Pássaros do Agreste

Clássico MatutoCentral e Porto irão disputar neste domingo o já tradicional “Clássico Matuto” de Caruaru. O jogo será disputado às 16h, no estádio Lacerdão, “casa” dos dois clubes no Pernambucano. Até hoje, os times já se enfrentaram 35 vezes pelo Estadual.

Após o curioso acordo de treinarem juntos no CT do Gavião, os rivais “deram um tempo”. Somente para o clássico. É o mínimo que se podia fazer… O primeiro duelo caruaruense ocorreu em 1994, quando o Gavião do Agreste conseguiu o acesso ao Grupo Azul do Pernambucano, se classificando para o segundo turno da elite (Grupo Branco). A Patativa, porém, venceu os três jogos naquele Pernambucano.

No ano seguinte, o Porto ganhou a 1ª fase do Estadual após golear o rival por 3 x 0, no Lacerdão, diante de 8 mil pagantes. Em 1999, os rivais decidiram a Copa Pernambuco. O título ficou com o Gavião. E em 2000, o Tricolor finalmente ficou em vantagem no confronto. Em 2009, mais duas vitórias do Porto.

35 jogos pelo Pernambucano
15 vitórias do Porto
10 vitórias do Central
10 empates

Primeiro jogo: Central 2 x 0 Porto (Lacerdão, 24/04/1994)
Último jogo: Porto 2 x 1 Central (Lacerdão, 15/03/2009)

Veja a lista completa com os jogos que mexem com a Capital do Agreste clicando AQUI. Quem irá voar mais alto? O Porto com 3 vitórias seguidas e a Patativa despencando na tabela rodada a rodada… Bronca! 😈

Ele estava lá

Copa do Mundo de 1930: Uruguai 4 x 2 Argentina

La Plata, 5 de fevereiro de 1910.

Nesta cidade argentina, a 50 quilômetros da capital Buenos Aires, nascia neste dia Francisco Varallo. Um goleador nato, ainda “guri”. Com apenas 14 anos disputou a 1ª divisão da Argentina. 😯

Após defender o Gimnasia Y Esgrima, de sua cidade, partiu para a capital do país. Foi jogar num tal de Boca Juniors.

Lá, assinou o seu primeiro contrato profissional, por 7 mil pesos. Com a camisa xeneize, ele fez valer cada centavo investido pelo clube mais popular da Argentina.

Varallo foi campeão nacional em 1931 1934 e 1935. Em 222 partidas pelo Boca, marcou incríveis 194 gols! Marca que o transformou no maior artilheiro do clube. Só perdeu esse status em 2008, quando foi ultrapassado por Martín Palermo.

Ok… E daí!?

Francisco Varallo, ou simplesmente “Don Pancho”, é o único atleta vivo entre os 245 jogadores que participaram da Copa do Mundo de 1930, a primeira da história. Ao todo, 13 seleções disputaram o Mundial do Uruguai. Com apenas 20 anos, ele disputou a final contra os uruguaios, mas ficou o gosto amargo do vice.

Uma lesão no joelho esquerdo fez com que Varallo encerrasse a carreira com apenas 29 anos. Há 71 anos, ele vive com a lembrança de um final de Copa.

Abaixo, um vídeo raríssimo daquele Mundial. Imagens que Francisco Varallo viveu in loco, no gramado. Nesta sexta-feira, ele chega a um século de vida, podendo contar a todos, argentinos ou não: “Eu estava lá. Eu vi. Eu joguei!”

Vídeos das Multidões

Os 41.019 torcedores que foram ao Mundão fizeram um espetáculo à parte no clássico. Dentro do estádio. Ali, nada de incidentes. Fora do Arruda, os problemas de sempre, protagonizados pelas torcidas organizadas de Sport e Santa Cruz.

Tumulto nos ônibus, pedras pra todo lado, brigas… E olhe que eram 770 policiais no esquema de segurança.

Além disso, centenas de torcedores do Leão ficaram de fora, com ingresso na mão. Não faz sentido. É a falência da organização de um jogo…

Mas vale a pena falar da festa também. Sem a presença das camisas das organizadas, era comum ver torcedores tricolores e rubro-negros caminhando lado a lado em direção ao Arruda, sem problema algum. Só com a tradicional tiração de onda mesmo. 😎

E com tanta gente no estádio e com a tecnologia atual, muitos vídeos foram produzidos pelos próprios torcedores. Abaixo, um vídeo do rubro-negro Alberto Gillardino.

Também gravou um vídeo no clássico? Mande o link para o blog!

Supertime da Ilha

Não, não é o time de 2010.

Mas, de fato, foi um supertime mesmo, em 1975. Ano que marcou o fim de um jejum do Sport, que estava há 12 anos sem conquistar o Estadual. A música “Supertime da Ilha”, que marcou época, é do Quinteto Violado (veja a letra AQUI). A música embala o vídeo produzido por Robert Mocock, da SportNet. Confira abaixo.

Leia mais sobre o título pernambucano do Rubro-negro em 1975, que completará 35 anos em 10 de agosto deste ano, AQUI.

Estrela Solitária 6.0

BotafogoBotafogoA tiração de onda no futebol é algo que potencializa a rivalidade. Mas bacana mesmo é quando aparece alguma sacada sutil. Essa sim incomoda…

No domingo, jogando em casa, no Engenhão, o Botafogo levou um chocolate daqueles no clássico contra o Vasco. Uma lapada de 6 x 0. Do mesmo rival que havia enfiado 7 x 0 em 2001, com Romário.

É bronca… Não demorou muito e os internautas começaram as montagens. Acima, é uma nova versão da estrela solitária. Histórico. 😈

Tropa de elite na arquibancada

O “Rap das Armas”, que fez sucesso no filme Tropa de Elite, virou tema de um grito de guerra inusitado de uma torcida. Brasileira? Nada disso… Sueca!

A música é uma criação de Cidinho e Doca, dupla do funk proibidão carioca.

O vídeo abaixo foi feito no meio da torcida do Djurgardens, da capital Estocolmo, numa partida do Campeonato Sueco. O clube foi fundado em 1891…

A hora de ser gigante

Filme: Rocky IV

O Santa Cruz não ganha um duelo contra os seus dois principais rivais desde 11 de abril de 2007. Num jogo à noite, no Arruda, o atacante Marco Antônio fez o solitário gol da vitória coral sobre os rubro-negros.

São quase 3 anos sem ganhar um clássico… Tempo bem razoável. Ainda mais para o povão. No entanto, foram apenas 4 jogos. Na temporada seguinte àquele triunfo, o Tricolor deu um vexame no Estadual e sequer avançou para o hexagonal do título. Em 2009, 2 empates e 2 derrotas.

O Santinha continua na Série D, é verdade. Mas viu os rivais descerem um degrau na casta nacional. Uma “reaproximação”, de leve, baseada no fracasso alheio.

No Pernambucano, porém, esse choque sempre aumenta. O Tricolor, mesmo sem a receita dos inimigos tradicionais, se transforma num adversário à altura, puxado pela rivalidade. Basicamente por isso. No ano passado, o time mostrou lampejos de técnica, com Marcelo Ramos e Leandro Gobatto.

Ainda é cedo, mas parece ser mesmo a vez de Jackson no Arruda. Na noite desta quarta, o Tricolor volta a bater de frente. Às 20h30, contra o Náutico. Um Timbu que é remontado rodada a rodada. Mas com um fôlego financeiro bem maior que o do rival.

Será que o Santa tem condições de assumir o papel de Rocky Balboa diante de Drago?

Caso não conheça os personagens acima, clique AQUI.

Rivaldo, rei há uma década

Rivaldo, eleito pela Fifa como o melhor do mundo de 1999No post anterior, falei sobre o “futebol-arte”.

Algo possível de surgir em Pernambuco em altíssimo nível.

Neste domingo, o ponto máximo da consagração de um atleta local completará 10 anos.

Até o dia 24 de janeiro de 2000, apenas dois brasileiros haviam conquistado o cobiçado troféu de melhor jogador do mundo: Romário, em 1994, e Ronaldo, no biênio 96/97. Rivaldo foi o terceiro R a entrar na privilegiada fila.

Há exatamente uma década, o pernambucano, então no Barcelona, vestiu o traje de gala para ser agraciado como melhor jogador de 1999 na cerimônia da FIFA (na época, realizada em janeiro do ano seguinte).

Numa disputa que contou com os votos de 140 treinadores de seleções, Rivaldo foi eleito com 543 pontos, contra 194 do meia inglês David Beckham e 79 do atacante argentino Batistuta (veja a matéria original do site da Fifa sobre o prêmio AQUI).

Por isso, o repórter Lucas Fitipaldi assina uma matéria especial para o Diario de Pernambuco sobre o dia em que o mundo reverenciou Rivaldo (veja AQUI). Na entrevista exclusiva, o meia-atacante revelado pelo Santa Cruz – hoje aos 37 anos e e atuando no Bunyodkor, do Uzbequistão – afirmou que aquele prêmio foi mais importante que o título da Copa do Mundo de 2002.

Abaixo, um vídeo com a genialidade de Rivaldo.

Em tempo: Rivaldo também é um blogueiro! 😀 Confira o blog do craque AQUI.

Giva: “Futebol é uma arte”

Futebol-arteO técnico rubro-negro Givanildo Oliveira deu uma declaração contundente nesta sexta-feira sobre a postura comum de jogadores que afirmam ganhar uma “nova motivação” quando o time troca de técnico.

Para ele, a motivação está bem além disso.

“Eu não aceito essa história de jogador ficar mais motivado porque trocou de treinador. A motivação do jogador tem que existir sempre, principalmente porque ele é um profissional. Somente isso já é uma motivação, pois ele tem o dom em uma arte que muitos gostariam de ter. Futebol é uma arte. Essa é a motivação”.

Interessante. 😎

Abaixo, um vídeo de um cara que sabe perfeitamente que futebol é uma arte.

Falando em Ronaldinho Gaúcho, você acha que ele merece ir para a Copa do Mundo na África do Sul? Opine. Eu acho que ele merece. E que vai…