Criado em 1996, o ranking de clubes brasileiros elaborado pela Folha de São Paulo chega à sua 15ª edição. A tabulação das equipes leva em consideração títulos e vices nacionais e internacionais. Neste ano, os campeonatos estaduais passaram a valer pontos. No entanto, apenas clubes que já chegaram a uma decisão de porte nacional ou no exterior entram na lista. Assim, espaço para 34 clubes.
Contabilizando apenas os pontos da década que está chegando ao fim, o Internacional foi o líder, com 233 pontos, e um Mundial e duas Libertadores. De Pernambuco, Sport e Náutico aparecem no ranking. Saiba mais sobre o ranking da Folha clicando AQUI.
O ranking não considerou a unificação da Taça Brasil e do Robertão à Série A. Até o momento, nem mesmo a “CBF”, que não atualizou seus dados (veja AQUI).
Além da vitória no campo, o Sport precisou vencer na justiça comum para ser confirmado como o campeão brasileiro de 1987. A batalha no tribunal acabou exatamente em 16 de abril de 2001, com o fim do prazo para o Flamengo entrar com uma ação rescisória, que era a única hipótese para tentar modificar a decisão judicial definitiva, apresentando uma nova evidência no caso.
Foi uma espera longa, pois o Leão entrou com esta ação em 10 de fevereiro de 1988, na 10ª Vara da Justiça Federal de Pernambuco. Esta é a tal sentença “transitada em julgado”, tão citada por Homero Lacerda e que garante ao rubro-negro de Pernambuco o status de único campeão nacional daquele ano.
Porém, o Sport deverá enfrentar em breve uma nova guerra nos tribunais. Na última semana, a CBF negou ao Fla a oficialização de sua suposta conquista, a “Copa União”, que apenas era o Módulo Verde da competição em 1987. No entanto, o presidente da entidade, Ricardo Teixeira, deixou em aberto o caminho para que o clube carioca tente essa divisão através da justiça comum – o que é proibido hoje em dia pela CBF.
Após uma sucessão de notas em seu site repudiando a negativa da CBF sobre a divisão, a diretoria do Flamengo já articula uma ação declaratória, iniciando um novo processo. Partindo do zero e com um fato novo: a unificação dos títulos da Taça Brasil e do Robertão, com direito à brecha de dois campeões em 1967 e 1968.
Ações diferentes, interpretações diferentes?
Portanto, o Sport deve preparar desde já a sua defesa. Tarefa para João Humberto Martorelli, vice-presidente jurídico do Leão a partir desta quarta-feira, na posse de Gustavo Dubeux. Já vai começar com muito trabalho.
Veja a cronologia jurídica da primeira ação do caso AQUI.
O tema na cerimônia da CBF no Rio de Janeiro era a unificação dos títulos brasileiros entre 1959 e 1970, mas, no fim do dia, a discussão acabou sendo focada no Brasileirão de 1987.
Como sempre… Eita assunto arrastado.
Com 14 títulos oficializados pela entidade que comanda o futebol do país, o Flamengo esperava que a conta chegasse a “15” taças reconhecidas. Mas não chegou.
O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, citou a sentença judicial a favor do Sport, transitada em julgado e sem chance de modificação desde 16 de abril de 2001.
Ao Fla, restou repudiar a ação da CBF. Como se já não soubesse, depois de 23 anos…
No site oficial do rubro-negro carioca, a nota oficial postada acima (veja AQUI). É curiosa, pois o clube aceita o Sport como campeão.
A tentativa, derradeira, é dividir o título. Isso mesmo.
Para saber porque isso não aconteceu até hoje – mesmo com uma superproteção midiática – , leia o “Arquivo 87”, reportagem publicada pelo Diario de Pernambuco em 7 de dezembro de 2009 e que virou fonte de informação de vários jornalistas do Sudeste, que finalmente quiseram sair da “verdade absoluta” do Módulo Verde… Clique AQUI.
Em 2010, os maiores destaques de Sport e Náutico no Campeonato Pernambucano foram, respectivamente, Eduardo Ramos e Carlinhos Bala.
Ainda estamos em dezembro e o cenário do Recife em 2011 já está montado. Com o enredo de sempre. Qualquer torcedor já esperava.
Eduardo Ramos no Timbu e Carlinhos Bala pelo Leão.
No mercado local, o que interessa mesmo é sempre o que o “outro” está procurando.
Com o leilão, o maior beneficiado é sempre o jogador, que acaba assinando um contrato supervalorizado. Bem além do seu momento de produção no gramado.
Agora, ambos chegaram a negociar um retorno, mas acabaram optando por vestir a camisa do rival no emblemático Estadual que se aproxima.
Nos bastidores, R$ 40 mil para um lado e R$ 40 mil para o outro. Tecnicamente, os dois até poderão somar ao grupo, mas não é só isso…
O desgaste a cada a contratação assim só pressiona mais o time. Afinal, não importa o histórico do atleta, o seu extracampo ou comportamento dentro do clube. O que vale mesmo é minar o adversário – mesmo que, no fim, você fique com a bomba.
Como “bônus”, os dois jogadores também acertaram até o fim do Brasileiro da Série B.
Quem saiu ganhando nesta “troca” para a próxima temporada?
Ou, melhor dizendo, quem saiu perdendo…?
O hexa tem preço, sim. E fica mais caro a cada leilão.
Um mês fora das atividades oficiais. Em 2011, uma temporada puxada, com o Estadual mais valorizado dos últimos tempos, por causa da disputa pelo hexa (alvirrubros querendo manter o feito e rubro-negros a fim de igualar a sequência). Depois, a Série B do Brasileiro e suas 38 rodadas.
Por isso, “cartilhas” para que os jogadores peguem leve no fim do ano.
É justo! Férias, mas com um pingo de profissionalismo.
Confira a reportagem do Diario de Pernambuco neste domingo sobre a rivalidade centenária nas férias – sim, ela existe) – clicando AQUI.
É preciso admitir que alguns jogadores não vão seguir a cartilha…
Em entrevista ao Diario de Pernambuco, o escritor paulista Odir Cunha, de 58 anos, explica a polêmica sobre a unificação dos títulos brasileiros.
Ele é o autor do “Dossiê pela Unificação dos Títulos Brasileiros a partir de 1959”, encomendado pelos seis clubes campeões entre 1959 e 1970 e entregue à CBF. Foi decisivo para a provável decisão positiva do presidente Ricardo Teixeira, que deve sair ainda neste mês.
O episódio da unificação abriu brechas para outros clubes, que querem oficializar outras competições como campeonatos nacionais, além da Taça Brasil e do Roberto Gomes Pedrosa.
Leia a entrevista completa, publicada na edição deste domingo, clicando AQUI.
Para se ter uma dimensão do precedente aberto, basta dizer que os pseudotítulos brasileiros listados na reportagem somam 41 troféus. Até hoje, o Brasileirão teve 40 edições.
Uma dessas conquistas está guardada na sala de troféus do Sport. Trata-se do Torneio Norte-Nordeste de 1968, organizado pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD), precursora da CBF (veja AQUI).
“O pessoal de Minas Gerais já me perguntou sobre o Torneio dos Campeões de 1937, vencida pelo Atlético-MG. Ali, uma boa pesquisa pode dar um bom resultado. Porém, não posso dar uma resposta sem pesquisar no arquivo da CBD. Outros pesquisadores vão trabalhar em cima de outras competições, como o Torneio Norte-Nordeste, e vamos enriquecer a história. Mesmo que esses torneios não venham a ser reconhecidos como Nacional, mas já estarão valorizados, lembrados. O futebol do Nordeste tinha um nível técnico muito mais forte na época, é verdade. Ganhou uma Taça Brasil e foi vice outras vezes (com o Náutico, em 1967). É preciso documentar tudo. Eu prezo o senso de justiça.”
Números finais da eleição noSport para o biênio 2011/2012.
Sport Unido – 1922 votos, 98,21%
Transparência Sport – 35 votos, 1,78%
O pleito nesta quinta-feira, na Ilha do Retiro, foi uma eleição de direito, mas não de fato. Uma porcentagem deste tamanho só aponta o quanto era rasa a oposição formada em 2010 no Leão, com propostas opacas.
Parabéns a Gustavo Dubeux, novo presidente do Sport Club do Recife.
Eleito com 100% dos votos, uma vez que a oposição, de forma incrível, indicou o seu nome para comandar o Executivo do clube… Não tente entender.
Gustavo mostrou força política ao reunir outros quatro ex-presidentes em sua composição, com Luciano Bivar (quatro mandatos), Wanderson Lacerda (três mandatos), Severino Otávio (um mandato) e José Moura (um mandato). O colegiado implantado neste ano deverá continuar, numa distribuição de tarefas que condiz com o perfil moderado do novo mandatário.
O prestígio de Dubeux, porém, começará a ser testado de fato junto à torcida, historicamente de memória curtíssima. Ele vai para o front, assim como Silvio Guimarães, eleito há dois anos. A pressão será muito maior.
Dentro de dois anos, o veredicto da torcida. E isso vale para sempre.
Saiba mais sobre outras eleições no Sport clicando AQUI.
A CBF divulgou a tabela da Copa do Brasil de 2011.
Primeira rodada:
Trem/AP x Náutico (23/02 e 02/03)
Coríntians/RN x Santa Cruz (23/02 e 02/03)
Sampaio Corrêa/MA x Sport (24/02 e 02/03)
O time potiguar eliminou o Santa Cruz na Copa do Brasil de 2003.
O Tricolor, por sinal, poderá enfrentar o São Paulo já na segunda fase. O time paulista não disputa a Copa do Brasil desde 2003, pois sempre esteve na Libertadores desde então. No mata-mata, o São Paulo chegou no máximo ao vice, em 2000.
O Náutico poderá jogar na próxima fase contra Portuguesa ou Bangu.
Já o Sport teria Santo André/SP ou Naviraiense/MS. E, numa possível classificação às oitavas de final, o Leão teria o Palmeiras…
Ainda repercute a decisão da CBF de unificar os títulos da Taça Brasil (1959-1968) e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967-1970) ao Campeonato Brasileiro.
Em vez de 40 edições, o Nacional tem agora 54 competições oficiais.
A mudança não vai ficar restrita ao número de campeões. Se a CBF mantiver o critério, o seu ranking de clubes vai passar a englobar os antigos torneios.
O blog se antecipou a isso e calculou o ranking com os “novos” campeonatos agregados. O maior trabalho, sem dúvida, foi listar a classificação final da Taça Brasil, separando as classificações a cada fase, com o critério de 2 pontos por vitória.
Veja o ranking atual da CBF e o critério de pontuação clicando AQUI.
Com um sistema curioso, sem muita diferença do campeão para os demais participantes (o campeão ganha 60, enquanto o vice ganha 59, por exemplo), o clube que mais somou pontos entre 1959 e 1970 foi…
Santos de Pelé ou Palmeiras de Ademir da Guia? Nenhum dos dois.
Foi o Grêmio, que disputou 13 das 14 edições antigas e somou 710 pontos! Por sinal, o clube gaúcho se torna, também, o time com mais participações, com 51 edições.
Como era de se esperar, o Náutico deu um salto enorme. Agora em 16º, o Timbu, vice-campeão brasileiro de 1967, reduziu a diferença em relação ao Leão de 294 para 76 pontos. Confira abaixo o provável ranking da CBF com os novos torneios!
1º) Grêmio – 2.869 pontos (710 a mais). Permaneceu na liderança
2º) Palmeiras – 2.593 pontos (581 a mais). Ganhou 5 posições
3º) Cruzeiro – 2.509 pontos (559 a mais). Ganhou 6 posições
4º) Atlético-MG – 2.475 pontos (443 a mais). Ganhou 2 posições
5º) Santos – 2.466 pontos (637 a mais). Ganhou 5 posições
6º) Vasco – 2.397 pontos (311 a mais). Perdeu 3 colocações
7º) Corinthians – 2.361 pontos (224 a mais). Perdeu 5 colocações
8º) Flamengo – 2.341 pontos (255 a mais). Perdeu 5 colocações
9º) Internacional – 2.283 pontos (287 a mais). Perdeu 1 colocação
10º) São Paulo – 2.246 pontos (197 a mais). Perdeu 5 colocações
11º) Botafogo – 2.106 pontos (434 a mais). Ganhou 1 posição
12º) Fluminense – 2.047 pontos (324 a mais). Perdeu 1 colocação
13º) Bahia – 1.844 pontos (486 a mais). Ganhou 6 posições
14º) Sport – 1.670 pontos (169 a mais). Ganhou 2 posições
15º) Coritiba – 1.668 pontos (153 a mais). No mesmo lugar
16º) Náutico – 1.594 pontos (387 a mais). Ganhou 5 posições
17º) Goiás – 1.570 pontos (47 a mais). Perdeu 4 colocações
18º) Portuguesa – 1.554 pontos (149 a mais). Perdeu 1 colocação
19º) Atlético-PR – 1.530 pontos (151 a mais). Perdeu 1 colocação
20º) Guarani – 1.516 pontos (nenhuma bonificação). Perdeu 6 colocações
21º) Vitória – 1.462 pontos (107 a mais). Perdeu 1 colocação
22º) Santa Cruz – 1.293 pontos (153 a mais). No mesmo lugar
23º) Ceará – 1.269 pontos (214 a mais). Ganhou 1 posição
24º) Ponte Preta – 1.092 pontos (45 a mais). Ganhou 1 posição
25º) Paraná Clube – 1.080 pontos (nenhuma bonificação). Perdeu 2 colocações
26º) Fortaleza – 1.002 pontos (278 a mais). Ganhou 3 posições
27º) Remo – 961 pontos (106 a mais). No mesmo lugar
A Confederação Brasileira de Futebol vai anunciar ainda neste mês a unificação dos títulos brasileiros de 1959 a 1970.
A informação foi repassada pelo Jornal Nacional (veja AQUI).
Com isso, o Náutico será oficializado como vice-campeão brasileiro de 1967, com 5 vitórias, 2 empates e 4 derrotas, em sua melhor campanha no Brasileiro (Taça Brasil). O desfecho foi emocionante, com uma finalíssima em pleno no Maracanã, em 29 de dezembro. No ano seguinte, o Timbu disputou a Taça Libertadores da América.
Primeira fase
América/CE 0 x 1 Náutico
Náutico 1 x 0 América/CE
Quartas de final
Náutico 3 x 0 Atlético-MG
Atlético-MG 2 x 0 Náutico
Atlético-MG 2 x 2 Náutico
Semifinal
Cruzeiro 2 x 1 Náutico
Náutico 3 x 0 Cruzeiro
Náutico 0 x 0 Cruzeiro
Final
Náutico 1 x 3 Palmeiras
Palmeiras 1 x 2 Náutico
Palmeiras 2 x 0 Náutico
Saiba mais sobre a campanha na Taça Brasil de 1967 clicando AQUI.
A Série A do Brasileirão começou em 1971. Porém, um longo estudo de 300 páginas foi encomendado pelos clubes que venceram os torneios precursores do Nacional (Taça Brasil, de 1959 a 1968, e Torneio Roberto Gomes Pedrosa, de 1967 a 1970). A CBF teria batido o martelo positivamente e vai fazer uma festa com Pelé, agora hexacampeão.
Com isso, Santos e Palmeiras serão os maiores campeões, com 8 títulos cada um.
Em Pernambuco, mudanças no retrospecto! O estado, de muita tradição na década de 1960, acaba de somar grandes resultados ao seu cartel na Série A.
Além do 2º lugar do Timbu, o futebol pernambucano registrou outras seis campanhas até a semifinal, com Santa (1960), Sport (1962) e Náutico (1961, 1965, 1966 e 1968).