TT da gozação

#chupacoisa no TT Brasil do TwitterA justa derrota para o Bode do Sertão, em Araripina, abalou as estruturas na Ilha do Retiro (veja AQUI).

Fora dela, veio a gozação dos principais rivais após o tropeço. Principalmente dos líderes do Estadual, os tricolores.

O termo coisa, histórico apelido criado na década de 1990 por José Neves, ex-presidente do Santa Cruz, entrou na lista dos trending topics (TT) do Twitter.

Ou seja, um dos 10 assuntos mais comentados do dia.

A pejorativa expressão #chupacoisa chegou a ficar em 2º lugar entre os temas mais comentados no país na noite deste domingo no microblog, um fenômeno de audiência.

Lembrando que os três rivais costumam se tratar com “educação”, com #chupasarna e #chupabarbie.

A “marca” do futebol pernambucano

Jogo dos 7 erros: "O Senhor dos Pastéis". “Futebol é business”.

Já dizia um dirigente do Corinthians. Não por acaso, o Timão foi o 4º clube do mundo em patrocínios em 2010, segundo o estudo de uma consultoria alemã (veja AQUI). O clube paulista somou 22 milhões de euros em marcas no seu unifome alvinegro. Ou R$ 50 milhões.

Ainda que em uma escala muito, mas muito menor, eis o futebol pernambucano.

O entendimento de que o símbolo do clube é suficiente para mantê-lo  financeiramente parece ficar cada vez mais claro para os gestores locais.

Em entrevista ao blog, o presidente do Santa Cruz, Antônio Luiz Neto, ponderou de forma interessante sobre o assunto. Para ele, o “produto” clubístico deve ser medido independentemente dos resultados no campo.

“Nós (Pernambuco) estamos um pouco atrás em relação aos contratos, mas nota-se uma evolução. No Santa, evoluímos na gestão passada (com FBC), porque, mesmo sem conquistas, conseguimos patrocínios que viram a marca do clube, e não o status atual. Mostramos os resultados que o produto ‘Santa Cruz’ traz. O nosso futebol tem que fazer o mesmo, porque é a marca mais forte da região. Nós precisamos reconquistar a credibilidade. O trabalho tem que ser independente dos resultados.”

Na sua opinião, como está a “credibilidade” da marca do futebol pernambucano?

Cultura do caranguejo

Caranguejo mangue beat

Rivais no campo e sem entendimento algum fora dele.

Apesar da forma cordial em reuniões na FPF, dirigentes de Santa Cruz, Náutico e Sport não costumam chegar a acordos em bloco para benefícios múltiplos.

O último caso deste tipo foi em julho de 2003!

Afundados em dívidas na época – muito mais do que hoje, acredite -, os três principais clubes do estado se articularam durante um ano com a Justiça do Trabalho. No fim, para voltar a ter crédito na praça, conseguiram um acordo que destinou 20% de todas as receitas nas bilheterias para reduzir as dívidas trabalhistas.

No último dado do passivo, os três agregavam R$ 62 milhões em dívidas trabalhistas.

Aquele desespero resultou em um contexto incomum no futebol pernambucano. Para se ter ideia, o acordo com a justiça segue em vigor, sem data para acabar.

No entanto, a resposta para que o “bloco” não funcionasse mais seria a “cultura do caranguejo”, segundo o presidente timbu, Berillo Júnior, em entrevista ao blog.

“Aqui, os dirigentes pensavam somente de uma forma: o que é bom para os meus rivais, nunca será bom para mim. Isso atrapalhou muitas negociações com empresas, que só topariam um acerto se fosse com os três. É o caranguejo puxando o outro.”

“Algumas vezes no passado foi o próprio Sport, já no Clube dos 13. Um exemplo: uma cota R$ 500 mil para Náutico e para o Santa é muita coisa. Para o Sport, talvez tenha como dar um jeito. Então era melhor que os outros dois não recebessem.”

Em São Paulo já existe o G4, formado por São Paulo, Corinthians, Palmeiras e Santos. Eles só negociam contratos de forma conjunta. Se o pensamento local continuar, o nosso futebol só vai montar um “G3” no dia em que o caranguejo andar para frente…

Você é a favor de um bloco de negociações com Sport, Náutico e Santa Cruz?

Renascido pela Copa e pelo Cais

Sol nascente

Quando será que o sol vai brilhar novamente para o futebol pernambucano?

Para muitos, a data já “existe”, numa mistura de fatores.

Pernambuco será uma das 12 subsedes brasileiras na Copa do Mundo de 2014. Para isso, o estado está construindo uma nova arena na região metropolitana.

Um investimento de R$ 532 milhões, através de uma parceria público-privada.

No entanto, vários investimentos de infraestrutura estão inseridos no pacote pró-Copa em Pernambuco. O número passa de R$ 8.000.000.000. Estradas, aeroporto, metrô…

A iniciativa privada também está se mexendo. Em Suape, considerando os últimos cinco anos e os próximos três, uma injeção de R$ 35 bilhões em plantas de grande porte.

Projeções indicam que o nosso PIB deverá dobrar até 2020, chegando a R$ 140 bilhões. Falta dividir as riquezas, pois a nossa renda per capita é a 21ª do país, com 8 mil reais.

Porém, até que ponto tudo isso vai refletir diretamente no crescimento do futebol pernambucano, a curto prazo? Será um motor, uma ação moderada ou nula?

Para os dirigentes locais, essa é uma oportunidade de ouro em relação ao futebol, com o aquecimento das empresas no estado. É preciso estabelecer contatos. Abaixo, a opinião de Gustavo Dubeux, mandatário rubro-negro, em entrevista ao blog.

“Com a Copa do Mundo de 2014, e Pernambucano sendo uma das sedes, os patrocínios dos clubes e do campeonato estadual deverão aumentar bastante nos próximos anos, com muita visibilidade do futebol. É preciso um trabalho forte nos departamentos de marketing para aproveitar esse momento. No Sport, isso é prioridade máxima para aumentar a nossa receita. Vamos vender bem a marca.”

Então, é preciso segurar a “onda” nos próximos três anos. Depois, a bonança…

A curto prazo, o que será mais impactante para o futebol pernambucano: Mundial de 2014 ou Complexo de Suape?

Ranking dos pênaltis e dos cartões vermelhos (4)

Pernambucano 2011: Náutico 1 x 1 Cabense. No lance, Xinho perde pênalti para o time do Cabo. Foto: Hélder Tavares/Diario de Pernambuco

Dos seis jogos da 4ª rodada do Estadual de 2011, apenas um movimentou o ranking dos pênaltis e dos cartões vermelhos. Nos Aflitos, Náutico e Cabense disputaram um jogo com duas expulsões, uma para cada lado, além de um pênalti perdido por Xinho (foto), do Azulão. Confira abaixo a nova atualização do levantamento do blog.

Pênaltis a favor
2 pênaltis – Santa Cruz e Porto
1 pênalti – Náutico, Araripina e Cabense

Pênaltis cometidos
2 pênaltis – Vitória e América
1 pênalti – Petrolina, Ypiranga e Náutico

Observações
Santa Cruz desperdiçou 1 pênalti
Porto perdeu 1 penalidade
Araripina perdeu 1 penalidade
Cabense perdeu 1 penalidade
América defendeu 1 cobrança
Vitória defendeu 1  cobrança
Ypiranga defendeu 1 cobrança
Náutico defendeu 1 cobrança

Cartões vermelhos (só para os grandes)

1º) Santa Cruz – 2 adversários expulsos
2º) Náutico – 2 adversários expulsos e 1 jogador expulso
3º) Sport – 1 adversário expulso

Pernambucano em 2 linhas – 4ª/2011

Pernambucano 2011, 4a rodada. Fotos: Ricardo Fernandes, Paulo Elias e Hélder Tavares/Diario de Pernambuco

Após 4 rodadas e 24 jogos, recifenses e caruaruenses dominam o G4. Só como curiosidade vale dizer que caso acabasse hoje, o #PE2011 teria o Clássico das Multidões em uma semifinal (Santa, 1º x Sport, 4º) e o Clássico Matuto na outra chave (Porto, 2º x Central, 3º). Seria, no mínimo, animado. Não para os alvirrubros…

Sport 1 x 0 Ypiranga – Um clube que vence e termina o jogo com aura de “crise”. Leão começa a viver uma pressão desnecessária. Máquina de Costura deu trabalho.

Araripina 0 x 1 Santa Cruz – O Bode berrou no Chapadão, mas Tiago Cardoso segurou tudo na meta coral. Lá na frente, Thiago Matias deixou o time 100%, sensação.

América 0 x 2 Central – A Patativa se recuperou rápido após o tropeço em casa e decolou na tabela. Mequinha, longe de Paulista, segue sem pontuar. Preocupante.

Petrolina 1  x 0 Vitória – Bruno Maranhão, que já havia sido destaque diante do Sport, voltou a ser decisivo. Fera Sertaneja marca o seu território na zona intermediária.

Náutico 1 x 1 Cabense – Dois cartões vermelhos, pênalti perdido, jogador sendo levado para o hospital com fratura. Teve de tudo nos Aflitos, menos um vencedor.

Porto 1 x 0 Salgueiro – Quase 4 mil pessoas no Lacerdão assistiam ao 0 x 0 até os 27 minutos do 2º tempo. Aí, Laranjeira marcou e deixou o Gavião 100%.

Veja a classificação atualizada do Estadual AQUI.

Destaque da rodada: Thiago Matias. Espírito de liderança e artilheiro, sendo zagueiro.

Carcaça da rodada: Camisa do Mequinha, azarada. O uniforme listrado está “zerado”.

Guerra fria do doping

Agulhas

A partir deste domingo, os jogos envolvendo Náutico, Sport e Santa Cruz no Pernambucano de 2011 vão ter um rigoroso controle antidoping.

A solicitação foi feita pelos próprios clubes…

O custo da equipe, de três médicos por jogo, não é muito barato. Em jogos na capital, o valor é de R$ 3.040, sob coordenação de Jomar Ferreira.

Nas partidas no interior, quanto maior a distância em relação ao Recife, maior a despesa, podendo chegar a R$ 380 em Petrolina e Araripina (saiba mais AQUI).

Até o fim da fase classificatória, sem contar os clássicos, o Trio de Ferro terá 42 jogos. Considerando o valor “original” do antidoping com os acréscimos: R$ 130.820.

É o preço para acabar com qualquer suspeita de adversário a 200 km/h.

Mesmo assim, alguns times vão chegar voando nos confrontos do Estadual, pois o combustível da mala branca também é eficiente….

Segunda tem recorde?

Jogadores do Santa Cruz comemorando em 2011. Foto: Edvaldo Rodrigues/DP/D.A Press

Quatro vitórias nas quatro primeiras rodadas em 2011.

Um começo espetacular para o ex-coadjuvante Santa Cruz.

Na quinta-feira, o Tricolor igualou as suas melhores sequências iniciais no Campeonato Pernambucano nos últimos 15 anos.

2002 – Petrolina (1 x 0), Recife (3 x 0), AGA (2 x 0) e Sport (3 x 2). A sequência acabou com a derrota por 2 x 1 para o Intercontinental, fora de casa.

2006 – Porto (1 x 0), Estudantes (2 x 0), Ypiranga (2 x 1) e Serrano (3 x 0). A marca foi quebrada com um revés diante do Salgueiro, por 1  x 0, longe do Arruda.

Agora, a Cobral Coral só volta a jogar na segunda-feira, no estádio Cornélio de Barros. Em caso de vitória, o clube vai igualar a sua melhor marca desde 1996!

Naquele ano, o Santa, então campeão estadual, venceu nas cinco primeiras rodadas.

Série: Central (2 x 1), Ypiranga (5 x 0), Vitória (1 x 0), Centro Limoeirense (2 x 0) e Náutico (2 x 1). Depois, um empate em 2 x 2 com o Porto, em Caruaru.

Será possível um time tão desacreditao alcançar um recorde de tanto tempo?

De Thiago para Thiago

Pernambucano 2011: Araripina 0 x 1 Santa Cruz. Foto: Paulo Elias/Esp DP/D.A Press

A 4ª rodada do Campeonato Pernambucano começou com o atacante Thiago Cunha na artilharia da competição. Três gols em três jogos.

A expectativa do povão na noite desta quinta-feira era assistir a quarta vitória vitória seguida do líder com a assinatura do goleador.

Cunha, ex-Capixaba, tentou bastante, mas desta vez passou em branco.

Mesmo assim, veio o trinfo do Santa Cruz, surpreendentemente 100% em 2011.

E, como não poderia deixar de ser, teve Thiago como destaque. Não o atacante, mas o zagueiro e capitão tricolor, que marcou um gol de cabeça.

Chegou a três gols no Estadual, agora tão artilheiro quando o colega do ataque.

Para garantir a vitória coral por 1 x 0, três boas defesas de Tiago.

Agora, o goleiro mesmo… Haja Thiago, haja gol, haja ponto. Já são 12.

Haja liderança.

R$ 10 mil por portão

Documento da FPF sobre a perda de mandos de campo no Estadual de 2011A FPF endureceu o discurso para tentar reduzir o número de incidentes relacionados ao público neste campeonato estadual de 2011 (veja AQUI).

Até agora, já foram registrados problemas em três jogos, na Ilha do Retiro (Sport x América), no Carneirão (Vitória x Santa) e no Arruda (Santa x Ypiranga).

Abaixo, a disposição final do documento publicado no site da entidade.

Revogar o Ato nº 004/11, de 17 de janeiro de 2011 e determinar que o clube mandante e responsável que não tomar providências no sentido de coibir tumultos nas entradas e catracas seja multado em R$ 10 mil por portão onde ocorreram incidentes e tenha, automaticamente, a perda do mando de campo, sendo o próximo jogo do campeonato realizado de portões fechados sem entrada de torcedores.

Como será esta fiscalização, via delegado ou TJD? Em relação à aplicação da multa por “portão”… No Arruda e na Ilha do Retiro isso pode passar de R$ 100 mil! Já sobre a perda do mando de campo, a pena será aplicada caso o jogo seguinte seja o da TV?

Forçar um controle baseado apenas em medidas duras não é suficiente. Antes disso, era necessário reforçar a organização das partidas, em conjunto com clubes e PM.

Questionamento final: o dinheiro da multa será utilizado para a segurança nos jogos?