O mediador? O presidente do Náutico, Berillo Júnior.
O mandatário já avisou, via imprensa:
“Se tiver que escolher um ou outro, mando os dois embora.”
Ele está certo. Na teoria, teria que ser assim mesmo.
Mas, nos bastidores, a articulação do mandatário timbu é cuidadosa.
Em entrevista ao blog, Berillo afirmou que se reúne regularmente com ambos. Pelo menos uma vez por semana. Algumas dessas reuniões são separadas.
Outras, contam com os dois personagens.
Ambos dizem que a proximidade é profissional. Ponto.
A permanência de Gustavo Mendes vem sendo questionada, a possível saída de Roberto Fernandes, também. Berillo não abre mão de contar com os dois.
Sabe que entrará para a história do Náutico em 2011, de um jeito ou de outro.
Se evitar o hexacampeonato pernambucano do Sport, entrará pela porta da frente. Ficará ao lado de João de Deus (1974) e André Campos (2001), presidentes que também defenderam o hexa com sucesso.
Se o rival rubro-negro conquistar o Estadual, Berillo tem consciência absoluta, desde o dia em que assinou o protocolo oficializando seu nome na eleição, que ficará marcado como o presidente que acabou com o maior bordão do Náutico. Um lema de 42 anos.
Por isso, tanto cuidado.
O presidente alvirrubro aposta na experiência de Gustavo Mendes para conseguir reforços (apesar dos nomes controversos desta temporada) e em Roberto Fernandes, torcedor declarado do clube e conhecedor do futebol pernambucano, como o nome ideal para tentar voltar a ser campeão depois de sete anos.
Neste ano, a taça escapou por pouco. Em 2011, a última chance.
“O processo de sucessão será tranquilo. Todos estão em prol do Sport.”
“Precisamos da presença de todas as lideranças do clube.”
A cada dois anos pode apostar as suas fichas que frases desse tipo vão ecoar por todos os cantos da Ilha do Retiro. A eleição leonina é, historicamente, o processo mais turbulento no meio político do futebol do estado.
A gama de lideranças, ou pseudolideranças, é enorme.
Agradar a todos é difícil. Diria impossível, até. E, de certa forma, desnecessário.
A vaidade de nenhum dirigente colabora para a melhora do Leão.
Mas os envolvidos fazem questão de apontar esse caminho da “união” como a solução definitiva para novas gestões. Nunca foi.
Não no Sport, que entre 2000 e 2008 realizou quatro eleições. Quatro!
Consenso na Ilha é ilusão. Vender essa ideia cola menos a cada nova passagem de bastão. Agora parece ter chegado a vez de Gustavo Dubeux encabeçar o Executivo.
O que parecia fácil, devido à ótima aceitação do nome do empresário nas mais diversas castas rubro-negras, se tornou um engodo.
Como alocar o atual mandatário Silvio Guimarães no nova diretoria sem causar rusgas?
O atual presidente colecionou algumas inimizades durante os seus dois anos de gestão. O rebaixamento em 2009 e o fracasso na Série B de 2010 acentuou a situação.
Foi uma gestão marcada pelo acerto de dívidas paralelo à perda enorme de receita de cotas de transmissão pela ausência na elite. Especula-se que chegue a R$ 15 milhões.
Guimarães se diz fritado no episódio que vai tratar a gestão 2011/2012.
Ao mesmo tempo, fica a dúvida sobre a necessidade de continuar na direção. Por que tanto embaraço para compor um novo grupo? Qual é o problema em indicar novos nomes, velhos nomes ou outros nomes? O presidente surpreendeu e retirou o seu.
Mas a metralhadora já havia disparado de todos os lados. Alguns se dizem vítimas, outros apontam culpados. No fim, quem perde é o Sport. A união, é claro, não existe.
Mas o clube não é movido a isso. O clube tem que ser movido pelo profissionalismo.
Não faz parte da diretoria? Sente na arquibancada e apoie bastante. Fará diferença.
Milhares de alvirrubros também. Rubro-negros e até tricolores, que não conseguiram ingresso para o Arruda, no mesmo dia, foram infiltrados.
Com o passar dos anos, o número de torcedores que foram ao estádio dos Aflitos em 26 de novembro de 2005 só faz aumentar. Era a vida do Náutico em campo.
Se o borderô registrou cerca de 23 mil naquele dia, hoje essa quantidade já passa dos 50 mil… Aumenta a cada dia. Todos estiveram lá de uma forma ou de outra.
Viram de perto toda a confusão no gramado. Não foi pela TV. Foi no estádio. Não adianta dizer o contrário… Até quem não gosta de futebol jura ter visto um gremista agredir o árbitro, quando ele já havia dado quatro vermelhos para o time gaúcho.
Daqui a 10 anos, não duvide, o público oficial daquela partida chegará a 100 mil. Afinal, ninguém ignorou um dos episódios mais incríveis e polêmicos da história do futebol.
Jogo válido pela última rodada do quandrangular decisivo da Série B.
Náutico x Grêmio.
Mesmo com quatro expulsões e dois pênaltis para o adversário, o Tricolor venceu por 1 x 0. Virou até filme. Para o clube, esta data é o “Dia a Garra Gremista” (veja AQUI).
O jogo continuará sendo relembrado. O Náutico conseguiu cicatrizar a sua maior dor já no ano seguinte, quando escreveu a “Batalha dos Aflitos II”.
Agora, 1.825 dias depois, saiba detalhes da pioneira batalha. Leia a reportagem de Alexandre Barbosa, relembrando os bastidores da Batalha dos Aflitos clicando AQUI.
Entre as novidades, a revelação de que o bicho de R$ 1 milhão, levado por Américo Pereira (é claro), já estava no vestiário alvirrubro…
A recuperação do rival caminhava associada ao acesso à elite nacional.
A derrocada alvirrubra caminhava a passos largos para a Série C.
Os rivais centenários ficariam separados por até duas divisões do Brasileiro?
No fim, tudo na mesma. Incompetente, o Rubro-negro não subiu…
Nos Aflitos, o maior público alvirrubro nesta Segundona, com 18.952 torcedores, focados em manter o clube pelo menos no 2º degrau da casta do futebol no Brasil.
Em campo, o Náutico fez a sua parte e deu o fim ao sofrimento surreal.
Começou sofrendo, é verdade. O primeiro tempo terminou com derrota parcial por 1 x0 – sinal evidente da ansiedade e desarranjo técnico.
Na etapa final, com direito a olé, goleada por 4 x 1.
O jogo foi marcado pelo nervosismo absoluto que faz parte da briga contra o rebaixamento – ambos estavam nesta situação. Foram nada menos que cinco jogadores expulsos! Comemoração? Não.
Alívio, no máximo. Apesar do foguetório nos Aflitos…
O Timbu, é bom não esquecer, chegou a liderar o Brasileiro durante quatro rodadas. Esteve no chamado G4 durante 11 rodadas – o Sport, por exemplo, não pisou lá uma vez nesta temporada.
De qualquer forma, o técnico Roberto Fernandes evitou o pior. Salvou o time mais uma vez do descenso. Foi a 3ª vez. Uma hora cansa.
E Pernambuco terá três times na Série B de 2011. Nenhum na A.
No contexto geral, não temos o que comemorar… Com a ausência no Brasileirão os investimentos ficam ainda mais escassos.
Em uma campanha marcada pela inconstância, principalmente em plena Ilha do Retiro, o Sport falhou na sua missão de “carro-chefe” da Série B (veja AQUI).
Dos três campeões brasileiros presentes na Segundona desta temporada, o Leão é o único que não conseguiu o acesso à elite.
O último duelo contra a calculadora foi na tarde deste sábado, no confronto direto contra o América/MG. Em oito minutos, no entanto, o Rubro-negro fez com que muitos televisores no Recife fossem desligados.
Aos 6, Marcelinho Paraíba acertou a trave.
Aos 7, Fábio Júnior marcou o primeiro gol do Coelho.
Aos 8, Germano foi expulso…
Dudu ainda marcou mais um na justa vitória do América por 2 x 1 – Dairo ainda fez um de “honra”. Agora, o time mineiro luta apenas contra a Portuguesa pela última vaga.
Ao Sport, o início de uma nova gestão. A atual recebeu o clube na Taça Libertadores da América, com um orçamento de cerca de R$ 30 milhões em 2009, e vai entregar o clube na Série B, novamente com a imagem manchada pelos insucessos.
A cota do Clube dos 13, que havia caído para 50% neste ano por causa do rebaixamento, vai ficar na casa dos 25% em 2011, seguindo a regra de 1/4 da receita para filiados longe da elite por mais de um ano.
O que era R$ 13 milhões virou R$ 6,5 mi e agora deverá ser R$ 3,25 mi.
Este sábado marcou as “bases” do Sport em busca do hexacampeonato pernambucano em 2011. E, mais uma vez, do acesso…
Miami – O blogueiro está nos Estados Unidos. Durante esta semana, vou em busca de alguns posts aqui na terra do Tio Sam.
Mas, neste sábado, ainda que de passagem, não havia como esquecer de destacar a vitória do Náutico na Série B, no Distrito Federal.
O Timbu não ganhava longe dos Aflitos desde o dia 17 de julho. Foram quase quatro meses de espera, mas os três pontos chegam num momento fundamental para o clube, que deu um passo enorme para se manter na Segundona na próxima temporada.
O Alvirrubro ganhou do Brasiliense por 1 x 0 e ficou cinco pontos acima da zona de rebaixamento. Um alívio importante para programar o clube em 2011.
Basta dar uma espiada na área de embarque dos principais aeroportos do país que é fácil encontrá-la.
Dentro, um volume enorme de dinheiro.
Propostas de R$ 30 mil, R$ 50 mil, R$ 100 mil… E subindo em alta velocidade.
A medida em que o campeonato brasileiro vai afunilando, tanto na Série A quanto na Série B, maior o valor.
O “pedido” é bem simples: empenho em campo. Geralmente, a mala branca (outrora chamada de mala preta) aparece diante de clubes sem tantos motivos para continuar motivados. Nem cai nem sobe. Então, nada como alguns reais na conta corrente.
Sabe aquela equipe no meio da tabela? Já está correndo bem mais agora… Para subir, alguns clubes vão ter que abrir o bolso. A conversa vai ser aquele de sempre:
“Alguns conselheiros do clube se cotizaram para ‘incentivar’ os jogadores do clube.”
Independentemente da origem do cash, ele costuma fazer a diferença.
É claro que o foco era a vitória na noite desta terça-feira.
Apenas os três pontos afastariam o Náutico da zona de rebaixamento da Série B.
Pelo menos o fôlego seria maior para a reta final do Brasileiro.
Mas a vitória não veio nos Aflitos. E a derrota passou raspando.
No fim, com dez jogadores desde o 1º tempo, o Timbu, que balançou as redes com Bruno Meneghel, segurou o 1 x 1 com a Ponte Preta, mais forte tecnicamente.
A reação da torcida alvirrubra?
Presente em bom número novamente, a galera timbu aplaudiu o time.
Aplaudiu o empenho de uma equipe a apenas dois pontos do terrível Z4.
Faltam três rodadas para o fim da Série B.
O próximo jogo?
Contra o Brasiliense, no Distrito Federal. O adversário, em 17º lugar, tem 40 pontos. O Náutico, em 16ºª, tem 42.
Prenda a respiração, torcedor. O próximo jogo pode decidir o futuro em 2011.
O aplauso pode ocorrer na viagem de volta ao Recife…
Como já virou praxe nas últimas rodadas, o post do Sport não está atrelado somente ao jogo do Leão, mas também ao do América/MG, foco maior neste sonho do acesso.
E assim segue a rotina de cálculos para tentar chegar ao G4 do Brasileiro.
Numa noite de rodada cheia na Série B, o Rubro-negro abriu a série de dez partidas desta terça-feira com um empate frustrante no Serra Dourada.
Contra o Vila Nova, um empate em 1 x 1 que poderia ter sido, francamente, uma goleada. Foram cinco chances inacreditáveis desperdiçadas pelos leoninos.
Todas elas cara a cara com o goleiro Max. Livre para marcar.
Foram duas com Wilson – sendo que uma delas a torcida não irá esquecer tão cedo – e outras com Marcelinho Paraíba, Eliandro e Elton.
Foi inacreditável! Nenhuma delas resultou em gol. Técnica, ansiedade, desgaste físico, o gramado, a bola… Faltou algo.
Com um mísero ponto somado, bastava ao Sport secar, e muito, o América, que jogaria minutos depois contra o Bahia, em Sete Lagoas.
Apesar do mando de campo, o Coelho tropeçou. Foi derrotado por 1 x 0.
Até aquele momento, os rubro-negros presentes na redação do Diario de Pernambuco já demonstravam um desânimo grande. Acho que isso refletia nos demais torcedores, inconformados nos fóruns da web e bares da cidade. Mas eis que soltaram essa pérola:
“Esse empate do Sport e a derrota do América acabou sendo uma situação melhor do que se os dois tivessem vencido.”
Sabe a verdade desta declaração…? Ela faz sentido.
Equações de 2º grau para o acesso: América/MG, 58; Portuguesa, 56; Sport, 55.
Vale lembrar que, só para ser ainda mais complicado, o Sport não pode empatar em pontos com nenhum dos dois, pois tem menos vitórias…
América/MG – São Caetano (fora), Sport (casa), Ponte Preta (fora). Portuguesa – Bahia (fora), Ipatinga (casa) e Sport (fora). Sport – Santo André (casa), América/MG (fora) e Portuguesa (casa).
3 vitórias do Sport e 1 tropeço do América nos dois jogos como visitante.
2 vitórias do Sport e 1 empate. Abaixo, as variáveis do empate…
1) Se for contra o Santo André, o América precisaria ser derrotado uma vez como visitante, enquanto a Lusa teria que empatar um jogo. Pontuação máxima: Sport 62, América 61, Lusa 60. 2) Se for contra o América, o Coelho teria que somar, no máximo, dois pontos nos dois jogos como visitante. Já Portuguesa teria que empatar um. Pontuação máxima: Sport 62, América 61, Lusa 60. 3) Se for contra a Portuguesa, o América teria que somar, no máximo, três pontos nos dois jogos como visitante. A Portuguesa teria que empatar um.Pontuação máxima: Sport 62, Lusa 61, América 61.
1 vitória do Sport e 2 empates. Sim, acredite, é possível… Variáveis:
1) Caso a única vitória leonina seja contra a Portuguesa, o América teria que perder do São Caetano e da Ponte, enquanto a Portuguesa teria que perder pelo menos um jogo ou empatar os dois. Pontuação máxima: Sport 60, América 59, Lusa 59.
2) Caso a única vitória leonina seja contra o Santo André, o América teria que perder os dois jogos como visitante, enquando a Lusa só poderia somar até 2 pontos nos jogos restantes. Pontuação máxima: Sport 60, América 59, Lusa 59. 3) Caso a única vitória leonina seja contra o América, o Coelho só poderia somar 1 ponto como visitante. Já a Portuguesa só poderia somar 2. Pontuação máxima: Sport 60, América 59, Lusa 59.
Na teoria é possível subir até perdendo um jogo, para o Santo André… Deixa pra lá.
Já foram realizadas 34 rodadas e o Sport segue tentando entrar no G4 da Série B. O Leão nunca pisou uma rodada sequer no grupo de acesso à elite nacional de 2011. O Náutico, por sua vez, segue numa luta grande para escapar do Z4. O Timbu, que chegou a liderar a Segundona, nunca ficou uma rodada na zona de rebaixamento.
Nesta terça-feira, com rodada cheia, o Rubro-negro também não poderá entrar no G4. Diante do Vila Nova, no Serra Dourada, poderá apenas se aproximar. Já o Alvirrubro precisa voltar a vencer em casa, agora contra a Ponte Preta, para abrir uma margem mínima sobre o Z4, que hoje é de um ponto.
A quatro rodadas do fim, confira abaixo os times que mais “pisaram” no G4 e no Z4 do Campeonato Brasileiro da Série B desta temporada.