja abaixo).
Nova enquete: Qual foi o maior vexame brasileiro na Fórmula 1?
Rubens Barrichello, pisando no freio na última reta do GP da Áustria, em 2002, para favorecer o companheiro de equipe (Schumacher)
Nelsinho Piquet, que bateu o carro de propósito, no GP de Cingapura, em 2008, favorecendo o companheiro de equipe (Alonso)
Última enquete: A Copa Pernambuco deveria valer vaga na Série D?
Sim, pois motivaria ainda mais a competição (55%, 32 votos)
Não, já que é um campeonato semi-amador (45%, 26 votos)
Total de votos: 58
Nota do blogueiro: Na minha opinião, a Copa PE poderia valer, no máximo, uma chance de um mata-mata (por exemplo) com o segundo classificado do Pernambucano do ano seguinte para a Série D. Vaga direta? Sem chance
Nas noites que antecederam o meu aniversário de 6 anos, lembro da minha tia debruçada sobre a mesa da sala, desenhando e pintando um circuito de Fórmula 1. Lembro que todos lá em casa entraram pela madrugada fazendo as caixinhas com os nomes das equipes e dos pilotos. A minha caixinha foi a da Brabham de Nelson Piquet.
Fórmula 1 foi o tema da festa do meu aniversário de 6 anos e lembrei disso hoje ao ler a repercussão sobre a confissão de Nelsinho Piquet – ironicamente o filho de um dos grandes ídolos da minha infância – que assumiu ter provocado um acidente no GP de Cingapura de 2008, atendendo a um pedido da sua equipe (Renault) dentro de um acordo que lhe garantiria a renovação de contrato para mais uma temporada.
É até desnecessário comentar a atitude de Nelsinho no GP de Cingapura. O que me fez voltar 24 anos no tempo e me sentar em frente ao computador para escrever este texto aqui não foi a revolta com a falta de ética do jovem piloto brasileiro, nem mesmo a constatação de que, moralmente, a Fórmula 1 ruiu.
Acho que qualquer pessoa que acompanha a F-1 com um certo distanciamento (como é o meu caso) já está meio que anestesiado a armações do tipo.
Mas o que definitivamente me causou um sentimento de indignação foi a reação de grande parte das pessoas à confissão de Nelsinho. A começar pela entrevista de Rubens Barrichello. Com que cara Barrichello vem a público falar que o outro deveria sair da F-1? Como é que Rubinho tenta se posicionar como um defensor da moralidade do esporte se foi o próprio que desmoralizou a F-1 ao fazer aquela inesquecível cena na reta final do GP de Áustria de 2002, praticamente parando o seu carro para que o “companheiro” Schumacher passasse e vencesse a corrida.
Naquela manhã, eu estava diante da TV, já em pé, nervoso, torcendo, esperando o azarado Rubinho passar logo pela linha de chegada. Lembro de Cléber Machado narrando: “Hoje não! Hoje não! Hoje sim?…”. Desliguei a TV e prometi pra mim mesmo que nunca mais acordaria cedo para ver uma corrida de F-1. Não cumpri a promessa. Mas entendi o recado implícito (ou seria explícito?) de Barrichello: Ao reduzir a velocidade da sua Ferrari nos últimos metros da corrida ele mostrava ao mundo que a F-1 não era regida pelos princípios esportivos. Que a ética de um piloto era limitada pelo interesse da sua equipe ou até mesmo do seu adversário.
A história recente da categoria é repleta de comportamentos que, na essência, são iguais ao de Nelsinho. Qual a real diferença entre uma batidinha com riscos calculados só para deixar o carro atravessado na pista e frear o carro na reta de chegada?
Para mim, nenhuma. Principalmente, porque na questão ética, o erro é o mesmo. Ambos feriram a alma do esporte em detrimento próprio para servir aos interesses da equipe, de um adversário e – claro – da sua renovaçãozinha de contrato no final da temporada.
Sinceramente, também não consigo ver tanta diferença assim entre a batida proposital de Nelsinho Piquet e as já lendárias batidas também intencionais de Senna, Prost e Schumacher – que valeram títulos mundiais para os próprios. Esses três “gênios” da F-1 abusaram do recurso de provocar acidentes para interferir no que seria o resultado natural das corridas…
E eis que, de repente, todos parecem se contagiar por um surto de moralidade ou de hipocrisia e se mostram chocados com o fato de um piloto provocar intencionalmente um acidente.
Os motivos são diferentes? Na essência, não. O objetivo em todos esses casos era o mesmo: interferir no curso natural da corrida. Não importa se em benefício próprio ou atendendo aos interesses da equipe. Não existe “ética” pela metade.
Assim, nesta triste história de corrupção moral e financeira, me parece ainda mais condenável a hipocrisia de Barrichello e tantos outros. Isto sim ainda parece capaz de chocar até os mais anestesiados pela falta de princípios esportivos da F-1.
*Fred Figueiroa é editor-assistente do Diaro, blogueiro, e colaborador deste blog
A Fórmula 1 terá a sua prova mais tradicional da temporada neste domingo, com a disputa do GP de Mônaco.
Por que se fala tanto que essa corrida é a mais “charmosa” do automobilismo mundial? As fotos do post explicam um pouco… 😎
O Principado de Mônaco é um dos seis microestados da Europa, com uma área inferior a 2 km², banhada pelo Mar Mediterrâneo, no sul da França.
Apesar do território reduzido, trata-se do lugar com a mais alta densidade populacional do mundo (16.620 hab./km²).
O turismo é o carro-chefe oficial do país, que recebe cerca de 225 mil turistas por ano (beldades pra todo lado). Mas o que faz sucesso lá há anos – além do visual espetacular do lugar – é a fama de “paraíso fiscal”, pois os investidores não são ameaçados pelo imposto de renda… 😯
A renda per capita do país é de US$ 30 mil!
Mônaco se tornou membro da ONU apenas em 1993.
No mesmo ano, o brasileiro Ayrton Senna se tornou maior vencedor do circuito monegasco em todos os tempos. Mesmo com a “Era Schumacher” o recorde continua até hoje.
São 6 vitórias, incluindo um penta entre 1989 e 1993. O outro triunfo foi em 1987.
E com o título de “Mister Mônaco”, Senna chegou a dar banho de champanhe na família real durante a comemoração…
Boa sorte na corrida de domingo (9h, no horário recifense) aos brasileiros Felipe Massa, Rubens Barrichello e Nelsinho Piquet… Como se precisassem… Eles já estão LÁ! 😀
Abaixo, o vídeo do hexacampeonato de Senna em Mônaco, em 1993.
Até o início de 2009, o inglês Jenson Button era um piloto sem grandes resultados no circo da Fórmula 1. Mediano, e olhe lá.
Em 155 GPs disputados desde 2000, quando estreou na categoria aos 20 anos, Button só havia vencido uma corrida.
A 1ª vitória aconteceu em 6 de agosto de 2006, no Grande Prêmio da Hungria, guiando uma Honda. O companheiro de equipe? O mesmo Rubens Barrichello, com quem divide as atenções da Brawan GP em 2009.
Outras escuderias na carreira: Williams (primeira), Benetton, Renault e BAR.
Até a primeira corrida de 2009, os números de Jenson Button na F1 eram os seguintes:
155 GPs 1 vitória
19 pódios
3 pole position
Nenhuma volta mais rápida numa corrida
Em 2009, guiando a surpreendete Brawn GP, Button lidera o Mundial com 41 pontos. Neste domingo, ele venceu a corrida na Espanha. Os dados são assombrosos: 😯
5 GPs 4 vitórias
1 pódio
3 pole positions
1 volta mais rápida numa corrida
O título do post foi uma brincadeira da imprensa britânica, fazendo uma comparação com o filme O Curioso Caso de Benjamin Button, no qual o personagem de Brad Pitt nasce velho e vai ficando mais novo… Leia mais sobre o filme AQUI.
Com a vitória no GP da Europa, disputado no último domingo na cidade espanhola de Valência, o piloto Felipe Massa está agora a um 1º lugar de se tornar o 4º maior maior vencedorbrasileiro de corridas na Fórmula 1. Atualmente, ele divide o posto com Barrichello, ambos com 9 vitórias. A primeira chance para ficar atrás apenas dos tricampeões Senna e Piquet e do bicampeã Emerson Fittipaldi será no dia 7 de setembro, no Grande Prêmio da Bélgica. Massa ainda não venceu lá
Em 4 corridas neste circuito, a melhor colocação foi um 2º lugar, no ano passado. Confira abaixo o desempenho de todos os pilotos brasileiros que já alcançaram o pódio no circo da Fórmula 1. Para mais informações sobre os pilotos, basta clicar no link em cima de seus nomes.
Ayrton Senna – 162 GPs (1984/1994)
3 títulos (1988, 1990 e 1991)
2 vices (1989 e 1993)
41 vitórias
80 pódios
614 pontos
65 pole positions
Nelson Piquet – 204 GPs (1978/1991)
3 títulos (1981, 1983 e 1987)
1 vice (1980)
23 vitórias
60 pódios
481,5 pontos
24 pole positions
Emerson Fittipaldi – 144 GPs (1970/1980)
2 títulos (1972 e 1974)
2 vices (1973 e 1975)
14 vitórias
35 pódios
281 pontos
6 pole positions
Rubens Barrichello – 259 GPs (1993/2008)
2 vices (2002 e 2004)
9 vitórias
62 pódios
530 pontos
13 pole positions
Felipe Massa – 100 GPs (2002/2008)
9 vitórias
22 pódios
265 pontos
13 pole positions
José Carlos Pace – 72 GPs (1972/1977)
1 vitória
6 pódios
58 pontos
1 pole position